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segunda-feira, 1 de abril de 2013
José Manuel Delgado polémico: "Portugal só suporta uma Liga Profissional com 12 clubes"
O futebol profissional em Portugal não passa de uma brincadeira de mau gosto. Por culpa dos clubes e do laxismo do Governo.
Culpa dos clubes porque não estão preocupados com a viabilidade da competição; laxismo do Governo porque faz vista grossa a uma área que devia tutelar.
Alegadamente, os clubes não devem nada aos jogadores, a certificação entregue e aceite pela liga assim o diz. Enganem-me que eu deixo, é a mensagem que chega aos emblemas do futebol profissional, numa conivência com várias tonalidades, cada uma com justificação própria, mas todas a colocarem pregos no caixão da viabilidade da competição.
O esquema usado por muitos clubes é simples mas eficaz, tanto mais que ninguém está interessado em confirmar a veracidade das declarações entregues.
Periodicamente, os futebolistas, amiúde sob coação dos clubes, assinam documentos dizendo que têm os salários em dia. Tenham ou não, os jogadores - que são o elo mais fraco - sem alternativa laboral a meio da época, preferem acreditar no Pai Natal dos clubes, contribuindo para faz de conta que também conhece o beneplácito do seu Sindicato.
Ou seja, é uma teia de cumplicidades - liga, Clubes e jogadores - que perpetua a mentira e leva a situações aberrantes como a que é vivida atualmente no Olhanense. E parece que ninguém se importa realmente com o caso...
Na próxima jornada, o Olhanense recebe o Benfica, numa partida importantíssima para o título e para a manutenção. Não se sabe se os algarvios vão usar os jogadores profissionais ou se recorrerão aos juniores porque, entretanto, os profissionais entregaram um pré-aviso de greve por falta de pagamento dos salários, algo que entra em contradição com as declarações depositadas na liga.
Uma mentira, uma vergonha, um despautério. O rei vai nu.
A I liga, com 16 equipas, é uma mentira e estar a falar em passar para 18 concorrentes (se o Boavista vier a ser reintegrado...) é o cúmulo do disparate.
Meus senhores, acordem! Portugal, já com muita boa vontade, não tem capacidade para sustentar uma Liga profissional com mais de 12 clubes.
E se esses 12 clubes disputarem duas fases, uma entre todos e outra para os seis melhores e seis piores (o que perfará 32 jogos) talvez se encontrem meios para sustentar uma competição a sério, verdadeira e, ao contrário do que hoje acontece, honesta.
Porque a mentira chegou ao auge. Na Liga portuguesa há clubes que não pagam aos jogadores e estão bem classificados e outros que têm tudo em dia e arriscam-se a descer de divisão.
Pior não pode ser e anda tudo a assobiar para o lado como se não fosse nada.
A pergunta de um milhão de dólares é a seguinte: Há alguém interessado em colocar tudo isto no são ou é mesmo para continuarmos no reino da pouca vergonha?
- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 1 de Abril de 2013
2 comentários:
Caro(a) Benfiquista,
Agradecemos a sua visita e solicitamos, antes de sair do blog, que deixe um comentário acerca do que acabou de ler.
O debate é livre, por isso tenha a gentileza de participar com educação, elevação, civismo e respeito pelos demais visitantes.
Só assim honraremos a história Grandiosa do nosso amado Clube!
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"Jogadores do Hamburgo oferecem churrasco aos adeptos
ResponderEliminarapós desaire com o Bayern Munique "
Se isto pega moda em POrtugal, os Sportinguistas ficam todos gordos!
LooooL só pode ser brincadeira do 1/4!!
ResponderEliminarA LPFP e FPF é que se tem de entender, à muito que defendo a centralização dos direitos publicitários na Liga que é a responsável pelo campeonato e organização dos jogos. E, sendo assim com a centralização dos direitos públicitários não só garante maior visibilidade aos anunciantes como também maior receita aos clubes pequenos.
Outra questão, é que esse bolo seja divido em três partes. Uma fatia para a Liga e outra duas para os clubes(I e II).
A fatia da Liga era para ela organizar os jogos todos, e, pagando inclusive a organização dos jogos, quanto à segurança nos jogos grandes teriam de ser da responsabilidade dos clubes!
Quanto à fatia que cabia aos clubes 60% seria dado logo no ínicio da época, e, a outra 40% seria distribuída conforme a classificação final!
A centralização dos direitos dos jogos, ou melhor, das equipas pequenas se unirem e venderem o seu bolo conjuntamente com a Liga seria uma questão a pensar!