A alcunha de rei assenta-lhe que nem uma luva. Há quem o ache prejudicial à saúde do Benfica por ter reinado sem coroa nem arte, com uma série de decisões contestadas como o recurso a Tavares e Nelo e as dispensas de Isaías e Paneira.
A (outra) verdade é que Artur Jorge se sagra campeão europeu pelo FC Porto em 1987 e é o primeiro treinador português a vencer um campeonato lá fora, com o Paris SG, em 1993.
Falamos dele porque é o rei. Disso tudo – e também das manitas (5-0).
Ao todo na carreira, são 17. Só no FCP, 13, uma delas na Europa e fora das Antas (vs. Portadown).
Há espaço neste peculiar ranking para o Benfica?
Há espaço neste peculiar ranking para o Benfica?
Sim, claro. Artur Jorge, por exemplo, tem uma manita, ao Chaves, na Luz, golos de Isaías-2, João V. Pinto, Amaral e Kenedy.
O rei, com alcunha e tudo, é ele, mas o verdadeiro rei dos 5-0 é Otto Glória.
Como o próprio nome indica, oito manitas, separadas por duas passagens lá para os lados da Luz, entre 1954 e 1970.
O Braga é duplamente cilindrado em tão-só 11 meses. Leva cinco em Janeiro e mais cinco em Novembro. O marcador de serviço é José Torres. Desses dez golos, cinco são seus!
O húngaro Janos Biri até tem menos que Otto (ou oito, ou lá o que é), mas a epopeia inicia- -se com um 5-0 ao Sporting, hat--trick de Espírito Santo, para o Regional lisboeta em Dezembro de 1939.
Oito, sete. Agora... achamos que agora é seis, não é? Eis que surge o inglês John Mortimore, que comete a proeza de dar duas manitas ao Sporting, uma para o campeonato (o célebre 5-0 ao intervalo em Novembro de 1978) e outra para a Taça de Portugal, quartos-de-final.
Oito, sete, seis. Agora... agora... é o cinco, certo? E lá aparece a figura mais simpática, o sueco Sven-Goran Eriksson. Na sua primeira era, não há cá 5-0 nenhum. De 1989 a 1992, é um festim com um final europeu, frente ao Dínamo Kiev, para aquela época experimental da Liga dos Campeões.
Agora é o quatro? Não, agora vamos subir mais um degrau. Voltámos ao seis, porque há um homem chamado Jorge Jesus decidido a fazer história. Em Setembro de 2009, 5-0 ao Leixões. No mês seguinte, um 5-0 europeu, ao Everton. Em Janeiro de 2010, outro, este no Funchal (sempre a inovar). Em Abril de 2010, mais do mesmo, à Olhanense. Em Janeiro de 2011, mais do mesmo, parte II. Pobre Olhanense.
Um ano e meio depois, a Jesus team volta a fazer das suas, e no Bonfim. Segunda manita fora da Luz para JJ, a terceira em Setúbal (Junho de 1949 e Abril de 1950, ambos na era Ted Smith). Pelos vistos, já não é novidade. Nem para o Vitória nem para Jesus. Mas sim, há um ponto curioso. É o primeiro 5-0 de Jesus sem a contribuição de Cardozo. Seja assobiado ou aplaudido, o paraguaio é sempre uma fonte de golos: dois ao Leixões, dois ao Everton, um ao Marítimo, três à Olhanense e mais um bis aos de Olhão. Desses 25 golos, dez pertencem ao avançado.
E não é que Cardozo fica em branco no Bonfim? O número 7 devia ter feito pelo menos um, mas o seu cabeceamento no limite da pequena área vai direito ao guarda-redes Caleb. Os golos, esses, assinam-se por Rodrigo--2, Salvio, Enzo Pérez e Nolito. A pergunta do momento é: para quando o próximo 5-0? E é na Luz ou fora?
Rui Miguel Tovar, ionline.pt
O húngaro Janos Biri até tem menos que Otto (ou oito, ou lá o que é), mas a epopeia inicia- -se com um 5-0 ao Sporting, hat--trick de Espírito Santo, para o Regional lisboeta em Dezembro de 1939.
Oito, sete. Agora... achamos que agora é seis, não é? Eis que surge o inglês John Mortimore, que comete a proeza de dar duas manitas ao Sporting, uma para o campeonato (o célebre 5-0 ao intervalo em Novembro de 1978) e outra para a Taça de Portugal, quartos-de-final.
Oito, sete, seis. Agora... agora... é o cinco, certo? E lá aparece a figura mais simpática, o sueco Sven-Goran Eriksson. Na sua primeira era, não há cá 5-0 nenhum. De 1989 a 1992, é um festim com um final europeu, frente ao Dínamo Kiev, para aquela época experimental da Liga dos Campeões.
Agora é o quatro? Não, agora vamos subir mais um degrau. Voltámos ao seis, porque há um homem chamado Jorge Jesus decidido a fazer história. Em Setembro de 2009, 5-0 ao Leixões. No mês seguinte, um 5-0 europeu, ao Everton. Em Janeiro de 2010, outro, este no Funchal (sempre a inovar). Em Abril de 2010, mais do mesmo, à Olhanense. Em Janeiro de 2011, mais do mesmo, parte II. Pobre Olhanense.
Um ano e meio depois, a Jesus team volta a fazer das suas, e no Bonfim. Segunda manita fora da Luz para JJ, a terceira em Setúbal (Junho de 1949 e Abril de 1950, ambos na era Ted Smith). Pelos vistos, já não é novidade. Nem para o Vitória nem para Jesus. Mas sim, há um ponto curioso. É o primeiro 5-0 de Jesus sem a contribuição de Cardozo. Seja assobiado ou aplaudido, o paraguaio é sempre uma fonte de golos: dois ao Leixões, dois ao Everton, um ao Marítimo, três à Olhanense e mais um bis aos de Olhão. Desses 25 golos, dez pertencem ao avançado.
E não é que Cardozo fica em branco no Bonfim? O número 7 devia ter feito pelo menos um, mas o seu cabeceamento no limite da pequena área vai direito ao guarda-redes Caleb. Os golos, esses, assinam-se por Rodrigo--2, Salvio, Enzo Pérez e Nolito. A pergunta do momento é: para quando o próximo 5-0? E é na Luz ou fora?
Rui Miguel Tovar, ionline.pt
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