quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

José António Saraiva: "Benfica tem que aprender a meter o jogo no congelador"


Recordo a passagem de um texto que escrevi a seguir à eliminatória entre o Benfica e o Braga para a Liga Europa: 

"No conjunto dos dois jogos, o Benfica criou 12 oportunidades de golo e o Braga 3. Além dos 2 golos marcados, o Benfica atirou 2 bolas ao poste, Artur [na altura guarda-redes do Braga] fez 4 defesas impossíveis, e houve 4 perdidas escandalosas de Cardozo e Saviola. 

Em contrapartida, os dois golos do Braga resultaram de lances fortuitos: um livre e um canto". 

Em jogos anteriores entre Braga e Benfica a exibição foi muitas vezes melhor do que o resultado. No sábado passado, foi ao contrário: o resultado foi melhor do que a exibição. 

Jesus foi criticado pela atitude da equipa na 2.ª parte. Mas qualquer treinador, apanhando-se a ganhar 2-0 em Braga, faria o que ele fez: procurar controlar o jogo e apostar no contra-ataque. 

Só que o Benfica não sabe controlar os jogos nem tem jogadores para isso. O único médio de raiz é Matic. Quanto aos outros, Enzo Pérez é um extremo adaptado, Salvio e Ola John são extremos à antiga, Gaitán é um malabarista. Ora, Matic não pode bater-se sozinho contra 3 ou 4 adversários rotinados na função. 

O Benfica é muito bom quando consegue meter rapidamente a bola no ataque e jogar no último terço do terreno; quando o jogo se enreda no meio campo (como aconteceu contra o FC Porto e o Braga), é um drama. 

Para se tornar definitivamente uma grande equipa, o Benfica tem de aliar, à capacidade de atacar, a sabedoria de "meter o jogo no congelador". 

Mas para isso precisa de dois médios típicos, que não tem.

P.S. - O meu Belenenses ganhou ao Benfica B e está quase na 1.ª Liga. Parabéns!» 

- José António Saraiva, jornal Record, 30 de Janeiro de 2013

Paços de Ferreira 0-2 Benfica: Relato Fernando Eurico Antena 1

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Paulo Fonseca coloca Jorge Jesus no top ao nível de Wenger


Quais são os treinadores que mais admira? Quais as suas referências?

«Sempre admirei o Arsène Wenger. Lembro-me quando ele apareceu no Arsenal e da forma como pôs a equipa a jogar futebol. Dos meus treinadores, o melhor na abordagem tática foi o Jorge Jesus. Era extraordinário nisso. 
Tive muito prazer em trabalhar com o João Alves e adorei ser treinado pelo Norton de Matos e o Jean-Paul no Barreirense. Eram duas pessoas muito evoluídas. Gostei de ser treinado pelo Vítor Manuel e fiz a minha melhor época com o Augusto Inácio no Marítimo. Nunca tive qualquer problema com treinadores, mesmo quando tive pouca utilização».

-Paulo Fonseca, treinador do Paços de Ferreira, em entrevista ao Mais Futebol

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

José Marinho: "Estes reajustamentos no plantel do Benfica têm tudo para correr mal"


As últimas movimentações do Benfica no mercado, reflectem que há coisas que nunca mudam no maior clube português. 

Principalmente esta tendência irreprimível para o disparate, quando as coisas, aparentemente, decorrem com normalidade competitiva e fulgor desportivo.

Depois da saída de Bruno César, que o treinador não gostaria que acontecesse, agora é a vez de Nolito, outro jogador que Jesus pretendia manter no plantel.

Manda quem pode, mas quando as coisas correrem mal, será justo que se peçam responsabilidades, não a quem treina, mas a quem manda. 

Os reajustamentos que estão a ser feitos no plantel do Benfica têm tudo para correr mal e as saídas de Bruno César e Nolito, a juntar aos crónicos problemas de Carlos Martins e Aimar, farão soar os alarmes, mais uma vez. 

Se as saídas não forem compensadas com jogadores de igual valor - não é o caso de Rui Fonte, mais adequado para a equipa B - o Benfica arrisca-se a perder o campeonato em Janeiro. 

O que seria uma pena, por um lado, e trágico por outro. 

É que, se isso acontecer, é a repetição de outros anos, em que Janeiro foi o mês em que o FC Porto ganhou o considerável e irremediável avanço sobre o Benfica. 

Avanço pontual, anímico e principalmente nos meios que cada um dos clubes coloca à disposição dos seus respectivos treinadores.

-José Marinho, Facebook

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

António Varela: "Se fosse noutro País, Pinto da Costa era empurrado para fora do clube"


1. A utilização irregular de três jogadores pode valer ao FC Porto a desqualificação na Taça da Liga. É uma notícia, para lá de surpreendente, inimaginável, tratando-se do clube mais organizado de Portugal. Até ali, o stress da gestão e muita incompetência traíram uma máquina julgada infalível. Diz o povo que quando a nódoa cai no melhor pano, os danos são sempre mais visíveis e as consequências sobrevalorizadas. É o caso. 

2. Sabe-se como às vezes a aplicação da lei em Portugal é um exercício difícil, em que na maioria dos processos quem julga olha ao nome, ao estatuto e ao volume dos apoios de quem é julgado, e o resultado final, a pena, não reflete exatamente o que está regulamentado. Esperemos então para ver, porque o assunto está entregue aos advogados de FC Porto, V. Setúbal (parte interessada na desqualificação portista) e ao Conselho de Disciplina. Um cocktail explosivo, é o que é.

3. Aconteça o que acontecer, este caso é um tremendo aborrecimento para a recandidatura de Pinto da Costa. O presidente do FC Porto levantou recentemente a hipótese de dar o lugar a outro, depois de se ter tornado no dirigente mais titulado do Mundo, mas, subitamente, entrou um grão de areia na engrenagem e o que pode acontecer é ter mesmo de se ir embora, mas empurrado por associados e acionistas em fúria com a eliminação da equipa. Na Alemanha, em Inglaterra ou nos Estados Unidos seria assim. Mas estamos em Portugal. E é a FPF liderada por Fernando Gomes que está a julgar o caso. Calma.

- António Varela, jornal Record, 27 de Janeiro de 2013

domingo, 27 de janeiro de 2013

João Querido Manha fala da (des)organização da estrutura do Porto



O descuido do FC Porto na violação das regras de utilização de jogadores da equipa B antes do tempo permitido na formação principal foi uma enorme surpresa para todos os que se habituaram a considerar a organização portista uma máquina infalível. 


Desta vez, parece não se ter tratado de mais uma esperteza para reverter em próprio benefício a ingenuidade dos adversários, nem mais um episódio de batota ou abuso de confiança. 

No meio da obsessão com os habituais tratamentos de favor ao Benfica, agora à cata dos cartões mostrados ou por mostrar nos jogos do rival e nos dos seus adversários seguintes, a tal máquina descuidou-se e trabalhou com uma falta de rigor que assusta. 

