A duas semanas e meia do arranque do campeonato português, o Benfica 2012/13 prestou-se a outra prova de esforço na pré-época e de lá saiu com nota positiva. Cinco dias depois do 5-2 ao Real Madrid na Luz, a equipa de Jesus empatou agora com a Juventus em Genebra, no penúltimo particular do Verão – só falta o Fortuna Düsseldorf, no dia 11.
Um dia depois de assegurar o argentino Salvio, o Benfica apresenta na Suíça um onze muito próximo do ideal: Artur; Maxi, Luisão, Garay e Melgarejo; Javi Garcia e Witsel; Enzo Pérez, Carlos Martins e Gaitán; Michel. Apenas a inclusão de Enzo Pérez e Michel surpreendem, de resto... Campeã italiana sem derrotas em 2011/12, a Juventus joga com a sua melhor equipa e pela primeira vez com todos os italianos do Euro-2012, entre Buffon, Bonucci, Pirlo, Marchisio e Giovinco.
Gaitán lesiona-se logo aos 20 segundos, prova de que o jogo é a doer. Entra Bruno César e só o brasileiro é que consegue atrapalhar Buffon com dois fortes remates de fora da área. Enquanto isso, a Juventus domina territorialmente mas não cria perigo porque a defesa em linha do Benfica está sintonizada e é ver Matri cair em fora-de-jogo uma vez, e outra, e outra. O nulo na primeira parte aceita-se pela falta de claras oportunidades de golo. Algo que muda depois do intervalo.
Aos 47 minutos, o árbitro vê falta de Maxi sobre Matri e é o próprio Matri quem se encarrega de marcar o penálti mas atira tão denunciado que Artur lança-se à bola para adiar o golo. A partir daqui, e mesmo com o festival de substituições, as equipas animam-se a tentar acertar na baliza. Acontece com Giovinco e Cardozo, sem êxito. Até aos 88 minutos, em que um cruzamento bem medido do lateral-esquerdo Luisinho com o pé direito encontra a cabeça de Cardozo para o 1-0. A vitória ali tão perto mas a Juventus empataria nos descontos, aos 90’+2, por Krasic, numa jogada da direita de Untersee que passa por Luisinho e cruza ao segundo poste.
O golo ao cair do pano é uma pena mas o um-um aceita-se e o Benfica pode dar-se por satisfeito pelo teste. Não só pela qualidade do adversário como também pelo acerto defensivo na primeira parte. À lesão de Gaitán, acrescente-se alguma falta de inspiração do meio-campo para a frente mais a tendência dos laterais-esquerdos Melgarejo e Luisinho para atacarem melhor do que defendem.
Rui Tovar, Sapo Desporto
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