Pela primeira vez neste século, o FC Porto sai da Taça de Portugal antes dos quartos-de-final em dois anos consecutivos.
E, depois da queda prematura do Sporting, deixa uma bela oportunidade em aberto para o Benfica, que não chega à final desde 2005 e tem sido o pior dos grandes nesta prova.
Desde que sponsorizou a competição, a FPF nunca conseguiu reunir no Jamor um cartaz de primeira, o que acabou por deserdar a prova-rainha do interesse dos canais de televisão, subalternizando-a mediaticamente ainda mais, até em relação à jovem Taça da Liga, que já lhe roubou as melhores datas do inverno e da primavera.
Ao invés, a obrigação fez recuar o calendário da Taça de tal maneira, que Portugal é o único país da Europa em que algumas equipas param ao fim de semana e os adeptos se satisfazem a ver as Ligas de Espanha, Alemanha ou Inglaterra.
Que o formato da Taça está obsoleto e precisa de uma revisão técnica é tão óbvio que não se entende o desmazelo do executivo da Federação, agora preenchido por diversos dirigentes oriundos dos balneários que, para lá do acompanhamento das seleções, não conseguem sobressair com qualquer intervenção estruturante.
No último sorteio, o treinador do FC Porto fez um comentário insólito ao atribuir a "bolinhas amestradas" o sortilégio de ter de enfrentar o Sp. Braga tão cedo, como se o acidente de um jogo um pouco mais exigente lhe desconjuntasse a programação científica.
Os treinadores habituaram-se a olhar para as eliminatórias da Taça como uma agenda para rodar jogadores inativos. Por ter esse compromisso com o plantel ou por, realmente, não atribuir importância à prova, Vítor Pereira abriu caminho a mais uma eliminação prematura, em nome de uma poupança esquisita tendo em consideração o que está em causa no encontro da próxima terça-feira.
Encandeados com as luzes de Paris, os jogadores não se deixaram amestrar como as bolinhas do sorteio e acrescentaram sobranceria à displicência do líder.
Vítor Pereira desvalorizou a Taça de Portugal e deu razão aos programadores das televisões. Esta Taça de Portugal não vale o trabalho que dá.»
- João Querido Manha, jornal Record, 2 de Dezembro de 2012
patriarca disse:
ResponderEliminarÉ sempre assim, sempre que OS CORRUPTOS são colocados fora de prova, a dita já não tem importância.
Os chamados jornalistas, aquele como este que se DEIXAM "vender" ao Sistema, não consegue ver para lá daquilo que o Porco-mor e seus javalis amestrados mandam. É cumpridor total das ordens emanadas de Cedofeita e fica AZEADO com a eliminação PROPOSITADA, diga-se, lá está mais uma vez o Sistema e O MANHA, O MANHÃ, O TARDE ou O CEDO, não conseguem livrar-se daquilo a que há décadas se SUBJUGARAM, ao Império Mafioso do Mal, com sede no Ladrão e Cedofeita. É triste ver, ouvir e ler o que estes TRISTES ESCARAVELHOS dizem, tendo em conta que só falam o que o Sistema lhes ordenam, não sendo livres de expressar o que deviam.
Por mim a Taça de Portugal voltava ao formato antigo. Era assim que ela era interessante. Não havia aqui pré-eliminatorias. Toda a gente quer fosse primeira divisão ou terceira dava corpo ao manifesto logo de inicio, eliminatória só a uma mão, e segunda mão só em caso de empate(inclusive as meias finais!). Hoje em dia tudo se faz para tornar a taça tão previsivel que até chateia. Os primeiros sorteios são só com equipas de escalões secudários, meias finais a duas mãos.tudo para reduzir o factor surpresa a probabilidade próxima de zero...depois vem-me dizer que a Taça de portugal é desinteressante? Pudera!
ResponderEliminarA única forma dos clubes darem importância as competições secundárias é com prémios monetários. É por isso que alguns clubes já consideram a Taça da Liga a segunda competição mais importante.
ResponderEliminarPor exemplo o Gil Vicente o ano passado recebeu cerca de 800 mil euros o que corresponde a quase um quarto do seu orçamento.
O Porto, avido de dinheiro como anda, prefere apostar tudo num jogo da liga dos campeões e nas partidas seguintes em vez de uma taça dá pouco.