Estes acidentes de percurso têm sempre um lado positivo, despertando mentes adormecidas pela rotina do sucesso fácil implantado por José Mourinho no ano antes do Apito Dourado: "Em condições normais vamos ser campeões e em condições anormais também seremos campeões". 

Pela conversa de Vítor Pereira, que imita terrivelmente as poses afetadas, a barba descuidada e 'o tom agreste, o FC Porto não teria adversários privados de jogadores expulsos ou com 5 amarelos, quando na verdade idênticas limitações afetaram metade dos seus opositores na 1.ª volta da Liga, atirando para cima do Benfica o odioso de uma situação que o beneficia por igual.

Quando a organização coloca o treinador nos ecrãs a manipular estatísticas, também aposta na ignorância e na falta de referências dos concorrentes, sempre lerdos a reagir e normalmente apanhados desprevenidos pela capacidade de antecipação das diatribes portistas, para quem a generalidade dos meios de comunicação são mais complacentes. 

O rigor é o primeiro mandamento da cartilha profissional e a sua falta acarreta uma má imagem para as instituições, não se percebendo que a Liga tenha demorado três semanas a detetar uma falha tão evidente, ou que esperasse que ela prescrevesse sem ninguém dar por nada. 

Esta é uma daquelas situações anormais a que Mourinho ou o seu émulo se podiam referir em voz ameaçadora e serem na mesma campeões.» 

- João Querido Manha, jornal Record, 27 de Janeiro de 2013

Vítor Serpa diz que Benfica ganhou em Braga por causa da sorte


Em plena viragem do campeonato e ainda tão distante do fim da época, não há, ainda, jogos decisivos, mas este jogo do Benfica em Braga seria, seguramente, um dos mais importantes na corrida pelo título. Não apenas para poder manter a liderança, mas pelo grande conforto psicológico de ultrapassar uma das barreiras mais difíceis da segunda volta. 

É verdade que Benfica e FC Porto têm vindo a fazer, desde o início da época, uma corrida a dois. Nenhum tem derrotas e começa a desenhar-se cada vez mais a ideia de que o título poderá vir a ser decidido nos jogos entre ambos. 

Há, no entanto, pelo caminho, desafios perigosos para cada um. Este, em Braga, seria um dos piores para o Benfica e é incontornável que a vitória rara de Jesus no Axa acabou por somar bem mais do que os três pontos em discussão. 

Não deixa de ser curioso que o técnico do Benflca tivesse optado por mudar um sistema de jogo que tem vindo a adotar quase sem exceções e independentemente da força e da qualidade do adversário. Desta vez, porém, aproveitando uma imprevista lesão de Cardozo, Jesus decidiu-se por utilizar, apenas, um ponta de lança (Lima). 

Foi uma surpresa, até porque tinha no banco Rodrigo e Kardec. Tal como foi uma surpresa, talvez ainda maior, ver a equipa defender na segunda parte a vantagem de dois golos com um futebol que poderia parecer contra natura.

Surpresas, afinal, boas para os benfiquistas, que viram a equipa quase sempre segura e confortável na mudança. Ainda se poderá dizer que a noite, apesar de cinzenta, foi de lua cheia para o Benfica que acabou por ter, do seu lado, a sorte do jogo. 

Primeiro, a sorte de marcar logo no início, depois a sorte de marcar num remate defensável e, por fim, a sorte de ver o adversário reduzido a dez jogadores, quando se adivinhava um final dramático para os benfiquistas. 

É verdade que o Benfica esteve bem na nova estratégia, mas a ideia com que se fica é que o Benfica também teve a ajuda de uma estrelinha vermelha a brilhar por si. 

Cedo será ainda para se saber se é a estrelinha de campeão...» 

- Vítor Serpa, jornal A Bola, 27 de Janeiro de 2013

sábado, 26 de janeiro de 2013

Braga 1-2 Benfica: Relato Fernando Eurico Antena 1

Rui Santos questiona estratégia do Benfica relativamente a Porto e Pinto da Costa


Parece que o Benfica e Luís Filipe Vieira estão apostados em não "provocar" o FC Porto e Pinto da Costa, mesmo que houvesse razões para isso, como parece claro na "estória" do adiamento do V. Setúbal-FC Porto, que acabou por se realizar fora do arco temporal que o regulamento de competições preceitua.

É estranho que assim seja, quando está em causa a verdade desportiva e quando estão em causa os interesses do clube da Luz. 

É uma realidade que a Comissão Executiva da Liga acabou, ela própria, por legitimar a marcação do encontro para 40 dias depois da data original e já quando todos os jogos da primeira volta haviam sido realizados, numa decisão publicada mas não fundamentada, o que deve sempre acontecer "em casos de força maior", mas as regras são para se cumprir e o Benfica não deveria ter dois pesos e duas medidas quando se dirimem questões relacionadas com a "verdade desportiva". 

Em nome de uma certa coerência, esta não pode estar na boca dos seus dirigentes às quartas, sábados e domingos e ignorada às segundas, terças e quintas. Percebe-se que Luís Filipe Vieira e o Benfica tiraram as suas ilações de uma estratégia de confronto com o FC Porto e Pinto da Costa, cujo expoente máximo ocorreu durante a temporada de 2010/11, na qual os encarnados, de garras espetadas no discurso, defrontaram os portistas por cinco vezes e só ganharam na partida do Dragão para a Taça, acabando por ser eliminados na Luz, o que tomou ainda mais humilhante uma época perdida aos pés dos azuis e brancos, com apagão, rega e tudo. 

No confronto directo, e agora sem João Gabriel, o Benfica não tem conseguido ganhar e entendem-se as cautelas neste domínio. Poder-se-ia admitir a aposta num confronto indirecto, menos ruidoso e mais eficaz. Sente-se, aliás, que isso está acontecer no sector da arbitragem. 

O futebol português tem agora um sistema mais concentracionário (na figura do presidente da FPF) e é na exploração de um poder centripetado (da direcção para outros órgãos) que o Benfica parece estar a apostar, vamos ver (no final) com que resultados. 

Seja como for, o Benfica está a perder a oportunidade de marcar uma posição forte em matéria de "direitos" e corre o risco de ser acusado de defender a mesma "verdade desportiva" que o FC Porto defendeu durante anos. 

Em síntese: mudam-se os protagonistas e mantém-se o sistema? 

O Benfica joga hoje em Braga, onde também ficou estranhamente calado depois dos "apagões" de Novembro de 2011. 

"Consegue" Bruno Esteves, depois de João Ferreira e Duarte Gomes (no Sp. Braga-V.Setúbal). As nomeações e os desempenhos justificam o(s) silêncio(s)?!...» 

- Rui Santos, jornal Record, 26 de Janeiro de 2013

Sporting também utilizou jogador de forma irregular mas não vai perder pontos


O Sporting "B" também utilizou um jogador de forma irregular, à semelhança dos casos que o FC Porto e o Sporting de Braga "B" protagonizaram. O clube leonino, contudo, só será punido com o pagamento de uma multa, escapando a equipa "B" à perda de pontos.

