Ao contrário da maioria dos comentários, o dérbi de Alvalade não teve duas partes distintas. Houve, isso sim, dois jogos diferentes, separados pelo golo do Sporting.
Até ao golo, o Sporting manietou o Benfica, bloqueou-o e foi uma equipa mandona. Depois do golo, o Sporting amedrontou-se e o Benfica cresceu, cresceu, até dominar o jogo por completo.
Quando Wolfswinkel bateu Artur num remate estranho, os jogadores do Sporting devem ter pensado: já fizemos o mais difícil, que foi marcar um golo ao Benfica, agora vamos defendê-lo. Foi esse o erro fatal.
O Sporting recuou, encolheu-se, e o Benfica partiu para uma cavalgada que só podia dar no que deu.
Até ao intervalo teve três remates que falharam por pouco - e depois do intervalo foi o que se viu.
Importantíssimo, neste jogo, foi o trabalho do árbitro. Com um critério "largo", deixou jogar, ignorou algumas faltas que existiram mesmo, mas é preferível assim: o jogo tem maior intensidade, flui mais, ganha outro ritmo e proporciona um melhor espetáculo.
Se o árbitro tivesse apitado a tudo, o dérbi não teria sido o mesmo. Todos os árbitros deviam ver o vídeo deste jogo, cuja arbitragem se aproximou do que vemos em Inglaterra, com os resultados conhecidos.
Palavras finais para os treinadores. Vercauteren parece-me um treinador claramente insatisfeito com a sua equipa, pelo que talvez não seja o homem adequado para este Sporting.
Jesus foi um treinador corajoso, não tirando Maxi, mesmo tendo um amarelo e estando a jogar muito mal. Acreditou sempre nele - e ele retribuiu com uma ótima segunda parte. Assim é que se ganham jogadores.»
- José António Saraiva, jornal Record, 12 de Dezembro de 2012
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