Afinal, foi mais simples do que o próprio Jorge Jeus pensava. O Benfica bateu o terceiro classificado do campeonato de forma clara, sem deixar a menor dúvida da sua superioridade. E fê-lo nos tempos certos, sabendo gerir sabiamente um jogo que poderia ser problemático. Do princípio ao fim, os encarnados ditaram as regras. O Paços de Ferreira não podia fazer mais.
Dois golos, cada um a abrir a sua parte da partida, delimitaram o terreno. O primeiro porque tranquilizou a equipa - colocando-a longe da ansiedade que sentira frente à Académica - e o segundo porque "matou" quaisquer intenções dos pacenses em aproveitarem a incerteza que deriva sempre de uma vantagem tangencial. De entre os muitos méritos que o Benfica teve, convirá destacar a arrumação do técnico encarnado, não apenas pela utilização de Lima junto a Cardozo, mas sobretudo pelo desequilíbrio que Enzo Perez provocou, como se constatou de maneira mais vincada no (excelente) desenho do golo inaugural.
Além de contar com um Salvio em dia-sim, assinando uma ótima exibição, as águias souberam tirar proveito de uma certa hesitação que marcou boa parte do desafio no meio-campo pacense. Matic voltou a ser fundamental ao ver Luis Carlos demasiado longe de André Leão, com Josué "oscilando" entre a zona interior e a lateral, o que favoreceu a criação (e exploração) de espaços por parte do Benfica. E não fosse Cardozo atirar ao ferro, o assunto estaria arrumado bem mais cedo.
Duas notas mais. Jorge Jesus está esta época a realizar, com razoável critério, a tal gestão que lhe faltou na temporada passada. Não será possível fazer sempre jogos maravilhosos, mas o fundamental, nesta fase, é ir garantido os resultados. E sempre que se proporcionar - como neste jogo com o P.Ferreira - até pode trocar Enzo por Carlos Martins (apesar da enorme diferença entre ambos), abdicar de Cardozo e Ola John e recorrer a Aimar a Gaitan. Tem jogadores que lhe possibilitam mudar o xadrez e manter o desafio sob controlo.
Apenas um alerta, que não é de somenos. Os raros lances perigosos para a baliza de Artur nasceram de perdas de bola por parte de jogadores do Benfica. Riscos totalmente desnecessários.
-Mário Fernando, TSF Blog Jogo Jogado
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