terça-feira, 30 de abril de 2013

Vítor Serpa: Campeonato é um grande filme de suspense


Acabou o jogo da Madeira e, apesar da grande festa benfiquista, logo se percebeu: não dá para muito mais. Nem sequer dará para esconder as dificuldades. O Benfica chega a este momento final e crucial da época preso por arames.

Jorge Jesus tem feito os possíveis numa gestão cuidada e racional do plantel, mas os que escala para jogar deixam em campo a marca do sacrifício, da vontade, do querer, mas já não conseguem evidenciar o fulgor, a criatividade, a espontaneidade que levou a equipa, esta época, a jogar o melhor futebol do campeonato português.

Neste quadro, que jogo a jogo parece tornar-se mais evidente, a questão está agora em saber se a águia ainda conseguirá voar até ao lugar com que sonhou desde o início do seu longo voo. Talvez que a ideia de ter esse lugar já à vista seja suficiente para lhe dar a força e o alento de que necessita, mas a verdade é que parece exausta.

Coloca-se, entretanto, uma outra questão pertinente. O Benfica sabe que terá de ganhar os dois jogos no Estádio da Luz, com o Estoril e com o Moreirense, para ser campeão, sem precisar do jogo no Porto, mas também sabe que ainda vai ter de lutar arduamente por um lugar na final da Liga Europa e tentar ganhar, por fim, a Taça de Portugal. Onde irá buscar forças para tanto? Será ainda possível um último fôlego e um último golpe de asa?

Esta é a expectativa maior que leva à natural ansiedade dos seus adeptos. A águia está cada vez mais perto da tal época de sonho de que falava Jorge Jesus, mas ninguém se atreve a adivinhar o fim, porque este parece ser, sem dúvida, um dos maiores filmes de suspense de que há memória no futebol português.» 

- Vítor Serpa, jornal A Bola, 30 de Abril de 2013

João Gabriel: Frase para a eternidade!


"Grande parte do currículo de 30 anos que tem devia ser apresentado como cadastro e não currículo."

João Gabriel, diretor de comunicação do Benfica, foi o porta-voz do clube encarnado na conferência de imprensa marcada para esta terça-feira, onde as águias reagiram àquela que consideram ser a “campanha mais baixa” de que há memória, depois das críticas do FC Porto para com a arbitragem de João Capela no Benfica-Sporting (2-0).

“Durante uma semana mantivemos o silêncio que hoje termina. Foi a campanha mais baixa, incendiosa, fraudulenta e imoral que me lembro de existir desde que cheguei ao Benfica. Uma campanha de insinuações e mentiras e que esperava retirar dividendos do clima de intimidação que foi criado”, afirmou João Gabriel.

De seguida, João Gabriel passou ao ataque contra o FC Porto: “Há uma pessoa que em qualquer país fora de Portugal seria caso de estudo em qualquer cadeira de direito criminal, enquanto em Portugal é recebido na Assembleia da Republica. Grande parte do currículo de 30 anos que tem devia ser apresentado como cadastro e não currículo. A liderança depois do jogo da Madeira é resultado do trabalho, do empenho e do talento de muita gente do clube. Ninguém deu nada ao Benfica”.

“Só há uma equipa na Primeira Liga em Portugal que à 27.ª jornada não sofreu um único penalti contra. Deve ser um caso único na Europa. A pergunta que se deve fazer é se isso corresponde ao que se passou em campo?”, frisou, antes de prosseguir com imagens de alguns casos polémicos em jogos do FC Porto.

-Noticia retirada do site do jornal Record

Estátua do Marquês de Pombal grafitada com frase "Reservado SLB"

 
A estátua do Marquês de Pombal, em Lisboa, foi vandalizada esta madrugada. Na estátua pode ler-se, pintada a vermelho, a frase "Reservado SLB" e a sigla NN, uma referência aos No Name Boys, a claque mais representativa do Benfica.

Num outro ponto do monumento está ainda escrita a palavra "Campeão".

A rotunda do Marquês é o tradicional local de festejos dos adeptos das equipas de Lisboa para comemorarem títulos.

O Benfica venceu na segunda-feira o Marítimo por 2-1, voltando a dispor de quatro pontos de vantagem sobre o FC Porto, quando faltam disputar três jornadas para o final da I Liga de futebol. 

-Noticia retirada do site da SIC Noticias

Octávio Ribeiro critica condição física dos jogadores do Benfica


Aviso à navegação: o Benfica que ontem jogou na Madeira parece próximo do colapso físico. Nos próximos dias a equipa de Jorge Jesus enfrenta “só” uma meia-final europeia na quinta-feira, onde tem de recuperar a desvantagem de um golo e, logo na segunda-feira seguinte, um jogo intenso frente a uma das mais sólidas equipas da Liga nacional.

Depois, caro leitor, será o grande encontro no Dragão.

Ficou nítido que – apesar de uma gestão de plantel mais sábia – o Benfica chega aos momentos decisivos da época com muitas peças nucleares à beira do esgotamento. Maxi é o caso mais grave de falta de pernas, mas também Luisão se apresenta muito longe do ótimo, Matic parece estar a pagar o esforço de uma campanha generosa, Salvio aparenta uma trajetória descendente de forma, apenas disfarçada pelo talento. Cardoso faz dois piques e fica a arfar tanto, que até cansa só de ver. Enfim, resta aos benfiquistas desejar com muita força que as palavras de Jesus, quando disse que quem saísse mais cedo da Europa teria mais hipóteses de êxito interno, não se tornem proféticas.

Como se recupera uma equipa assim até quinta-feira? E, depois desse duríssimo embate com os turcos, onde estarão as pernas frente ao Estoril?

Que me desculpem os benfiquistas, mas quem viu o jogo de ontem à noite só pode afirmar que ainda nada está ganho para os lados da Luz. Este Benfica precisa de encontrar um segundo fôlego físico. Ora, nesta fase, com tantas centenas de quilómetros nas pernas de cada jogador, o suplemento físico já só pode vir... da alma.

-Octávio Ribeiro, jornal record, 30 Abril 2013

Bernardo Ribeiro: Benfica cada vez mais perto do título


Não se pode dizer ainda que o Benfica já é campeão porque pela frente o clube da Luz tem três adversários que merecem respeito e a Liga Europa a baralhar as contas, mas a vitória de ontem na Madeira, viu-se e sentiu-se, foi encarada por técnicos e jogadores como o triunfo no jogo do título, tão efusivos e espontâneos foram os festejos no final.

Os encarnados ganharam de forma justa e não mereciam os reparos à arbitragem de Pedro Martins. O facto de João Capela ter sido decisivo no dérbi não pode servir de desculpa a toda a gente. Uma coisa é olhar para o jogo de forma profissional, outra são conversas de café. Quem está envolvido profissionalmente no belo fenómeno que é o futebol deve afastar-se deste tipo fácil de análise.

É nítido o menor fulgor físico da equipa encarnada, mas quando os resultados aparecem até se esquecem as pernas. Sim, o Benfica não está dominador e mortífero como em momentos anteriores, mas vai ganhando, jogo após jogo, e é assim que se constroem os campeões. Se souber levar a equipa a bom porto até final, Jorge Jesus será novamente herói e credor de todos os elogios. Se falhar não serão poucos a cair-lhe em cima. O que fez até agora já é merecedor de uma sonora salva de palmas. A renovação do contrato teria sido um prémio e o reconhecimento do clube. Mas vai esperar-se até ao fim. Incompreensivelmente.

