quinta-feira, 31 de maio de 2012

Paulo Futre à Benfica TV: "O melhor jogo da minha vida foi a final da Taça de Portugal contra o Boavista"

Rui Santos acusa Pinto da Costa de despotismo e diz que o presidente do Porto não sabe perder


Um jogo de basquetebol, duas equipas rivais, um título de campeão nacional em disputa. Venceu o Benfica. Perdeu o FC Porto. 

No final, cenas pouco edificantes. A partir delas, declarações extremadas. 

Primeiro, Luís Filipe Vieira, que produziu porventura o discurso mais violento que alguma vez lhe ouvimos, visando o presidente do FC Porto, Pinto da Costa. 

Depois, um texto de resposta publicado no site oficial dos portistas. 

Não se trata apenas de rivalidade. 

Esta era a prova que faltava para a conclusão de que, não obstante a postura menos bélica de "segundas figuras" de FC Porto e Benfica, designadamente na área do futebol, não é possível criar um clima de coexistência pacífica entre portistas e benfiquistas, enquanto Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira forem os presidentes. 

Pinto da Costa vai ficar na história do desporto/futebol português como a personalidade que transformou o FC Porto num clube competitivo e ganhador, ao ponto de colocar Benfica e Sporting em plano secundário. 

E isso também tem muito a ver, não apenas com os métodos utilizados por Pinto da Costa e seus sequazes, mas também com a inabilidade revelada pelos presidentes dos clubes de Lisboa, incluindo Vieira. 

O presidente do Benfica vem agora reafirmar a ilegitimidade dessas vitórias. 

Quero dizer que não sou portofóbico. Gosto da cidade do Porto e, até certo ponto, compreendo os motivos da defesa da regionalização. 

Pelo que vi (com os meus olhos), ao longo das décadas de 80 e 90, o FC Porto foi mais forte em muitos jogos, mas em muitos jogos foi escandalosamente beneficiado pelas arbitragens.

Vítor Pereira, presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, deveria explicar, a propósito, o que quis dizer quando afirmou - na tentativa de proteger os árbitros da atualidade - que esta não é a ‘geraçãodos quinhentinhos’. 

Na verdade, o que se infere dos testemunhos de alguns protagonistas do futebol português é que houve uma geração de árbitros que alinhou em práticas ilegítimas, umas provadas e punidas, outras não... Durante muitos anos, Pinto da Costa e os seus prosélitos trabalharam afincadamente para instalar um clima de medo e coação no futebol português. 

À conta dessa coação, se vívêssemos num país menos tolerante em relação à impunidade, os adeptos do FCPorto não teriam construído a imagem do presidente-herói, porque o clube, nesse enquadramento e com a paliação dos regulamentos vigentes, já teria sido despromovido... 

Houve um tempo, na história do futebol em Portugal, que a maioria alinhou na consagração do "império do medo": políticos (inclusive Presidentes da República), jornalistas, homens e mulheres da cultura e das artes, dirigentes de clubes adversários, treinadores, jogadores, seguranças, árbitros... 

Foram muito maltratados (inclusive agredidos) todos aqueles que não se colocaram numa posição de veneração e subserviência perante o "grande líder". 

Em Lisboa, desde os tempos de Fernando Martins (Benfica) e João Rocha (Sporting), convictos do sucesso do "novo regime", houve a certa altura o impulso de copiar a fórmula. 

Más cópias, um descalabro total na tentativa de se promover a imitação. 

Pinto da Costa diz e manda dizer, é obcecado pelo poder (atente-se no que disse Scolari sobre a relação dele com a Seleção Nacional e com Vítor Baía...) e faz tudo o que considera vital ter de fazer para alcançar os seus objetivos. 

Por isso, não é justo, nas suas discriminações gerais e pontuais, tem um índice muito baixo de desportivismo e um índice muito elevado de despotismo, não sabe ganhar e muitos menos perder. 

O que aconteceu em redor do recente FC Porto-Benfica em basquetebol é apenas mais um lamentável episódio que revela uma forma enviesada de estar no Desporto. 

Um clube que emergiu na Democracia tem demasiados tiques ditatoriais. 

Nota - Escusam de tentar ligar-me a um certo 'benficofilismo'. 

Simplesmente a minha consciência não é catequizável.»

 - Rui Santos, jornal Record, 31 de Maio de 2012

João Gobern fala do caso Leonardo Jardim


Leonardo Jardim é um homem sereno. Ponderado. Capaz de calcular o alcance e as ondas de choque do que diz - e disso deu exemplo ao longo da época.

António Salvador é, por natureza e formação, um pragmático. Mesmo que não contasse a sua condição de empresário, ficaríamos esclarecidos com o seu "modus operandi" desde que é presidente do Braga acima de tudo, tem em conta os benefícios para a agremiação. 

Jardim escolheu o princípio das férias, depois de uma época brilhante, para se exceder. 

Salvador escolheu a mesma ocasião para se transformar numa virgem ofendida. 

Pergunto: sou só eu que estranho a coincidência? 

Jardim é, desde que Pinto da Costa o elogiou e - automaticamente - condicionou, um treinador da órbita do FC Porto. 

Como Domingos Paciência que foi emblema da casa. Como Pedro Emanuel. Como Sérgio Conceição. Como Nuno Espírito Santo. Como Fernando Couto. 

Mais aqueles que se espalham pelos escalões secundários. Dir-se-ia que esta distribuição de gente próxima nada tem de aleatório. 

Dir-se-ia mais: além dos empréstimos de jogadores, a "máquina" também cede treinadores. 

Em matéria de rodagem, vale mais do que uma equipa B. Não é preciso ser génio - basta não ser burro - para perceber as mais-valias. 

Não é um vira nem corridinho, é apenas um baile mandado.

Caso Vítor Pereira saia para um Olympiacos qualquer, com uma "proposta irrecusável", não é preciso perguntar ao polvo Paulo - ou a outro "polvo qualquer" - quem será o substituto. 

Mudo de assunto, porque não há como fugir: vivemos, todos, uma semana de vergonha. 

O nível desceu perigosamente, o que se lamenta. De ambos os lados, o que toma tudo pior. 

Não me revejo na linguagem, no timing, na mistura entre domínio público e esfera privada. 

Ainda assim, distingo. Há três décadas que, jogo a jogo, modalidade a modalidade, as provocações de um lado têm até cântico próprio, ao ponto de parecer mais importante apoucar do que comemorar. 

Há verdades que a Justiça decidiu desconsiderar.

Há um permanente tom incendiário (quem lançou o grito "nós só queremos ver Lisboa a arder"?) que não pode, agora, por causa de um treinador que se excedeu, ser branqueado e esquecido. 

Há um clima de intimidação que não tem paralelo e que os bempensantes prosélitos teimam em ignorar. 

