A atribuição dos golos no campeonato português transformou-se em terra de ninguém.
Há quem faça a opção pelo que diz a FIFA e há quem resista ao bom senso e prefira escolher o que lhe dá mais jeito, ou seja, chutar para onde está virado.
A recomendação internacional, marcada pela lógica, manda atribuir o golo a quem envia a bola na direção da baliza e concretiza, considerando autogolo sempre que o remate vá para fora - antes de ser intercetado - e resultando em golo apenas porque um dos jogadores que defende lhe mudou a trajetória para dentro das redes.
O primeiro golo do Benfica, no último dérbi, resultou da ação de Cardozo, é certo, que cabeceou a bola contra o solo e não na direção da baliza, mas o golo só ocorreu porque Rojo, envolvido no lance, lhe deu o toque fatal.
O lance do 1-3, curiosamente aquele que, dos dois, menos dúvidas nos suscitou e que um maior número de "decisores" não hesitou em atribuir ao paraguaio, é também de uma limpidez absoluta: Cardozo volta a cabecear, a bola vai claramente para fora, mas eis que Insúa a desvia de forma a permitir um golo que, sem a sua intervenção, não aconteceria. Como as imagens provam.
É verdade que a popularidade do futebol assenta em grande parte nos protagonistas e Cardozo é um jogador que "vende" tanto melhor quantos mais forem os golos que marque.
Mas Record - atribuam os árbitros, a Liga, todos os jornais do Planeta e milhões de adeptos os golos a quem quiserem, na base de critérios próprios ou de critérios nenhuns - continuará a reger-se pela lógica imbatível da FIFA: bola não rematada na direção da baliza e desviada por outro jogador fará com que se atribua o golo a quem fez o desvio e não a quem rematou.
Ninguém nos afastará deste caminho. Porque nós somos aqueles em que o leitor confia.»
- Jornal Record, 13 de Dezembro de 2012
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