domingo, 30 de setembro de 2012

Rui Rangel lança fortes criticas à gestão de Vieira


A assembleia geral, órgão do Sport Lisboa e Benfica em que, estatutariamente, reside o poder supremo do clube, sede de debate e votação dos seus interesses, deu um claríssimo cartão vermelho à direcção liderada por Luís Filipe Vieira. 

Não é possível esconder, nem com a justificação das arbitragens, o que se passou. Esteve em causa o relatório e contas e não só. 

O voto expressivo dos benfiquistas foi também contra a incompetência e a ineficácia de uma gestão que está cansada, acabada e sem imaginação. 

De uma gestão prepotente, que se faz dona do Benfica, pouco transparente e que não fala verdade aos sócios. 

De uma gestão que não sabe conviver com as opiniões contrárias e que se sente incomodada quando tem de dar, no lugar próprio, explicações. 

Explica-se em mau português e por gente que convive mal com a conjugação do sujeito com o predicado. 

Esta direcção de cartão vermelho não gosta de falar com os sócios. 

Sente-se incomodada e ainda não percebeu que o Benfica não é uma "quinta" da direcção. 

Formalmente o associativismo voltou ao Benfica. Foi esta dimensão que tornou o Benfica grande. 

Ter cultura empresarial não significa rejeitar o associativismo. Os sócios fizeram-se ouvir e disseram que estão fartos da cultura de derrota desportiva, que estão cansados de lutarem para o segundo lugar do campeonato. 

Faz-se e desfaz-se a equipa de futebol de ano para ano, vende-se o Javi e o Witsel e não se acautelam estas saídas: anda-se há um ano à procura de um lateral-esquerdo; compra-se o Lima por cerca de 5 milhões de euros, por quatro épocas, com 29 anos, sabendo-se que em janeiro vinha a custo zero, em fim de contrato. 

E empresta-se o nosso jovem Nélson Oliveira. Cede-se o Rúben Amorim ao Braga, sem que ninguém saiba a verdadeira causa. 

Então é assim que se aposta na formação? 

Além de que não se dá espaço aos jogadores da equipa B para poderem despontar na equipa principal. 

Como disse Wenger, o Benfica perdeu alma e paixão e está mais fraco e frágil. 

Quem percebe de futebol nesta direcção, que perdeu legitimidade para governar os destinos do clube? 

Que desastre é a política de futebol! 

O problema do Benfica é futebol, gestão, organização, disciplina e associativismo. Só depois vem a comunicação. 

E o rei, que agora caminha nu, que era o paladino da boa governação financeira, tem uma dívida e um passivo descontrolado. 

Onde está a saúde financeira do Benfica, tão apregoada? 

Até neste domínio falharam e o voto dos sócios também deu conta deste fracasso. Então o que sobra desta direcção? 

Fragmentos e uma espécie de uma crónica mal anunciada. E uma assembleia geral que recorreu a uma sistema de contagem de votos por braço e papel no ar, permeável a todo o tipo de zonas obscuras, que nem na Junta de Freguesia do Burkina Faso era admissível. 

Tudo isto envergonha o Benfica. 

A pergunta que fica é se uma direcção destas tem legitimidade moral e ética para ir a jogo no próximo acto eleitoral. Governa os destinos do Benfica contra os sócios que já se manifestaram dizendo que terminou o seu prazo de validade. 

Tudo na vida tem um tempo: a bem do Benfica percebam que chegou ao fim a validade desta direcção. De positivo ficou o registo de uma participação activa por parte dos sócios do Benfica que ali acorreram e se manifestaram, por vezes de forma acalorada, na defesa daquilo que consideram serem os interesses supremos do clube que tanto amam e que lhes está no coração.» 

- Rui Rangel, jornal Record, 29 de Setembro de 2012

Hóquei e Andebol somam e seguem: Imparáveis!


4.ª jornada do Campeonato

Belenenses – Benfica, 30-32: Muito crer numa vitória merecida



A equipa de Andebol do Sport Lisboa e Benfica continua na senda dos triunfos e ganhou ao Belenenses, no pavilhão Acácio Rosa, por 30-32.

Os “encarnados” começaram bem e estiveram sempre na frente. A vantagem nunca foi muito dilatada, mas a equipa soube sempre manter o adversário à distância e ao intervalo vencia por 13-16.