Santiago Arias disputou a partida da Taça de Portugal entre Sporting e Moreirense, a 21 de Outubro, na noite em que os leões foram afastados da prova, com uma derrota (3-2). Menos de 72 horas depois - mais precisamente 70h30m -, o lateral-direito colombiano foi utilizado pelos "bês" verdes e brancos num encontro da Segunda Liga com o Santa Clara (triunfo por 2-0). Foi a 24 de Outubro.

O emblema lisboeta incorreu numa infracção ao ponto 1 do artigo 13º do regulamento referente às equipas "B" e que estipula que "qualquer jogador apenas poderá ser utilizado pela equipa principal ou equipa 'B', decorridas que sejam 72 horas após o final do jogo em que tenha representado qualquer uma das equipas, contadas entre o final do primeiro jogo e o início do segundo".

Contudo, nenhuma pena de perda de pontos poderá ser atribuída ao Sporting "B", visto que o resultado do desafio com o Santa Clara está homologado há mais de trinta dias. Certo é que Bola Branca sabe que o Conselho de Disciplina da Federação tem já o caso em análise e que o clube leonino será alvo de uma multa, que pode ir de 2 550 euros a 25 500 euros.

O que dizem os regulamentos?

O artigo 26º do Regulamento Disciplinar da Liga de Clubes indica, expressamente, que "trinta dias após a realização de um jogo, considera-se o seu resultado tacitamente homologado, pelo que, quer os protestos sobre qualificação de jogadores quer as denúncias de infracções disciplinares admitidos e feitos depois daquele prazo não terão quaisquer consequências relativamente a esse jogo e na tabela classificativa, ficando os infractores unicamente sujeitos às sanções disciplinares previstas e aplicáveis para os ilícitos que vierem a ser provados". Daí que não seja possível punir o Sporting com qualquer perda de pontos.

Por outro lado, o ponto 3 do artigo 44º indica que, "verificando-se o caso previsto no artigo 26.º, a sanção de derrota em jogo homologado será substituída por multa de montante a fixar entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 250 UC". Esclareça-se que cada "UC" (unidade de crédito) representa 102 euros.

-Noticia retirada do site da Radio Renascença

Afonso de Melo: "O FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética"


"O FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética."

- Vítor Serpa, editorial de ''A Bola"

Ah! Pois não caro Vítor. Tanto assim que não ganhou. Ou terá havido ética em todo aquele comportamento histérico num célebre empate em Manchester obtido à custa de um tal de Ivanov, árbitro russo entretanto desaparecido em combate (não sem antes ter tentado chutar Portugal para fora do Mundial de 2006), e que teria certamente muito para contar se se decidisse a fazê-lo.

Não, o FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética. Nem sequer o Campeonato Nacional, ou a Taça de Portugal... 

Se estivesse, não tinha um presidente que recebeu árbitros em casa na véspera de um jogo (terá sido só um?). 

Se a ética os preocupasse, não tínhamos assistido às cenas deprimentes de outro árbitro a ser perseguido pelo campo fora por uma equipa inteira. Nem a pedras e bolas de golfe atiradas para dentro do relvado no decorrer de um jogo. Ora bem! Ética! E um saco de calhaus lançado sobre o carro de um presidente adversário do alto de um viaduto? Será isto ética? E prostitutas enfiadas à sorreifa nos quartos de mais árbitros? 

Ah! Os árbitros! Sempre o fascínio dos árbitros! Viagens ao Brasil, envelopes com dinheiro... Os árbitros outra vez! E a ética? Onde fica? 

Fica perdida por entre jornalistas espancados, ameaçados, por entre fotógrafos atropelados? Frase tão mortífera, tão assassina esta: "O FC Porto não está interessado em ganhar a Taça dos Campeões com ética." 

Pois não. Definitivamente não! A ética pertence ao campo do carácter. E há gente para a qual nem uma coisa nem outra têm significado.» 

-Afonso de Melo, jornal O Benfica, 25 de Janeiro de 2013

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Sporting faz proposta ao Benfica: Insua por Nolito e Kardec


Benfica e Sporting estão a estudar uma eventual troca do lateral-esquerdo leonino Insúa (24 anos) pelos benfiquistas Nolito (26) e Alan Kardec (24). Segundo apurou o CM, a iniciativa partiu dos leões, que viram abortar a transferência do argentino para o Grémio de Porto Alegre.

No entanto, o negócio não se afigura fácil, até porque os leões detêm apenas 35 por cento do passe do argentino, 25 por cento pertence ao próprio jogador, 25 é do Liverpool e ao Sporting Portugal Fund, os restantes 15 por cento.

O CM sabe que a maior oposição a esta troca de jogadores vem dos empresários dos três jogadores. Tanto Reinaldo Pitta (Kardec), como Oscar Font (Nolito) ou Thomas Solomon (Insúa) põem reticências a um negócio que não envolve dinheiros. Além do mais, a Fiorentina também pretende Insúa.

Ao avançar com esta iniciativa, em tudo idêntica à que levou Izmailov para o Dragão e Miguel Lopes para Alvalade, o Sporting pretende desfazer-se de um jogador que só em salários custa anualmente cerca de 1,8 milhões de euros ao clube. Este é um dos pontos que leva os encarnados a torcerem o nariz a esta troca. Mas também desportivamente, as águias consideram que Insúa não seria uma mais-valia para o plantel de Jorge Jesus.

Com Nolito, a equipa de Jesualdo Ferreira reforçaria as alas, e Alan Kardec seria o complemento ideal para Wolfswinkel, único ponta-de-lança no plantel dos verde-e-brancos.

Noticia retirada do site do Correio da Manhã

Video: Última vitória do Benfica em Braga opôs Quique Flores e... Jorge Jesus


terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Eugénio Queirós diz que Benfica cai em Braga na próxima ronda


V. SETÚBAL- FCPORTO: o jogo do título

Está aí o jogo que vai decidir o campeão 2012/2013.

O tal que não se realizou porque a bola não saltava e porque, segundo o Rui Santos, Pedro Proença estava amuado.

Parece que a meteorologia não vai ajudar mas sempre queremos ver o que vai fazer o árbitro com a bola e com o relvado neste jogo que se o FC Porto vencer, como irá acontecer, lhe abrirá as portas ao tricampeonato pois o Benfica vai cair em Braga na próxima jornada.

Penso eu de que.

-Eugénio Queirós, jornal Record

Relato dos Golos: Moreirense 0-2 Benfica

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Roger: Um dos melhores golos de sempre do Benfica em Moreira de Cónegos

João Querido Manha: "Um dia, ouviremos mais confissões sem ter de recorrer ao YouTube"


Nada será como dantes no desporto mundial, depois da confissão de Lance Armstrong, que não foi um campeão esporádico nem se vangloriava de métodos milagrosos ou ajudas providenciais. 

