quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Pedro Barbosa analisa o derby: Cardozo entrou para a história!


1. Que grande jogo! Eu já tive a felicidade de participar em jogos destes e por isso sei o que é viver aquele ambiente com a intensidade e entusiasmo de todos. Houve de tudo no derby. Espectáculo, emoção, paixão dos adeptos, erros e a incerteza no resultado. Mas infelizmente os erros de arbitragem continuam, algumas declarações no final e as situações com Jesus também. Já chega e o treinador do Benfica ainda não percebeu isso.

2. Jesus voltou a usar o desenho táctico de Atenas. Sentiu-se confortável? Foi para equilibrar a luta no meio campo? Não sei se o recuo inicial do Benfica foi estratégico ou se foi o Sporting que obrigou a isso, mas o Benfica sentiu-se cómodo. A verdade é que com Ruben Amorim este novo desenho ganha consistência, capacidade de pressão e intensidade e até ao momento um acréscimo de qualidade. Os golos deram-lhe tranquilidade e o controlo do jogo, mas a boa reacção do Sporting criou problemas.

3. O Sporting apresentou-se com identidade e foi fiel aos princípios que defende. A boa entrada em jogo, pressionante e a jogar no meio campo ofensivo prova isso mesmo. Mas o que retiro desta equipa foi a capacidade para reagir. Após o intervalo e uma desvantagem de dois golos, voltou ao jogo e sempre como equipa. Soube aproveitar as que são nesta altura as fragilidades do Benfica e durou até ao fim. Apesar da derrota, a equipa cresce e são este tipo de jogos que dão experiência e maturidade para outros confrontos.

4. Cardozo foi o homem do jogo. Hat-trick num derby coloca-o nesse patamar. Muito se fala de Cardozo, na relação que tem com os adeptos, mas ele faz golos. É um finalizador e voltou a decidir neste jogo. Não se movimenta muito, pouco entra no processo ofensivo da equipa, mas quando a bola aparece na área normalmente marca. Neste jogo tocou poucas as vezes na bola e foi tremendamente eficaz. De bola parada, de primeira numa boa jogada colectiva e na pequena área a cabecear com classe. Três momentos que lançam Cardozo para a história dos derbies.

5. Foram onze os portugueses que estiveram no derby. Muito bom olhando para o passado recente. Destaque para a vontade, alegria e dinâmica de Ivan Cavaleiro a mostrar a Jesus que tem de contar com ele. Os 30 minutos de André Gomes foram curtos. Tem qualidade para mais e é bom ver a personalidade e confiança que possui. Do lado do Sporting a juventude impera e tem sido normal. Adrien mais presente e activo e o Sporting melhorou. Gostei da irreverência de Carlos Mané. Sem medo, com velocidade e coragem a merecer outras oportunidades.

6. Rui Patrício errou. Com este lance já ninguém se lembra das boas defesas que fez. Nem da forma como fez a leitura certa do jogo que está a decorrer à sua frente. Seja através de uma saída fora da área ou a um cruzamento. Patrício fez tudo isso mas na sua posição não há ninguém para colmatar o erro. Para a história fica o golo que sofreu e não o bom comportamento geral. É a vida solitária do guarda-redes e o Rui sabe disso. É forte e tem capacidade para ultrapassar este momento.

7. William Carvalho continua a trajectória segura. Sereno, com personalidade marca o ritmo da equipa. Teremos surpresa no jogo com a Suécia?

8. Montero não marcou mas é um jogador de qualidade. Inteligente, sabe o que faz e os terrenos que pisa. A entrada de Slimani fê-lo baixar no terreno. Pode ser uma opção não só para o decorrer do jogo. O jogo da equipa passa a ser diferente mas ganha qualidade e mais presença na área.

9. O jogo também se fez nos bancos. E aí gostei dos treinadores. Diferentes, é certo, mas cada um com boa postura nas substituições. De certeza que Jardim mexeu com os jogadores no intervalo e foi colocando as fichas à medida do jogo. Foram acertadas e tiveram efeito prático. Foi ao limite e o erro deitou tudo a perder. Jesus, por outro lado, teve desde cedo o resultado do seu lado e foi gerindo o tempo e a equipa. Ter Lima para entrar no prolongamento fê-lo voltar ao figurino habitual de dois avançados e acabou por resultar.

10. As bolas paradas, por muito que Jesus não o admita, estão a ser um problema. A equipa tem revelado pouca concentração, posicionamento deficiente e passividade no momento de atacar a bola e os resultados estão à vista. É urgente reconhecer e atacar o problema porque a sensação que existe é que qualquer bola na área é um momento de aflição.

