Faltam 43 dias para fechar o mercado. Há já algum dinheiro a circular mas muito ainda está por fazer. Será que, olhando para as equipas portuguesas, pelo menos para aquelas tradicionalmente mais ativas em compras e vendas, alguém se arriscará a um prognóstico sobre a composição do plantel de cada uma delas no próximo dia 1 de Setembro? Não creio.
Nenhum jogador está off limits. Porque o equilíbrio financeiro dos principais emblemas nacionais está diretamente ligado às receitas extraordinárias, leia-se à venda dos direitos desportivos sobre os jogadores. Estes jogos de início de temporada são muito curiosos, permitem matar saudades e medir de alto a baixo os reforços, mas não servem, de todo, para que se tirem conclusões sustentadas.
Veja-se o caso do Benfica. Pela composição atual do grupo de trabalho às ordens de Jorge Jesus não será difícil antecipar que pela cabeça do técnico encarnado pode passar a ideia de jogar em 4x2x3xl, juntando mais Enzo a Matic e colocando Djuricic nas costas de Lima.
E se Matic sair? e se Cardozo sair e vier outro ponta de lança que pegue de estaca? Lá vão estas contas de cabeça por água abaixo. E quanto aos centrais? Quem diz que Luisão não recebe em rublos o contrato da sua vida e Garay não acaba mesmo em Manchester? Tudo isto pode suceder. Daí a fragilidade das conjeturas que estão a ser feitas.
O mesmo, mutatis mutandis, pode ser aplicado ao FC Porto, onde Jackson é cobiçado em várias latitudes e Fernando gostava de mudar de ares; ou de forma ainda mais aguda ao Sporting, que tijolo a tijolo está a reconstruir uma casa que se quer sólida.
A Liga Zon-Sagres começa a 18 de agosto, a Champions a 17 de setembro.
E atrás de tempo, tempo vem...
- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 19 de Julho de 2013
Critico veementemente a saída de Cardozo do Benfica! Não se "tratam dores" de cabeça decapitando os pacientes! O Benfica SAD tem seguramente alguém com discernimento e poderes para punir efectivamente a indisciplina sem punir, de passo, o Clube. Há muito que venho reclamando a contratação de alguém com o estatuto do "velho" «Capitão» Mário Wilson para encabeçar a gestão do futebol profissional do Clube, obrigando estatutariamente o treinador a "despachar" com ele a formação quer do plantel quer da própria equipa que entra em campo. Luís Filipe Vieira de futebol percebe muito pouco e meteu-se-lhe em cabeça que devia delegar a gestão do futebol profissional, senão de direito, com certeza de facto no técnico que, assim, fica sendo o seu próprio superior hierárquico, com poderes de decisão que passam em exclusivo, para todos os efeitos, por ele e só por ele: "Jorge Jesus não conta com" Fulano ou Beltrano, funcionários [e alguns grandes promessas] do Clube. O "caso Cardozo" como o "caso Miguel Rosa" são paradigmáticos de uma gestão deixada à solta sem cuidar dos interesses do Clube. Gosto muito do treinador Jesus mas é preciso que alguém lhe limite os poderes dentro do Clube a bem deste!
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