terça-feira, 27 de agosto de 2013

Mário Fernando e a épica vitória do Benfica: A redenção


Aos 92 minutos o Benfica tinha o desafio perdido. Aos 93 tinha-o ganho. Pode soar a algo épico - e, do ponto de vista emocional, é capaz de ser - , mas o que sucedeu na Luz é apenas o reavivar de uma velha máxima que recorda que os jogos só acabam com o apito final do árbitro. O Benfica aprendera-o da forma mais cruel (no Dragão e em Amesterdão) e, desta vez, reverteu-o a seu favor. Os jogadores encarnados não abdicaram, como se a sua "sobrevivência" dependesse disto, e o público não os largou. Ganharam todos.

Aqueles derradeiros minutos, contudo, não fazem desaparecer o que ficou para trás, porque foi precisamente isto que ditou o autêntico tormento vivido até ao minuto 92. É verdade que a equipa entrou ansiosa, nem outra coisa seria de esperar, mas tal não impediu que as águias fossem fazendo o seu jogo, construindo oportunidades e ocupando o meio campo adversário quase em permanência, já que o Gil Vicente só em pensamento admitia chegar à baliza de Artur.

O problema é que todos aqueles factores somados deram...zero. Lima foi o perdulário de serviço, Rodrigo não conseguiu melhor, o máximo que Gaitan logrou foi acertar no poste e Salvio é muito bom jogador só que ainda não está em condições plenas. Esperava-se de Jorge Jesus que tirasse um coelho da cartola, o que ele fez, é verdade, quando já ia com uma hora de jogo. Markovic foi o tal "agitador-mor" que trouxe uma segunda alma, ao qual o técnico acrescentou Sulejmani e Djuricic.

Parecia que. Simplesmente, logo a seguir, Maxi compromete, Diogo Viana não perdoa, e o Gil Vicente passa para a frente. Perder seis pontos nas primeiras duas jornadas seria uma catástrofe para o Benfica. A equipa entendeu perfeitamente a situação e, a partir desse momento, valeu tudo. De Luisão a ponta de lança, a Maxi na frente de ataque. Mas seria Markovic (ora quem) e Lima , à enésima tentativa, a garantirem a redenção.

Jesus diz que uma vitória obtida desta maneira é mais marcante do que uma goleada. Pela reação dos jogadores (e dos adeptos), no final da partida, percebe-se onde o treinador quis chegar. Se há um novo rumo na Luz, ficaremos a perceber melhor no próximo sábado.

-Mário Fernando, Blog Jogo Jogado

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