Bruno Cortez vai tentar resolver aquela que é considerada a maior fragilidade do plantel do Benfica, desde que Fábio Coentrão assinou pelo Real Madrid. O internacional português é, para já, o único caso de claro sucesso no lado esquerdo da defesa e, recentemente, em entrevista, Jorge Jesus voltou a revelar a admiração que tem pelo extremo razoável que moldou até tornar-se um defesa de nível mundial.
Cortez, internacional brasileiro, é o 14º lateral-esquerdo da era Jesus, se contabilizarmos o recém-contratado Sílvio, e alguns erros mal assumidos de casting como Bryan, que chegou em janeiro, chegou a ser inscrito na Liga dos Campeões, mas nem um jogo oficial fez pela equipa principal dos encarnados. Ou Sepsi, que estava no plantel original de 2009/10, mas acabou emprestado ao Racing Santander e depois voltou à Roménia, assinando pelo Poli Timisoara.
Vamos então falar de laterais-esquerdos. Não esporádicos como David Luiz, que fez aí dois jogos na Liga - um em 2009/10, outro em 2010/11 -, depois de ter sido aposta de Quique Flores em quase toda a época anterior, quando o treinador espanhol decidiu que Léo já não desempenhava a posição com competência. Vamos falar de verdadeiros laterais. Os tais 14.
Na época do título encarnado, havia então Sepsi (1) e Shaffer(2); Jorge Ribeiro treinava à parte do plantel. O romeno não convenceu, o argentino durou poucos jogos. César Peixoto (3) recuou para a lateral, até que Fábio Coentrão (4) conseguisse assumir de vez uma posição que não era a sua.
Na temporada seguinte, ainda havia Coentrão e Peixoto, e também Carole (5). O jovem francês também mostrava fragilidades e só jogou quando era preciso rodar a equipa. Por exemplo, quando o título já estava perdido e era preciso fazer descansar os titulares para a Liga Europa. No final da temporada, chegaria a proposta do Real Madrid por Coentrão. Em janeiro, já César Peixoto tinha rescindido contrato e assinado pelo Gil Vicente. Seria preciso mudar tudo.
Emerson (6) e Capdevila (7) foram contratados em 2011/12. Quando todos esperavam que a aposta fosse o experiente espanhol, campeão do mundo, Jesus preferiu o brasileiro. Fez toda a época, mas chegou ao fim sem convencer, assobiado pelas bancadas. E também havia Luís Martins (8), o miúdo que tinha coisas de Coentrão, segundo o próprio treinador. Teve batismo de fogo na Champions, apareceu depois em alguns jogos, mas os genes eram muito diferentes, afinal, do lateral que lutava por convencer o Santiago Bernabéu.
Na última temporada, era preciso renovar o lugar. Capdevila e Emerson tinham saído sem deixar saudades. Luisinho (9) e Melgarejo (10) chegaram do Paços de Ferreira, mas o Jorge Jesus preferiu adaptar o avançado em vez de escolher aquele que mais vocação aparentava para o lugar. Melgarejo resistiu aos erros nos primeiros jogos e Luisinho, quando aparecia, também não entusiasmava. A época acaba com André Almeida (11) como lateral-esquerdo. Bryan (12), emprestado aos encarnados em janeiro, nunca subiu da equipa B, apesar de toda a esperança demonstrada na sua contratação, com a inscrição para a reta final na Champions.
Esta época, chegam Sílvio, que pode jogar na esquerda, e agora Bruno Cortez. 13º e 14º laterais da era Jesus. Será que acabam por aqui?
-Noticia retirada do site do Mais Futebol
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