segunda-feira, 9 de julho de 2012

Fernando Seara dá razão a Rui Costa relativamente aos empréstimos de jogadores


Aqui entronca a denominada lei dos empréstimos tão propalada ultimamente. Quem conheça o futebol português não pode ignorar a perversidade que muitas vezes comportou a faculdade de clubes do mesmo escalão competitivo cederem jogadores entre si. 

Mas se isto é verdade, menos verdade não é a absoluta necessidade para a promoção e valorização dos jogadores mais jovens, formados nas academias dos principais clubes nacionais, ganharem rodagem, horas de jogo, tempo de competição ao mais alto nível. 

Como, de igual forma, é inquestionável que o sistema de empréstimos de jogadores tem propiciado às Ligas profissionais um equilíbrio que de outra forma não tinham. 

Se não fossem os empréstimos muitos clubes não poderiam sequer, atentas as dificuldades financeiras que são patentes, manterem-se na alta competição. 

Evidentemente que este sistema induz a dependências e a subordinações e, caso não seja devidamente regulamentado, pode propiciar a viciação da verdade desportiva. 

Mas não é com a radicalidade que agora se propõe que se resolve coisa alguma. Ao contrário. 

Como muito bem sublinhava Rui Costa, esta medida lesa o futebol nacional ao prejudicar a formação do jogador português e a sua projeção. 

E este é hoje, porventura com os direitos televisivos, o maior ativo desta indústria. 

As transferências constituem para muitos clubes as receitas extraordinárias que equilibram orçamentos e viabilizam capacidades competitivas. 

Trata-se, pois, de um erro grave que se espera que, com bom senso e realismo, possa ser corrigido. 

Ainda neste tema, estranha-se a tendência suicidária de alguns clubes que se autodenominam de pequenos, estabelecendo, melhor, assumindo uma espécie de guerra de emancipação contra os grandes. 

Sem cuidar, neste ponto de discutir as questões do poder no futebol, parece ser uma evidência que os grandes clubes são os grandes carregadores de piano do futebol nacional. 

São eles que geram audiências, que enchem estádios, que asseguram uma representação internacional condigna. 

Enfraquecê-los é enfraquecer o todo, é impedir que os níveis já atingidos de projeção e de conquista se repitam. Porque, por maior que seja a respeitabilidade devida ao Gil Vicente, o seu Estádio enche-se com o Benfica. 

Mas com um Benfica forte, com grandes jogadores, que propicie um espetáculo que crie valor. 

Esse erro de pretender o nivelamento por baixo conduz, como os exemplos históricos testemunham, à degradação da qualidade e à pobreza de todos. 

Há, pois, que saber medir as coisas e perceber que os mecanismos de solidariedade terão de existir e ser salvaguardados, mas que os clubes agregadores de maiores capacidades e competências, pela sua história, dimensão, capacidade económica terão de ser as locomotivas deste grande comboio, com responsabilidades acrescidas de formação de jogadores, de qualidade de jogo, de nível competitivo, de projeção internacional.» 

- Fernando Seara, jornal A Bola, 8 de Julho de 2012

2 comentários:

  1. Que nojo de gente, alguem que meta um trapo na boca deste traste que é para ver se ele se cala de uma vez por todas, grande filho da mãe, vendido do crlll.........

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  2. Ele deve ter apoiado os corruptos. O rui costa foi por estar na guerra.

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