À hora que escrevo não há comunicação oficial da renovação do contrato de Jorge Jesus, mas as palavras de Luís Filipe Vieira na recepção aos deputados benfiquistas não deixam dúvidas: Jesus é para continuar.
Vieira advoga o "não suicídio". Suicídio será manter Jesus sem o blindar. Suicídio será manter Jesus e não equilibrar o plantel. Suicídio será manter Jesus e não cuidar da estrutura de apoio. Suicídio será manter Jesus e não fazer a "limpeza'.
Durante largos meses defendi a tese de que o Benfica, ao deixar correr a questão relativa à renovação do contrato do seu treinador, expunha-se ao perigo da deflagração da "bomba atómica", accionada pelo FC Porto. A "bomba atómica" era o FC Porto ir buscar Jorge Jesus ao Benfica, no meio dos festejos encarnados, no caso da conquista do título... Pinto da Costa sempre navegou entre o bluff e as meias certezas, porque sabia que a não renovação do contrato por parte do Benfica - que também navegou entre as incertezas e a desconfiança perante hipotético bluff - colocava-lhe o timing da decisão nas mãos.
Vieira falhou o timing da renovação e permitiu uma tensão supletiva mas previsível em relação ao tema, e sabe que, por muito pouco, não estaríamos a falar de um Benfica e de um Jesus glorificados. Vieira sabe que por muitos erros que Jesus tenha cometido, ele foi decisivo na mudança que o Benfica protagonizou nos últimos anos. Seria, pois, muito enviesada, depois das transformações operadas no futebol dos encarnados, que geraram importantes receitas, a tornarem suportável o contrato do treinador, a conclusão segundo a qual Jorge Jesus é o problema do Benfica.
Durante largos meses defendi a tese de que o Benfica, ao deixar correr a questão relativa à renovação do contrato do seu treinador, expunha-se ao perigo da deflagração da "bomba atómica", accionada pelo FC Porto. A "bomba atómica" era o FC Porto ir buscar Jorge Jesus ao Benfica, no meio dos festejos encarnados, no caso da conquista do título... Pinto da Costa sempre navegou entre o bluff e as meias certezas, porque sabia que a não renovação do contrato por parte do Benfica - que também navegou entre as incertezas e a desconfiança perante hipotético bluff - colocava-lhe o timing da decisão nas mãos.
Vieira falhou o timing da renovação e permitiu uma tensão supletiva mas previsível em relação ao tema, e sabe que, por muito pouco, não estaríamos a falar de um Benfica e de um Jesus glorificados. Vieira sabe que por muitos erros que Jesus tenha cometido, ele foi decisivo na mudança que o Benfica protagonizou nos últimos anos. Seria, pois, muito enviesada, depois das transformações operadas no futebol dos encarnados, que geraram importantes receitas, a tornarem suportável o contrato do treinador, a conclusão segundo a qual Jorge Jesus é o problema do Benfica.
Jesus só pode ser, aparentemente, um problema no Benfica se o Benfica não perceber o treinador que tem. Qualquer treinador precisa de uma estrutura que lhe amorteça eventuais "deslizamentos". Essa estrutura não tem de se fazer ouvir em permanência. Mas tem de actuar. Tem de agir quando o treinador e a equipa mais precisam. Como não aconteceu no Jamor, no momento em que Cardozo se revelou (para além dos golos).
A continuidade de Jesus no Benfica só é uma ·boa notícia se ela for acompanhada com a requalificação da estrutura. A acontecer, será com pelo menos um ano de atraso. Jesus tem de contar com mais e melhores apoios - e é nisso que Vieira não pode (voltar a) falhar.
O Benfica ainda exibe sinais do seu passado menos glorioso, sinais esses que colocaram o Sporting no patamar em que se encontra: oportunismo, vaidade, propensão para debitar em público e algumas operações de transferências mal explicadas. O Benfica precisa de uma "limpeza" para se tornar mais sólido. Sob pena de Vieira se tornar, rapidamente, no alvo preferencial. Os "carrascos" do Benfica não podem estar dentro do Benfica.
NOTA - Esta coisa dos almoços e jantares com deputados tem o que se lhe diga. Até estranho que não haja almoços e jantares com árbitros e (outros) juízes. E desta malvada mentalidade que não nos conseguimos livrar. Nem a Norte, nem a Sul.»
A continuidade de Jesus no Benfica só é uma ·boa notícia se ela for acompanhada com a requalificação da estrutura. A acontecer, será com pelo menos um ano de atraso. Jesus tem de contar com mais e melhores apoios - e é nisso que Vieira não pode (voltar a) falhar.
O Benfica ainda exibe sinais do seu passado menos glorioso, sinais esses que colocaram o Sporting no patamar em que se encontra: oportunismo, vaidade, propensão para debitar em público e algumas operações de transferências mal explicadas. O Benfica precisa de uma "limpeza" para se tornar mais sólido. Sob pena de Vieira se tornar, rapidamente, no alvo preferencial. Os "carrascos" do Benfica não podem estar dentro do Benfica.
NOTA - Esta coisa dos almoços e jantares com deputados tem o que se lhe diga. Até estranho que não haja almoços e jantares com árbitros e (outros) juízes. E desta malvada mentalidade que não nos conseguimos livrar. Nem a Norte, nem a Sul.»
- Rui Santos, jornal Record, 1 de Junho de 2013
Estou de acordo no essencial: nunca se deve misturar política com desporto.Isso é lá nos clubes regionais.E,mesmo assim,é lamentável,sinal de um país subdesenvolvido
ResponderEliminarEste comentator e um verdadeiro merda.Os coisas do SL BENFICA si risolvan BENFIQUISTAS e nao tu filha da puta.
ResponderEliminarcomentador mais parcial que já vi , tem medo de chamar os bois pelos nomes.Há 20 anos no futebol e não sabe o que se passa.Corrupção meu amigo.E o benfica recomenda se : o benfica apenas perdeu por fadiga.
ResponderEliminarKarim