Há justificadas razões para se perspetivar com reduzido entusiasmo o futuro de Porto e Benfica na Liga dos Campeões: no virar de página da fase de grupos, ambos ocupam os terceiros lugares, o dragão com 3 pontos (vitória com Áustria e derrotas com Atlético Madrid e Zenit) e águia com 4 (vitória com Anderlecht, empate com Olympiakos e derrota com Paris Saint-Germain).
Do ponto de vista das classificações o quadro é nebuloso, mas mais grave do que isso é a pouca ambição revelada pelos treinadores dos dois representantes portugueses na competição.
Luís Filipe Vieira admitiu a possibilidade de o Benfica marcar presença na final de 2014, no Estádio da Luz. Admitiu, simplesmente, não exigiu, mas foi o suficiente para Jorge Jesus tremer de medo e erguer a voz da contestação para dizer duas coisas: que o atual plantel benfiquista não é mais forte do que o do ano anterior e que em termos de prioridades coloca a Champions na última posição, a seguir ao Campeonato e à Taça de Portugal.
Ontem, na projeção do jogo com o Belenenses, Paulo Fonseca, por iniciativa própria ou sugestionado por alguém, também veio falar de prioridades, para comunicar que o Campeonato está em primeiro lugar.
Tratando-se de dois emblemas que integram a lista de vencedores da mais importante prova da UEFA, é desolador que os treinadores dos dois principais candidatos ao título português revelem tão preocupante falta de visão na Europa.
Aceita-se que sejam pequenos nos horizontes, mas por respeito ao passado dos clubes que representam deviam abster-se de trazer para a praça pública essa pequenez.
- Fernando Guerra, jornal A Bola, 1 de Novembro de 2013
+1 Idiota Competente...
ResponderEliminarEste acredita em unicornios e sereias.
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