Antes da final da Taça de Portugal Luís Filipe Vieira não teve quaisquer dúvidas quando afirmou: «Jorge Jesus é o meu treinador.»
E nem presidente nem técnico do Benfica hesitaram quando, na semana que antecedeu o Jamor, chegaram a acordo para a prorrogação do vínculo entre ambos, por duas épocas. Veio a Taça, a mais desgraçada das exibições dos encarnados nos últimos anos, e com ela um manto de incerteza que se adensou à medida que as horas passavam e da Catedral da Luz não saía fumo branco que confirmasse Jesus.
Hoje, quando a Taça de Portugal mora há já cinco dias em Guimarães, a indecisão continua, vai-se sabendo que as resistências iniciais da SAD benfiquista estão esbatidas e as posições de Vieira e Jesus são praticamente comuns, mas ninguém chega a vias de facto.
Ora, cada dia que passa contribui para fazer crescer a tese de alegadas dúvidas das partes na celebração do acordo, o que, caso este venha a ser fechado, diminuirá a consistência do mesmo e colocará em causa a convicção com que foi assinado.
O que falta esclarecer entre presidente e treinador do Benfica que não tenha sido já esclarecido, não nos últimos cinco dias, mas nas últimas cinco semanas, quiçá nos últimos cinco meses? É óbvio que o 'timing' do negócio é ditado pelas partes e não por terceiros; e que não é por haver pressão exterior que as assinaturas devem ser colocadas no papel mais depressa.
Mas, se a paz social do universo benfiquista requer uma decisão tão célere quanto possível; e se - pelo que tem vindo a público - não há praticamente divergências, de que é que estão à espera?
Porque já houve, por parte do Benfica, mais do que tempo para avaliar se Jesus é, ou não, a melhor solução para a evolução do projeto encarnado.»
- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 31 de Maio de 2013
O meu problema é que acho que JJ e seus adjuntos não são a melhor solução para o Benfica, e pelos vistos vão continuar.
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