O jogo de amanhã em Barcelona deveria recordar a Jorge Jesus algumas lições da História. Para não ir mais uns milénios atrás - e recuar, por exemplo, ao que agora se chama Afeganistão -, lembremos apenas Napoleão e Hitler nos dois séculos mais recentes.
Ambos se perderam na sua ambição extrema por não conseguirem definir prioridades. Ambos no inverno russo.
Os dois perderam-se por acharem que podiam colocar quase toda a força disponível numa frente difícil, mantendo viva a vantagem nas que já tinham aberto noutros flancos. Tal não se mostrou possível.
Aquela frente russa era forte de mais para qualquer deles. E se a História não vier a reescrever o contrário, em alemão do euro, ainda bem para todos nós.
Também a Liga dos Campeões - com a devida vénia às ressalvadíssimas distâncias e relevâncias - parece demasiado grande para o atual Benfica.
Já no ano passado Jorge Jesus padeceu da sua incapacidade de estabelecer prioridades. Enfrentou com todas as forças o inverno russo, em S. Petersburgo, e, desculpem os benfiquistas esta rememória amarga, pagou, com oito pontos perdidos de seguida na frente interna, pontos que assim deram o campeonato ao FC Porto.
Serve esta recordação traumática para os benfiquistas apenas como lembrança do que vai passar-se amanhã e do que os espera na segunda-feira em Alvalade.
Um Sporting de garras feridas aguarda o rival de sempre para um jogo que decide o futuro do atual presidente - ou alguém acredita que Godinho Lopes possa continuar após uma derrota em casa frente ao arquirrival?
Pois, dirão os sportinguistas, mas nós também temos um jogo europeu, aliás, um dia depois.
Mas alguém acredita que Vercauteren vai sacrificar o dérbi à tremedeira de um presidente febril? Sei lá, às tantas até vai...»
- Octávio Ribeiro, jornal Record, 4 de Dezembro de 2012
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