Ou seja, as culpas não são iguais, embora o ar que se respira me faça desejar, por uns momentos, ser italiano. 

Dito isto, todas as atenções são precisas no dia 9 de junho. 

A tática dos terroristas é conhecida: designam mártires. 

O trunfo, na resposta, é exatamente não responder e não dar azo a mais lágrimas de crocodilo. 

Não pode correr mal, sob pena de todos serem iguais. 

Embora nós saibamos bem que há uns mais iguais do que outros. 

Boas férias.»

 -João Gobern, jornal Record, 30 de Maio de 2012

Ricardo Costa critica os políticos: "É mais fácil estar nas tribunas a ver futebol"



 “A verdade desportiva existe e está na lei. É um principio de interesse público, preservando valores na competição, no entanto a fiscalização e o controlo por parte do Estado está posto em causa”. 

O aviso é de Ricardo Costa, jurista que presidiu à Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e foi feito no Concelho Distrital de Coimbra da Ordem dos Advogados, num encontro subordinado ao tema “A verdade desportiva existe?”.

Costa considera que “o Estado demite-se muitas vezes da responsabilidade fiscalizadora”. 

Para o jurista, “decidir em Portugal desgasta muito, porque cria conflitos. É mais fácil estar nas tribunas a ver futebol”

-Noticia retirada do jornal A Bola

Bagão Félix diz que nada justifica o facto dos jogadores de Basket do Benfica terem recebido o troféu de campeões como se fossem perigosos marginais


Desde cedo sigo o basquetebol. Num tempo em que havia recintos ao ar livre e a NBA era desconhecida.

Esta ligação advém de, jovem, ter vivido intensamente os jogos do IIliabum, o clube de Ilhavo, minha terra natal. 

Há dias voltei a vibrar com o 23.° título do Benfica, numa negra vencida com justiça e heroicidade, em condições adversas e ingratas. 

Com Carlos Lisboa a levar o Benfica ao titulo, ele que como jagador do clube foi, em onze anos, 10 vezes campeão e é o melhor basquetebolista português de sempre. 

Os cinco jogos da final foram jogados entre duas equipas que, no recinto, sempre se respeitaram num ambiente de fair play. 

Até a arbitragem contribuiu para não ser o centro das desavenças, o que não é fácil num desporto onde a fronteira entre ser falta ou não ser tem a dimensão de um fio de cabelo. 

O que, porém, se passou no final do decisivo jogo foi miserável. 

Independentemente de reais ou inventados rastilhos e intimidações, nada desculpa o insólito de os atletas do Benfica terem recebido o troféu entrincheirados entre quatro paredes como se fossem perigosos marginais.

Escrevo agora com a mesma coerência com que censurei o que, há um ano, se passou na Luz no jogo em que o adversário se sagrou campeão de futebol.

Quem criticou (com razão) o apagão e a rega, deveria ter o mesmo critério e não ajuizar agora benévola e amoralmente a vil tristeza do que se passou no Dragão. 

Para o futuro, bom seria que o bom senso imperasse. 

Mas o day after não me sossegou. De lado nenhum... 

Fica-me a saborosa alegria da vitória do SL Benfica no que Interessa: o jogo.» 

- Bagão Félix, jornal A Bola, 30 de Maio de 2012

Moncho Lopez exige pedido de desculpas a Carlos Lisboa


O espanhol Moncho López, treinador do FC Porto, criticou esta quarta-feira, em entrevista ao Porto Canal, o técnico do Benfica, Carlos Lisboa, pelos incidentes ocorridos no final do 5.º jogo do playoff da Liga, que .

"Foi uma atitude injustificável. Compreendo que se festeje a vitória, mas um treinador experiente não faria o que ele fez. Como adversário sempre reconheci o mérito das suas vitórias sobre o FC Porto. Faltou um pedido de desculpas público. As imagens correram mundo, dando uma má e incorreta imagem do basquetebol em Portugal”, disse o técnico portista, acrescentando:

"Por outro lado, se o treinador do Benfica fosse Sérgio Ramos, o melhor jogador português de sempre, visto ter jogado em Itália e Espanha, não acredito que tivesse uma semelhante atitude.”

Além das críticas a Carlos Lisboa, o técnico dos dragões deixou palavras duras para Mário Saldanha, presidente da Federação: “Como profissional não posso criticar o presidente da Federação. Agora, como Moncho López fiquei desiludido. Primeiro por não ter estado em nenhum dos cinco jogos. Ele é o líder e tem de estar presente. Depois, se não esteve no Dragão e só viu as imagens pela televisão, não pode avaliar o que se passou. Acho que não foi bem informado”.

-Noticia retirada do site do jornal Record

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Rui Unas canta o hino / oração de apoio a Portugal no Euro 2012

Gilberto Madaíl critica a impunidade que é dada a Pinto da Costa


"Pinto da Costa pode dizer o que quiser que nunca cai no ridículo. Já outros dizem seja o que for e caem logo logo no ridículo."

-Gilberto Madaíl, ex-presidente da FPF, 30 de Maio de 2012

Porcão pode ser decisivo na resolução do dossier Éder Luís


O Vasco da Gama poderá ganhar nos próximos dias um aliado para conseguir maior fôlego financeiro: a cadeia de churrasqueiras Porcão está em negociações com o emblema do Rio de Janeiro e, de acordo com a Imprensa brasileira, as conversações evoluem em passo acelerado, depois de o Flamengo ter recusado por não querer ter um porco no equipamento. 

O encaixe financeiro proporcionado com este patrocínio das camisolas ronda o milhão de euros, verba que dará algum desafogo para o ataque a alguns dossiês prioritários, como é o de garantir Éder Luís.

O Vasco da Gama já efetuou uma primeira proposta à SAD encarnada, mas esta foi rejeitada. 

Depois disso, os responsáveis vascaínos lançaram nova investida e, desta feita, esperam que a mesma seja suficiente para segurar o avançado, que tem cedência válida até 30 de junho.

À espreita de um deslize do Vasco da Gama estão, além do Fluminense, também Corinthians e Grémio, que, alegadamente, já têm 4,5 milhões de euros prontos a oferecer ao Benfica. 

Os jornais brasileiros frisavam ontem, inclusive, que o Grémio já chegou a entendimento com Éder Luís, sendo este apenas válido, porém, se o Vasco da Gama não fechar negócio com as águias.

-Noticia retirada do jornal o Jogo

Video: Enzo Perez descarrega fúria no banco de suplentes após nova lesão grave no joelho

Video: Muricy Ramalho diz que Kardec não quer voltar ao Benfica

terça-feira, 29 de maio de 2012

João Querido Manha sobre Pinto da Costa: As malfeitorias sob escuta só servem para enriquecer a secção de ironias do Youtube


Quando um determinado personagem nacional abre a boca à frente de solícitos microfones, chega a hora das graçolas à la carte que calam fundo no lado boçal do futebol, despertando os humores mais sensíveis à atoarda, ao achincalhamento e ao desrespeito de pessoas. 

