De Saviola os benfiquistas guardarão durante muitos anos o seu inestimável contributo no último título conquistado, em 2009/2010, assinando com Cardozo uma parceria poderosa que rendeu dezenas de golos.
Seguiu-se, sem pré-aviso, um ocaso literal de duas temporadas que não entra na cabeça de ninguém.
De um momento para o outro viu-se desfeita a dupla mais concretizadora dos últimos tempos no Benfica. Má sina, é o que parece.
Já há coisa de uma década também foi desfeita num ápice, por razões políticas, outra parceria de sucesso no ataque do Benfica, Pierre Van Hooijdonk e João Tomás, lembram-se?
Eram goleadores qualificados com reportórios diferentes dos de Cardozo e Saviola, mas ainda assim temíveis para as redes dos adversários.
Hooijdonk e Tomás foram levados na mesma enxurrada que despejou com José Mourinho para fora da Luz por causa das tais questões políticas cujas consequências se viriam a revelar desportivamente fatais para o Benfica.
O desaparecimento de Saviola nas duas últimas temporadas é um mistério para o grande público já que nem o jogador nem o treinador alguma vez sentiram necessidade de se explicar.
Aparentemente, o jogador esteve sempre mais do que conformado com a situação. Não protestou, não criticou e apresentava-se ao treino todos os dias.
Era o suplente ideal que não levantava ondas, estranho estatuto para um artista do seu quilate.
Não terá, certamente, desaprendido de jogar à bola. Ainda no último jogo do último campeonato, em Setúbal frente ao Vitória, apesar de ter passado a época quase toda no banco ou em casa, teve de ser ele a entrar em campo a escassos minutos do fim para oferecer a Cardozo o golo com que o paraguaio haveria de conquistar à tangente a sua segunda Bola de Prata ao serviço do Benfica. Do mal, o menos.
Mas em 2011/2012, a parceria Saviola-Cardozo rendeu apenas um honroso troféu individual para o paraguaio? Não.
Em 2011/2012, Saviola renderia também ao Benfica o único troféu colectivo da temporada, a Taça da Liga, lembram-se?
Com um teimoso empate a vigorar a dez minutos do fim da decisão com o Gil Vicente, foi o pequeno argentino quem saltou do banco aos 81 minutos para marcar aos 83 minutos o golo da vitória.
E, feito isto, lá voltou para o seu silencioso ocaso.
Felicidades em Málaga, é o que todos lhe desejamos.
-Leonor Pinhão, Facebook
Sem comentários:
Enviar um comentário
Caro(a) Benfiquista,
Agradecemos a sua visita e solicitamos, antes de sair do blog, que deixe um comentário acerca do que acabou de ler.
O debate é livre, por isso tenha a gentileza de participar com educação, elevação, civismo e respeito pelos demais visitantes.
Só assim honraremos a história Grandiosa do nosso amado Clube!