Nem leite de rena nem sangue de tartaruga iam sendo associados aos consecutivos triunfos do americano na mais difícil competição, mas apenas força, espírito e trabalho. 

Lance Armstrong era o campeão perfeito. O que a confissão trouxe de novo foi um olhar de desconfiança para os super-homens numa atividade que, precisamente, só subsiste se criar e renovar ciclicamente os seus ídolos.

Talvez Armstrong tenha exagerado, devia ter-lhe bastado ganhar duas ou três vezes, como tantos outros, e retirar-se para gozar a fortuna sem ter de se envergonhar perante os filhos e a história. 

Michael Phelps, Usain Bolt, Roger Federer, Tiger Woods e mais alguns atletas ditos do outro mundo não podem sentir-se beliscados por esta tremenda desilusão, mas sabem que terminaram os dias de pureza. 

Também eles desenvolveram o perigoso vício dos triunfos e alimentam-se do insaciável desejo de vencer sempre, eventualmente a qualquer preço. 

O doping não é, porém, o único delito privado por trás da pública virtude dos campeões. Nos desportos coletivos como o futebol, em que as infrações individuais se diluem nos resultados globais, a corrupção desportiva e o tráfico de influências são mentiras muito mais graves e recompensadoras, de certa forma generalizadas até ao nível do inconfessável. 

Será este o legado de Lance Armstrong: obrigar-nos a relativizar a glória dos homens providenciais, dando uma margem de desconto a todos aqueles que, ao contrário do ciclista americano, fazem questão de sublinhar os seus triunfos frequentes com a arrogância dos que se consideram intocáveis. 

Um dia, ouviremos mais confissões sem ter de recorrer ao YouTube.» 

- João Querido Manha, jornal Record, 20 de Janeiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

Bagão Félix elogia o aproveitamento da equipa B do Benfica


Tinha alguma desconfiança quanto às equipas B. Sobretudo quando jogando no 3.º escalão, como há anos, eram uma espécie de purgatório por onde passavam jogadores que ou iam para o degredo ou transitavam para uma qualquer sofrível equipa. 


No fundo, a equipa B era uma prateleira cara (embora não dourada) e uma esperança sempre adiada. Um frete sem alma, sem resultados, sem retorno.

Falando do meu clube, naquela atura defendi a ideia de se acabar com simulacros de equipa B, apostar na formação, rescindir com jogadores entalados entre a primeira equipa onde não estavam e a equipa B onde não jogavam, e reduzir a legião de um Benfica municiador de empréstimos a outros clubes. 

Com a promoção das equipas B ao 2.º escalão (onde, em média, a qualidade dos jogos não difere muito da que se pratica na 1.ª Liga), parte das críticas que fiz foram objectivamente removidas. 

E, no caso do Benfica, tem havido um competente aproveitamento e entrosamento entre equipas. 

Ora rodando jogadores, ora descobrindo talentos, ora potenciando a prata da casa que finalmente pode ser vista como reforço para o conjunto global. Sem equipa B, quem se lembraria de André Gomes ou André Almeida? 

Sem equipa B como se poderia manter o ritmo competitivo de jogadores suplentes que, em fases críticas de lesões e castigos, são chamados à titularidade (o caso da defesa é o mais presente). 

Assim a equipa A+B é mais forte que a equipa A. Não se aplica aqui a propriedade comutativa pois que A+B não é igual a B+A, mas se juntarmos os escalões de formação, as propriedades associativa e distributiva da adição fazem cada vez mais sentido.» 

- Bagão Félix, jornal A Bola, 17 de Janeiro de 2013

Ricardinho só volta ao Benfica quando algo mudar lá dentro


Na última passagem pelo Benfica, proferiste à saída algumas palavras sobre o ambiente que encontraste no balneário, referiste que “existem jogadores que se servem do Benfica e não servem o clube”, como também se referiste que “os capitães não conseguem passar a mensagem”, fazendo uma alusão à mística do clube.

Estas palavras não tiveram impacto negativo no teu relacionamento com alguns desses teus colegas no convívio no seio da seleção?

Infelizmente tive de dizer isso, e poderia ter dito mais, mas, preferi guardar algumas palavras para quando alguém tiver a coragem de me encarar, pois esse alguém sabe que essas palavras foram direcionadas particularmente para ele.

Quanto aos capitães não conseguirem passar a mística não me referia ao Gonçalo Alves, alias, já tive a oportunidade de lhe falar isso, apesar de ele ter percebido bem a direção das minhas palavras.

No que diz respeito ao ambiente na seleção, não tenho receio nem temo que mude algo, sou profissional e na seleção serei o mesmo e farei o que sempre fiz, jogar o melhor que sei e tentar ajudar a seleção a cumprir os seus objetivos, óbvio que o ambiente para mim não será o mesmo, mas também sei que quem sabe lá dentro o que se passou, está e estará do meu lado.

Até ao momento não teve impacto nenhum porque as palavras que referi foram sobre um jogador que não estava no fantástico grupo que esteve na Tailândia.

Pensas um dia voltar ao Benfica, apesar de já teres dito publicamente que seria difícil esse regresso?

Já disse e torno a dizer, só voltarei ao Benfica quando algo mudar lá dentro, pois quero voltar ao Benfica para ajudar o clube a ser o que sempre foi, e manter a imagem de marca do clube na modalidade que é vencer tudo. Como disse anteriormente, neste momento não vejo possibilidade de isso acontecer infelizmente, por vários motivos.


-Ricardinho, em entrevista ao site http://www.elitefutsal.com

sábado, 19 de janeiro de 2013

José Manuel Delgado apelida de "ridícula" calendarização das meias finais da Taça de Portugal



Encontrados os pares que vão discutir a presença na final da Taça de Portugal (a disputar ainda não se sabe onde, porque o Governo está para dar resposta à FPF sobre algumas melhorias no complexo do Jamor no que concerne, basicamente, a segurança e higiene, delas dependendo o local da festa do futebol), aplauso fortíssimo ao V. Guimarães, que ultrapassou o favorito SC Braga, aplauso forte para a clareza com que Benfica e Belenenses foram fora de portas vencer e convencer e um aplauso ainda para o Paços de Ferreira que, à beira do fim, lá conseguiu carimbar o passaporte para defrontar a equipa de Jorge Jesus. 

No próximo dia 30 deste mês de janeiro terá lugar a primeira mão das meias, jogando-se a segunda mão 77 dias depois. 

Não, não é gralha, são mesmo 77 os dias que separam as mãos. Uma calendarização que não lembra ao diabo e que se deseja erradicada do calendário de competições em 2013/14. 

Como pode uma prova criar emoção e prender a atenção dos adeptos quando se decide desta forma? Absolutamente ridículo... 

- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 18 de Janeiro de 2013

João Malheiro: "A tentativa de viciar a verdade desportiva já começou"


Não houve semáforo vermelho, também não houve semáforo azul, houve semáforo amarelo. 

Deveria haver semáforo negro para as declarações do presidente e do treinador portista no termo da igualdade. Como é possível tamanho desplante? 