Chalaça, laracha, piadola ou chocarrice seria a classificação mais apropriada a esta irreprimível tendência para a pilhéria aos adversários - mas não, os admiradores deste separatismo trocista tinham logo de elevá-las à nobre condição de ironia. 

Já houve até um papista que recentemente não resistiu a declará-lo “mestre da ironia”! 

O país decente e temente à lei vive bem com as diatribes do homem. 

Incomoda-se por vezes, com a oportunidade traiçoeira ou com os desvios de cariz racista, mas toda a gente já se riu, algum dia, com as facécias deste abencerragem do anedotário lusitano. 

Mas, de repente, eis que do outro lado vem resposta, mais em jeito de bordoada, bruta e seca, sem ponta de fineza. 

Os dislates viram baionetas, os remoques engrossam para calibre de morteiro. 

Os jornalistas mais obnóxios transformam-se em cronistas de guerra e os comentadores dos painéis marciais em observadores em missão de paz. 

Como se o mundo, o nosso pequeno mundo, da bola estivesse a empinar de pernas para o ar! 

O afrontamento foi elevado à condição de maior apelo à violência, o que não chegou para tirar da prateleira do sossego as autoridades competentes, porque o cariz declarado e ostensivo dos beligerantes os retira, automaticamente, do notável universo de alvos dos nossos badalados serviços de espionagem. 

Na bola, é tudo às claras, com a boca no trombone, porque as malfeitorias sob escuta não servem para mais nada, senão para enriquecimento da secção das mais finas ironias do YouTube. 

Entre “burros” e “camiões”, “poesia” e “coca-cola”, é mais fácil entender a baixaria do confronto. 

Não deste em particular, com insulto e contra-insulto, mas de 30 anos deles, numa só via, sem resposta. 

Meio perdidos sob o fogo cruzado, alguns dos comentadores alinhados apressam-se a replicar a denúncia de um provocador de apelido Lisboa – Isto sim, uma ironia finíssima –, ao mesmo tempo que assobiam para o ar ao ritmo daquele hit da ofensa militante, o tal “SLB SLB filhos...”, que o coro das claques entoa em pelo menos dez “encores” por atuação. 

Mas não há, nunca houve, qualquer ironia neste circo. 

Apenas muita vergonha para os que pactuam, aplaudem e imitam falando em desporto sem apontar tais exemplares como modelos de tudo o que não pode nem deve ser feito numa sociedade livre e sadia. 

Agradeçamos, então, aos fundamentalistas por, ao menos desta vez, terem poupado a dignidade dos bons defensores da língua e respeitado a cultura dos que usam o sarcasmo como arma legítima e elevada de crítica social. 

Responsabilizando editores, jornalistas e comentadores muitos mas não todos, pela falta de coragem em assumir que a charada da “linha” e dos “pneus” não é realmente uma ironia, vá lá, ao peso excessivo e doentio dos dirigentes do futebol.» 

- João Querido Manha, jornal Record, 29 de Maio de 2012

António Magalhães diz que o Benfica faz investimentos assinaláveis em tempos de crise


O Benfica volta em força ao mercado. Concluída a contratação de Ola John por uma verba a rondar os 9 milhões de euros, o clube da Luz prepara o assalto a Salvio e de Espanha dizem que a transferência pode ficar consumada por verba próxima dos 8 milhões de euros. 

A juntar à necessidade de contratar um defesa-esquerdo (custe o que custar?...) e de mais uns milhões gastos em jovens com potencial como Caballero ou Djaniny, o Benfica faz um investimento - assinalável em tempos de crise - no plantel (que na próxima época se alarga a uma equipa B) de modo a estar à altura das suas ambições e... do FC Porto. 

Apesar das orientações na Luz apontarem para a necessidade de apertar o cinto, a realidade encarnada ainda está longe de ser comparável à do Sporting. 

Aí, a política financeira é mais austera - sobretudo depois do investimento realizado na última época não ter chegado sequer para ir à Champions - e tudo o que for possível poupar será direcionado no sentido de adquirir um central e um avançado. 

A resto, compõe-se com a prata da casa. 

O FC Porto, por seu turno, já gastou o que tinha a gastar durante a época passada. 

Agora, enquanto realiza alguns encaixes (Guarín, Belluschi), aguarda pacientemente pelas ondas do mercado para saber se faz, ou não, um negócio Incrível. Se sim, voltará a investir. 

Em todo o caso, de forma mais ponderada do que no passado porque a crise toca a todos. 

Gastando mais ou menos... ou quase nada, a verdade é que o futebol português continua a marcar posição na Europa a 5.° lugar conquistado no ranking de clubes da UEFA - para o qual se olha com alarmismo na destronada França, levando os seus responsáveis a admitir a redução de 20 para 18 equipas na Liga de forma a aliviar a carga competitiva para estarem mais frescas nas provas europeias... - até parece tão normal quanto o facto de a Seleção Nacional marcar presenças sucessivas em Europeus e Mundiais. 

Às vezes, perdemos a noção da realidade. 

Zurzimos nos obreiros de alguns milagres e até assobiamos as nossas estrelas que brilham por todo o Mundo. Estamos mal habituados.» 

- António Magalhães, jornal Record, 28 de Maio de 2012

Marta Rebelo diz que o Porto perdeu no Basket porque é um clube rasteiro, e o Basket joga-se nas alturas


Toda a gente sabe que Carlos Lisboa, o melhor jogador de basquetebol português, é um "holligan". 

É este o retrato que certa gente de um clube da cidade do Porto quer fazer passar de Carlos Lisboa. Por uma única razão: mau perder. 

E foi só por isso que voaram objetos, cadeiras e o diabo-a-quatro no pavilhão do tal clube: mau perder. 

Tivessem pedido à sorte que o último dos cinco jogos da final não lhes calhasse em casa. 

Ou tivessem jogado alguma coisa de jeito para poderem ser eles os campeões. Como não são, manifestam-se como sabem. 

Uns esperneiam, outros atiram o que podem aos campeões, outros ainda escrevem comunicados que o leitor médio do tal FCP não percebe. 

E jogam baixo. Se calhar foi por isso que perderam o campeonato de basquetebol: é que nesta modalidade joga-se nas alturas, e aquela gente só sabe jogar rasteiro. 

Eu que por acaso tenho o Porto Canal e assisti à final. E já vi repetidas vezes as imagens da celebração benfiquista no meio do pavilhão, felizes da vida jogadores e equipa técnica, depois de uma conquista à melhor de cinco no derradeiro encontro, disputado até ao fim, e por escassa diferença pontual. 