Na etapa complementar, a formação da Luz manteve-se na frente do marcador, mas na parte final, com menos dois jogadores em campo, sofreu, mostrou maturidade e mereceu a vitória.

Perante este cenário, o Benfica mantém-se invicto, ou seja, quatro triunfos em outros tantos desafios realizados.



Oliveirense – Benfica, 5-9

Hóquei: Benfica conquista a 7.ª Supertaça do seu palmarés



A equipa de Hóquei em Patins do Sport Lisboa e Benfica conquistou, este sábado, no Pavilhão Rota dos Móveis, em Paredes a sua 7.ª Supertaça do seu palmarés ao vencer a Oliveirense por 5-9.

Os Campeões Nacionais começaram a “todo o gás” e logo ao primeiro minuto inauguraram o marcador por Tuco. A equipa estava endiabrada e em dois minutos, Carlos Lopez e João Rodrigues ampliaram a vantagem (11´ e 12´).

A perder por 0-3, a Oliveirense já nada tinha a perder e antes do intervalo empataram a contenda com tentos aos 15´, aos 21´ e 23 minutos.

A emoção verificada na primeira parte não se viu na segunda, pois os “encarnados” foram claramente superiores.

Aos 27 minutos, Carlos Lopez bisou e aos 31´, João Rodrigues não lhe quis ficar atrás e apontou também o seu segundo tento no jogo. A partir desse momento entrou em cena o reforço para esta temporada, Marc Coy. Com dois golos (38´ e 39´), o espanhol também deixou a sua marca no encontro.

Antes do término da partida, o conjunto de Oliveira de Azeméis ainda reduziu, mas Cacau ainda fez o 8.º tento benfiquista a um minuto do fim e Luís Viana apontou mais um aos 50´. No último segundo, a Oliveirense ainda fez o seu 5.º golo, mas não foi a tempo de evitar mais uma conquista “encarnada”.

-Noticias retiradas do site oficial do Sport Lisboa e Benfica

sábado, 29 de setembro de 2012

Alexandre Pais diz que foram injustos os insultos a Luís Filipe Vieira na Assembleia Geral do Benfica


Luís Filipe Vieira sofreu, na AG de anteontem, uma derrota inesperada. Ou talvez não. 

Se a memória dos homens existisse, o "chumbo" do relatório e contas de 2011/12 poderia ter acontecido na mesma. 

O que não sucederia certamente seriam os assobios, os insultos e os pedidos de demissão, fruta da época. 

Essa falta de memória, e a quase total ausência de gratidão, são desgraçadamente comuns; mais do que no futebol, na própria vida. 

E hoje já pouco conta a imagem do Benfica que Vale e Azevedo deixou por herança, tempos sinistros em que um mamarracho de cimento a prometer um museu que nunca avançou, junto à Segunda Circular, era troféu que envergonhava todos os benfiquistas. 

A não aprovação das contas deve ser encarada como um ato normal. Eu diria até salutar num país onde só o assalto repetido aos nossos bolsos parece ter despertado as pessoas para o funesto resultado que dá comer e calar. 

É verdade que eram apenas 600 sócios, uma gota no mar vermelho, mas as assembleias gerais são assim: só contam os que lá vão. 

Já o tratamento insultuoso dado a um homem que, com todos os seus defeitos, tem procurado servir o Benfica, surge como algo injusto, que só pode resultar do turbilhão de paixões que o futebol gera e que tem no insucesso o melhor dos combustíveis para a sua chama. 

E ver o FC Porto a começar a fugir, à 4.ª jomada, após o empate dos encarnados em Coimbra, foi o fósforo que ateou o fogo. 

A explicação do "vice" Rui Cunha de que a aplicação do Método de Equivalência Patrimonial transformou, na engenharia contabilística, 452 mil euros de lucro em 12,9 milhões de prejuízo a somar ao passivo, entrou por um ouvido e saiu por outro. 

A raiva dos associados era a outra, infelizmente. Porque sofremos já, no país, a aplicação do Método da Falência Patrimonial. E está a doer. E vai doer mais»

- Alexandre Pais, jornal Record, 29 de Setembro de 2012

José Mourinho faz a antevisão do Benfica - Barcelona


«Jorge Jesus saberá construir uma equipa capaz de criar dificuldades ao Barcelona». A ideia é de José Mourinho e foi transmitida ao Maisfutebol.