Houve, porventura, algum golo irregular? 

Houve foi um lance infeliz de Artur e uma intervenção imprevista de Cardozo que terão obstado a que o Benfica chegasse ao triunfo no clássico da Luz. 

A que se deve o topete dos responsáveis azuis às riscas, naquele jeito calimero, só que assanhado? 

A memória não lhes faz recordar as incidências do jogo na pretérita temporada, que decidiu o Campeonato, quando Pedro Proença validou o terceiro tento portista, obtido num escandaloso e plural fora-de-jogo? 

A tática é recorrente. Feliz com o empate, sabedor que esta vai ser uma competição extremamente renhida, de forma mais ou menos sub-repticia o FC Porto inaugurou o ciclo da pressão. 

Vai sustentar que foi prejudicado na Luz, tentando colher benefícios subsequentes e danos arbitrais para o nosso Benfica. É assim há cerca de trinta anos. Eles não mudam. 

Até aquele episódio pachola, dir-se-ia digno de quem o trouxe à colação, foi paradigmático. Verdade que o sujeito exibiu o telemóvel, perante o silêncio cúmplice de alguns jornalistas subservientes. 

Tratou-se de um erro da empresa que presta serviços à Liga. "Queriam que o resultado fosse a vitória do Benfica", ouviu-se. 

Uma minudência sem ponta por onde se lhe pegue. Já o fito é claro. Mais pressão, pressão sobre a Liga de Clubes, que até é presidida por um dirigente com anos de serviço no covil do dragão. 

A tentativa de viciar a verdade desportiva já começou, importa levantar atalaia.» 

- João Malheiro, jornal O Benfica, 18 de Janeiro de 2013

Afonso de Melo e o telemóvel de Pinto da Costa



Ao ver o Madaleno agitar o telefone, fiquei convencido de que iria mostrar as chamadas que costuma fazer para os presidentes do Conselho de Arbitragem. Afinal era só mais uma figura triste. 


Lá está: escorrega-lhe facilmente o pé para o chinelo...» 

- Afonso de Melo, jornal O Benfica, 18 de Janeiro de 2013

Pedro Santos Guerreiro diz que Vieira respondeu magistralmente a Pinto da Costa



O Benfica-FC Porto do fim-de-semana passado ainda ecoa. O jogo foi, em si mesmo, espetacular. Isso é bom. 


Provavelmente, mais nenhum jogo do campeonato poderá ter este nível. E isso não é bom. 

O jogo de domingo está mais do que analisado. Para mim, o resultado final foi justo, o Benfica foi mais espetacular, o FC Porto mais consistente, pelo menos Maxi Pereira devia ter sido expulso e Luís Filipe Vieira respondeu magistralmente a Pinto da Costa, o que era difícil de fazer. 

Mas independentemente de tudo isto, este foi um jogo de encher estádios. 

Foi um grande espetáculo de futebol. Quando haverá outro assim?

Provavelmente só no próximo FC Porto-Benfica, no Dragão. 

A distância competitiva e de qualidade entre, por um lado, FC Porto e Benfica e, por outro lado, as demais equipas da Liga Portuguesa é muito grande. 

Só o melhor Braga se aproxima dos melhores FC Porto e Benfica. Daí resulta um fosso pontual entre os primeiros dois do campeonato e o resto. Mas não só: gera uma "espiral recessiva", como agora se diz, nos clubes. 

A falta de qualidade dos espetáculos desportivos leva a estádios vazios, o que lhes reduz as receitas e, logo, diminui a capacidade de contratar jogadores melhores, o que conduz... à falta de qualidade dos espetáculos. 

E isso prejudica todos os clubes, inclusive FC Porto e Benfica. 

A salvação financeira do Sporting deve portanto ser desejada por todos, não só os sportinguistas. 

Quanto melhor estiver a jogar o clube de Alvalade - e é preciso ter dinheiro disponível para poder ter jogadores que possam melhorar a qualidade da equipa -, melhor será a qualidade competitiva dos jogos contra todos os adversários, enchendo estádios e cofres dos clubes. 

E assim promovendo "espirais virtuosas" entre os clubes da Liga. Este foi um jogo de encher estádios. Foi um grande espetáculo.»

 - Pedro Guerreiro, jornal Record, 17 de Janeiro de 2013

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Benfica igual a Barcelona e Bayern Munique...


Leonor Pinhão descreve golo de Matic ao Porto como uma exibição livre de bilhar aéreo


Matic foi o homem do jogo. Pelo que jogou e pelo incrível golo que marcou. É provável que o Vítor Pereira, treinador do FC Porto, descreva o golo do sérvio como o resultado feliz de mais uma daquelas jogadas típicas do «grande Benfica», pontapé para a frente à procura do Cardozo e à procura da sorte e de nada mais. 


Sabemos que não foi assim. Foi antes uma exibição livre de bilhar aéreo na área do FC Porto culminada com um pontapé fenomenal de Matic que ainda teve que se torcer todo antes de se fazer ao tiro. Mas foi bonito, estas coisas são sempre bonitas e caem bem, aquele momento em que, na flash-interview, Vítor Pereira mencionou «o grande Benfica», palavras suas.


- Leonor Pinhão, jornal A Bola, 17 de Janeiro de 2013

Académica 0-4 Benfica: Relato Alexandre Afonso Antena 1

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Manuel Queiróz fala do contrato de Jorge Jesus


Não ficou tudo na mesma depois do clássico de domingo, porque o campeonato faz-se de pontos, mas os pontos fazem-se de muitas coisas. Por exemplo, da ideia que se tem das equipas. O Benfica voltou a não conseguir ganhar um jogo difícil - já não tinha ganho ao Braga, em casa, e o campeão normalmente é quem faz mais pontos nestes encontros. Há um ano, à 14.ª jornada, Benfica e FC Porto também tinham perdido seis pontos.

O que se discutia nas redes sociais após o jogo era, entre os benfiquistas, se o clube devia renovar com o treinador. Boa parte dos adeptos dizia que não - "nem consegue ganhar ao Vítor Pereira", escrevia um deles. Ao fim de quatro anos, o Benfica tem um de dois caminhos: ou acredita nele e já devia ter renovado o contrato, ou não acredita. Jorge Jesus nunca irá dirigir um clube maior do que o Benfica - não há muitos e na sua idade já não irá para nenhum desses. É a lei da vida. Creio que seria um bom treinador para o Benfica, que iria melhorar com ele, como ele iria melhorar com o Benfica, porque chegou ao topo muito tarde. Mas claramente não é esse o caminho que Luís Filipe Vieira quer seguir, ou então já teria dado outros sinais. Este Benfica precisava de ganhar o campeonato e não sei se criou todas as condições para isso.

Vítor Pereira também acaba o contrato e não tem sido notícia a sua renovação. São situações diferentes: este é mais novo, não tinha carreira que se visse antes, o seu problema é descobrir se é capaz de ganhar uma ligação aos adeptos. Não é competência, é afeto. A urgência é bem diferente, até porque até hoje é Vítor Pereira que tem de estar muito agradecido a Pinto da Costa/Antero Henrique por lhe terem dado um camião sem ele ter carta de pesados.

