Na noite calma de inverno do último sábado, o Marítimo foi sujeito na Luz a um autêntico vendaval de futebol.
O Benfica é hoje uma equipa endiabrada, com dois laterais que sobem muito (Maxi e Melgarejo), um "Polvo-2" no miolo (Matic), dois diabinhos nos extremos (Salvio e Ola John) e dois pontas-de-lança temíveis (Lima e Cardozo).
Embora Benfica e FC Porto discutam ombro a ombro o 1º lugar, são equipas radicalmente diferentes.
O FC Porto é uma espécie de "quadrado de Aljubarrota", sólido e homogéneo, a quem marcar um golo é difícil. Quando o FC Porto marca, tem-se a sensação de que o jogo acabou.
Em contrapartida, a solidez rouba-lhe criatividade. A equipa cria poucas oportunidades.
Contra o Moreirense no Dragão, criou menos ocasiões de golo do que o Benfica em Camp Nou.
O Benfica está nos antípodas. Faz lembrar um regimento de cavalaria.
As suas acelerações são autênticas "cargas de cavalaria" sobre o adversário.
Cria muitas ocasiões de golo, mas também é muito perdulário: Cardozo, Lima, Rodrigo, Ola John e Salvio esbanjam ocasiões em série.
Seguindo a máxima de que os ataques ganham jogos mas as defesas ganham campeonatos, o FC Porto continua a ser o principal candidato ao título.
Mas esta equipa do Benfica, desde a entrada de Jorge Jesus, proporciona grandes espetáculos, arrasta adeptos, e atirou o clube para um patamar futebolístico que não conhecia há muitos anos.
Por isso afirmei que Jesus era o Ferguson do Benfica. Há semanas Manuel Vilarinho disse o mesmo. Devia ser agora o "3º anel" a dizê-lo.
- José António Saraiva, jornal Record, 19 de Dezembro de 2012
Quanto à continuidade de JJ à frente da equipa de futebol do Glorioso, estou totalmente de acordo com JAS.
ResponderEliminarJá quanto à opinião do 3º Anel, duvido muito porque, ao primeiro deslize, com a ajuda de alguns blogs, o homem é uma besta e devia sair quanto antes...