À beira de uma temporada histórica, o Benfica tem de saber gerir o esforço, refocar os jogadores em cada competição e dar tudo até à última gota de esforço e suor a cada partida que passa. Porque hoje não há nenhuma mais importante do que outra. Se na quinta-feira se joga na Luz uma meia-final europeia, que pode ditar o regresso do emblema da águia às grandes finais europeias, na segunda-feira regressa o campeonato com o respeitável Estoril de Marco Silva. É viver um dia de cada vez, com a noção de que a glória está cada vez mais perto, saboreando cada vitória com a alegria que ela merece. 


Afinal, a vida são dois dias e faltam poucos mais para o título.

-Bernardo Ribeiro, jornal Record, 30 Abril 2013

Mário Fernando: "Benfica abriu uma via rápida para o título"



A forma como os jogadores e equipa técnica do Benfica festejaram o triunfo nos Barreiros é, só por si, significativa e elucidativa. Eles tinham consciência de que a partida frente ao Marítimo era um (ou o?) jogo-chave da fase final do campeonato. Os três pontos conquistados deixam o título exclusivamente dependente dos encontros com Estoril e Moreirense, na Luz, desafios que apenas uma catástrofe difícil de imaginar pode impedir que sejam de consagração.

Mas os festejos dos encarnados derivaram também de outro factor. É que a vitória foi bastante complicada, perante um conjunto madeirense que não perdia em casa desde Outubro do ano passado. Ainda que, curiosamente, o Benfica tivesse entrado em vantagem logo aos cinco minutos. Simplesmente, o resto do primeiro tempo foi um contraste com o arranque.

Jorge Jesus falou de "ansiedade" prematura que terá levado os jogadores a pensarem em gerir o avanço logo ali. Talvez, mas também porque o Marítimo não se sentiu afetado pela infantilidade de Márcio Rozário, que cometeu a grande penalidade. Aliás, ele próprio "respondeu" pouco depois com um remate ao poste da baliza de Artur. Acontece ainda que houve muita coisa que não funcionou como devia na equipa encarnada.

Os laterais, Maxi e André Almeida (Melgarejo, certamente por prudência, ficou de fora) tiveram grandes dificuldades com os alas madeirenses, vendo-se várias vezes Sami e Heldon a ganhar espaços e a passarem até com alguma facilidade, Ola John distante do jogo e Rodrigo a vaguear sem soluções aproveitáveis. Daqui até ao golo do empate foi um passo, num lance em que toda a defesa do Benfica não está isenta de responsabilidades.

Depois do intervalo, fosse por terem compreendido o enorme risco que estavam a correr no jogo (e, por consequência, no campeonato), fosse por perceberem que sem pressão séria sobre o adversário nunca passariam "daquilo" - ou pelas duas coisas - a verdade é que se registou uma transformação pela positiva dos jogadores encarnados. Lima atirou por duas vezes aos ferros, Salvio assumiu-se como a gazua que faltava, Matic e Enzo passaram a explorar com mais lucidez a zona central do campo e Jesus também ajudou ao retirar Ola John e colocar Cardozo. O Marítimo continuou a ir "lá acima", mas os lances de perigo real diminuíram.

A persistência deu resultado. Foi um autogolo, mas estes também contam. E aqui, sim, foi o momento do técnico encarnado definir a cadência, ao abdicar de um Rodrigo sem chama (Lima e Cardozo davam conta do recado), optando por Carlos Martins e, assim, transmitir equilíbrio à equipa. Roderick, já nos derradeiros minutos, foi mais um para "trancar a porta" em definitivo.

Pode não ser ainda a "autoestrada" para o título, mas o Benfica abriu, pelo menos, uma "via rápida". Basta-lhe vencer o Estoril para "neutralizar" o jogo no Dragão, como sempre pretenderam os responsáveis benfiquistas. Agora, e porque a presença numa final europeia também estava na lista de promessas eleitorais de Luis Filipe Vieira, cabe a Jorge Jesus virar o "chip" dos seus homens para tentarem, já esta época, cumprir o objetivo traçado pelo presidente. Mesmo sabendo que vai tarefa árdua.

PS : Como nas últimas jornadas a galáxia portuguesa só sabe falar de arbitragens e, em particular, de grandes penalidades, desta vez a "vítima" foi Cardozo.


-Mário Fernando, TSF Blog Jogo Jogado

António Magalhães: As verdades desportivas


O Sporting regressou aos triunfos e de novo com um golo nos últimos minutos a exemplo do que tinha sucedido em Braga e em Alvalade com o Moreirense. 

Depois da derrota do dérbi - penalizadora pela exibição realizada e difícil de digerir por via dos erros do árbitro - os leões conseguiram manter-se na rota europeia graças a um golo de Rojo. Um lance que visto à lupa denuncia a posição irregular do central argentino no momento do centro de Bruma, mas, convenhamos, está longe de atingir a dimensão dos erros de Capela na Luz. 

A verdade, porém, é esta: o golo valeu a vitória do Sporting sobre o Nacional.
Outra verdade é que os leões poderiam ter arrumado o assunto ainda na 1ª parte, tamanho foi o volume do seu jogo ofensivo e as oportunidades criadas. 

Não o fizeram e ficaram sujeitos às contingências de um jogo que promoveu o Nacional a protagonista principal durante quase toda a 2ª parte. Há mais duas verdades que importa reter. Primeira: não é só com o talento promissor mas ainda muito verde que nasce na Academia que o Sporting irá construir uma equipa capaz de corresponder às ambições que os adeptos alimentam todas as épocas sem evitar todas as suas dores de crescimento. 

Segunda: também é graças a essa inocência e, quase diria, irresponsabilidade que o Sporting consegue levar até ao último suspiro do jogo uma enorme crença e esperança. Ontem, o melhor exemplo foi Bruma e a sua participação nos três golos do jogo.

O Benfica disputa hoje o "jogo do título" - verdade ou mentira? Verdade. Passar no Caldeirão significa deixar o título à mercê de duas vitórias na Luz frente ao Estoril e Moreirense. Ou seja, dificilmente o título escapará. Prova de que este sentimento é legítimo está na chegada festiva do Benfica à Madeira.

Independentemente do resultado do jogo desta noite e seja quem for o campeão, é redutor atribuir aos erros dos árbitros os "méritos" da conquista de um campeonato. Esta pode custar a engolir a muito boa gente, mas é a mais pura das verdades.» 

- António Magalhães, jornal Record, 29 de Abril de 2013

domingo, 28 de abril de 2013

Vítor Serpa chama medrosos e subservientes aos responsáveis da arbitragem


Há uma noção quase generalizada em Portugal de que há leis que existem no papel, mas que não são para cumprir, nem, sequer, para levar a sério. Tal como no futeboI português, onde existe a suposta condenação de quem procure intimidar ou pressionar os árbitros e as arbitragens. 

Basta ver o que se passou ao longo da semana para se perceber que a lei nem sempre é cega. Não raras vezes tem, pelo menos, um olho aberto para ver quem a infringe e poder decidir se condena ou se absolve. 

Evidentemente que há árbitros que não se deixam influenciar, mas também há aqueles que se assustam com o ruído, especialmente se esse ruído vier de quem têm medo. O mal-deve dizer-se não está naqueles que tentam fazer os seus mind games e jogam tudo na fase final do campeonato. Esses fazem o que podem para tentarem infuenciar a seu favor e, neste ponto, seríamos injustos se olhássemos apenas para um lado da barricada. 

Compete aos árbitros que são escolhidos para jogos que podem decidir o titulo, qualificações europeias, subidas e descidas não se deixarem envolver nesta guerra. Sem piedade, que irá durar até à última gota do campeonato. 