-Manuel Queiróz, Diário de Noticias

Carlos Daniel: Porque é que o Benfica não ganha ao Porto?


A pergunta também vale ao contrário: porque é que o FC Porto dificilmente perde com o Benfica, mesmo na Luz? Há três tipos de respostas possíveis: de circunstância, subjetivas e concretas. Só acredito nestas e começo com uma nota prévia: em quatro anos no Benfica, Jesus ganhou algumas vezes ao FC Porto mas não ganhou tantas quanto parecia provável, nem sequer quando parecia por cima em termos de rendimento, opções disponíveis e motivação. Como agora. E só ganhou uma vez no Dragão, para a Taça, perdendo três vezes na Luz.

As causas de circunstâncias são as que se referem às arbitragens, a uma ausência, a erros ou grandes exibições individuais. Proença, Hulk, Roberto, Emerson ou Artur explicam um jogo, não uma tendência. As subjetivas são as que se refugiam nos chavões, tão difíceis de confirmar como de desmentir, de um bloqueio anímico ante o rival, de menor maturidade competitiva, blá-blá-blá. Tretas.

Chegamos ao essencial: a forma de jogar do que chamei "gémeos falsos", candidatos com idêntico rendimento pontual mas identidades marcadamente distintas. Onde o Benfica é emoção, o FC Porto é razão, que se o Benfica faz de cada posse de bola um ataque, o FC Porto quase faz de cada ataque uma posse de bola. O Benfica só se sente confortável quando domina, o FC Porto sente-se sempre cómodo quando controla, mesmo não dominando.
Nestes jogos, o FC Porto é mais igual a si próprio, que o seu modelo não é tão arrasador contra equipas mais pequenas mas, pelo equilíbrio, adapta-se facilmente a jogos de maior exigência. O Benfica sai da zona de conforto quando não tem a iniciativa permanente e os jogadores acusam a mudança de chip se lhes pede que reparem na cara do adversário, para "marcar" Xavi ou Messi, Moutinho ou Lucho, habituados que estão a ignorar anónimos do Moreirense ou do Olhanense. Em suma, o FC Porto mantém o modelo, os princípios de jogo, mesmo quando altera o sistema, enquanto o Benfica mantém o sistema mas acaba, forçado ou deliberado, a jogar segundo princípios diferentes.

PS 1- Para ser justo e coerente: antes de Jesus, o desnível era incomensuravelmente maior e só com ele o Benfica voltou a discutir provas com o FC Porto. Não é de somenos, após a década mais negra da história do clube.

PS 2 -
Vítor Pereira esteve muito bem no campo, na gestão do resultado que lhe interessava mas deplorável depois. As palavras de desvalorização do adversário não se justificavam mas pior do que o conteúdo foi o tom. Já há ódio que chegue.



-Carlos Daniel, Diário de Noticias

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Golos de Cardozo provocam "guerra" entre Liga e Olivedesportos

 
O suposto golo de Óscar Cardozo - que originou o falso 3-2 - no recente Benfica-FC Porto ainda não está esquecido.

Depois de, nesta segunda e terça-feira, dois jornais terem escrito que o "golo-fantasma" do paraguaio consta nas estatísticas no portal da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, a entidade reagiu.

A Liga critica a postura da Olivedesportos, empresa ligada aos dois jornais em causa, e explica que Cardozo já marcou 14 golos (número que aparece no site) nesta época, quando somados os jogos de campeonato e Taça da Liga.

Comunicado da LPFP:

"Na sequência da notícia “Site da Liga insiste no golo de Cardozo”, divulgada no site do jornal O JOGO, no dia 14 de Janeiro de 2013, e da notícia “Golo-fantasma de Cardozo continua a contar para a Liga”, publicada na página 33 da edição de dia 15 de Janeiro de 2013 do Jornal de Notícias, vem a Liga Portugal esclarecer:

De acordo com os relatórios de jogo, até à 14ª jornada da Liga Zon Sagres, o jogador Óscar Cardozo marcou treze golos nesta competição. No jogo da 2ª jornada da 3ª fase da Taça da Liga, Cardozo marcou um golo. Deste modo, em ambas as competições, o jogador totaliza catorze golos marcados esta época.

Esta campanha caluniosa de desinformação e mentira contra a Liga Portugal tem sido levada a cabo pelos meios de comunicação social pertencentes ao grupo Controlinveste, do mesmo grupo da Olivedesportos.

Sem princípios éticos, apreço pela liberdade, respeito pela verdade e independência jornalística, esta campanha apenas serve os interesses monopolistas e anti-concorrenciais da Olivedesportos, colocando em causa a liberdade de imprensa.

Órgãos de comunicação social detidos por quem não respeita a verdade, a ética e a independência jornalística perdem credibilidade, leitores e ameaçam a democracia.

A Liga Portugal rege-se pelos princípios da transparência, verdade e liberdade, denunciando veementemente este tipo de campanhas mentirosas."
 
-Noticia retirada do site Relvado

Vítor Serpa analisa a estratégia do Porto de ataque ao árbitro no jogo da Luz


O FC Porto tem, de facto, uma organização muito sólida e profissional. É, aliás, um caso empresarial de sucesso, o que o torna num clube de futebol com características muito especiais e um caso de estudo para o mundo.

Anteontem, logo após o jogo com o Benfica, os responsáveis do clube cavalgaram a ideia de que só o árbitro tinha conseguido evitar que o FC Porto tivesse vencido o jogo. 

Acusavam João Ferreira de não ter expulso dois jogadores do Benfica e de ter impedido três lances perigosos, assinalando foras de jogo inexistentes. 

O ataque ao árbitro era manifestamente desproporcionado, tanto mais que em matéria disciplinar o critério do juiz da partida também beneficiou jogadores como João Moutinho ou Fernando, mas o FC Porto não perdia a oportunidade de pôr assim algum travão à crónica queixa do Benfica que tem vindo a alimentar a ideia de que o FC Porto só fora campeão à custa de um erro de arbitragem no clássico da época passada. 

Saldar contas, cobrar dívidas antigas, mudar o discurso do passado para o presente, tornando o anterior fora de prazo, foi a curiosa, mas bem sucedida estratégia de comunicação portista. Bem pensada e bem interpretada. 

Na manhã de ontem, as televisões, os jornais e as rádios davam grande espaço às críticas acaloradas de Vítor Pereira e de Pinto da Costa e o assunto tornava-se, obviamente, no tema desportivo do dia. 

Quando o Benfica quiser voltar à boca de cena do velho teatro de sombras da arbitragem, o FC Porto tem, agora, cenas mais frescas para contrapor. 

A estratégia teria sido um sucesso retumbante, não fosse aquela mortal resposta de Vieira.» 

