A estrutura passou a ser a razão de muitos êxitos e insucessos dos clubes. Se a estrutura é sólida e solidária, consegue milagres. Se não é, a desgraça está ao virar da esquina. Quando se fala do FC Porto, a estrutura adquire uma dimensão fantástica. Ali, a estrutura, por si só, ganha todos os desafios.
O treinador, seja ele quem for, arrisca-se a ser campeão. É a velha teoria que Mário Wilson aplicou há muitos anos quando era treinador do Benfica. Teve razão na época, e hoje, aplicada num contexto diferente, continua a ser uma grande verdade.
Mas a estrutura tem que se lhe diga. Primeiro, porque para funcionar – e ajudar ao sucesso – não pode constituir-se como um corpo estranho, devendo não apenas ser respaldada e liderada pelo presidente do clube como, através dele, reunir o apoio e o consenso de todos os dirigentes, nomeadamente daqueles que não fazem parte da estrutura.
Ora essa tem sido a grande força do FC Porto e a fragilidade de outros. Em situações de crise – porque também as têm –, os homens de Pinto da Costa não deixam de se manter fiéis aos seus princípios e às suas lealdades e nunca, mas nunca, deixam de sentir a confiança, a presença e o compromisso do líder.
Vem isto a propósito da decisão de Luís F. Vieira em manter toda a estrutura do futebol, apesar de ser noticiado o “sacrifício” de António Carraça. Se há incompatibilidades insanáveis, o melhor é encontrar outra solução. Se é possível esbater divergências e trabalhar em prol do bem comum, então não faz sentido atirar o ónus do falhanço para um elemento que está longe de ser o seu maior responsável, pelo menos a avaliar pela parte visível do seu trabalho. Poderia Vieira reforçar a confiança a Jesus e retirá-la a Carraça? Poder, podia, mas não seria muito coerente.
O Sporting cortou relações com o FC Porto. Depois da aproximação que fez ao Benfica, parece evidente que a política de alianças aproxima os rivais da Segunda Circular e define claramente um “inimigo”. Veremos quem vai ficar a ganhar.
-António Magalhães, jornal Record
Tão preocupado com a estrura do BENFICA
ResponderEliminarNão se preocupou com o que se passou em paços de ferreira
"Depois da aproximação que fez ao Benfica, parece evidente que a política de alianças aproxima os rivais da Segunda Circular e define claramente um “inimigo”"
ResponderEliminarTipico pensamento portista. Quem nao e por nos e contra nos!!! Vai dar uma curva meu. Quem foi que nao cumprimentou e ainda por cima insultou?