Têm de ser psicologicamente fortes, têm de ser firmes. Isso não quer dizer que estejam a coberto do erro humano. 

É assaz curioso como os responsáveis da arbitragem se têm mantido em tão respeitoso quanto penoso silêncio. Não deixa de ser uma forma demasiada evidente de medo e subserviência. 

É mau que assim seja. Das duas, uma: ou devem vir a público dizer que as críticas têm razão de ser e que há árbitros que erraram de mais e por isso devem ser clara e publicamente punidos, ou defendem os árbitros do achincalhamento público a que têm estado sujeitos. 

É previsível que nestas últimas jornadas, no auge do calor das emoções, as trocas de acusações entre rivais suba de tom. Como não se pode esperar que, de repente, venha uma onda de sensibilidade e bom senso invadir as consciências dos dirigentes desportivos, ao menos que os árbitros saibam preservar a sua dignidade.» 

- Vitor Serpa, jornal A Bola, 28 de Abril de 2013

Rui Gomes da Silva implacável: Xistra, jornalistas e doping



1. ÁRBITROS ABENÇOADO

Há, de facto, árbitros "abençoados"!
Por eles, poderia o "sistema" estar descansado...
O mesmo árbitro que, em Coimbra, inventou 2 penaltis contra o Benfica, não conseguiu, hoje, ver duas mãos na área dos "outros"...
Assim se equilibra um campeonato!
À imagem do que tem vindo a acontecer nos últimos 30 anos ...

2. FALTA DE CORAGEM


Estive atento à "conferência de imprensa" do treinador que, esta semana, só falou sobre um jogo ... onde a sua equipa não jogou ...
E confirmei a falta de coragem de quem, lá estando, não foi capaz de perguntar - pelo menos - sobre qual a análise que esse mesmo treinador faria, agora sim, de lances polémicos que o árbitro decidiu, favorecendo a sua equipa...
O mesmo árbitro, que - é sempre bom recordá-lo - em Coimbra, esta época, inventou 2 penaltis contra o Benfica ...

3. SE O ARMSTRONG CORRESSE NUM CLUBE QUE EU CÁ SEI ...


Ouvi, esta semana, mais ... escutas do "Apito Dourado"...
Sei que, "por aqueles lados", a vergonha não existe, ... como se o facto de não haver condenações legitimasse a imoralidade e justificasse a gravidade dos actos praticados ...
Como me espanta que, ao contrário de todo o Mundo, onde quem confessa que se "drogou" para ganhar títulos, é penalizado e banido, em Portugal, quem aparece a confessar que também recorreu a esses métodos, é acusado de ... mentiroso ....

-Rui Gomes da Silva, Facebook

João Querido Manha demolidor: Porto leva 6 penaltis contra não assinalados



O que o treinador do Porto temia confirmou-se na plenitude: lá ficou mais um pénalti por marcar. 


O árbitro Carlos Xistra engrossou o seu longo cadastro de grandes penalidades negadas aos adversários dos dragões, resistindo estoicamente ao perigo de negar essa proeza de nível europeu de Hélton realizar todo um campeonato sem ter de enfrentar qualquer pénalti.

O inventário soma e segue e também esta fruta da época, de alto calibre, amadurece no pomar do YouTube. 

Transitadas em julgado e, sempre, belas peças da grande farsa futebolística:

- 10ª jornada, Braga, Carlos Xistra: mão de Alex Sandro;

- 11ª jornada, Moreirense, Vasco Santos: mão de Alex Sandro;

- 17ª jornada, Guimarães, bis de Marco Ferreira: faltas de Mangala, sobre Baldé e sobre Ricardo;

- 20ª jornada, Rio Ave, Soares Dias: falta de Otamendi sobre Ukra;

- 27ª jornada, Setúbal, Carlos Xistra: mão de Danilo.

Qualquer destas faltas foi mais evidente e incontroversa do que outros lances recentes que tanta indignação vêm suscitado ao desorientado treinador portista, mais até do que os dois assinalados por Jorge Sousa no Porto-Sporting da 6 jornada, que os leões aceitaram com toda a bonomia e sã camaradagem.

Será por isto que o Porto corre por fora na luta pelo título? Serão estes lances diferenciadores da qualidade e competitividade das equipas? É claro que não. 

Os penáltis constituem uma incidência dos jogos, que podem alterar o seu rumo, mas apenas isso. 

Atirar a culpa para os árbitros é sempre uma forma cobarde de os treinadores encobrirem o que fazem mal.

Se apesar deste evidente proteccionismo, conseguir perder este campeonato, talvez o Porto deva começar por reflectir a forma como prepara os seus jogadores para a cobrança dos penáltis: 5 falhados em 10, a pior esquipa da Liga neste capítulo com apenas 50% de eficácia, contra 90% do Benfica ou mesmo 100% de Estoril-Praia e outros seis clubes."

-João Querido Manha, jornal Record, 28 de Abril 2013

Carlos Xistra é sportinguista e ex-cunhado de Jorge Coroado


Carlos Xistra assinalou este sábado um penálti para o FC Porto (que James desperdiçou) depois de uma bola que bateu no braço de Jorge Luiz não sem antes tabelar também no braço de Jackson Martínez. 


Ok. José Mota disse, no final do jogo, que houve "alguma dualidade de critérios", referindo-se a dois lances de Danilo na área portista em que a bola tocou no braço do lateral brasileiro sem que a Torre dos Clérigos abanasse.

Carlos Xistra, tanto quanto sei, é sportinguista. Conheci-o um dia em Viseu, no seu primeiro curso de árbitro de 1.ª categoria. Estava à conversa salvo erro com Luís Guilherme quando alguém se aproximou para se apresentar. Era o Xistra.

Um árbitro no mínimo com um histórico polémico.

Em sua honra muitas vezes quando se fala no tal no tal sistema também se fala em Xistrema.

Como estive a acompanhar o jogo "em direto" não tive muito tempo para analisar os lances em questão neste FC Porto-V.Setúbal. Por isso, liguei as antenas quando Jorge Coroado surgiu na CMTV.

Não se passou nada. Diria mesmo que houve alguma dualidade de critérios, no máximo.

Foi assim que fiquei a saber que podem haver boas relações entre ex-cunhados.

-Eugénio Queirós, no seu blog Bola na Área

Paulo Teixeira Pinto critica contratações dos "inválidos" Izmaylov e Liedson


A notícia já tem uns dias mas resisti a comentá-la de imediato. Com a esperança de que entretanto surgisse um desmentido. Ou pelo menos um esclarecimento. Debalde. E de que trata essa história, ou histórias, porque embora similares são de facto duas? Já lá vamos. 

Antes disso, porém, recordemos que o FC Porto havia contratado dois, apenas dois, reforços de Inverno. Em comum um atributo e uma coincidência: nenhum deles caminha para jovem e ambos ostentam um histórico ligado ao Sporting. 

Pois é precisamente destes artistas que se vem a saber agora, depois de assinados os respectivos contratos como jogadores profissionais do FC Porto, que os mesmos se declaram como fisicamente incapazes. Inválidos. Nem mais nem menos. Inválidos. 

No caso de Liedson sabe-se que este se considera com uma incapacidade de 23% do joelho esquerdo, após infeliz cirurgia realizada em 2009, enquanto atleta do Sporting. Daí que reivindique a uma seguradora uma indemnização da ordem de um milhão de euros. 

Quanto a lzmaylov as notícias referem que o mesmo reclama um pensão vitalícia por uma incapacidade permanente de 3%. Tudo isto se afigura bizarro. 

