quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cantora Micaela descobre esquema de burla envolvendo ex-candidato à presidência do Benfica


Uma história que releva um facto indiscutível: o futebol português continua a ser campo para a actividade «marginal» de burlões e vigaristas que se servem do desporto rei para os seus inconfessáveis interesses.

Carlos Quaresma ganhou notoriedade como candidato «encarnado» e durante anos andou na «sombra» da impunidade e até chegou a ser apaparicado por governantes. Crítico da actual situação que se vive em Portugal, Carlos Quaresma chegou a admitir que até já tem “vergonha de ser português”. E atribuiu a culpa da situação aos “senhores da política” porque “são todos aldrabões”…é preciso ter desfaçatez!!!

Deliciosa a história do ex-candidato á presidência do Benfica, Carlos Quaresma, emigrante radicado na Suécia, condecorado pelo Estado português devido às suas «generosas« dádivas filantrópicas e que é suspeito de burlar várias câmaras e instituições de solidariedade social com a oferta de material hospitalar e ortopédico que enviava daquele país. 

Uma investigação da RTP concluiu que a Fundação AGAPE, organização sueca que desenvolve atividades humanitárias e da qual Quaresma se intitulava fundador e presidente (não o era, como o confirmam os actuais representantes daquela organização, apenas servia de intermediário) tem suspeitas de ter sido burlada pelo antigo jogador de futebol encarnado, que durante anos intermediou os donativos da Fundação em Portugal. Os materiais chegavam a Portugal praticamente a custo zero – fala-se em 1500 euros como verba simbólica proposta pela AGAPE – mas Quaresma em troca, pedia o pagamento do transporte, feito em camiões, por cerca de cinco mil euros, e de um imposto de selo, no valor de oito mil euros. Uma investigação SIC apurou que esse imposto, afinal, não existe.

Há muito que Carlos Quaresma é conhecido na imprensa portuguesa que amiúde dava eco dos seus propósitos mirabolantes de chegar à presidência do Benfica. Nas eleições realizadas em 2002, chegou a dizer que contava com o apoio de Eusébio, Veloso e família Onassis e que afirmava que Van Basten era o seu treinador. Depois, nas eleições seguintes, o sueco Eriksson já era o seu grande trunfo eleitoral, chegando a deixar-se fotografar junto de um Ferrari amarelo do qua dizia ser proprietário para dar um ar de que teria suficiente «status» social e poder económico para se alcandorar à presidência do clube. Em outras ocasiões, dizia estar em poder de documentos comprometedores para o actual presidente do Benfica – os quais, nunca chegou a apresentar, muito menos, os encaminhou para a PJ.

A fundação sueca Agape já apresentou queixa à polícia. Algumas autarquias portuguesas ponderam fazer o mesmo.A burla pode ultrapassar um milhão de euros. Para a descoberta da golpada muito terá contribuído a cantora Micaela que se tornou embaixadora da fundação criada por Carlos Quaresma.

Foi mesmo responsável pela divulgação das obras de beneficência e ela própria começou a angariar fundos para trazer mais um camião para Portugal. A cantora descobriu a burla há cerca de um mês, quando falou com os responsáveis da fundação sueca.

Por causa destas obras de beneficiência, Carlos Quaresma foi condecorado em Março pelo Governo. O secretário de Estado das Comunidades não faz, para já, declarações, enquanto a investigação estiver a decorrer. Mas sublinha que, por norma, as medalhas só são atribuidas após um escrutínio sério e exaustivo, com base em testemunhos, que, assegura, foi feito também neste caso.Resta perguntar se esse escrutínio foi realizado de forma séria e rigorosa e passou à margem das «excentricidades» deste senhor no passado ( que contemplavam o pagamento de 40 mil euros a jornalistas para lhe tratarem da imagem, como sublinha na sua página no Facebook um dos «assediados», Marinho Neves, autor do livro «Golpe de Estádio» que «destapou» a corrupção no futebol portugês) ou se as medalhas são assim atribuidas a pataco…

Curiosa a entrevista que Quaresma deu à Agência Lusa ( reproduzida no site PT Comunidades) sobre as suas actividades de distribuição de material ortopédico que, pelos vistos, se estendem a todo o Mundo, o que pode dar maior amplitude ao escândalo, não se eximindo a tecer considerações sobre a situação política em Portugal, considerando que os senhores da «política são todos aldrabões». Leiam e divirtam-se:

“Quando vim para Suécia abri uma fundação – a AGAPE – que tem trabalhado não só para Portugal como para todo o mundo. Já enviámos material para 93 países do mundo” .Os últimos países para onde enviou material, foram o Japão, o Haiti e o México.Na passada semana, chegou um camião a Bragança e estão já agendadas doações para os Açores, Bombarral, Oeiras, Moncorvo, Algarve e Aveiro. “Temos recebido muitos pedidos de Portugal”, diz Carlos Quaresma, de 56 anos, que trabalha para o Estado sueco.

O material ortopédico que envia – entre os quais cadeiras de rodas, camas eléctricas, andarilhos eléctricos e canadianas – é dado à fundação AGAPE pelos hospitais suecos. “Aqui renovamos todos os anos os hospitais e as clínicas. Como eu trabalho para o Estado e abri a fundação, esse material vai todo para a fundação e, a partir daí, é doado para quem pede”, explica à Lusa.
 
Desde que começou com este trabalho solidário, Carlos Quaresma já enviou 78 camiões com material para Portugal, de 12 a 15 toneladas cada um. Do lado português, lamenta que o Ministério da Saúde “não se interesse” por quem precisa desses materiais e que o Governo nunca o tenha contactado para dizer apenas: “Epá, obrigado pelo trabalho que está a fazer”.
Crítico da actual situação que se vive em Portugal, Carlos Quaresma admite que até já tem “vergonha de ser português”. E atribui a culpa da situação aos “senhores da política” porque “são todos aldrabões”. 

“Portugal devia ser um país de sol, de luxo, mas não é porque os políticos vivem de aparências. Se fossem como os políticos da Escandinávia o país estava uma maravilha. Éramos o país de mais luxo no mundo”, defende.
Carlos Quaresma lamenta também que haja “milhões e milhões” para o futebol, mas não haja para a saúde e a educação.

Uma história que releva um facto indiscutível: o futebol português é campo de actividade «marginal» para burlões e vigaristas que se servem do desporto rei para os seus inconfessáveis interesses… estranha-se é que só Vale e Azevedo, a viver um exílio dourado na Grã Btretenha, seja o único a ter tido o incómodo de passar pela cadeia… o que também releva a impunidade com que estes senhores são tratados pela justiça…

http://crimedigoeu.wordpress.com

2 comentários:

  1. É uma história triste. E ainda por cima ele é um ex-casapiano. Conseguiu burlar muita gente, incluindo o Governo, colegas e amigos e ex-glórias do Benfica. Miséria humana.

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  2. Também foi dos enrabados? não se acusou.

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