-Pedro Barbosa, Site Mais Futebol

9 comentários:

  1. O Leão, as chuteiras e a merda do nosso futebol

    Nunca percebi muito bem que raio de mal te fizemos, futebol português. Sinceramente. Não sei se foi por usarmos Portugal a seguir ao Sporting Clube, mas não acredito que seja por aí, pois basta atentar no nosso palmarés para percebermos o que temos feito pelo nome deste país nas mais diversas modalidades. Não sei se é por termos escolhido a cor verde, o que também seria estranho dadas as cores da nossa bandeira. Não sei se é por termos formado dois jogadores eleitos «melhor do mundo», que te servem de bandeira quando te dá jeito. Não sei se é por, com a nossa constante aposta na formação, evitarmos que a nossa selecção esteja ao nível de uma Finlândia. Não sei, não sei mesmo. Mas que me faz muita confusão, lá isso faz.

    Sabes, na minha ingenuidade de criança, estava tudo bem. Fazia das derrotas um drama pessoal, tentando recuperar das mesmas no alcatrão da minha rua. O ser melhor do que os outros em campos onde as balizas eram cubos de pedra e fazê-lo dizendo ser os jogadores do meu clube, com a verde e branca vestida, amenizava a dor. Foi, por isso, chocante, passar a perceber algumas coisas. Cresci na década de 80, estás a ver, aquela onde se abriu caminho à afirmação de um clube do norte que trouxe um novo paradigma: para se ganhar, vale tudo. Do mais rasteiro e nojento, leia-se. O que ia vendo, à medida que crescia, atraiçoava o meu conceito de futebol. E obrigava-me a fazer um esforço, para acreditar que esse mesmo futebol pode ser aquele que se nos cola à pele em férias de verão passadas aos pontapés na bola. Em domingos de manhã em que se jogavam dérbis entre pracetas. Em horas passadas a uma máquina de escrever, transportando para o papel de um arcaico jornal de rua as emoções que vivia com os meus amigos.

    Sei que isto vai parecer-te estranho, mas, por mais que tentes e continues a tentar, esse continua a ser o meu conceito de futebol. Sem fruta, sem túneis, sem um patético árbitro de bigode a fugir de uma equipa inteira, sem a complacência de uma federação que permite a não convocatória para o mundial daquele que era o nosso capitão para, logo a seguir, lhe abrir as portas de um rival, sem respeito pelos jogadores made in Portugal, sem paineleiros escolhidos a dedo, sem capas de jornais nojentas, ofensivas e mentirosas, sempre com o mesmo alvo. Acredito que, a esta altura do texto, já consigas antecipar o que vou dizer-te, certo? Isso mesmo, não podia ter escolhido melhor clube do que o Sporting Clube de Portugal! O tal que, nos últimos trinta anos, tem sido tão mal tratado e tão desrespeitado pelo país que, orgulhosamente, carrega no nome.

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  2. «E porque razão decidiste escrever-me?», perguntas tu, com essa hipocrisia tão tua. Olha, meu triste futebol português, decidi escrever-te porque, no sábado à noite, assisti a mais um episódio que, ao contrário do que defende uma determinada personagem do teu elenco, te torna sujinho, sujinho. Mas o pior estava reservado para os dias seguintes. Então não é que se dá um verdadeiro levantamento nacional, apontando-nos o dedo por estarmos indignados? Então não é que nos dizem para ficarmos calados, porque foi um grande jogo e até fica mal falar de arbitragem (custa-vos pensar no 5-3 e não ver o campo inclinado por terceiros, não custa?). Sim, a hipocrisia atingiu o seu ponto de rebuçado. O problema é que o recheio tem um sabor tão bafiento, que qualquer Leão que se preze o cospe imediatamente.

    Tudo isto tem uma explicação, obviamente que tem: o objectivo de transformar-te num futebol disputado a dois. Um azul e um vermelho. E, face a esse objectivo, é um tremendo aborrecimento ter os gajos de verde vivos, entusiasmados e com uma perspectiva de futuro que, para gáudio das gentes que chafurdam na merda que és, ó futebol português, andava arredada do universo leonino. Pior, é um aborrecimento os gajos de verde terem percebido, de uma vez por todas, que estar próximo dos azuis é viver com uma faca espetada nas costas. Estratégia seguinte? Alimentar a ideia de que, nesta nova era, seria fantástica uma reaproximação entre Sporting e Benfica e que dessa reaproximação ficaria o futebol português a ganhar.

