Equipa da Luz foi corajosa e fiel a si própria em Inglaterra
Depois de duas presenças nos quartos-de-final (Liga Europa e Liga dos Campeões) e de uma meia-final na Liga Europa, o treinador conduziu a equipa outra vez a um patamar onde é legítimo pensar que poderá vencer a competição.
Se começo por Jesus é porque entendo que o treinador do Benfica montou muito bem a equipa e mexeu-lhe de forma correta, em todos os momentos.
A colocação de Gaitán nas costas de Lima, com Sálvio e Ola John nas alas, fez deste Benfica o mais rápido e imprevisível. Sem perder equilíbrio, Jesus apostou em marcar um golo em Inglaterra.
O Benfica desperdiçou as oportunidades que criou na primeira parte e foi pena, até porque uma vitória teria fortalecido a posição de Portugal no ranking da Uefa.
Como do outro lado estava um advesário com argumentos no ataque, o Benfica sofreu um pouco a partir dos 55 minutos. Nada de especial não se desse o caso de, inesperadamente, Matic ter partido para os piores 10 a 20 minutos desta época na Luz. Estou a pensar no golo, onde o médio divide culpas com Garay, mas sobretudo nas três ou quatro bolas que perdeu no meio-campo. Isto permitiu ao Newcastle crescer, subir, acrescentar problemas.
Tal como a equipa, Jorge Jesus nunca demonstrou medo e manteve-se sempre fiel aos seus princípios. E ao objetivo inicial: fazer um golo. Tentar sempre fazer um golo. E o golo apareceu, por sinal excelente, tudo resolvendo.
O Benfica chega à fase decisiva da época na melhor forma, com muita gente em plano invejável. Pode acabar por não ganhar o que quer que seja. Mas esse é cenário que parece pouco provável.
Até pela forma como a época começou (saídas de Javi Garcia e Witsel, castigo de Luisão), este é já é o melhor trabalho de Jorge Jesus nas quatro épocas de Benfica.
-Luís Sobral, Mais Futebol
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