O caso acrescentou preocupação à preocupação dos portugueses, que têm o hábito de gostar da equipa nacional de forma condicionada.
O treinador tem, aqui, uma lmportãncla vital. Ou gera empatia ou antipatia e qualquer um desses sentimentos marca definitivamente, o sentimento dos portugueses pela Seleção.
Paulo Bento está na categoria dos que agrada à maioria.
Tem uma imagem muito portuguesa. É amável, humilde, competente, e até mesmo a sua característica de teimosia não é sentida, necessariamente, como um mal.
A caricatura da célebre tranquilidade criada pelo Ricardo Araújo Pereira ajudou-o a tornar-se mais popular.
Não tem a capacidade e a força mobilizadora de Scolari, mas ganha de goleada a Carlos Queiroz com quem o povo manifestamente embirrava.
Outro condicionalismo que afasta ou aproxima o povo português da equipa nacional é o resultado desportivo.
A Seleção não tem a tolerância que o adepto sente dever ao seu clube. Ou a Seleção joga bem e ganha e a malta sente-se bem representada pela equipa que passa a ser de todos nós, ou joga mal e perde e, nesse caso, a Seleção é votada ao abandono como se fosse um cão tinhoso.
Depois da derrota com a Turquia, o povo espera pelas cenas dos próximos capítulos, ou seja, o jogo com a Alemanha, para saber de que lado vai estar.
No confronto com os alemães - não haja dúvidas - os portugueses irão jogar contra o célebre Schweinsteiger, o Gomez e o Ozil e jogará também contra a senhora Merkel e o patrões germanófilos da desgraça troika.
Se ganharmos, teremos o povo, incondicionalmente, com a sua Seleção.»
- Vitor Serpa, jornal A Bola, 5 de Junho de 2012
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