E todos sabemos como os excessos de euforia nos têm saído caro.
Mas o jogo contra a Macedónia também trouxe preocupações: confirmou a falta de classe de alguns jogadores para jogarem numa seleção com pretensões - casos de Quaresma, Ruben Micael ou Postiga.
Dificilmente se percebe que uma equipa que sonha ganhar o Europeu tenha um avançado centro que joga num clube do fim da tabela espanhola.
E as alternativas, Hugo Almeida ou Nélson Oliveira, não são brilhantes.
Quanto ao meio campo, tem dois ótimos jogadores de perfil operário, como Moutinho e Meireles, mas falta-Ihe um criativo com classe.
Na defesa, penso que Bruno Alves, pela sua rudeza, nos pode trazer problemas.
A equipa vai assim viver muito do talento de Nani e Ronaldo, o que lança sobre as nossas hípóteses um manto de incertezas: é que Nani é um jogador imprevisível, de jogadas brilhantes e apagões, e Ronaldo raramente faz na Seleção exibições de encher o olho.
Uma palavra para o conjunto. Não percebo por que razão Paulo Bento não pôs de início em campo a equipa titular, para ir ganhando rotinas de jogo e automatismos.
Seria esse, a meu ver, o grande objetivo de um desafio de preparação.
Quanto ao modelo de jogo, tenho uma dúvida: as equipas que este ano venceram grandes competições adotaram táticas de contra-ataque, de futebol venenoso e cínico - e a seleção portuguesa está moldada para jogar de forma aberta.
A ver vamos o que sairá dali. Mas não estou muito otimista.»
- José António Saraiva, jornal Record, 30 de Maio de 2012
Concordo com a observação aos ditos jogadores e à análise ao sistema de jogo
ResponderEliminar