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sábado, 17 de novembro de 2012
António Oliveira rendido ao trabalho de Jorge Jesus
Já se sabe que é um especialista na valorização de ativos. Ao longo da carreira, Jorge Jesus tem-se tornado num mestre a tirar coelhos da cartola e a "inventar" novas soluções dentro das suas equipas, capazes de suprir as necessidades do plantel que tem à disposição.
Este ano, a façanha repetiu-se novamente. A tarefa do técnico benfiquista não se adivinhava fácil. As saídas dos médios titulares Javi García e Axel Witsel, mesmo em cima do fecho do mercado, assim como o castigo de dois meses atribuído a Luisão e a falta de um lateral-esquerdo de raiz na equipa faziam perspetivar muitas dificuldades, principalmente no plano defensivo, já que foi o sector com maior número de baixas no arranque da época.
Mas Jesus encarou os problemas como desafios. Olhou para os jogadores que compunham o plantel e encontrou soluções, algumas delas improváveis, que começaram a dar frutos.
Hoje até se pode dizer que conseguiu multiplicar o número de opções no plantel do Benfica, dada a polivalência que identificou em alguns atletas.
A decisão mais polémica foi a colocação de Melgarejo no lado esquerdo da defesa. O treinador viu no paraguaio as características ideais para a função.
As críticas nos primeiros jogos choveram de imediato. Porém, o tempo vem dando razão a Jesus, já que o jogador adaptou-se à posição e está a ser uma revelação. E o português Luisinho, outro lateral adaptado, sempre que é chamado à titularidade, também tem estado à altura do desafio.
No entanto, a maior dor de cabeça de Jesus terá sido colmatar as perdas de Javi García e Witsel. Matic foi o escolhido para a posição de trinco e tem cumprido com segurança a sua missão, a defender e a iniciar o processo ofensivo. E, na sua ausência, o jovem André Almeida, que também alinha a defesa-direito, começa a ser uma opção a ter em conta.
Por seu turno, na posição 8, Enzo Pérez foi uma agradável surpresa. O argentino, que jogava (e joga) em terrenos mais avançados, não estranhou o lugar e tem rubricado excelentes exibições, fazendo uso da sua grande entrega e qualidade técnica.
Jesus tem ainda Carlos Martins e André Gomes. O primeiro tem estado limitado pelas lesões, enquanto o segundo é uma aposta pessoal do treinador.
André Gomes tem potencial, bons pés e é capaz de dar profundidade ao ataque. A inexperiência ainda se nota, mas só a jogar poderá confirmar as qualidades que lhe auguram.
O Benfica soube acautelar igualmente a ausência de Luisão. Enquanto o castigo do brasileiro não era conhecido, Jesus foi dando minutos a Jardel na equipa B, preparando-o para a titularidade na equipa principal.
E o central ganhou ritmo de jogo e correspondeu em pleno, assumindo-se como opção fiável para o centro da defesa.
A forma como Lima pegou de estaca no onze titular também tem o dedo do treinador. Jesus soube tirar rápido rendimento do brasileiro, usando-o como uma espécie de "joker" do onze titular.
Dada a sua mobilidade e faro de golo, Lima pode jogar sozinho na frente, ao lado de um jogador mais posicional como Cardozo ou com a versatilidade de Rodrigo. Rápida capacidade de regeneração. O Benfica teve de a ter.
Jorge Jesus manteve a sua equipa competitiva, sobretudo no plano interno, e lançou bases para o crescimento de novos jogadores que, quem sabe, poderão valer novos negócios milionários.
Há muito mérito do treinador encarnado na forma como lapida e valoriza a sua matéria-prima.»
- António Oliveira, jornal Record, 16 de Novembro de 2012
2 comentários:
Caro(a) Benfiquista,
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Só não vê quem não quer ou é intelectualmente desonesto. Se não renovar e o deixarem sair para um rival, depois não adianta chorar...
ResponderEliminarJorge Jesus, o mestre, é o melhor treinador português da atualidade.
ResponderEliminarobrigado JJ, MESTRE