Mas gosto - utilizando a sua própria linguagem com peso, conta e medida.
No defeso, há tempo para ilusões, sonhos, esperança. Dorme-se sem o tormento de uma noite mal passada quando a nossa equipa nos destroça com um mau resultado.
A família agradece os fins-de-semana em que não há o suplício de compatibilizar horas de sua pertença com o tempo sempre diferente de uma panóplia de jogos.
Ontem escrevi sobre a técnica de perguntar por um jogador. Mas o defeso dá também a oportunidade de ler e ouvir declarações sempre arrebatadoras de jogadores que chegam ou saem.
Muitas vezes com aquela pitada de amor eterno à camisola que se veste pela primeira vez, tal qual acontece com o que se vê amiúde nas revistas cor-de-rosa com juras de eterna fidelidade desmentida nos capítulos seguintes.
Nesta última semana, seleccionei duas frases que me chamaram a atenção.
Uma raçuda e que é recorrente quando um clube está numa situação negocial complicada para contratar um craque: «vamos dar um murro na mesa.»
Leia-se ao contrário: «vamos ceder e pagar o que nos pedem.»
Outra peituda e que foi a de um indiano de seu nome Sunil Chhetri (com o cognome de bombardeiro de Deli) que tendo assinado pelo Sporting e estando nas nuvens por ir para a equipa B, afirmou peremptoriamente:
«Não vou deixar pedra sobre pedra.»
Ora aqui está um indiano a absorver o melhor e mais delicioso condimento do defeso: o do atrevimento sem limites e do ridículo sem disfarces. Do defeso B, entenda-se.»
- Bagão Félix, jornal A Bola, 12 de Julho de 2012
não sabia dessa tirada do detergente de bollywood
ResponderEliminarse é um problema de pedras, está no clube certo!