E embora o dilema se apresente como de enunciação simples, sobram ainda algumas questões. Dirigidas agora ao meu clube. Mas antes destas vejamos: ou os atletas estão incapazes, ou não estão; se não estão, não podem receber nem indemnização nem pensão alguma; pelo que tal pretensão seria denunciadora de mau carácter; se estão, então podem e devem receber tudo aquilo a que por lei ou contrato tenham direito. 

Mas se são mesmo incapazes como podem ser capazes de assinar contratos como profissionais aptos para o exercício da profissão? 

E o Porto contratou-os sabendo da sua incapacidade? E se não sabia não o deveria ter descoberto?» 

- Paulo Teixeira Pinto, jornal A Bola, 27 de Abril de 2013

sábado, 27 de abril de 2013

Rui Santos apelida de "papagaios" Eduardo Barroso e Pinto da Costa


É um personagem engraçado: confessa que não percebe nada de futebol, mas não perde ensejo para dar o seu “bitaite” futebolístico.

Tem direito às suas opiniões mas ainda hoje não percebe que a sua falta de contenção o que colocou numa posição insustentável, enquanto foi presidente da AG do Sporting. 

Impunha-se-lhe uma postura de acordo com as responsabilidades. Mas o seu terrorismo verbal e a falta de neutralidade (no processo de transição) retiram-lhe qualquer credibilidade para falar dos “papagaios” (do Sporting). 

Quando Pinto da Costa fala de arbitragens, o efeito é similar. Ou entre “papagaios” não há solidariedade ou os “papagaios” têm problemas de memória.

-Rui Santos, jornal Record, 27 de Abril 2013

Rui Rangel sobre jogo de Istambul: "Poupar pode significar ficar no quase"


A confluência do Mar de Mármara, do Bósforo e do Corno de Ouro, que hoje constitui o centro geográfico de Istambul, contribuiu, durante milhares de anos, para suster os ataques das forças inimigas. Foi esta mesma confluência aliada a uma massa adepta estrondosa e fervorosa que susteve o futebol lusitano, representado pelo Benfica, tendo contribuído para golpear a alma benfiquista, retirando-lhe do ciclo de vitórias que vinha tendo.

A alma guerreira do Fenerbahçe foi mais forte e coesa, mas não é melhor que o Benfica. Foram protegidos pelo Estreito do Bósforo. É verdade que o Benfica teve sorte, quatro bolas acertaram nos postes, uma de penálti. Mas o que conta é que regressa de Istambul com apenas um golo sofrido. Podia ter sido dramático para as aspirações de estar presente na final da Liga Europa. A sorte aqui chama-se justiça porque o Benfica, por tudo aquilo que fez até aqui merece estar presente na final. E agora a confluência de Istambul, cidade grandiosa do ponto de vista histórico, de nada servirá ao Fenerbahçe, porque, agora, é a vez dos lusitanos falarem mais alto. Vão amassar o pão que o Diabo amassou, provando o veneno do inferno da Luz que vai estar protegido pelas setes colinas desta cidade também grandiosa que é Lisboa.

Embora compreenda as justificações de Jesus não esteve bem na montagem da equipa. Não se percebe a entrada de Aimar, sem ritmo e força. Nesta fase já nada se pode poupar. Tem que pôr tudo no “assador”. Ou ganha tudo ou não ganha nada. Poupar pode significar ficar no “quase”. “Quase” campeão, “quase” vencedor da Liga Europa e “quase” vencedor da Taça de Portugal. O Benfica tem qualidade para transformar o “quase” em realidade. E para ser campeão o jogo com o Marítimo vai ser o mais importante e decisivo.

Virando a página reparem como esta jornada europeia fez renascer das cinzas a orgulhosa nação germânica, com o Bayern e o Borussia a esmagarem Vilanova e Mourinho. Com alma de ferro vergaram o monstro branco, Real Madrid, e a melhor equipa do Mundo, o Barcelona. 8 a 1 nos dois jogos.

O futebol espanhol baqueou aos pés dos germânicos: O futebol força vai voltar a ter o ser merecido palco. O virtuosismo da técnica latina, de Ronaldo e Messi, perdeu e não conseguiu contornar a pujança física teutónica. Já o ano passado ficaram pelas meias-finais. E, agora, vão ficar de novo, a menos, que o milagre das rosas e do pão se transforme numa mão-cheia de golos. Mas para isso é preciso que do outro lado ninguém se mexa, o que ninguém acredita.

-Rui Rangel, jornal Record, 27 de Abril 2013

Rui Santos escandalizado: "Não há vergonha na Liga Capela"


Não há vergonha na "Liga Capela"

Nunca gostei, não gosto nem nunca gostarei de ver as equipas de futebol ganharem com as ajudas dos árbitros ou de outros favores. Sejam elas vermelhas, azuis, verdes, amarelas, riscadas ou às bolinhas. O que aconteceu no último dérbi foi grave de mais para passar sem crítica. Uma arbitragem parcial de João Capela, que atropelou as leis do jogo. Mas mais grave ainda, escandalosa, foi a nota atribuída ao árbitro do Benfica-Sporting pelo observador Luís Ferreira.

Bom mais (3,7), num jogo com tantos erros, quase todos assinalados pela imprensa e por aqueles que são considerados especialistas na matéria?! Como é possível? É isto que “mata” o futebol português, ontem como hoje, porque as nomeações (baseadas em critérios que ninguém entende) mais as classificações e as promoções que resultam de um processo sem qualquer ponta de transparência. Quem está atrás da cortina?

Os favores ou erros de outros tempos, creditados a (outros) adversários, não são argumentos válidos. Porque, se fossem, não sairíamos disto, e estaríamos, “em loop”, a aceitar que os erros do presente se justificam através da contabilidade dos erros do passado.

O Apito Dourado não limpou o que havia a limpar e a sujidade era muita e estava entranhada. O Apito Dourado (AD) varreu a porcaria para debaixo do tapete. Foi uma oportunidade perdida. O controlo do sector da arbitragem, com nomeações por encomenda, árbitros a saírem de uma espécie de leilão entre interessados, classificações emendadas e corrigidas para promover uns em detrimento de outros, deu o resultado que se conhece. O pós-AD não está a ser brilhante. Pelo contrário.

Ninguém parece preocupado com reformas efectivas que podem tirar a arbitragem deste pântano. Os principais protagonistas do futebol em Portugal apenas parecem preocupados em achar a melhor forma de exercerem o controlo. Por transferência, por osmose, por clonagem ou por outro processo qualquer. Não é este o caminho e, assim, o futebol português vai continuar a definhar sob o peso da sua amoralidade.

O erro faz parte do jogo. Mas o erro sistemático, que sugere uma tendência, não é aceitável, numa competição profissional que envolve muitos milhões.

A nota atribuída a João Capela, com base no pressuposto de decisões amplamente correctas, é uma ofensa à inteligência das pessoas: descaradamente, vale tudo. Uma vergonha!

Os critérios dos nomeadores têm de ser questionados. Internacionais para certos jogos, não internacionais para outros, independentemente das classificações das equipas. E se não há forma de fundamentar as nomeações, coloque-se todos os contendores em base de igualdade e opte-se pelo sorteio. Sempre é mais digno.

O presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, que faz o que quer a seu bel-prazer, deveria ser chamado a explicar a razão segundo a qual nomeou Carlos Xistra para o FC Porto-V. Setúbal e... Manuel Mota (?!) para o Marítimo-Benfica. Alguém entende?!

