sábado, 16 de fevereiro de 2013

Nuno Farinha rendido ao grandioso Benfica de Leverkusen



O cartão vermelho, a mão na camisola de Pedro Proença e o 2-2 final no marcador: eram estas as últimas recordações que os adeptos do Benfica associavam à imagem de Oscar Cardozo. 


Vilão na Choupana. Quatro dias depois, em Leverkusen, o paraguaio foi buscar um lance de antologia ao seu reportório de golos e fez história na Alemanha.

Tudo a lembrar um daqueles "desenhos animados" que Lionel Messi inventa quase todos os fim de semana, desde a forma como tira, primeiro, o opositor da frente até à finalização, com aquela calma olímpica que só está reservada aos jogadores que têm uma relação íntima com o golo. 

Um momento para mais tarde recordar: Herói no Bay Arena. Foi Cardozo quem assinou a obra de arte, mas há outros nomes que merecem ser destacados: Luisão (regresso em alta a um país de más recordações), Matic (mais uma extraordinária exibição), André Almeida (não merecerá já a titularidade?), Melgarejo (providencial no último minuto) e, claro, Jorge Jesus. 

O treinador do Benfica, afinal, não fez qualquer bluff. Tinha garantido que o objetivo principal continuava a ser a conquista do campeonato nacional e isso fazia supor a poupança de alguns jogadores. Confirmou-se. 

Mas também tinha dito que, apesar de poder guardar três ou quatro titulares, a equipa mantinha condições para discutir a vitória na Alemanha e na própria Liga Europa. 

A forma autoritária - e indiscutível - como o Benfica se superiorizou ao 3.° classificado da Bundesliga dá razão a JJ. 

Ainda ontem aqui tinha escrito - neste mesmo espaço - que a Europa tinha "muitas curvas" e que, por isso, faria mais sentido concentrar energias na luta interna com o FC Porto. 

Pelo que se viu neste jogo, no entanto, não há razão para temer despistes. 

A máquina encarnada está mais afinada do que nunca: trava quando é preciso, acelera quando convém. 

A meio de Fevereiro, com a época a entrar na fase das grandes decisões (e o Benfica ainda corre para tudo), esta vitória inesperada (?) pode ser o combustível para o caminho que falta percorrer.» 

- Nuno Farinha, jornal Record, 15 de Fevereiro de 2013

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