    Lá está. Ficaria o futebol português a ganhar. Como ficou, no sábado, onde passou quem se queria que passasse. É assim que funcionas, triste futebol português. Importa lá que o árbitro, adepto confesso dos vermelhos, tenha sido uma terceira e forçada escolha. Importa lá que tenham existido dos penaltis, claros, por marcar. Importa lá crucificar o guarda-redes da selecção, a quatro dias de um jogo decisivo, para encapotar a vergonha que se viu (já agora, esse lance nasce de um lançamento mal executado. Sim, sei, tenho que calar-me e dizer «que grande jogo que foi!»). Importa lá que o tal treinador do «limpinho, limpinho», tenha voltado a tentar arranjar merda no final do jogo, procurando pegar-se com o médico do Sporting. Tal como não importou, por exemplo, que esse mesmo clube, a quem, supostamente, devemos juntar-nos, tenha tido o orgulho de exibir uma tacinha de cerveja conquistada da forma que todos sabemos.
    Como facilmente perceberás, futebol português, não há margem para reaproximações, muito menos quando isso apenas vem potenciar a vontade dos que vestem de vermelho: conseguir ocupar o lugar nos bastidores que, na maioria das vezes, continua a ser ocupado pelos que vestem de azul.

    A tudo isto, meu pestilento futebol português, respondo-te com as imagens dos milhares de Leões que, nesta mesma noite inclinada de sábado, deram uma prova inequívoca da sua força. Para mal dos teus pecados, meu merdas, o chavão «o Sporting está de volta!», deixou de ser claim de uma direcção se rumo para o clube. Nós estamos mesmo de volta, futebol português! E, imagina tu, o espírito que se vive entre nós, Leões, do presidente ao adepto em missão na Gronelândia, como que nos transporta para aquela década em que cresci. Para aquela década em que, enquanto tu ias ficando cada vez mais nojento, o nosso presidente, João Rocha, comprava, do seu bolso, pitons para as chuteiras dos jogadores e, ele mesmo, ajudava a apertá-las na sola das chuteiras. É, futebol português, voltámos a ter pitons próprios para jogar no lodaçal em que te transformaste. E isso está a deixar-te doente, não está?

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    1. Mais um PEPINO CHORÃO!!!! Mais um palerma que se acha superior, mas não passa de um miserável pedinte. Um POBRE ESCROQUE.
      Prejudicado foi o Benfica no ALVALIXO... houve 2 penalties na Luz... um para o Benfica (que não foi marcado mas que a jogada deu golo por um ERRO BRUTAL de Ruí Patrício) e um para o clube dos pepinos (mão de André Almeida).
      O lance de Montero e Luisão é uma das maiores palhaçadas que já vi. JOGO PERIGOSO é o que faz o Colombiano, mas como os PEPINOS BANANAS já estão tão acostumados a que o jogador não cumpra as regras, acham se no direito de protestar por um penalty.
      E que tal falar na falta inexistente que dá o 3º golo pepino? O no fora-de-jogo milimétrico do Capel (Sim, Cardozo também está)?
      Felizmente vocês vão se calar, e vão enfiar mais uma vez com um grande PEPINO pela goela abaixo. Em breve estarão a lutar para ir à UEFA.

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    2. Seria talvez demasiado redutor estar a falar de justiça ou de injustiça, ou de erros de arbitragem que os houve. Queixou-se o Sporting porque foi prematuramente eliminado da prova rainha, mas no derby anterior em que também existiram casos de arbitragem nitidamente em seu favor, a sua reacção foi lateralizada consubstanciando a tradicional abordagem muito latina de que quem for prejudicado que se queixe. Tudo bem desde que a visão não seja distorcida e as palavras e as atitudes não excedam os parâmetros normais das reclamações o que nestas circunstâncias quase sempre acontece. Por ser forma corrente já ninguém estranha.

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  3. mas ,mas o Pedro Barbosa não e dos lagartos ! analisar o jogo dos outros sempre foi fácil para mim !

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  4. Olhanense-S.C.P. Olegário Benquerença Leiria
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    Árbitro sem culpa de um seu dito auxiliar não ter assinalado fora de jogo no golo de Montero. Por si esteve muito bem. Fonte: jornal A Bola

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  5. Académica-S.C.P. Artur Soares Dias Porto
    Muito bem ao assinalar os penálties a favor dos leões. A única mancha foi a posição de Montero no 2º golo leonino. Fonte: jornal A Bola

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    1. S.C.P.-Marítimo Bruno Esteves Setúbal 4

      Muitíssimas dúvidas no penalty do 1-2. Dúvidas: '45+3: bola entra na baliza de Leoni? '64: penalty de Gegé? ou não'90+2: penalty de Cedric sim? Fonte: jornal A Bola

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  6. Mas, como é apanágio do futebol em Portugal, os ecos das jornadas são sistemáticos na 'contabilidade' do 'deve e do haver' registamos infelizmente graves 'descompensações', com influência clara nos resultados e em prejuízo do Benfica.
    o resto e circo ,nas estradas dos junta letras .

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