As estatísticas valem o que valem. Às vezes nada, outras muitas vezes muito, quase sempre algo.
Nesta temporada, verifica-se uma série muito significativa de remontadas nos jogos do Benfica.
A saber: Beira-Mar (de 0-1 para 2-1); Paços de Ferreira (de 0-1 para 2-1); Marítimo (de 0-1 para 4-1), Sporting (de 0-1 para 3-1), Olhanense na Taça da liga (de 0-1 para 2-1) e ainda duas parciais, Braga (de 1-2 para 2-2) e Académica (de 1-2 para 2-2).
Ora aqui está uma constatação do que há muito não se via pelas bandas encarnadas. Com a circunstância de que o resultado é quase sempre virado na 2ª parte.
Creio não estar errado se disser que tal tendência evidencia:
a) boa preparação física que se torna mais evidente à medida que o tempo de jogo se esgota;
b) capacidade demolidora de um ataque que vai minando as últimas forças do adversário;
c) saúde mental e psíquica de jogadores bem orientados numa base de confiança e de responsabilidade;
d) boa gestão das múltiplas componentes do treino;
e) inteligente rotação de jogadores, incluindo os da equipa B.
Aproxima-se agora a fase crucial da gestão do desgaste e das várias expressões da fadiga: jogos relevantes no campeonato à mistura com a Taça de Portugal, Taça da liga e... Bayer Leverkusen.
Espero que seja a comprovação da boa saúde da equipa, ainda que nem todos os factores sejam controláveis.
A propósito da Taça de Portugal a Federação volta a insistir no infeliz modo algo de a salamizar e desvirtuar.
Basta olhar para o absurdo calendário das meias-finais a duas mãos: 30 de Janeiro e (imagine-se!) 17 de Abril. E com a final ainda sem data ... »
- Bagão Félix, jornal A Bola, 26 de Dezembro de 2012
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