Não encontro naquela comemoração senão a felicidade de todos quantos tinham acabado de vencer. Com mérito. 

Não vi Carlos Lisboa a fazer senão abraçar, pular, ser levado em ombros. 

Até que um careca capitão do FCP - cujo nome ninguém sabe e dia algum vai saber, tamanha é a sua irrelevância - aparece a pedir explicações, mão na anca como se fosse a dona de casa, dizendo que o SLB não podia comemorar assim. 

É muito mau perder, muita falta de vergonha, é gente habituada a ganhar haja que expediente houver e quando a vida lhes corre mal perde a cabeça e não sabe comportar-se. 

Como a equipa do Benfica teve de ser escoltada às cabinas e ali receber o troféu, o mínimo que os vencidos deviam ter feito era não receber as medalhitas de meros participantes no meio do campo. 

Mas não sabem comportar-se. Com o presidente do Clube a assistir e a choramingar-se que a polícia foi má para os pobrezitos dos meliantes, mostram o que são. 

São coisa pouca. E nem comunicados percetíveis sabem escrever.»

 - Marta Rebelo, jornal Record, 28 de Maio de 2012

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Leonor Pinhão: Com bandeirinhas ou sem bandeirinhas?


Tempo de selecção! A época oficial terminou no domingo com a Académica a fazer história no Jamor, 73 anos depois da sua última vitória na Taça de Portugal e com o Sporting em inesperada agonia porque ninguém em Alvalade, nem o presidente, nem o treinador, nem os investidores chineses mais os investidores angolanos, alguma vez acreditaram que fosse possível soçobrar na única competição que lhes parecia historicamente destinada.

Coimbra rejubilou com o feito, naturalmente. Do lado dos vencidos, também com a maior das naturalidades, nem foram precisas 24 horas sobre o jogo do Jamor para as qualidades leoninas de Sá Pinto serem postas em causa.

Para Ângelo Correia, presidente da assembleia geral da SAD, o futuro do jovem treinador em Alvalade não é certo. Ângelo Correia poderá ter extravasado as suas funções mas não extravasou da realidade. No futebol nada é certo. E as grandes declarações de amor podem não resistir à primeira contrariedade prática. No futebol os estados idílicos são quase sempre grandes ficções novelescas.

E como é tempo de selecção, voltemos ao único assunto futebolístico nacional que consegue promover a unanimidade dos afectos. No entanto, acabaremos sempre por vir a saber que nem tudo são rosas na selecção e que a equipa das quinas é também palco para grandes ficções novelescas. O último contributo para a desmistificação de tanta comunhão à volta de uma bola foi prestado ao país por Sérgio Conceição.

Conceição veio a público prestar o seu apoio ao seleccionador Paulo Bento e, como em Portugal as homenagens são sempre contra alguém, aproveitou o ensejo para menorizar a tão celebrada dimensão patriótica da era de Luiz Felipe Scolari: "Não precisamos de bandeirinhas à janela", disse o actual treinador do Olhanense.

É verdade que, para ganhar à Alemanha, à Holanda e à Dinamarca, não fazem falta nenhuma as bandeirinhas à janela. O que faz falta, nestas ocasiões, é sempre a mesma coisa: golos na baliza dos adversários e, se possível, "bandeirinhas" que deixem passar os fora-de-jogo da nossa linha atacante. Está visto que Scolari era um parvo. E que Paulo Bento é bestial. Pelo menos até a bola começar a rolar. No futebol nada é certo. Nem as boas intenções. Não é, Sá Pinto?

ERRAR É HUMANO

Afinal sempre houve "quinhentinhos"

Na semana passada, Vítor Pereira (o presidente dos árbitros) concedeu uma extensa entrevista a "A Bola" em jeito de balanço da temporada. E fez o que lhe competia, defendendo a corporação a que pertenceu e que hoje lidera embora, como sempre acontece quando os poderes se prolongam, se desenhe já uma frente de jovens turcos do apito motivadíssimos para lhe ficar com o lugar e com as competências quando a hora soar.

Da entrevista de Vítor Pereira há a relevar duas afirmações: a primeira é de índole cómica. Pereira disse temer que, em Portugal, os árbitros se tornem "uma classe em vias de extinção". É impossível não lhe dar razão vendo as dificuldades com que Paulo Baptista subiu à tribuna do Jamor. Incrível como o árbitro não se "extinguiu" logo ali nas escadarias com tanta palmada nas costas.

A segunda é de índole criminal. Vítor Pereira disse a "A Bola" que o grupo de árbitros que comanda "não é a geração dos quinhentinhos". Ficámos assim a saber, pela voz autorizada de Vítor Pereira, que afinal houve mesmo uma "geração dos quinhentinhos" a operar em prol da verdade desportiva. E, pelos vistos, safaram-se todos lindamente, sem mácula. A dita mácula tombou apenas sobre as tabelas classificativas de década e meia do futebol português.


POSITIVO

Marinho enorme

Marinho tem 1 metro e 66 mas deve ter parecido um gigante a Rui Patrício quando surgiu na área do Sporting para fazer de cabeça o golo que deu à Académica a vitória na final da Taça de Portugal.


NEGATIVO

Villas-Boas na mira

Acabadinhos de se sagrar campeões europeus, os jogadores do Chelsea foram tudo menos corteses com o seu ex-treinador. Obi Mikel e Lukaku, entre outros, aproveitaram a festa para desancar no treinador português.

Robben maldito

Robben falhou uma grande penalidade no prolongamento da final da Liga dos Campeões e os adeptos do Bayern não lhe perdoam. O holandês foi vaiado pelo seu público no decorrer de um "amigável" com a selecção holandesa.


PÉROLA

"UM ASSESSOR DO FC PORTO DISSE-ME QUE DEVIA CUMPRIMENTAR O WITSEL APENAS LONGE DAS CÂMARAS", Steven Defour

A entrevista do belga portista à "Gazeta de Antuérpia" vem revelar o grau avançado do problema, que já parece clínico e do foro mental, que lamentavelmente afecta a arte ideológica do FC Porto no que diz respeito a qualquer tipo de relacionamento com o Sport Lisboa e Benfica.

-Leonor Pinhão, Correio da Manhã, 26 de Maio de 2012


Salvio quer vir para o Benfica, Atlético de Madrid quer colocá-lo no FC Porto


Clube espanhol deve cerca de 27 milhões de euros ao FC Porto, que não conseguirá pagar a não ser que venda Falcao. Atlético quer Salvio no Dragão, mas o argentino prefere o Benfica.