-Rui Santos, jornal Record, 27 de Abril 2013

Nuno Farinha explica a "Liga da Verdade" do jornal Record


A Liga da Verdade, que Record publica semanalmente, atribuiu nota negativa à arbitragem de João Capela no Benfica-Sporting. No conjunto das avaliações feitas aos árbitros que apitaram na 26.ª jornada, a soma entre as pontuações de Record, “Correio da Manhã”, “A Bola” e Rádio Renascença não vai além de um 13 numa escala de 0 a 30. Um mau trabalho, portanto.

De resto, como o nosso jornal já havia considerado no próprio dia do jogo através de uma sentença que indicou “dois penáltis por marcar a favor do Sporting”. Joaquim Campos, ex-árbitro internacional e colaborador de Record, veio a considerar o mesmo: faltas de Maxi sobre Capel e Viola, com a respetiva expulsão que, assim, teria de acontecer.

A nota dada pelo observador do Conselho de Arbitragem é uma daquelas coisas que o adepto não entende. Nem vale a pena recordar, um por um, os casos do dérbi. Foram vários. O tal observador – Luís Ferreira – não entendeu assim e deu-lhe nota positiva: de 0 a 5, Capela mereceu 3,7. Ou seja, um “Bom Mais”. Quer isto dizer que o árbitro “teve razão em todos os lances polémicos”. Não teve, claro. Falhou tanto ou mais do que Proença no Benfica-FC Porto da última época, o clássico que ficou marcado por um golo de Maicon em fora-de-jogo. Erro que viria a ser admitido pelo próprio árbitro assistente. Há um ano o Benfica teve motivo para se queixar, como agora têm o Sporting… e o FCP.

Curiosamente, na mesma Liga da Verdade que Record publica, águias e dragões estão em plano de igualdade: cada um deles deveria ter, segundo os critérios utilizados, mais 2 pontos na classificação. Em situação muito diferente está o Sporting, com um benefício direto de 5 pontos. Isto é, os leões deveriam ter 28 pontos e não os 33 que valem o 10.º lugar atual.

A tabela indica ainda que se alguém tem tido azar com as arbitragens é o Beira-Mar: prejudicada em quatro jornadas, a equipa de Aveiro deveria ter mais 7 pontos. O suficiente para estar praticamente a salvo da descida de divisão, em vez de ocupar, como ocupa, o último lugar na tabela.

-Nuno Farinha, jornal Record, 27 de Abril 2013

Presidente do Feirense apelida de "estranha" nomeação de Manuel Mota para o Maritimo-Benfica


O presidente do Feirense, Franklim Freitas, mostra-se indignado com a nomeação do árbitro Manuel Mota, para o Marítimo – Benfica, da próxima segunda-feira, nos Barreiros.

Manuel Mota foi o juiz que, há pouco mais de uma semana, esteve no Feirense – Sporting "B", que terminou aos 76 minutos, quando a equipa de Santa Maria da Feira ficou reduzida a seis jogadores. Primeiro, surgiram as expulsões de Rocha, Oliveira e Sténio, que deixaram o Feirense reduzido a oito unidades. Depois, as lesões de Marcelo Baiono e do guarda-redes Carlos, que ditaram que o juiz desse por terminada a partida.

Depois do que sucedeu nesse jogo, Franklim Freitas confessa não achar normal a nomeação de Manuel Mota para uma partida da responsabilidade de um Marítimo – Benfica, de grande importância para as contas do título.

"Não acho isso normal; as pessoas que nomeiam os árbitros deveriam estar mais atentas ao futebol profissional; brinca-se um bocado ao futebol e na minha perspectiva esta nomeação para um jogo tão importante está completamente desenquadrada. Repudio e acho estranha a nomeação de Manuel Mota para o jogo da Madeira", diz o presidente dos fogaceiros, em entrevista a Bola Branca.

Indignado com a escolha, Franklim Freitas deseja a Manuel Mota "um melhor dia do que teve em Santa Maria da Feira".

"O futebol português necessita de árbitros competentes e que sejam isentos. Na Feira aconteceu um dia muito mau para o senhor Manuel Mota. Desejo-lhe que faça um grande jogo e não crie mais polémicas, porque polémicas já temos muitas no futebol", conclui.


-Noticia retirada do site da Rádio Renascença

José Manuel Capristano manda recado ao FC Porto: Há desespero e são uns coitados



José Manuel Capristano afirma que João Capela fez uma "arbitragem infeliz" no "derby" e que, por isso, "não é justa" a nota (3.7, numa escala de 0 a 5) atribuída pelo observador da partida, como Bola Branca revelou esta sexta-feira.

"O árbitro errou para os dois lados e não me parece que mereça sequer nota positiva nesse jogo. Foi uma exibição do árbitro menos feliz", admite José Manuel Capristano, igualmente em declarações a Bola Branca.

O antigo "vice" benfiquista acusa ainda os elementos afectos ao FC Porto de "desespero" e de tentativa de influência sobre os árbitros, nesta ponta final do campeonato.

"Acho que há desespero, coitados, face à classificação. Entre Benfica e Porto há um nivelamento em relação a erros de arbitragens, agora virem com estes argumentos para influenciar a arbitragem, realmente. Os árbitros são independentes e sérios e tenho a certeza que não deixará atropelar-se por estas palavras, de quem está em desespero", defende Capristano, que se mostra convicto que o Benfica ultrapassará o Marítimo, bem como o Fenerbahçe, no desafio da segunda mão das meias-finais da Liga Europa, na Luz.

"Falta a segunda parte da eliminatória e eles agora vão jogar contra 65 mil portugueses/benfiquistas. Julgo que a equipa não ficará intranquila com esta derrota na Turquia (1-0), para o encontro no Funchal, com o Marítimo", conclui o antigo dirigente das águias.


-Noticia retirada do site da Rádio Renascença

Bernardo Ribeiro diz que Inferno da Luz fará a diferença



A derrota chegou num lance em que nada o fazia prever, mas não há motivos para perder o sono pelo regresso aos desaires, algo que não sucedia desde 23 de Outubro, em Moscovo. O Benfica saiu vivo de Istambul e tem equipa para seguir em frente na Liga Europa.


Os encarnados não devem, sequer, queixar-se da sorte. Foram novamente brindados com quatro bolas nos ferros - impressionante a quantidade de lances ao poste e à barra que a águia teve na Europa! - e Artur brilhou em dois ou três momentos. Ou seja, apesar do golo ter surgido de um canto mal assinalado e de Melgarejo ter resolvido fazer uma assistência sem sentido, a verdade é que a coisa podia ter sido pior.

Notou-se no Benfica alguma falta de frescura física. Não só durante o jogo como na escolha da equipa apresentada por Jorge Jesus. 

Lima e Gaitán foram obviamente poupados e o ataque entregue a Cardozo e Aimar nunca conseguiu exibir a capacidade competitiva e velocidade de execução que têm sido imagem de marca dos encarnados esta época. 

A juntar às poupanças, as ausências de Luisão e Enzo Pérez foram também determinantes, ainda que mais a do segundo do que a do primeiro. 

Jardel cumpriu em Istambul, sem nunca tremer devido ao ambiente. Já André Gomes bem tentou mas nunca conseguiu fazer esquecer o médio argentino, quem sabe a par de Matic o craque mais importante às ordens do técnico. São eles a massa que permite aos criativos brilharem.

Uma certeza: O Benfica é mais forte do que o Fenerbahçe e com um bom jogo na Luz estará na final de Amesterdão. Se o ambiente foi ontem o grande adversário dos encarnados - algo em que me custa a acreditar, atribuo o desaire ao cansaço e à escolha da equipa -, eis que na segunda mão esse será o 12º jogador às ordens de Jesus. 

