Como muitos sportinguistas, senti-me frustrado. Haveria, na minha expectativa, alguma soberba. Talvez a mesma que levou o Sporting à derrota.
Ainda assim, ninguém roubou aquele dia à Académica. Porque tem sido essa, com raríssimas exceções que critiquei, a cultura do Sporting.
Na mesma semana, o FC Porto perdeu o título de basquetebol.
E bastou essa derrota e umas palavras menos agradáveis do treinador benfiquista para que o pavilhão Dragão Caixa se transformasse em cenário de guerra campal.
Perante isto, o que fez Pinto da Costa? Pôs-se, como faz sempre, do lado da violência indignado por a polícia ter impedindo que os jogadores do Benfica fossem atacados pela multidão em fúria, dirigiu às forças da ordem a sua ira de mau perdedor.
Compreendo que tenha saudades do guarda Abel e da conivência das forças de segurança com a sua falta de escrúpulos.
Compreendo que ameaças sobre jornalistas seja a ideia que tem do que deve ser a segurança pública.
Entendo, por isso, a sua estupefação por a polícia ter defendido os jogadores em risco.
Já aqui deixei várias vezes nota de qual é o meu problema com o FCP.
Não é com o clube, o melhor, há alguns anos, no futebol nacional.
Não é com a cidade, de que gosto muito.
Não é seguramente qualquer simpatia pelo Benfica (que também já fez gracinhas destas).
É o facto de este senhor, ao mesmo tempo que, com toda a legitimidade, levava o Porto para o topo do futebol nacional, ter transformado o ambiente no desporto profissional numa coisa irrespirável.
O papel de Pinto da Costa no episódio de quarta-feira, que obrigou os novos campeães a receberem a taça no balneário, é apenas mais um triste exemplo da falta de classe deste dirigente.»
- Daniel Oliveira, jornal Record, 25 de Maio de 2012
Grande Daniel Oliveira! Parabéns!
ResponderEliminaro mundo do desporto precisa de mais pessoas como este senhor... capaz de pôr o "dedo na ferida" e ser capaaz de dizer q o pc está a "matar" o desporto...
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