O argentino Salvio está no centro daquela que promete ser uma das grandes novelas no defeso, que tem como base a enorme dívida do Atlético Madrid ao FC Porto. Os colchoneros, recorde-se, asseguraram a contratação de Radamel Falcao no verão de 2011, a troco de 40 milhões de euros, dos quais o clube espanhol pagaria metade, cabendo os outros 50% da verba a um fundo - quantia que já terá sido paga, ao contrário da verba destinada ao Atlético.

O clube madrileno propôs ceder Salvio a título definitivo para, pelo menos, reduzir a dívida ao FC Porto, mas os azuis e brancos rejeitaram a oferta. A conquista da Liga Europa, no entanto, piorou o cenário dos colchoneros, que por terem, ainda, Falcao como máximo goleador da prova terão de desembolsar mais sete milhões de euros pela compra do colombiano.

Salvio até é uma antiga "paixão" do FC Porto - segue o jogador desde os 18 anos, quando atuava no Lanús- , mas os azuis e brancos só admitiriam avançar para a compra do argentino depois do Atlético Madrid saldar a dívida. Há, no entanto, outro entrave a um eventual negócio: Salvio já tem acordo para regressar ao Benfica.

O argentino garantiu ao presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, que tem total disponibilidade para regressar ao clube onde se destacou em 2009/10. O negócio, no entanto, estará dependente do Atlético Madrid, que, segundo noticia a imprensa italiana deste domingo, não quer vender Salvio ao Benfica, mantendo a esperança de que o FC Porto aceitará o jogador.

A vontade do argentino, no entanto, também poderá ser decisiva na hora de ceder o atacante ao FC Porto. Depois de ter terminado o período de empréstimo ao Benfica, Salvio deixou claro que em Portugal só jogaria no clube da Luz. A derradeira solução do Atlético Madrid passará por vender Radamel Falcao, cuja cláusula de rescisão (60 milhões de euros) não afasta o interesse de clubes como Manchester City, Chelsea e Juventus. Na prática, seria vender Falcao para pagar... Falcao.


-Noticia retirada do site do Diário de Noticias

Jornal espanhol Sport diz que Atlético de Madrid vai vender Salvio ao Benfica por 8 milhões de euros


El Atlético de Madrid se ha marcado como objetivo retener a Falcao la próxima temporada, pero para que esto sea posible, el club colchonero puede verse obligado a desprenderse de varios jugadores. Necesita ingresar dinero para pagar su parte de la compra de Falcao y para saldar deudas con hacienda y sus jugadores. Tienen ofertas por Falcao, pero ahora ya se está negociando la venta de Salvio hacia el Benfica por unos ocho millones de euros. El jugador argentino ya jugó cedido en este equipo y los portugueses desean repescarle a toda costa porque guardan gratos recuerdos de la temporada que realizó con ellos.

Salvio, que prefería quedárse en España, todavía no ha llegado a un acuerdo con el Benfica. En un primer momento se habló que el Oporto podría quedarse al futbolista como parte de la deuda que tenía contraida por la compra de Falcao, pero el Benfica da más dinero y la operación debería concretarse en las próximas semanas. No sería extraño que el Atlético se desprendiera de alguna pieza más.

Link da noticia original aqui

Video: Golo de Airton no Flamengo 3-3 Internacional

Domingos Amaral diz que sempre o Porto perde um jogo acaba tudo à estalada


Caro Pinto da Costa: 

O padrão repete-se: o seu FC Porto perde um jogo e acaba tudo à estalada. 

No túnel da Luz, foi assim, com Hulk na molhada. Agora, no final de um jogo de basquetebol, mais balbúrdia e bastonadas. 

Depois, nasce a narrativa habitual: a culpa é sempre dos benfiquistas. 

No túnel foi dos seguranças, no pavilhão de Carlos Lisboa. Segue-se o espetáculo do costume: ciclos de violência verbal e comunicados cheios de fel de parte a parte. 

Devo dizer que estes exercícios folclóricos e musculados de machos não me excitam. 

O que me interessa mesmo é perceber porque é que isto se passa sempre que o seu FC Porto perde. A maior parte das pessoas tem tendência a dizer que o clube "não sabe perder". É verdade. No entanto, ao contrário de muitos, não considero tal característica um defeito, mas sim uma qualidade. 

A derrota é a "zona de desconforto" do seu FC Porto, um estado onde o clube se sente profundamente mal e, quando acontece, alguém tem de pagar por isso. 

Ora, este comportamento só existe porque a vontade de ganhar é tão elevada e tão intenso o compromisso com a vitória, que qualquer derrota é sempre traumática, ao ponto de só se conseguir ultrapassar através de explosões de agressividade e violência. 

"Não saber perder" pode chocar muito as mães e ser mal visto pelos bem pensantes, mas é a manifestação de uma atitude competitiva poderosíssima e de uma cultura de vitória entranhada. 

Saber perder, no FC Porto, é já começar a perder. Julgo que o senhor é o principal criador desse espírito, e acredite que o admiro por isso. 

Só no dia em que Benfica e Sporting chegarem perto desse desejo louco pela vitória, é que serão capazes de derrotar o seu FC Porto mais vezes. 

O seu FC Porto perde um jogo e acaba tudo à estalada.» 

- Domingos Amaral, jornal Record, 27 de Maio de 2012

domingo, 27 de maio de 2012

Video: Todos os pontos marcados pelo Benfica no jogo do título no Dragão Caixa

Vitor Serpa critica Pinto da Costa e Luis Filipe Vieira por causa dos incidentes no Dragão Caixa


A imagem de Pinto da Costa em plena pista do pavilhão do FCPorto gritando, irado e aparentemente descontrolado, nas barbas de um impávido responsável da polícia é a imagem decadente e triste do pais. 

Portugal pode estar à beira desse caos emocional que a fotografia do presidente do FC Porto e a resposta do seu homólogo do Benfica traduzem de uma maneira tão nítida e exemplar que melhor seria levarmos o que se passou muito a sério. 

É bom que todos tenhamos devida consciência disso. 

De facto, se uma simples e natural derrota num jogo de um título de basquetebol pode provocar uma intervenção tão grosseira e tão primária daquele que é considerado - e com justificação – um dos mais históricos dirigentes do desporto nacional, como se deverão conter milhares e milhares de portugueses a quem o dinheiro escasseia para alimentar os filhos, mantê-Ios nas escolas, cuidar da saúde familiar? 

Os dirigentes desportivos, até pela exposição que a si próprios impõem ao país, são modelos seguidos por muitos portugueses. 

Especialmente, os que mais ganham, como é o caso do presidente do FC Porto.

Não podem sentir-se, apesar disso, à margem das leis e das mais elementares regras de cidadania e, pior de tudo, não devem ser especialmente protegidos por um género de justiça privada e personalizada que lhes permita dizer o que querem, fazer o que querem e agirem como querem, sendo ainda contemplados com patética admiração e pacóvio estímulo de insignes figuras de estado. 

