Amanhã, benfiquistas e vitorianos minhotos irão de romagem ao Jamor esse santuário imponente que o Estado Novo mandou erigir apesar das reticências de Salazar, que juntava no gosto humano e no dever da missão de estado o mesmíssimo desprezo a que votava o desporto e os desportistas de Portugal e do mundo.
Terá sido Duarte Pacheco a convencê-lo do interesse patriótico da construção e a seduzi-lo até pela hipótese nunca alcançada de organizar, durante a guerra mundial, uns Jogos Olímpicos que marcassem com propriedade e empenho a posição supostamente neutral do país.
O Estádio é, hoje, um lugar mítico para desespero dos que o tentam menorizar alcunhando-o, sem sucesso, de estádio de Oeiras. É o lugar onde o povo português gosta de ver a festa da final da Taça e tudo o que se faça para destruir essa realidade será contribuir para fazer de um momento muito especial um jogo sem alma e sem a grandeza que só a história lhe pode conferir.
Existem, de facto, algumas razões plausíveis para colocar objeções ao lugar. Todas de caráter técnico e que a Federação Portuguesa de Futebol, com a compreensão do governo, procurou contornar para esta edição.
Admite-se que uma final entre dois dos três maiores clubes portugueses possa criar situações embaraçosas ao nível da segurança, mas só a cegueira provocada por um sectarismo doentio pode desejar que a final da Taça saia do Estádio Nacional para ter uma vida cigana, acampando pelo país consoante a geografia dos finalistas.
Claro que há países onde isso acontece. Países onde a final da Taça não tem a mesma história, a mesma tradição, a mesma alma. Em Portugal, é sinónimo de uma festa que marca essenciais diferenças para qualquer outra competição e que por isso (salvo dolorosas exceções) se torna especial e verdadeiramente única.
Num mundo de globalização que tudo descaracteriza e que tudo molda no barro das elites centralizadas é importante defender o que é especial, o que faz parte de uma cultura e de um modo próprio de ser e de estar.
A final da Taça é, porventura, a prova mais portuguesa de Portugal e isso deve-se, em muito, às características muito particulares da final jogada no Jamor, num estádio de pedra branca, rodeado de um cenário verdejante, sem camarotes VIP, sem lugares diferenciados entre a abastança e a pobreza, um estádio igualitário, onde toda a gente que ali entra é povo do futebol.»
- Vítor Serpa, jornal A Bola, 25 de Maio de 2013
Persona non grata para o nosso Sport Lisboa Benfica. E o pasquim dele, um atentado ... não gosto do post
ResponderEliminarSe os cabrões não viessem com aquela conversa de merda, e fossem humildes ao ponto de reconhecerem que não jogaram um caralho contra nós, ainda era gajo para ter preferido que os cabeçudos tivessem ganho o campeonato em vez dos traidores que foram para o Porco…
ResponderEliminarMas a humildade é do caralho… não encosta nos lampiões por nada!
Foderam-se!
EM GRANDE!!!
QUE FINAL DE ÉPOCA ÉPICO!!!
NEM O IMPÉRIO ROMANO CAIU COM TAL ESTRONDO!!
Ah, é verdade…
HAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAHAHAHAH