quarta-feira, 15 de maio de 2013

Vítor Serpa: Como se deve encarar uma final


Admito que não seja fácil o trabalho de Jorge Jesus na recuperação psicológica dos seus jogadores para a final de Amesterdão. Mas ela será mesmo impossível se essa recuperação não for totalmente conseguida, em primeiro lugar, pelo próprio treinador. 

Será ele a referência e os jogadores, com a experiência que levam em jogos de alto risco e da mais elevada importância sabem bem distinguir um treinador que acredita verdadeiramente neles de um treinador que apenas diz acreditar, por razões circunstanciais e de função.

É importante que se diga, a todos os que procuram desvalorizar a real dimensão desta final da Liga Europa, que o adversário do Benfica é o atual campeão europeu em título e que, no último ano, venceu na final de Munique o agora superpoderoso e supertalentoso Bayern. Não é uma equipazinha europeia. É o campeão.

Os jogadores do Benfica não podem deixar de saber o que significa, não apenas para o clube, mas para eles próprios, vencer uma final destas. É, por isso, o jogo de uma vida e em tais circunstâncias, não há desgaste físico, nem pernas doridas, nem tristezas transitórias que se sobreponham à ânsia e à vontade de o ganhar.

Estes são jogos que se ganham, em primeiro lugar, na cabeça dos jogadores e do treinador. São jogos onde as eventuais diferenças se reduzem e onde o medo é proibido. São, pois, jogos de paixão, mas também jogos de enorme prazer. É um privilégio para qualquer jogador de futebol jogar uma final europeia e mostrar o seu saber, a sua qualidade, a sua competência a milhões de adeptos no mundo inteiro.

O Benfica tem de saber viver este momento e esta oportunidade histórica. E nada nem ninguém pode interferir na sua convicção de vencer.» 

- Vítor Serpa, jornal A Bola, 14 de Maio de 2013

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