Admita-se como verdadeiro - o que não está provado - que as forças policiais, na sua necessária missão de restabelecerem a ordem pública no recinto e de defenderem - como era sua obrigação - os atletas do Benfica em situação de manifesto perigo, teriam agido de forma indiscriminada e desproporcionada.

Existem meios legais e institucionais para se apresentarem as devidas queixas, solicitar inquéritos, expor factos e todos os legítimos e ilegítimos sentimentos de indignações. 

O que não pode prevalecer é a ideia de que há quem tenha suficiente poder pessoal para saltar de um camarote, defender a desordem e meter a polícia de segurança pública na ordem. 

Não sei quantos portugueses estarão neste momento a perguntar: 'Se fosse eu que fizesse aquilo, a esta hora estava preso'. 

E é essa ideia dramaticamente arrasadora da justiça portuguesa que a todos nos faz vacilar sobre se existe, de facto, a mais completa e transparente legitimidade neste estado, que apenas parcialmente será democrático. 

Tal como nos faz questionar se a nossa justiça, para além de padecer de cegueira e óbvias limitações de locomoção, para cúmulo, ainda será geográfica. 

Quanto à resposta dada, aliás tardiamente, por Luis Filipe Vieira, ela só veio agravar o clima de tensão e a conflitualidade latente entre os dois clubes que começam a assumir-se, cada vez mais, como dois estados dentro do estado. 

É, claramente, uma resposta para os ouvidos dos benfiquistas mais sectários e menos qualificados. 

Podia ter aproveitado, Vieira, para sair por cima com uma resposta digna, firme e diferenciadora. 

Preferiu manter o nível e lançar gasolina no fogo que já vai alastrado. 

Vieira tinha, enfim, a suprema vantagem de ter ganho um jogo que Pinto da Costa tanto queria ganhar. 

Podia tê-la usado, com engenho e arte, para dar uma goleada ao seu velho inimigo. Infelizmente, preferiu jogar para empatar.»

 - Vítor Serpa, jornal A Bola, 26 de Maio de 2012

Paulo Teixeira Pinto diz que o Porto devia pedir desculpa ao Benfica por causa dos incidentes no Dragão Caixa


Também nas principais modalidades erradamente chamadas amadoras, a saber, o basquetebol, o andebol e o hóquei em patins, o título estava na posse dos dragões e igualmente em todas elas o clube da águia se apresentou como o principal candidato ao resgate do cetro. 

O caso do andebol já estava resolvido, e bem resolvido. 

Havia legítimas expectativas quanto às restantes duas. 

Mas os augúrios, reconheça-se, não eram os melhores. 

Ainda por confirmar no hóquei, uma modalidade que caminha, de resto, para a quase insignificância, chegou já a decisão sobre o basquetebol. 

Sem surpresa, o Benfica reconquistou o título. Com mérito e justiça, pese embora os dragões tenham dominado a fase regular. 

Mas quando se chega a uma final a disputar à maior de cinco, sendo mesmo preciso jogar a quinta partida no terreno do adversário, e se chega lá e vence - o que nem sequer foi inédito – o vencedor não pode ser contestado. 

Parabéns, portanto, ao Benflca. 

Perder não é vergonha. Vergonha é não saber perder. 

E o que se passou no final do jogo foi verdadeiramente vergonhoso. 

Não há outra maneira de o dizer. 

Nem vale a pena tentar alegar hipotéticas causas justiflcativas - porque não há, nem pode haver, justificação alguma para tal tipo de atitudes. 

Nem há também atenuantes, como a invocada provocação do treinador vencedor. 

O FC Porto tem ganho tanto que já sabe vencer tanto sob as trevas como sobre apagões.

Mas pelos vistos ainda não aprendeu a saber perder. 

Não resolveria nada, mas ficava-lhe bem, ainda que tarde, que de imediato publicamente felicitasse o Benfica e apresentasse as devidas desculpas pelo sucedido no último duelo.» 

- Paulo Teixeira Pinto, adepto do FC Porto, jornal A Bola, 26 de Maio de 2012

sábado, 26 de maio de 2012

Simão e Reyes poderão ser decisivos no regresso de Salvio


Benfica e Atlético de Madrid já estão em diligências para tratar da vida de Salvio (cláusula de 40 milhões de euros e contrato até 2015), que está nos planos do Benfica para a nova temporada.

Conversas exploratórias entre as partes interessadas, com a intermediação de empresários mandatados pelos encarnados para conduzirem o assunto, estão já em curso, no sentido de encontrar uma forma de recuperar o jogador para a Luz, mas não pelos números que os espanhóis exigiram no verão passado: 12 milhões de euros.

Salvio, que nunca saiu do pensamento de Jorge Jesus, treinador dos encarnados, e Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, não foi titular indiscutível do Atlético de Madrid na fase derradeira da temporada e está condicionado pelas escolhas do técnico Diego Simeone em relação aos extracomunitários, questões que podem ser usadas pelos encarnados para procurarem baixar a fasquia.

Questões pendentes relacionadas com Simão Sabrosa e José Antonio Reyes, que representaram os dois clubes, poderão servir também ao Benfica para negociar, fazendo valer verbas que possam estar ainda por liquidar por parte dos espanhóis.

-Noticia retirada do site do jornal A Bola

Fábio do Manchester United recusou vir para o Benfica


O lateral brasileiro rejeitou a proposta dos encarnados e vai jogar, por empréstimo, no Queens Park Rangers.

O lateral brasileiro Fábio, que estava há muito referenciado pelo Benfica, rejeitou a proposta para transferir-se para o clube da Luz na próxima temporada.

O defesa do Manchester United tinha em carteira uma proposta dos encarnados e chegou admitir que vir para Portugal seria "muito bom" para a sua carreira, mas o DN sabe que o futebolista de 21 rejeitou o convite e irá jogar, na próxima época, ao serviço do Queens Park Rangers, equipa que garantiu a manutenção na Premier League.

Assegurada a contratação de Ola John, o Benfica, apurou o DN, concentra agora as suas atenções no mercado em busca de um defesa esquerdo, sendo que há três hipóteses: Siqueira (Granada), Ansaldi (Rubin Kazan) e Rojo (Spartak Moscovo).

-Noticia retirada do Diário de Noticias

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Reportagem SIC: Duelo entre Benfica e Porto por causa do Basket


Está ao rubro a guerra de palavras entre o FC Porto e o Benfica. Começou por causa da violência na final campeonato de basquetebol que o Benfica ganhou no Estádio do Dragão. O Benfica fala em ladrões e falta de vergonha, o FC Porto responde que é apenas inveja.


João Malheiro diz que o Benfica tem que aterrorizar na próxima época


Em pleno defeso, os benfiquistas interrogam-se. Que equipa na próxima temporada? 