Um Estádio da Luz repleto de adeptos sequiosos de conquistas tornará ainda mais difícil a vida aos turcos. Perdeu-se a batalha e não a guerra. Essa tem tudo para ser ganha pelas bandeiras vermelhas. O inferno também mora aqui.» 

- Bernardo Ribeiro, jornal Record, 26 de Abril de 2013

Site americano elege Artur como o 7º melhor guarda-redes do mundo




Artur foi considerado o 7º melhor guarda-redes do mundo pelo site americano Bleacher Report. Neuer, do Bayern de Munique, é o melhor.

O guarda-redes do Benfica foi destacado como um dos melhores dez guarda-redes do Mundo pelo site norte-americano Bleacher Report. Artur está em 7.º lugar num ranking liderado por Manuel Neuer, do Bayern de Munique.

Artur Moraes é descrito como um dos principais responsáveis pela brilhante época que o Benfica está a protagonizar e o site norte-americano recorda mesmo os 23 jogos em que o guarda-redes brasileiro manteve a sua baliza fechada, no conjunto dos jogos oficiais já disputados.

O Bleacher Report destaca os jogos na Liga dos Campeões e também na Liga Europa, onde o Benfica não sofreu golos nas eliminatórias frente ao Bayer Leverkusen e Bordéus.

Os dez mais do Bleacher Report

1º Manuel Neuer (Bayern Munique)

2º Salvatore Sirigu (Paris Saint Germain)

3º Gianluigi Buffon (Juventus)

4º Morgan De Sanctis (Nápoles)

5º Willy Caballero (Málaga)

6º Thibaut Courtois (Atlético de Madrid)

7º Artur Moraes (Benfica)

8º Jimmy Nielsen (Kansas City)

9º Stephane Ruffier (Saint Etienne)

10º Brad Guzan (Aston Villa)

-Noticia retirada do site do jornal O Jogo

sexta-feira, 26 de abril de 2013

João Malheiro ferveroso: Vitória na Madeira é contra a prostituição futebolística



Era sabido. Terminado vitoriosamente o jogo, frente ao Sporting, começaram a ser disparados mísseis falaciosos com origem no Porto. 


Vale tudo, mesmo tudo. Até vale uma refeição do presidente, Luís Filipe Vieira, com personalidades políticas, denúncia feita por alguém que sempre teve, ele sim, relações promíscuas com dirigentes partidários. 

Vale tudo, mesmo tudo. Com um descaramento indecoroso, vale acusações a um árbitro que, melhor ou pior, não esteve envolvido no famigerado Apito Dourado. De resto, o mesmo juiz que expulsou Aimar, na pretérita temporada, num episódio passível de crítica. 

De resto, um auxiliar que validou, também recentemente, um golo irregular, na Luz, ao FC Porto. O problema é o próximo jogo na Madeira. O Benfica vai jogar frente ao Marítimo? Vai, mas também vai jogar contra todos os seus detratores. 

A partida deve ser decisiva no atinente à conquista do título nacional. Com todo o cinismo, quem até se permitiu dar CONSELHOS MATRIMONIAIS a árbitros, virou virgem, virou coisa imaculada. 

O Benfica está preparado. A pressão é brutal, mas o coletivo está preparado, bem preparado. E os adeptos sabem o que está em causa, sabem que há quem tudo faça, nestas horas que antecedem o embate, para viciar o resultado, para obstar ao triunfo vermelho. São métodos do passado, desse passado que inquinou a Verdade Desportiva, que adulterou resultados, classificações, troféus. 

Vamos ganhar na Madeira, vamos dar um passo agigantado rumo ao título. 

Estamos UNIDOS nesse propósito. Enquanto isso, o desplante continua. As falsas virgens mugem, nós queremos e vamos ganhar. Também contra a prostituição futebolística.» 

- João Malheiro, jornal 'O Benfica', 26 de Abril de 2013

Afonso de Melo "mete-se" com Pinto da Costa: Da Colômbia com amor...



A Colômbia é um país bonito. Já lá estive, sei como é. As gentes são simpáticas, muitas das cidades agradáveis, apesar do desmesurado crescimento. E depois, como qualquer país, tem os seus vícios desagradáveis, mesmo bastante desagradáveis. Como o narcotráfico, por exemplo, uma população empobrecida, o incomodativo hábito dos sequestros e dos assassinatos de figuras políticas. Mas, enfim, seja como for, de repente Portugal descobriu a Colômbia e vice-versa. 


Portugal? Que digo eu? O Porto! Afirmou o Madaleno com toda a propriedade que se lhe reconhece que os governantes da Colômbia respeitam mais o Porto, Clube Arregimentado Pelo Regime Vigente, do que os governantes portugueses, algo que me parece manifestamente injusto para um tal de Menezes de Gaia que lhes anda há anos a arrendar por míseros quinhentos euros por mês um centro de estágios da mais alta qualidade. 

Percebe-se: que se lixe o Menezes de Gaia que está à beira de passar a ser Menezes de Parte Nenhuma por via das decisões dos tribunais que vão impedindo esta rapaziada de se candidatarem a tudo quanto é autarquia, de Santiago de Riba a Freixo de Espada à Cinta! 

Neste momento, vale a Colômbia. Longa vida à Colômbia e aos seus governantes. Mas deixo aqui um aviso a todos vocês: não vi elefantes na Colômbia! 

Estou certo de que, se exceptuarmos os jardins zoológicos, não há elefantes na Colômbia. Por isso, se quiserem comprar marfim, não vão à Colômbia. Nem vale a pena encomendá-lo pelo correio...» 

- Afonso de Melo, jornal 'O Benfica', 26 de Abril de 2013

Silvio Cervan: Liga Europa será dificil de conquistar


Sempre defendi, ao contrário da generalidade dos adeptos, que considerava o jogo da Madeira o mais difícil para o Benfica. No jogo contra o Sporting, em casa, dificilmente se perderiam pontos. Bem sei que um derby tem encantos e motivações que podem mudar o rumo da história, mas como diz um sportinguista amigo meu, o Sporting jogou como nunca e perdeu como sempre.

Um híper motivado Sporting, e um Benfica menos inspirado, deu 2-0 para os encarnados. A diferença de qualidade, colectiva e individual é grande. 

Muito faz Jesualdo com esta equipa. Justo dizer que o sonho europeu do Sporting, a manter esta entrega, pode bem ser alcançado. Este Sporting está num patamar muito acima daquele com que se arrastou nos primeiros dois terços do campeonato. Vai ser uma luta a cinco com boas hipóteses para os de Alvalade.

O Benfica joga na Madeira o verdadeiro jogo do título. Tem que se vencer o cansaço, as viagens e Marítimo para se conseguir vencer o Campeonato.

Este FC Porto, e bem, não dará tréguas. O 'Twitter' de Luisão no fim do jogo contra o Sporting disse tudo: «Foi espectacular. A luta continua. Todos juntos», o girafa sintetizou tudo para quem quer ser campeão. 

A Liga Europa seria difícil de conquistar com todo o plantel disponível, mas sem Luisão, Enzo e André Almeida fica missão impossível. No entanto como sabemos do filme com o mesmo nome por vezes conseguem-se feitos impossíveis. 

Desta velha Constantinopla, com linda vista para o Bósforo o Benfica traz um resultado amargo. 
Não deixa de ser semânticamente ilícito que o Benfica possa ter perdido a Liga Europa na Ásia. 