- Vítor Serpa, jornal A Bola, 15 de Janeiro de 2013

Luís Sobral elogia exibição espantosa de Matic frente ao Porto


Matic foi o melhor em campo no Benfica-F.C. Porto.

Empenhou-se numa luta desigual perante Lucho, Moutinho, às vezes ajudados por Fernando e Defour.

Sobretudo na primeira parte, o sérvio pareceu ter caído num daqueles filmes em que o herói tem de lutar contra uma série de tipos. E vai dando cabo de todos eles.

Neste caso, Matic ficou-se pela luta. E só isso foi bonito de ver. O futebol é uma coisa de onze para onze e cada vez é mais difícil fazer a diferença sozinho.

O sucessor de Javi Garcia marcou um golo espantoso, deu muita luta sem bola, fez cortes importantes, saiu a jogar. Incrível. Mas também é verdade que Moutinho e Lucho, tendo assinado exibições menos relevantes, dispuseram sempre de muito mais espaço e tranquilidade para levar o F.C. Porto para o ataque.

Estranho? Não, apenas a tradução do que foi o jogo, com o Benfica a permitir que o meio-campo do F.C. Porto jogasse em superioridade durante largos minutos. Matic sobreviveu a quase tudo. Está numa forma espantosa!

-Luís Sobral, Mais Futebol, 13 de Janeiro de 2013

Rui Gomes da Silva demolidor no "Dia Seguinte"


Dias Ferreira: "Você interpreta tudo a favor do Benfica, tudo!"

Rui Gomes da Silva: "Claro que sim, sou do Benfica!. Já você..não é do porto, mas interpreta tudo a favor do porto, tudo!"


"Pinto da Costa faz lembrar os ditadorzecos que vêm falar de direitos humanos." - Rui Gomes da Silva

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

O video do momento: Imperdível!!

Bruno Carvalho quer Leonardo Jardim no Benfica


Lamento, meus caros consócios, mas este Benfica é forte com os fracos, mas fraco com os fortes.

Jorge Jesus, mais uma vez, revelou-se um treinador fraquíssimo nos jogos decisivos.

Fomos maus com o Braga em casa, fomos muito maus com o Barcelona na Luz e fracos, mais uma vez, hoje.

O Enzo Perez foi um enorme erro de casting, não se percebendo a ausência de André Gomes no meio campo.

Jorge Jesus morreu de vez para mim e desejo ver Leonardo Jardim à frente do Benfica na próxima época.

Fica dito!

Quanto ao árbitro, devo dizer-vos que foi bastante amigo e que Matic e Maxi tiveram muito sorte em não terem sido expulsos. Também Moutinho devia ter visto um amarelo muito mais cedo.

A verdade é este, nos jogos importantes somos sempre insuficientes e o MEU Benfica devia ser muito melhor.

Mas já sei que vou ser crucificado pelas minhas palavras e que 83% dos sócios não estão de acordo comigo.

Paciência!

Contentam-se com pouco. Eu não!

-Bruno Carvalho, Facebook

domingo, 13 de janeiro de 2013

Benfica 2-2 Porto: Relato Nuno Matos e Hélder Conduto da Antena 1

Rui Santos pergunta se o Benfica vai defrontar o Porto sob protesto


O silêncio impera à volta do adiamento do V. Setúbal-FC Porto, de 14 de Dezembro para 23 de Janeiro. 

Lêem-se e relêem-se os regulamentos e não se consegue encontrar motivo para que o jogo não se tivesse realizado nas 30 horas seguintes, segundo preceitua o Artigo 22 do Regulamento de Competições. 

Só havia duas excepções possíveis à regra das 30 horas: um jogo da UEFA na semana a seguir, o que não era o caso; ter ficado registada no boletim do jogo a data de 23 de Janeiro, o que ainda ninguém confirmou. 

Se também não foi este o caso, então a partida ter-se-ia de cumprir "no decurso das 4 semanas a seguir", como refere o artigo 19 do mesmo Regulamento de Competições, salvo "caso de força maior" a ser validado pela Comissão Executiva da Liga. 

A Liga marcou o jogo para 23 de Janeiro sem qualquer explicação, mas parece óbvio que não estamos perante "um caso de força maior". 

O adiamento do V. Setúbal-FC Porto é que encerra, dentro de si, um caso de força maior. Quantos jogos já se realizaram em Portugal nas condições oferecidas, na noite de 14 de Dezembro, pelo relvado do Bonfim? 

Pedro Proença achou que não, estimulado certamente pela falta de vontade de ambas as equipas em realizar o encontro. Ficou na retina o gesto ridículo de Pedro Proença em deixar cair a bola na vertical em cima de uma poça de água.

É fácil de perceber que Pedro Proença nunca teria decidido em sentido contrário à vontade dos contendores, por muitas poças que o relvado exibisse. Os árbitros sabem que não têm condições de revelar independência e acabam por ter de lidar com as circunstâncias, com maior ou menor valorização do... Apito Dourado. 

Estava Pedro Proença em tempo de fazer a aproxímação ao Benfica (depois de ter sido "vetado" por Luís Filipe Vieira na época passada), sem provocar a ira do FC Porto. 

A verdade é que "o melhor árbitro português" não foi nomeado e os "prémios de carreira" continuam a ser atribuídos em momentos de grande responsabilidade. 

João Ferreira foi um dos protagonistas do célebre jogo do "túnel da Luz" (Hulk, Sapunaru...) e ficou muito conotado, a partir daí, com o Benfica... 

Os responsáveis do FC Porto não quiseram correr riscos antes do clássico e, com um plantel mais curto, preferiram o adiamento do jogo com os sadinos.

Tudo se esfumará se o FC Porto vencer na Luz, mas o assunto virá à baila se o resultado amanhã for adverso aos azuis e brancos. Porque, à partida, entrar na Luz com menos 3 pontos (e menos um jogo) não coloca nenhuma pressão suplementar ao Benfica, e já se viu que o FC Porto normalmente reage melhor quando o clima, aparentemente, se lhe torna hostil. 

É verdade que desta vez até foi o treinador, Vítor Pereira, a lançar a provocaçãozinha da ordem ("O Benfica está sempre em grande forma, mas o FC Porto acaba por impor o seu jogo e ganhar"), mas os encarnados já não caem na esparrela como em tempos não muito distantes. 

Está, pois, por apurar a validade da estratégia do FC Porto em criar as condições para o adiamento do jogo do Bonfim para o próximo dia 23. E está também por apurar se o silêncio, até agora, dos responsáveis benfiquistas tem (ou não) um sentido estratégico, considerando a proximidade do clássico.

Se não tiver esse sentido estratégico e se o FC Porto voltar a ganhar na Luz, Luís Filipe Vieira vai ter de explicar aos sócios e adeptos do Benfica a razão pela qual deixou passar a aparente ultrapassagem aos regulamentos no caso do adiamento do V. Setúbal-FC Porto. 