A questão faz todo o sentido, ademais sabendo-se que, invariavelmente, os objectivos são audaciosos. 

Todas as competições terão de ter a marca Benfica, que o mesmo é dizer a luta pelo triunfo. 

Porventura, apenas a Liga dos Campeões pode não obedecer a esse requisito, ainda que uma prestação de qualidade esteja no horizonte. 

Mas será que o problema é a equipa que se vai apresentar na nova época?

Com algumas alterações, fruto de contingências várias, o grupo de trabalho não deve sofrer grandes alterações e dará, em tese, todas as condições para a prossecução dos múltiplos propósitos ganhadores. 

A questão não é a equipa? Então o que é? É, sobretudo, a atitude. 

Os dois últimos anos, provaram à sociedade que o Benfica claudicou nos momentos capitais. 

Os dois últimos anos, provaram à sociedade que o Benfica não foi respeitado ou não se soube dar ao respeito. 

No Benfica, exige-se outra atitude. Atitude competitiva? 

Também maior vigilância e ataque cerrado a todos aqueles que pretendem inquinar a Verdade Desportiva. 

Não pode haver facilitismo, não pode haver triunfalismo. 

Da mesma forma, não pode haver negligência, não pode haver descuido.

Todos os benfiquistas têm de contribuir para que a ATITUDE seja outra. 

Muito os adeptos, mola real da melhor ou menos boa atmosfera emocional. 

Por acrescidas razões, muito os dirigentes, os técnicos, os atletas. 

O Benfica tem que atemorizar, o que não significa viciar. 

Tem histórico para isso, tem peso para isso, tem condições para isso. 

Há uma atitude vermelha que, em momento algum, pode estar desbotada, pode ser descurada. 

Então, sim. A paisagem competitiva será outra. Mais garrida, com absoluta certeza.» 

- João Malheiro, jornal O Benfica, 25 de Maio de 2012

Benfica emite novo comunicado desta vez a criticar PSP do Porto


Com 48 horas de atraso, decidiu a Polícia de Segurança Pública do Porto entrar no “folclore” do jogo de Basquetebol da passada quarta-feira, no pavilhão Dragão Caixa.

Diz a PSP do Porto que vai “investigar os confrontos entre adeptos do FC Porto e do Benfica”. Poderá a PSP investigar muita coisa, mas confrontos entre adeptos é que garantidamente não poderá fazer, pela simples razão de que não havia adeptos do Sport Lisboa e Benfica para festejar o título de Campeão Nacional no Dragão Caixa, uma vez que o FC Porto recusou disponibilizar bilhetes para a equipa visitante.

Só podemos desejar à PSP boa sorte para esta investigação, seja ela qual for.

-Comunicado oficial do Sport Lisboa e Benfica, publicado no site do clube

Daniel Oliveira diz que Pinto da Costa tem saudades do guarda Abel


A final entre o Sporting e a Académica acabou em festa. Festa em Coimbra, claro está. 

Como muitos sportinguistas, senti-me frustrado. Haveria, na minha expectativa, alguma soberba. Talvez a mesma que levou o Sporting à derrota. 

Ainda assim, ninguém roubou aquele dia à Académica. Porque tem sido essa, com raríssimas exceções que critiquei, a cultura do Sporting. 

Na mesma semana, o FC Porto perdeu o título de basquetebol. 

E bastou essa derrota e umas palavras menos agradáveis do treinador benfiquista para que o pavilhão Dragão Caixa se transformasse em cenário de guerra campal. 

Perante isto, o que fez Pinto da Costa? Pôs-se, como faz sempre, do lado da violência indignado por a polícia ter impedindo que os jogadores do Benfica fossem atacados pela multidão em fúria, dirigiu às forças da ordem a sua ira de mau perdedor. 

Compreendo que tenha saudades do guarda Abel e da conivência das forças de segurança com a sua falta de escrúpulos.

Compreendo que ameaças sobre jornalistas seja a ideia que tem do que deve ser a segurança pública. 

Entendo, por isso, a sua estupefação por a polícia ter defendido os jogadores em risco. 

Já aqui deixei várias vezes nota de qual é o meu problema com o FCP. 

Não é com o clube, o melhor, há alguns anos, no futebol nacional. 

Não é com a cidade, de que gosto muito. 

Não é seguramente qualquer simpatia pelo Benfica (que também já fez gracinhas destas). 

É o facto de este senhor, ao mesmo tempo que, com toda a legitimidade, levava o Porto para o topo do futebol nacional, ter transformado o ambiente no desporto profissional numa coisa irrespirável. 

O papel de Pinto da Costa no episódio de quarta-feira, que obrigou os novos campeães a receberem a taça no balneário, é apenas mais um triste exemplo da falta de classe deste dirigente.» 

- Daniel Oliveira, jornal Record, 25 de Maio de 2012

Porto emite comunicado de resposta às acusações de Luis Filipe Vieira


O FC Porto reagiu esta sexta-feira às declarações proferidas ontem por Luís Filipe Vieira, através de um comunicado publicado no seu site oficial, onde criticam fortemente a postura adotada pelas águias após os incidentes ocorridos no Dragão Caixa, no final do campeonato de basquetebol.

Comunicado:

OS BURROS E A MUDANÇA

1 - Um leitor aproveitou um dos raros momentos de satisfação para ler o que outros lhe escreveram, o que em si mesmo já não é notícia. Há pormenores que importa realçar, como o “orgulho, admiração e agradecimento” pelos gestos e insultos de um seu funcionário, o que é elucidativo do carácter do leitor e consiste no mais forte apelo à violência no desporto de que há memória em Portugal.

2 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que só tiram a cabeça da toca de vez em quando e que nunca são capazes de dar a cara nas repetidas derrotas.

3 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam levar por textos a fingir de anjos e arcanjos, enquanto o passivo dos nove anos de gestão do leitor galopou dos 83,9 para mais de 400 milhões de euros.

4 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que permitem a quem nunca mostrou competência alterar os estatutos às escondidas para que ninguém ouse disputar-lhe a presidência e assim possa continuar a enganá-los a todos.

5 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que se deixam contentar com dois campeonatos e uma taça enquanto o leitor enche pneus de inveja com os títulos nacionais e internacionais do FC Porto.

6 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que ainda levam a sério o leitor. Em 2003: “O Benfica será mais forte do que o Real Madrid”. Em 2005: “Vamos arrasar na Europa”. E em 2006: “Depois do Verão, seremos o maior clube do mundo”. Largos dias têm os Invernos…

7 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que pela força do hábito não sabem lidar com a vitória. Podem continuar a tentar ganhar eleições à nossa custa, mas continuam a ver o FC Porto ganhar camião de títulos. E nem o camião nem os títulos são roubados.