O treinador do Real Madrid antecipa o grande jogo da Liga dos Campeões, na próxima terça-feira, com transmissão na TVI. «Benfica e Barcelona têm potenciais diferentes, mas Jorge Jesus saberá construir uma equipa que lute pelos pontos», acha o técnico português.

Mourinho vê o Barcelona como «favorito para o jogo e para a vitória no grupo». Mas olha para o Benfica e descobre uma «boa equipa, que começou bem, com um empate fora com um adversário direto». Até por isso, «qualquer ponto que possa conseguir na terça seria ótimo».

A responsabilidade é «toda do Barcelona», por se tratar de uma das equipas «favoritas à conquista da Champions». Mas do lado do Benfica deverá haver «ambição e motivação total», espera Mourinho.

Benfica de prestígio recuperado

Doze anos depois de ter passado pela Luz, Mourinho olha para o Benfica e reencontra o «prestígio e credibilidade, o estatuto de grande clube europeu respeitado como referência».

Como estrangeiro que vive fora de Portugal há oito anos, Mourinho sente a «recuperação de todos os valores do Benfica». Até por isso, refere, não se sente bem «perante comportamentos injustos». Uma referência evidente ao trabalho de Luís Filipe Vieira na Luz, um dia depois de uma assembleia geral acidentada que culminou com a reprovação do Relatório e Contas do clube «encarnado». Para Mourinho não há dúvidas sobre o trabalho que trouxe de volta o Benfica às grandes competições europeias.

-Noticia retirada do site do Mais Futebol

Silvio Cervan arrasa Carlos Xistra: "a arbitragem de Coimbra é mais um episódio de bordel "


Cartos Xistra, árbitro de Castelo Branco, conhecido entre amigos meus como sportinguista de coração e portista de profissão, é antigo no seu passado com o Benfica. 

A forma rápida como todos os escribas portistas vieram defender Carlos Xistra é reveladora do seu grau de afectividade com quem há tantos anos lhes entrega títulos. 

As bolas no poste são futebol, a arbitragem de Coimbra é mais um episódio de bordel em que se transformou o campeonato português. 

Muitos são os escritos que nos levam a pensar que mais grave que a arbitragem, ou mesmo as arbitragens que um mesmo árbitro realiza anos a fio em prejuízo do mesmo clube, é a forma rápida com se aprestam a justificar e relativizar essas arbitragens. 

Todos nos enganamos, mas os sérios pedem desculpa ou retractam-se, e os que o fazem premeditadamente ou a rogo beneficiam de uma carapaça de justificações. 

A venda de Hulk foi benéfica para o FC Porto, libertou meios financeiros.

Xistra é muito mais importante e decisivo que Hulk neste campeonato. 

No início do campeonato escrevia aqui que o campeonato estava viciado. 

Que a paixão clubista possa inebriar alguns que o não vejam, posso relativizar, mas que os responsáveis possam achar normal não aceito. 

Em Coimbra, desde a falta sobre Cardozo, com poucos segundos de jogo, até ao apito final houve uma viciação de resultado. 

O Benfica jogou bem, melhor jogo da época, e mereceu ganhar. 

Nem o Barcelona ganhava a este Carlos Xistra. 

O mesmo que validou o golo de Hulk na Luz que deu a meia-final da Taça ao FCPorto há dois anos. 

O mesmo que expulsou Javi García em Braga e deu o título ao FC Porto. 

O mesmo da célebre arbitragem de Guimarães que tentou expulsar a equipa toda. 

Vitor Pereira não deve ser influenciado, mas não pode ignorar. E se é sério, e penso que é, tem que agir em conformidade. 

Quem adultera campeonatos há anos, tem que ser afastado. 

Como diria Sofia de Mello Breyner, «vemos, ouvimos e lemos, não podemos ignorar».»

 - Sílvio Cervan, jornal A Bola, 28 de Setembro de 2012

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

João Malheiro diz que o Benfica foi Xistrado e apelida o árbitro de anti-benfiquista



Todos sabem o que é um jogo inquinado, viciado, roubado. Talvez nem todos soubessem o que é um jogo xistrado.


É mais ou menos a mesma coisa. Quem não sabia ficou a saber.