O Benfica 'normal', aquele a que nos habituamos é muito melhor que o Fenerbahçe tem tudo para estar em Amesterdão. 

O resultado não foi bom mas acredito que estaremos na final, dia 15. 

Na quinta-feira, todos na Luz a empurrar o Benfica.» 

-Sílvio Cervan, jornal A Bola, 26 de Abril de 2013

Luís Pedro Sousa: Benfica tem tudo em aberto



1. A primeira mão das meias-finais da Liga Europa deixou tudo em aberto para o Benfica e colocou o Chelsea a um pequeno passo do jogo decisivo em Amesterdão. Os encarnados sentiram enormes dificuldades em Istambul mas têm legítimas esperanças de virar o resultado na próxima quinta feira. 

Na Luz, já vão ter Enzo Pérez, enquanto o Fenerbahçe estará privado de jogadores importantíssimos como Topal, Webó e, tudo indica, Raul Meireles.

2. Embora ainda em luta com o Benfica pelo título nacional, os responsáveis do FC Porto já começam a encontrar desculpas para uma eventual perda do título para o grande rival. A arbitragem de João Capela no último dérbi, que não assinalou dois penáltis favoráveis ao Sporting, foi providencial. Identificou-se um culpado e amplificou-se um caso, como já acontecera em 2010, com o famoso episódio do túnel da Luz. Mas encontrar justificações para o fracasso, neste caso para o possível fracasso, está longe de constituir um exclusivo portista. 
Na última época, foi Pedro Proença o bode expiatório dos encarnados, o responsável por um campeonato que a águia deixou fugir entre os dedos. E se algo correr mal até final, haverá, por certo, alvos a abater. 
Carlos Xistra, pelo desempenho no Académica- Benfica, está em banho-maria, mas, nas 4 jornadas que faltam disputar, surgirá facilmente um vilão que faça com que se explique um eventual descuido da equipa dentro de campo.

3. 0 Sporting encontra-se em reestruturação. Saem os antigos apoiantes de Godinho Lopes para entrarem, num futuro próximo, os de Bruno de Carvalho. Também como funcionários, claro está. A vida é dura para um ex-jogador de futebol em tempo de eleições. Quem apostar no candidato certo tem emprego. Quem ficar com o perdedor está desgraçado. E o sistema não contempla abstencionistas. No período pré-eleitoral começa a contagem de espingardas, com os convites a serem feitos a todas as antigas glórias. "Sim" é a única palavra que vale. Dizer "talvez" ao vencedor significa, desde logo, o purgatório.

4. Na Liga dos Campeões, os colossos espanhóis foram literalmente atropelados na Alemanha e só muito dificilmente estarão na final de Wembley. Bayern Munique e Borussia Dortmund mostraram argumentos demasiado eloquentes ao nível técnico, tático e físico. Se a Bundesliga não estivesse tão escondida em termos mediáticos, se calhar a surpresa era menor.» 

- Luis Pedro Sousa, jornal Record, 26 de Abril de 2013

José Manuel Delgado: Grande resposta a Pinto da Costa e Vítor Pereira



Na segunda-feira o Estádio dos Barreiros vai ser palco de um jogo que pode decidir a Liga. Uma vitória do Benfica coloca a equipa de Jorge Jesus na autoestrada do título; um empate ou derrota dos encarnados projeta as contas finais para a penúltima jornada, no Estádio do Dragão. 


É esta realidade que ajuda a compreender várias coisas que estão a passar-se no futebol português: do lado do Benfica, apesar de tratar-se de uma meia-final da Liga Europa, Jorge Jesus não apostou todas as fichas no duelo com o Fenerbahçe, reservando trunfos frescos para lançar no Funchal; do lado do FC Porto, a máquina de comunicação do clube seguiu em ordem unida a palavra do presidente e tomou por suas, amplificando-as, as dores do Sporting relativas ao 'derby'. 

É em alturas como esta que a mais famosa das frases de Pimenta Machado recupera atualidade: «O que hoje é verdade, amanhã é mentira.» 

Há não muito tempo, era possível ouvir do presidente do FC Porto que «os burros é que falam de árbitros». Hoje, diz que «o Marítimo é difícil mas Portugal é um país de Capelas.» 

E pensar como é ténue a linha que separa esta frase da pressão sobre a arbitragem, que tem punição prevista nos regulamentos disciplinares! 

De facto, os riscos que Pinto da Costa corre e faz correr o FC Porto ao patinar sobre gelo tão fino mostra bem o que vale o jogo do 'caldeirão' dos Barreiros...

PS - Vítor Pereira, treinador FC Porto, disse ontem: «Somos do norte, estamos habituados a lutar até ao fim, sem atirar a toalha ao chão.» 

Estará a falar de quem? Helton, Danilo, Otamendi, Alex Sandro, Fernando, Lucho, James e Jackson são da América... do Sul; Moutinho é de Portimão e Varela de Almada. 

Deve estar a falar de Mangala, que nasceu nos arrebaldes de Paris...» 

- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 26 de Abril de 2013

Salvio e Benfica batem recordes na Liga Europa




Equipa da Luz superou o registo do Atlético de Madrid nas eliminatórias do torneio

Sete jogos depois, o Benfica voltou a perder na Liga Europa (por 1-0, no terreno do Fenerbahçe), mas o clube da Luz tem agora um recorde de presenças no torneio - desde que este deixou a designação Taça UEFA.

No total, ou seja desde 2009, a equipa portuguesa já participou em 21 jogos nas eliminatórias da competição (o número não inclui os desafios nas fases de grupos). O Atlético de Madrid, que já conquistou o troféu duas vezes, soma 20 partidas na fase a eliminar, destaca a UEFA nesta sexta-feira.

Salvio também é um recordista na prova: na Turquia, o argentino jogou pela 32.ª vez na Liga Europa, sendo 20 desafios pelo Atlético de Madrid e 12 pelo Benfica. Nenhum jogador contabiliza mais partidas no torneio.

Enquanto o Benfica é a única equipa entre as quatro semi-finalistas que já esteve nesta fase - em 2011 foi afastado pelo Sporting de Braga - o Chelsea conseguiu ser o primeiro conjunto a ganhar fora de casa na primeira "mão" das meias-finais da Liga Europa.

O Fenerbahçe, que não quer perder na Luz, poderá conseguir em Lisboa o recorde de sete jogos consecutivos sem perder fora de casa. Para já soma seis, partilhando o registo com FC Porto, Atlético de Madrid e PAOK.


-Noticia retirada do site Relvado

Leonor Pinhão: "Agora também Jô Soares é do Benfica"



Já não bastava o Capela. Agora também o Jô Soares é do Benfica. 


Para quem não conhece Jô Soares informo que se trata de um artista brasileiro (que já não é propriamente um rapaz novo), um homem do espectáculo, enorme comunicador e finíssimo humorista, apresentador do Programa do Jô na TV Globo lá do outro lado do Atlântico. 

Jô Soares é um figura a tal ponto popularíssima no Brasil que o seu programa leva o seu nome porque assim mesmo, curto e directo, basta como selo de garantia.

Lamentavelmente, e não se sabe porque estrondosos motivos, desde o Verão passado, que o Programa do Jô se vem transformando noPrograma da Águia Vitória.
E até parece que lá longe, sem ter nada a ver com o assunto, há um Jô todo ele vermelhão, tal e qual como o Vítor Pereira cá dos árbitros, que também faz o seu trabalhinho para levar o Benfica ao colo sabe-se lá até onde.
E isto não é especular.

Em Julho o Jô convidou o Deco para ir ao Programa da Águia Vitória. Para quê, caramba?
Para que Deco, já reformado e salvaguardado pela imensidão de um oceano inteiro, debitasse uma versão final do incidente da bota atirada ao árbitro Paulo Paraty, versão essa que, bem analisada, é um bocadinho contrária à versão que acabaria por vingar perante a justiça e perante a opinião pública do insólito e já distante acontecimento do ano de 2003.

Como se já não bastassem o Deco em Julho e o Capela no domingo, na segunda-feira passada, menos de 24 horas passadas sobre o derby e provavelmente ainda empolgado com o goleco do Lima, o mesmo Jô convidou Walter Casagrande, outro ex-jogador do FC Porto, para ser entrevistado no tal Programa da Águia Vitória na TV Globo. E para quê?

Para que Casagrande, reformadíssimo e também ele salvaguardado pela imensidão do oceano anteriormente referido, viesse debitar acusações contra um qualquer no name enfermeiro que lhe terá ministrado quatro injecções que o deixaram com uma «disposição acima do normal» para jogar à bola no ano (do século passado) em que o FC Porto foi pela primeira vez campeão europeu.

Bonito serviço, Jô Soares. Duas vezes, bonito serviço, não haja dúvida.

Bonito serviço de dar a palavra a um tipo como Casagrande que não é de confiar. Os seus antigos problemas com drogas das chamadas sociais são sobejamente conhecidos no Brasil e que credibilidade pode ter um tipo que por andar nessa vida até escreveu um livro sobre isso?

Quanto ao Jô, o do Programa da Águia Vitória, é com certeza outro carocho. Lançando o tema das drogas, o entrevistador brasuca começa logo a conversa com Casagrande de modo, cá para mim, bastante suspeito.

«Maconha para jogar... imagina o tempo que leva um lançamento», diz o Jô todo sorridente.
Ai é? Ai «imagina»? Como é que ele sabe desse propalado fenómeno da distorção do tempo que pode ser provocado, dizem os cientistas de ponta, pelo uso da maconha?

É porque o já experimentou, com certeza. E, se calhar, até experimentou mais do que uma vez. Concluindo-se que o Jô também não tem credibilidade alguma.

É isto o Terceiro Mundo.

-Leonor Pinhão, jornal A Bola, 25 de Abril 2013

Benfica virou quatro em dez 1-0 na Europa


O Benfica já virou quatro eliminatórias europeias depois de perder a primeira mão fora de casa por 1-0, a exemplo do que aconteceu esta quinta-feira em Istambul, na primeira mão das meias-finais da Liga Europa. 

Em 10 confrontos europeus, os encarnados deram a volta a quatro, frente a Feyenoord (1971/72), Malmo (1972/73 e 1980/81) e Olympiakos (1983/84).

Em 1971/72, nos quartos de final da Taça dos Campeões, os portugueses saíram derrotados por 1-0 de Roterdão, mas responderam com uma goleada por 5-1. Noite mágica de Nené, que assinou três golos, e Jordão, com dois.

Na época seguinte, na ronda inaugural da mesma prova, o Benfica voltou a começar com um desaire fora por 1-0, agora na Suécia, face ao Malmo, que, depois, caiu na Luz por 4-1. Eusébio fez dois golos,

Oito anos volvidos, perante o mesmo Malmo, repetiu-se o resultado no primeiro jogo, mas de nada voltou a valer aos nórdicos, derrotados por 2-0 na Luz, por culpa de bis de Nené. O encontro dizia respeito à segunda eliminatória da Taça das Taças.

A última vez que o Benfica virou um 1-0 fora de casa aconteceu na segunda ronda da Taça dos Campeões de 1983/84, face aos gregos do Olympiakos. Filipovic, Diamantino e Manniche viraram para 3-0 na Luz.

-Noticia retirada do site do Mais Futebol

quarta-feira, 24 de abril de 2013

José António Saraiva diz que está escrito nas estrelas que Benfica vai passar o FC Porto


Passadas as emoções do dérbi (que tiveram a originalidade de vermos Pinto da Costa a queixar-se dos árbitros, mostrando que alguma coisa está a mudar no futebol português), o Benfica entrou numa das semanas mais decisivas da sua história. 

Em 4 dias, pode ganhar ou perder tudo. Se conseguir um bom resultado na Turquia e vencer na Madeira, fica em ótima posição para fazer a tal "época de sonho". Se perder os dois jogos, pode antecipar uma descida aos infernos. 

Mas, nesses 4 dias, o Benfica não joga só a época: joga o regresso ao topo da Europa e o possível início de um novo período de hegemonia no futebol português. 

A esperança é enorme, mas o risco também. E é para isso que os benfiquistas terão de estar preparados. Deverão preparar-se para a derrota - isto é, para não perderem a cabeça caso percam os jogos. 

A dupla Luís Filipe Vieira-Jorge Jesus já recuperou muito caminho em relação ao FC Porto - deixando perceber que, mais tarde ou mais cedo, ultrapassarão o rival. Mesmo que não seja ainda este ano, está escrito nas estrelas que tal vai acontecer. 

As queixas de Pinto da Costa já são um prenúncio disso. Ora, é essa dupla de sucesso que o clube tem de preservar, independentemente dos próximos resultados. Pior do que as derrotas, seria os sócios perderem a confiança nesses dois homens que reergueram a águia - um dando-lhe estabilidade e equilíbrio, o outro agressividade e espetáculo dentro do campo. 

Refira-se que, na próxima época, o Benfica partirá como o 6.° clube do ranking europeu, só atrás do Barcelona, Real Madrid, Bayern de Munique, Manchester United e Chelsea. 

Há quantos anos isto não acontecia?» 

- José António Saraiva, jornal Record, 24 de Abril de 2013

Bagão Félix muito duro relativamente ao funcionamento da Liga


Sempre tive dúvidas sobre a existência de uma Liga de Clubes. Não enquanto instituição defensora dos clubes e da salvaguarda dos respectivos direitos e deveres, mas antes como se desenvolveu. Em grande parte, na sua génese esteve propósitos de legitimação de poderes pessoais, desportivos e zonais que orbitam no futebol, que crescentemente lançaram confusão no que deveria ser sempre cristalino. 

Hoje, a Liga deixou de ter qualquer poder na área da disciplina e justiça, não comanda o sector da arbitragem, é inconsequente na gestão dos direitos televisivos e, por fim, foi dominada pela obsessão de alargamentos inconsequentes das competições. 

Aproveitando a boleia da decisão sobre o Boavista, reincide-se no inchamento. Num país de rastos, com diminuição assinalável da bilheteira e publicidade, com a maioria dos clubes com enormes dificuldades em solver os seus compromissos, e em particular os salários, com a conivência formal no faz-de-conta da normalidade, institucionaliza-se a pobreza alargada e conflitua-se com a Federação. 

Para isso, decreta a impossibilidade de se jogar uma temporada com um número ímpar (17) de clubes (caso o Boavista consiga as condições de regresso), como se isso fosse uma heresia aritmético-futebolística. 

Não satisfeitos os clubes - decidindo em causa própria por proposta de um presidente que ascendeu ao lugar em função dessa mesma causa - resolvem desvirtuar a verdade desportiva com uma inconcebível liguilha decidida a 5 jornadas do fim da mesmíssima época. 

Este modelo chegou ao seu estertor. Reduza-se a Liga ao que sempre deveria ter sido. Tudo ficava mais claro e lógico.» 

- Bagão Félix, jornal A Bola, 24 de Abril de 2013