8 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que fecham os olhos à forma como o leitor enriqueceu. É o alpinismo social.

9 - Burros não são os que acreditam na mudança. Burros são os que confundem risco com linha, ou que julgam que coca-cola só tem quatro letras.


PS: Aguardamos que a Procuradoria-Geral da República investigue o ataque à honra e à imparcialidade dos juízes e da polícia feito pelo leitor.

Video: José Eduardo Moniz foi ao "5 para a meia noite" falar do seu Benfica

Video: Kardec diz que quer ficar no Santos

Rui Santos diz que Benfica e Sporting vivem do passado enquanto que o Porto vive do presente


Benfica e Sporting terminam as respectivas épocas desportivas longe dos objectivos que traçaram e uma quase total frustração povoa o universo dos dois históricos clubes da Segunda Circular, numa época em que o FC Porto não foi particularmente forte. 

Esta realidade deveria levar os adeptos dos clubes de Lisboa a reflectir sobre tudo o que se passa à sua volta: lógica de investimento, contratações, comunicação. Gastam-se milhões. O Benfica ganha a Taça da Liga. O Sporting perde para a Académica a Taça de Portugal. 

São apenas os árbitros os maus da fita?!... Ambos se queixaram das arbitragens, mas ambos têm de olhar para si próprios, independentemente das incoerências dos dúbios critérios e da mediocridade que o sector (dirigentes e árbitros) não consegue disfarçar. 

Oficialmente Benfica e Sporting ratificaram a primeira FPF investida de poderes efectivos (como parece claro da decisão tomada em cima da maioria das posições protagonizadas pela Liga em matéria de alargamento) e apoiaram a recondução de Vítor Pereira na liderança da arbitragem, mas apesar desta aparente concórdia institucional relativamente às “grandes questões” do futebol português, a verdade é que muito em razão do que se passou no “incêndio da Luz”, os dois emblemas estão de costas voltadas, para gáudio do FC Porto, o primeiro e principal beneficiário dessa situação. 

Benfica e Sporting não alcançam o essencial: os dois grandes clubes de Lisboa acham que se apresentam em condições de continuar a viver do passado, quando o FC Porto vive do presente, porque teve perspectiva com sentido prospectivo num momento em que era urgente realizar a “sementeira” para inflectir a “hegemonia lisboeta”. 

O FC Porto não apenas soube como lidar com os árbitros (primeiro, com recurso ao “chicote”; agora, em fase de gestão da “sementeira”), mas também tratou de formar treinadores que estão hoje no mercado do futebol profissional e de consolidar a sua estrutura interna de funcionamento, e isso faz alguma diferença, designadamente em matéria de comunicação. 

Pinto da Costa não precisa de assessores para lhe prepararem os discursos. Não precisa de “media training”. Gere as suas presenças na comunicação social como ninguém. Utiliza o poder que soube granjear e não precisa de lições de especialistas para dizer o que tem a dizer, com sentido estratégico. 

Nos clubes de Lisboa, os presidentes não são capazes de gerir, por vocação - como acontece com o presidente portista - a agenda mediática. 

Ao cabo de 30 anos, Benfica e Sporting também ainda não compreenderam que, com as suas birras e desavenças e com tiques de uma rivalidade agora sem sentido, apenas conseguiram reforçar as capacidades do FC Porto. 

A racionalização do futebol é uma coisa muito dificil de alcançar, e é por isso que ninguém se arrisca a avançar para um projecto de “fusão” de Benfica e Sporting, a única forma de, chegados a este ponto, combater as assimetrias e os défices dos clubes de Lisboa e a única forma de contrariar a hegemonia do FC Porto no futebol português. 

Na “gestão das emoções” e de uma pobre rivalidade, Benfica e Sporting, cada qual orgulhosamente para seu lado, arriscam-se a ficar muitos mais anos sem ganhar. 

NOTA – Agora Hugo Viana já se enquadra no futebol praticado pela Selecção Nacional?!...» 

- Rui Santos, jornal Record, 24 de Maio de 2012

Benfica acusa Porto de manipular imagens



Comunicado

Enganam alguns, algum tempo


A genética efectivamente define o carácter das pessoas. Mostrou ontem [dia 24] o Porto Canal a prova irrefutável que justificou toda a violência no Caixa Dragão. As “bárbaras” provocações de Carlos Lisboa foram exibidas e repetidas até à exaustão. Os restantes canais foram atrás, e reproduziram as “irrefutáveis” provas que as virgens ofendidas decidiram exibir, alguns com direito a lupa e ampliação. Esqueceram-se os responsáveis do Porto Canal de dizer uma coisa básica: que misturaram imagens do segundo jogo da Fase Final com imagens do quinto encontro. Imagens em que Carlos Lisboa reage ao maior provocador de todos, o treinador adjunto do FC Porto, com imagens dos festejos do título.

Mas a “provocação” do segundo jogo não deu em nada, o jogo acabou sem violência e sem reparo. Já a provocação do quinto jogo, essa sim é inadmissível de aceitar, porque afinal de contas representava a perda do título nacional. Esta é que foi a maior provocação de todas.

O mais incrível é que ninguém questionou ver nas imagens – supostamente do mesmo jogo – árbitros diferentes. Efectivamente quando não se sabe ser sério não se consegue jogar limpo em nada. Uma questão de genética.



-Comunicado oficial do Sport Lisboa e Benfica, publicado no seu site



Benfica é campeão de amigos no Facebook

O clube da Luz é o líder destacado da Internet, acumulando mais amigos no Facebook, mais seguidores no Youtube e mais visitantes no site do que os rivais da Segunda Circular e FC Porto.

Segundo um estudo apresentado, hoje, pelo IPAM (The Marketing School), os encarnados contam com 1.118.741 seguidores fiéis no facebook e 6.457 no Youtube, registando ainda o site mais visto da Liga portuguesa.

Os bicampeões nacionais levam a melhor sobre os adversários de Lisboa no número de seguidores no Twitter (44.995) e ainda no número de visitantes do website no estrangeiro - um em cada três acede ao site fora do país.

De acordo com o trabalho desenvolvido pelo IPAM, Benfica, FC Porto e Sporting seguem "no bom caminho do mundo digital", figurando em 11º, 14º e 19º lugar no ranking europeu, liderado pelo Barcelona (30 milhões de amigos no Facebook e quase cinco milhões no twitter).

No ranking das tecnologias digitais, o Real Madrid de Ronaldo e Mourinho segue atrás do rival da Catalunha, com 27,8 milhões de seguidores no facebook e 4,6 milhões no twitter.

Já o site mais consultado da Europa é o do Manchester United, que com o Arsenal, Liverpool, Barcelona e Real Madrid integram a lista restrita dos 5 mil sites mais visitados do mundo.

-Noticia retirada do jornal Expresso