É que, juridicamente, se se confirmar que a data de 23 de Janeiro não foi escrita no boletim de jogo como a data acordada entre o V. Setúbal e o FC Porto para a realização do jogo não efectuado em 14 de Dezembro, haveria motivos para construir a tese em redor da "falta de comparência"... com a consequente perda de pontos. 

O Benfica vai salvaguardar os seus interesses e jogar sob protesto? 

Até que ponto o risco de criar um foco de tensão supletivo vai impedir Luís Filipe Vieira de cumprir a obrigação de defender os interesses do clube a que preside? Ou será que... o "sistema" já não existe?!» 

- Rui Santos, jornal Record, 12 de Janeiro de 2013

sábado, 12 de janeiro de 2013

José Manuel Freitas taxativo: Clássico é decisivo para o título!


Tenho defendido essa ideia e vou reafirmá-la: o clássico deste domingo entre as duas melhores equipas portuguesas da atualidade é decisivo para a atribuição do título caso aconteça o triunfo de qualquer um dos antagonistas ou até mesmo o empate do FC Porto, na presunção de que soma os três pontos na deslocação a Setúbal, o tal jogo em atraso que mais parece gato escondido com rabo de fora. 


E porque é que para mim é decisivo: porque, sinceramente, não vejo nenhuma equipa capaz nesta Liga - nem SC Braga, nem P. Ferreira, muito menos o novo Sporting - com condições de travar, insisto na tecla, as duas melhores formações portuguesas. 

Diferentes no modo de jogar, diferentes, também, na vertente tática, com jogadores muito diferentes, mas, sem dúvida alguma, as únicas com classe e peso para chegarem ao título. 

Por isso, o que se deseja é que os jogadores cumpram a sua função e que os técnicos preparem as melhores estratégias, pois nem sequer me interessa o nome do árbitro, embora seja restrito o lote dos que podem, e devem, estar no Estádio da Luz. 

Ao não poder contar com James, não restam dúvidas de que o FC Porto perde uma grande arma para o jogo; mas podendo contar com Izmailov, nunca se sabe se o russo poderá começar a corresponder ao investimento. 

Já o Benfica está em vantagem por aquele motivo, a ausência de um dos colombianos, e porque, provavelmente, terá Luisão em condições de jogar, podendo igualmente socorrer-se de outras pedras que têm estado afastadas por lesão, Carlos Martins e Aimar, mais aquele do que este, ainda que parte considerável da família benfiquista prefira o argentino. 

Gostos não se discutem, mas pelo histórico... 

A finalizar, quero reafirmar outra ideia: acho que o desfecho do clássico não terá peso na decisão do SLB em renovar contrato com Jorge Jesus. 

Neste aspeto sou seguidista do João Bonzinho: renovem com ele por 10 anos!!!» 

- José Manuel Freitas, jornal A Bola, 11 de Janeiro de 2013

Eugénio Queirós arrasador: Obrigatório ler!!



João Ferreira acaba por ser uma escolha surpreendente de Vítor Pereira. No seu último ano na arbitragem, o tenente-coronel natural de Luanda que já esteve em missões no estrangeiro (no Líbano, por exemplo) está já a ser tratado como um rafeiro qualquer, sendo conotado com o Benfica e apontado a dedo por este ou por aquele caso.

Que eu saiba, João Ferreira nunca pediu fruta para dormir nem foi tomar café a casa de um presidente.

Que eu saiba, não foi perito da PJ no processo Apito Dourado, nem aí foi suspeito ou testemunha do que quer que fosse.

João Ferreira chegou à 1.ª categoria em 1999/2000 e foi um dos melhores da sua geração. Não é um fora-de-série com o apito na boca mas sempre teve um comportamento sério e foi solidário na sua classe. Um militar sabe sempre estar na vida e só quem passou pela tropa sabe como é.

Estou certo que João Ferreira vai fazer uma boa arbitragem apesar das pressões que já se sentem mas que o próprio não irá sentir. Por exemplo, o treinador do FC Porto armado em Xico Esperto a recordar que é penálti quando um jogador é agarrado dentro da grande área ou quando joga a bola com o braço ou a mão. Não havia necessidade mas suspeito que neste caso prevaleceu a tese de que "isto pode não dar em nada mas na dúvida vamos lá tentar".

PS - Como notou, sempre atento e informado, o meu colega André Gonçalves, a nossa pérola atlântica, João Ferreira perdeu em dezembro as insígnias de árbitro internacional mas apenas pelo facto de ter atingido o limite de idade. Não sei se perceberam, mas a notícia desta nomeação foi dado em primeira mão por BnA.

-Eugénio Queirós, jornal Record, 11 de Janeiro de 2013

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

José Manuel Delgado analisa o clássico à luz de George Orwell


No Benfica-FC Porto em hóquei em patins verificaram-se cenas pouco edificantes que estão entregues às autoridades competentes. Tempos houve em que uma situação como a que se verificou no pavilhão da Luz, e logo em vésperas de um clássico entre águias e dragões, seria aproveitada como rastilho para um ambiente de intolerância e violência, apelando ao lado mais feio do futebol. 

Esses tempos parecem afastar-se, e a consciência de que a indústria do futebol não resiste à instauração de um clima bélico, está a enraizar-se cada vez mais. 

Esta responsabilidade, assumida crescentemente por dirigentes e técnicos, facilita a vida aos jogadores, que já não sentem a obrigação de tomar por suas dores alheias e podem dedicar-se àquilo que sabem realmente fazer com a arte que Deus lhes deu, jogar futebol. 

Faltará, para que o quadro de normalidade seja reposto, uma arbitragem invisível, apenas com os inevitáveis erros explicáveis à luz das insuficiências imputáveis aos meios arcaicos colocados à disposição de quem decide... 

Depois de amanhã, na Luz, defrontam-se as duas melhores equipas portuguesas que interpretando bom futebol de forma diferente e que, também por isso, podem gerar um espetáculo de alta qualidade. 

A 14.ª jornada é evidente que não é possível falar em jogo do título. Porém, perante o desequilíbrio verificado neste campeonato, os confrontos diretos entre os candidatos assumem importância acrescida. 

E não posso deixar de concordar que, neste contexto, um triunfo do FC Porto será mais decisivo para a definição do campeão do que um triunfo do Benfica.

São, na mesma três pontos. Mas, recorrendo a George Orwell, «Todos os três pontos são iguais, mas uns são mais iguais que outros...» 

- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 11 de Janeiro de 2013

A fabulosa tarde de Rui Águas

Em Janeiro de 1987, o Benfica venceu o Porto por 3-1, com Rui Águas a mandar a corrupção ao charco, com um fabuloso hat-trick.

O Benfica jogou com: Silvino, Veloso, Dito, Edmundo e Alvaro; Nunes, Shéu, Tueba e Wando; Diamantino e Rui Águas.

O Porto actuou com: Zé Beto, João Pinto, Celso, Eduardo Luís e Quim; André, Frasco e Jaime Pacheco; Jaime Magalhães, Futre e Fernando Gomes.

O árbitro foi Carlos Valente.

Veja o resumo do jogo: