terça-feira, 22 de outubro de 2013

Fernando Guerra lança violento ataque a Jorge Jesus


Com a jactância que lhe está enraizada, Jorge Jesus promoveu a vitória tangencial sobre os amadores do Cinfães a acontecimento de amplidão nacional, por ter sido alcançada num quadro de muitos riscos por ele próprio criados, convém que se diga, em nome de objetivos que convidam a diversas interpretações. Sinceramente, não sou capaz de alcançar se a irresponsabilidade que rodeou a abordagem deste jogo resultou de um plano convictamente desenhado ou se se tratou de simples birra de alguém que, há meia dúzia de meses, em intervenção na Faculdade de Motricidade Humana, se autoconsiderou treinador/cientista, sem medir a extensão da bizarrice. 

É evidente que não há problema em tê-lo dito; preocupante, porém, é estar convencido disso...
Como se sente em patamar superior em relação a quantos o rodeiam, vira as costas ao contraditório, aceita mal opiniões que divirjam das suas e foge da troca de ideias, como forma antiquada de se resguardar, principalmente ao nível dos principais emblemas, num período em que para se ter sucesso no futebol é preciso dominar saberes à margem das táticas tal como eram interpretadas e aplicadas até há dez/quinze anos.

Jesus foi irresponsável porque apresentou uma equipa com valor suficiente para vencer, como se verificou, mas sem proteção para reagir a qualquer eventualidade, uma lesão, ou duas, o que não seria inédito esta época, uma expulsão, um golo adversário. 

Quem se sentou no banco? Bernardo Silva (jogou 10 minutos), mais Bruno Varela, Mitrovic, João Cancelo, Rúben Pinto, Hélder Costa e Harramiz: que estranha e ousada aposta nos jovens futebolistas da águia! Devido a imperativos de gestão do plantel? Em Outubro? A ser verdade das duas uma: ou Jesus tomou consciência do erro que cometeu ao desvalorizar a participação na Liga dos Campeões a seguir ao colapso de Paris e ficou atrapalhado com o Olympiakos, na Luz, amanhã, por causa das imprevisíveis consequências que outro resultado negativo poderá suscitar, pondo todos os titulares em regime de repouso obrigatório e prolongado, ou, incomodado pela pressão que lhe é dirigida no sentido de olhar com outros olhos para os miúdos, optou por intolerável extravagância, partindo do princípio que, com mais ou menos dificuldade, ganharia. 

Se desse para o torto e... perdesse, então não mais o aborreceriam com minudências como essa da formação. É claro que a entidade patronal sairia fortemente penalizada, mas no outro prato da balança o seu ego ficaria imensamente reforçado. Porque é assim que ele se revê, sempre na primeira pessoa do singular: aos outros apenas atribui relevância quando precisa de justificar as derrotas...

Confesso a minha surpresa por se ter recordado de Luís Filipe Vieira, declarando que o investimento em gente jovem e com potencial se trata de um projeto do presidente e que ele, Jesus, mais não é do que peça da estrutura. Imagina-se quanto lhe terá custado aceitar publicamente que ainda há alguém a quem deve obediência, mas mais vale tarde do que nunca. Se a prorrogação de contrato foi de difícil digestão, face à ausência de resultados que o justificassem e por números que ferem a benevolência do mais tolerante dos adeptos, era o que faltava que fosse permitido ao treinador, ao fim de quase cinco anos, continuar a pavonear uma soberba que colide com a história e grandeza do Benfica.

Filipe Vieira talvez entenda mais de futebol do que aquilo que pretende fazer crer. Não sobre estratégias, linhas baixas ou altas, corredores, diagonais, transições, todas essas coisas, mas numa perspetiva mais abrangente do fenómeno. Sabe como é importante a qualidade da formação e a valorização que dela deve ser feita. 

Ao contrário, Jesus não lhe dispensa especial atenção. É por isso que este exemplo de Cinfães, além de ato isolado, teve tudo para trazer água no bico. Desconheço por que motivo o presidente, que vê muito mais longe do que o treinador, enveredou por uma solução que tinha tudo para dar errado, mas por ser um admirador da obra erguida, espero que conclua a sua fantástica empreitada, que engloba a construção de uma Casa do Jogador, e não se deixe entorpecer pela megalomania de Jesus. 

- Fernando Guerra, jornal A Bola, 22 de Outubro de 2013

10 comentários:

  1. olha o quinzinho bate palmas,o jesus é um burro, um derrotado de joelhos,um chantagista e um chulo igual ao luisão,todos os anos depois de ganharam merda ainda tem a lata de vir chular mais dinheirinho senão vão embora,ide logo com o caralho.
    E um presidente,tambem ele derrotado sem vergonha na cara.

    Eu como simples adepto,ouve alturas que tive vergonha de mostrar a cara,de sair á rua devido ás vergonhas e derrotas historicas que tive que assistir....e estes 2 ou 3 ou 4 não so não tem vergonha nenhuma como ainda se acham uns senhores doutores que tem que ganhar milhões por ano,tenho vergonha tenho nojo desta merda toda

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    1. da te um tiro nos cornos

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    2. Ó jovem, Ninguem quer sabre das tuas frustações. Se só sabes despejar merda deixa-te estar quieto. Vá, fuma lá um charro e acalma-te! Da-se...
      Carlos G

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    3. ruizeco, digo-lhe mais uma vez: JÁ PARA A POCILGA seu porko encartado!

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  2. Sempre gostei dos pontos de vista e apreciações que o Fernando Guerra faz sobre o futebol do Benfica.

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  3. Pergunta: quem seria o melhor treinador para o Benfica? Sim, porque se o Jesus chegar ao Natal será um milagre! Ou melhor, quem é que o LFV poderá trazer tendo em conta que a aposta na formação não parece ser uma prioridade? Será que ele teria coragem par trazer o Marco Silva? Hum...
    Carlos G

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    1. Aposta na formação não é uma prioridade? Vê-se logo que anda ao serviço de "alguém" e ainda temos quem lhe responda.

      TP

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