É um jogo (des)apitado por um tal Xistra, por um tal anti-benfiquista, por um árbitro (?) inadaptado para a função. Inadaptado apenas? 

Pior do que isso, alguém que invariavelmente olha para o vermelho com desdém, com desprezo, com asco. 

Xistra não presta, Xistra é fraco, Xistra deveria ser proscrito da arbitragem.

Xistra não tem condições para dirigir jogos do Benfica. Porquê? 

Porque com Xistra o Benfica está sempre xistrado,que é o mesmo que dizer está sempre lixado. 

O Benfica empatou em Coimbra porque se xistrou. 

Até entrou bem no jogo, até sublinhou momentos de futebol aprazível, até revelou manifesta superioridade face a um antagonista valioso e empenhado. 

"Foi uma vergonha", sustentou Jorge Jesus. Sustentou bem.

Também ele se sentiu xistrado e tem todo o direito (mesmo dever) de manifestar a maior indignação.

Quantas vezes esta temporada,o Benfica voltará a viver o suplício xistrense?

Com Xistra e outros mais a luta é desigual. 

Xistre-se outras vezes e a liga estará entregue, voltará a ser pertença do titular do costume.

O combate, desejavelmente honesto, não é só frente às equipas adversárias.

O combate desejavelmente firme, tem de ser contra o xistrismo que teima em contaminar o Futebol nacional.

A multidão benfiquista não pode continuar a sofrer de xistricidade. 

Quer verdade, que até rima, mas significa exatamente o inverso.

E não há quem se xistre confortável com a mentira e a discriminação.


João Malheiro, Jornal o Benfica

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Rui Santos diz que Pedro Proença deveria ter apitado o Benfica - Braga da 1ª jornada


O terceiro jogo da Liga, realizado a 18 de Agosto, trouxe logo os primeiros problemas com arbitragens. O Benfica-Sp. Braga, dirigido por Artur Soares Dias, esteve envolto em polémica: primeiro, com a expulsão de Douglão (em vez de ‘amarelo’ a Custódio) e depois com a anulação daquele que seria o terceiro golo do Benfica, num lance em que Cardozo não faz falta sobre Beto, apesar do impacto da queda do guarda-redes dos minhotos.

Um Benfica-Braga é, no quadro actual de competitividade do futebol luso, um dos 10 jogos mais importantes da Liga portuguesa. Era o arranque da prova. Se a arbitragem fosse dirigida ‘de dentro para fora, sem intromissões’, eu diria, sem provocações mas com coragem e independência, Vítor Pereira teria nomeado Pedro Proença para o primeiro grande embate da Liga 2012-13. Porquê?

1. Porque Pedro Proença ainda gozava dos efeitos de ter dirigido as finais do Euro-2012 e da Liga dos Campeões.
2. Porque o segundo grande jogo da Liga, envolvendo os ‘encarnados’, está marcado, em calendário, para Janeiro de 2013 (Benfica-FC Porto), e, regulamentarmente, se fosse essa a vontade do nomeador, nada obstaria a que ‘o melhor árbitro português’ da actualidade fosse o escolhido para dirigir a partida mais importante da ronda inaugural da Liga.

Isto prova a falta de independência. Alguns dirão que se tratou apenas de bom-senso para não ‘assanhar’ (ainda mais) o Benfica. Então, se foi bom-senso, assuma-se que o veto do Benfica produziu efeitos. Assuma-se que o ruído produz efeitos. Dir-se-á que se tratou de critério. Mas então o melhor critério não é reservar os melhores árbitros para os jogos mais importantes?

Preto no branco: nem sequer há condições para a arbitragem ser independente. Quem protege quem, no país do Apito Dourado?

A arbitragem em Portugal continua a ser aquilo que o Apito Dourado não matou. Não matou as influências, os medos, as represálias e o clima de coacção, directa ou indirecta. Não há é coragem de o assumir.

-Rui Santos, site Relvado

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Luís Sobral diz que arbitragem de Xistra não justifica a gritaria do Benfica


Ponto prévio: acho que o Benfica ainda não fez o luto do campeonato passado.

Se nos lembrarmos, os responsáveis do clube terminaram a época a dar entrevistas em que explicavam que tudo tinha decorrido mal (outra vez) por causa de um fora-de-jogo.

