O Benfica-FC Porto do fim-de-semana passado ainda ecoa. O jogo foi, em si mesmo, espetacular. Isso é bom.
Provavelmente, mais nenhum jogo do campeonato poderá ter este nível. E isso não é bom.
O jogo de domingo está mais do que analisado. Para mim, o resultado final foi justo, o Benfica foi mais espetacular, o FC Porto mais consistente, pelo menos Maxi Pereira devia ter sido expulso e Luís Filipe Vieira respondeu magistralmente a Pinto da Costa, o que era difícil de fazer.
Mas independentemente de tudo isto, este foi um jogo de encher estádios.
Foi um grande espetáculo de futebol. Quando haverá outro assim?
Provavelmente só no próximo FC Porto-Benfica, no Dragão.
A distância competitiva e de qualidade entre, por um lado, FC Porto e Benfica e, por outro lado, as demais equipas da Liga Portuguesa é muito grande.
Só o melhor Braga se aproxima dos melhores FC Porto e Benfica. Daí resulta um fosso pontual entre os primeiros dois do campeonato e o resto. Mas não só: gera uma "espiral recessiva", como agora se diz, nos clubes.
A falta de qualidade dos espetáculos desportivos leva a estádios vazios, o que lhes reduz as receitas e, logo, diminui a capacidade de contratar jogadores melhores, o que conduz... à falta de qualidade dos espetáculos.
E isso prejudica todos os clubes, inclusive FC Porto e Benfica.
A salvação financeira do Sporting deve portanto ser desejada por todos, não só os sportinguistas.
Quanto melhor estiver a jogar o clube de Alvalade - e é preciso ter dinheiro disponível para poder ter jogadores que possam melhorar a qualidade da equipa -, melhor será a qualidade competitiva dos jogos contra todos os adversários, enchendo estádios e cofres dos clubes.
E assim promovendo "espirais virtuosas" entre os clubes da Liga. Este foi um jogo de encher estádios. Foi um grande espetáculo.»
- Pedro Guerreiro, jornal Record, 17 de Janeiro de 2013
Não concordo com o Pedro Guerreiro,
ResponderEliminarPrimeiro, porque não acho que tenhamos evoluído assim tanto em termos de qualidade de jogadores nos últimos 20 anos.
Segundo, porque acho que gastamos muito mais hoje em dia em jogadores do que antigamente. Só por exemplo, e falando no Benfica, somos capazes de gastar 1M€ num Léo Kanu ou 2.5M€ num Emerson. E, noutros clubes sejam grandes ou pequenos, o mesmo acontece.
Terceiro, porque dinheiro não é sinal de grande equipa e o próprio Sporting focado pelo autor, é o perfeito exemplo disso nesta temporada. Fizeram um enorme esforço financeiro para terem um plantel com bons jogadores e até agora estamos a assistir ao seu destino.
Foi um grande espectáculo, sim senhor, com os "mesmos do costume" a emporcalhar tudo! É mau um empate na Luz, e ainda por cima na 1ª volta? Claro que é! Queriam dedicar-se mais à Competição Europeia, como quase sempre o "conseguiram"! Não importa como!
ResponderEliminarTambém me custa a entender como é que o homem fala tão facilmente na expulsão de Maxi e, pura e simplesmente, escamoteia a agressão clara de Fernando a Garay. Será que não se vê que o jogador do porto esquece a bola para ir ao pé do adversário e que, só depois, é que volta a interessar-se pela bola? Se isto não é agressão, então o que é uma agressão? É passar a mão pela cara de uma adversário e este atirar-se ao chão?
ResponderEliminarCorrijo: não foi a Gary, foi a Gaitan
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