José Manuel Freitas analisa situação dos treinadores dos 3 grandes

O banho de multidão recebido por Jorge Jesus no Estádio da Luz, poucas horas depois de o Benfica ter perdido ingloriamente a final da Liga Europa para o sortudo Chelsea de Rafael Benítez - já era tempo, desculpem-me os benfiquistas, de o espanhol deixar legado a José Mourinho, embora para Mou a Supertaça Europeia não lhe aqueça nem arrefeça...-, deve ter tirado todas as dúvidas a Luís Filipe Vieira quanto ao acerto da sua escolha, mas o mesmo se pode dizer do próprio treinador, que foi evasivo ainda no Arena. LFV quer, JJ tem tudo a seu favor para decidir e aqueles emocionados 'fica', 'fica', 'fica', dos adeptos devem ter-lhe aberto a futura estrada da Luz. Logo, quando um treinador é desejado quando não ganha é a melhor coisa, acho eu, que se pode viver em futebol, até porque só domingo à tarde se saberá, finalmente, quem será o novo campeão. E por falar em campeão, tudo aponta no sentido de que o FC Porto suceda ao bicampeão FC Porto, que ao nunca desistir da possibilidade de chegar a primeiro no final da prova tem mérito na decisão. Porém, tem um treinador que já ganhou e pode voltar a ganhar mas parece não ser desejado. Basta ler alguns notáveis portistas para se perceber a realidade. E bem vistas as coisas, apesar do discurso ter sempre os 'timings' certos, se fosse para ficar Pinto da Costa já tinha dado sinais nesse sentido. Finalmente o Sporting. Acaba a época na pior posição de sempre, fica fora da Europa, terá uma equipa dizimada pelas dificuldades, não se sabe bem qual será a base do futuro e tem um treinador desejado pelos adeptos. Porém, e muito bem, Jesualdo Ferreira quer ter voz ativa e pretendem que ele seja mudo. Assim, desejado por uns mas incapaz de lidar com situações muito esquisitas, quem será o futuro técnico leonino? Se o clube não escolhe bem...» - José Manuel Freitas, jornal A Bola, 17 de Maio de 2013