Durante muito tempo foram dadas como praticamente certas as saídas do Benfica de Matic, Garay, Cardozo e Gaitán, admitindo-se ainda que Luisão, Salvio, Rodrigo e Enzo Pérez também pudessem mudar de ares, enchendo os cofres do clube da Luz, em detrimento do projeto desportivo dos encarnados.
Foi na presunção da partida iminente de unidades influentes que foram sendo acolhidos novos jogadores, Sulejmani, Markovic, Djuricic, Steven Vitória, Sílvio, Funes Mori, Cortez, Siqueira, Fejsa, Oblak e Rúben Amorim.
Porém, encerrado o mercado, verifica-se que do núcleo duro da época passada apenas saiu Melgarejo (substituído por Cortez e Siqueira - havendo ainda a polivalência de Sílvio), entrando nas contas de Jesus, além dos dez titulares restantes (Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Matic, Enzo Pérez, Salvio, Cardozo, Lima e Gaitán) e de alguns suplentes regularmente utilizados (André Almeida, Jardel, Ola John, Rodrigo) mais de uma dezena de reforços.
Perante a abundância e qualidade do novo plantel (o melhor dos últimos 20 anos, embora o onze base da época do último titulo fosse muitíssimo forte; Quim; Maxi, Luisão, David Luiz, Coentrão; Javi García; Ramires, Aimar, Di María; Saviola, Cardozo) o que deve fazer Jorge Jesus, para onde devem virar-se as suas preocupações, num momento em que o Benfica se prepara para enfrentar nova aventura na Champions e precisa de muito fôlego para tentar recuperar os cinco pontos perdidos para o FC Porto nas primeiras três jornadas da Liga?
É esse o debate que aqui se lança e que animará as páginas de A BOLA ao longo dos próximos dias. O que afetou o Benfica no arranque da época? Uma questão de bloqueio psicológico que resistiu às férias? Instabilidade provocada pelo mercado de transferências? O caso Cardozo? Como deve Jorge Jesus manejar este plantel? Regressa ao 4x1x3x2 de 2009/2010, fixa-se no 4x2x3x1, altera para 4x3x3, à imagem do que FC Porto e Sporting fazem?
E que animação deverá dar às pedras de que dispõe? Qual é o melhor lugar para Markovic? Deve jogar solto, um pouco à imagem de Messi no Barcelona, deve atuar a 10 ou ser amarrado à linha como 11?
E na baliza, Oblak é alternativa imediata a Artur? Na direita, Maxi precisa de descansar pernas e ideias, abrindo caminho para Sílvio, Rúben Amorim ou André Almeida? E João Cancelo, porque não tem uma oportunidade?
São estas questões que iremos transformar numa discussão alargada, interna e externa, nos próximos dias. Talvez, no fim, se perceba melhor o que pode ser o Benfica 2013/2014...
- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 5 de Setembro de 2013
ja oiço isto á anos,todos os anos temos o plantel mais forte dos ultimos anos,blah blah,blah
ResponderEliminarE não é verdade? é pena é não termos timoneiro para esta nau.
EliminarTemos timoneiro, não jogamos é bem fora das 4 linhas...
ResponderEliminarO melhor plantel é em teoria. O Benfica tem muitos jogadores em subrendimento.