Não foi, como sabem todos os que olham para o futebol com distanciamento. O Benfica teve a Liga na mão e foi incompetente, permitindo que o F.C. Porto chegasse à Luz em posição de escrever outro final para a história.

Sem perceber o que realmente se passou, os responsáveis do Benfica foram de férias convencidos de que a arbitragem os prejudica. Durantes esses longos meses nada encontraram que justificasse essa tese, mas mesmo assim mantiveram-na.

Creio que é isso que justifica tantos gritos, tão cedo.

Que se passou de facto em Coimbra?

No primeiro lance, passado dezenas de vezes na televisão, subsistem as dúvidas: a falta foi dentro ou fora da área? Se ainda há dúvidas, é motivo suficiente para deixar o árbitro sossegado.

No segundo lance, Garay toca na bola e depois varre o adversário. Acho eu. Mas não é fácil ter uma opinião definitiva sobre o lance, que parece diferente a cada repetição. Mais uma vez, benefício para o árbitro.

Foi isto que se passou em Coimbra. Isto mais uma grande penalidade assinalada contra a Académica, com expulsão de quem a cometeu.

Tudo somado, é muito pouco e claramente não justifica a gritaria. Acontece que o Benfica ainda não esqueceu o fora-de-jogo de Maicon. Continua a doer.

Além dos lances com Xistra, o Benfica tem de lamentar mais algumas coisas. Eis uma lista apressada:

1. No lance de Makelele, como pode o meio-campo permitir que o médio apareça naquela zona, entre os centrais, disponível para receber um passe longo?

2. No lance de Hélder Cabral, como pode a equipa, em superioridade, permitir que o lateral adversário percorra metros com a bola dominada?

3. Antes de tudo isto, como podem os avançados desperdiçar três oportunidade claras em quinze minutos?

4. Se Lima foi contratado ao rival Sp. Braga e estava fresco, por que não jogou ele de início em vez de Rodrigo, desgastado pela solidão de Glasgow?

5. Se o Benfica precisa de formar um meio-campo novo, porque prefere adaptar Enzo Pérez em vez de utilizar Carlos Martins ou Aimar, rotinados na posição?

O Benfica podia começar por procurar respostas para estas e outras questões. Mas já sabemos que não se reflete aos gritos.


-Luís Sobral, Mais Futebol

António Magalhães diz que Benfica empatou por causa de Xistra, mas não só...


Jesus tinha, razões para estar preocupado com o Jogo de Coimbra e exigir absoluta concentração no teste pós-Champions. 

No entanto, as razões que lhe assistem depois do jogo não são as mesmas que motivavam a sua apreensão. 

A atuação de Carlos Xistra foi um verdadeiro desastre. 

Para um lado e para o outro, mas notória e manifestamente mais prejudicial para o Benfica. 

A análise dos casos do jogo não deixa dúvidas: três penáltis mal assinalados, sendo que ainda ficou um para marcar, a favor das águias. 

Certo é que o Benfica deixou (outra vez) 2 pontos em Coimbra, e se após a vitória do FC Porto sobre o Beira-Mar Vítor Pereira dizia, com toda a propriedade, que "são jogos como este que definem títulos", o mesmo se pode aplicar aquele que ontem o Benfica disputou em Coimbra. 

O nome de Xistra fica associado ao empate e provavelmente até vai permanecer na história deste campeonato. 

Mas além das responsabilidades do árbitro escalabitano, o Benfica terá de assumir as suas próprias culpas. 

E não são poucas. Os empolgantes 15 minutos no arranque da partida, deveriam ter deixado a águia a salvo de qualquer imponderável. 

A salvo até Xistra. 

Mas a pontaria encarnada esteve mais apontada aos postes do que às redes. Por outro lado custa aceitar que o Benfica, com mais um jogador durante 40 minutos e com o potencial ofensivo de que dispõe, não consiga resolver, nestas condições, o jogo a seu favor. 

Mais: ainda foi capaz de permitir que a Académica criasse situações que lhe deram vantagem no marcador. 

Aí, a culpa é toda do Benfica. 

- António Magalhães, jornal Record, 24 de Setembro de 2012

sábado, 22 de setembro de 2012

João Malheiro atira-se sem dó nem piedade a Eduardo Barroso


Nas televisões, nas rádios e nos jornais vale tudo. Vale o que não devia valer. 

Vale ver gente a debitar sobre Futebol com escrita, voz ou pose autoritária. 

Gente que jamais deu um pontapé (bem dado) numa bola, gente que jamais entrou num balneário, gente que jamais ouviu os profissionais de Futebol de orelhas atentas e com a humildade de quem não domina o ofício. 

Há dias, num diário desportivo, o reputado médico e não menos histérico sportinguista, Eduardo Barroso, escorreu prosa contra Jorge Jesus, a propósito do castigo que foi aplicado ao nosso treinador, em consequência das declarações que proferiu no termo do Benfica-FC Porto da pretérita temporada.

Recorde-se que o terceiro golo portista, que resultou no triunfo azul, foi marcado num fora-de-jogo escandaloso (estavam quatro jogadores deslocados), sem que o assistente de Pedro Proença tenha assinalado a correspondente infração. 

Jorge Jesus disse que o árbitro auxiliar viu. E só podia ter visto. Ele e todos os que estavam no anfiteatro da Luz. 

Eduardo Barroso considera que a crítica de Jesus é a mais dura e desapropriada de que tem memória, sugerindo que ao treinador do Benfica deveria ter sido aplicada uma pena de muito maior severidade. 

Barroso nada disse sobre o lance. Barroso nada disse sobre a incompetência do juiz. Barroso não disse, mas farta-se de berrar por justiça quando o seu Sporting está em causa. 

Importante? Nada disso, apenas revelador. 

É que Barroso, bem vistas as coisas, percebe tanto de bola como eu de medicina.» 

- João Malheiro, jornal O Benfica, 21 de Setembro de 2012

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Luís Filipe Vieira não quer gastar dinheiro em reforços no mercado de Inverno


O jogo em Glasgow até acabou por correr bem aos encarnados, mas mesmo que assim não fosse, Jesus não podia contar com grandes reforços em janeiro para colmatar as vendas de Javi García e Witsel nos últimos dias do mercado. É que Luís Filipe Vieira quer apertar o cinto na Luz e mostra-se pouco disposto a gastar fortunas em reforços para a equipa principal. A ideia é valorizar os que estão no plantel e não estar apenas a remediar.

-João Rui Rodrigues, jornal Record

Leonor Pinhão diz que faltou um Karanka ao Benfica em Dusseldorf


Conta a imprensa espanhola que no fim do jogo de Sevilha, Aitor Karanka, o adjunto de Moutinho, repreendeu os jogadores Higuaín e Benzema quando se encaminhavam para o autocarro que os haveria de levar ao aeroporto. 

O argentino e o francês, pese embora a derrota que vinham de sofrer, terão saído do balneário aparentando uma excelente disposição, conversando e sorrindo, como se nada de aborrecido se tivesse passado no relvado. 

O adjunto Karanka, certamente muito atento aos pormenores, pôs cobro à animação, dizendo-lhes: «Caminhem separados e em silêncio, calados ou toda a gente vai cair em cima de nós.» 

Esteve bem Karanka, não esteve? 

Faltou um Karanka qualquer ao Benfica em Dusseldorf quando a equipa desatou na grande risota depois de Luisão, no fim de uma corrida disparatada, ter mandado com o árbitro ao chão. 

O castigo chegou esta semana e fez bem o Benfica em não se pôr com alaridos contra a decisão. 

Nestes casos, acatar é o melhor remédio. 

A justiça desportiva em Portugal nem sempre é lenta, essa é uma boa notícia.

Outra boa notícia, em prol do bom nome da modalidade e de quem a dirige, seria conhecerem se os castigos aos autores morais e materiais do incêndio de uma bancada do Estádio da Luz por ocasião do último derby. 

É que já lá vão 10 meses...

- Leonor Pinhão, jornal A Bola, 20 de Setembro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Rui Santos diz que António Carraça devia demitir-se


Em condições normais, António Carraça, que era o dirigente ‘mais graduado’ em Dusseldorf, deveria colocar o seu lugar à disposição ou ser demitido. Era o mínimo que este ‘caso’ deveria desencadear. 

Mas a ‘cadeia de solidariedade’ em redor de Luisão foi de tal forma densa que não parece haver espaço para uma atitude digna. 

Aliás, este é cada vez mais o problema de Portugal e dos portugueses -- e o País é apenas o espelho da impunidade que grassa no País.

O Benfica acredita, agora, pelo menos em termos de reacção pública, que a ausência de Luisão em 11 jogos, até Novembro, não crie grandes mossas na equipa. 

Pode correr bem, mas tem tudo para correr mal. 

É verdade que os adversários dos ‘encarnados’, na competição nacional e internacional, exceptuando o Barcelona, não são papões, mas é bom lembrar que, também sem Luisão, o Benfica na época passada perdeu pontos (2+2) nas suas deslocações a Barcelos e Coimbra, o que pode ser um sinal das dificuldades acrescidas quando o ‘capitão’ fica de fora..

-Rui Santos, 19 Setembro 2012, site Relvado

Bagão Félix responde à letra a Rui Moreira


Saúdo a decisão da CMVM de pedir esclarecimentos sobre as transferências de Hulk e Witsel. 

Escreveu Rui Moreira que eu me dedicava à «técnica da equação» para questionar os valores de Hulk, e referiu que «aquilo que o FCP anunciou é que recebeu: 40M líquidos». 

Pois bem, prefiro a técnica da equação à técnica da (não) leitura. 

É que o comunicado portista fala de 40 M, sem mais. 

Ao invés, é o comunicado do SLB que refere os mesmos 40M como valor líquido.» 

- Bagão Félix, jornal A Bola, 19 de Setembro de 2012

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Cruz dos Santos diz que o castigo de Luisão tem a medida certa


O facto dominante, no entanto, claro que vem sendo a suspensão de Luisão, os tais dois meses que no momento em que escrevo ainda não se sabe se a FIFA reconhece como justos ou se os estende ou não às competições internacionais. 

Pessoalmente, penso que o castigo já tem a medida certa (minima pela regulamentação interna) e não posso concordar com quem diz que não houve agressão, pois as imagens não deixam dúvidas de que Luisão correu directamente para o árbitro, não correu (como devia) para os colegas de equipa que tentavam impedir segunda advertência (expulsão) a Javi García. 

E o facto de o árbitro ter ou não teatralizado o sucedido não deve ser considerado, porque uma coisa é a agressão (grave e indiscutível) e outra coisa são as suas consequências (sem gravidade, felizmente). 

Sobre o assunto, houve risota e afirmações deploráveis. Mas, ao invés, muito bem esteve Luís Filipe Vieira, ao condenar empolamento do incidente, mas lamentando-o e manifestando desejo de que ele não tivesse ocorrido. 

Assim deviam pensar e falar sempre os responsáveis, houve bonito exemplo no presidente do Benfica.» 

- Cruz dos Santos, jornal A Bola, 18 de Setembro de 2012

Bruno Carvalho arrasa Luisão


Num clube a sério e de gente competente, o Luisão já tinha um processo disciplinar há muito!

Custou-nos 200 mil euros que tivemos que devolver ao Fortuna de Dusseldorf.

Custou-nos a maior vergonha pública que alguma vez me lembro. As imagens que correram o mundo ferem e prejudicam o maior activo do Benfica: o seu prestígio!


E agora não pode jogar 11 jogos, mas vai continuar a receber o seu salário milionário.

Exige-se muito mais de um capitão do Benfica!

Exige-se, também, muito mais do Presidente do Benfica que tem que impor a ordem e o respeito no clube.

Por fim, quando cometerem novo erro, porque de seres humanos se trata, não se riam tanto e peçam desculpa pelos erros em vez de tentarem chamar de parvas ás pessoas todas.

-Bruno Carvalho, Facebook

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

José Manuel Delgado diz que arbitragem aproxima-se de uma sociedade secreta


Finalmente, muitos meses depois do tempo certo, o árbitro assistente Ricardo Santos, um dos melhores do Mundo, falou (porque deve ter sido autorizado...) sobre o lance do terceiro golo do FCPorto na Luz, que valeu a vitória aos dragões por 3-2. 

Disse, simplesmente, Ricardo Santos que, naquele instante fatídico, se desconcentrou, falhando a avaliação de um lance sem grande dificuldade. Disse, está dito, desconcentrou-se, acontece. 

Porém, perante a lei da rolha a que os árbitros estão sujeitos, só agora foi possível ter uma explicação do assistente de Pedro Proença no Euro 2012; mas não se soube - e este é um pecado capital - que sanções sofreu Ricardo Santos por uma desconcentração que teve influência direta no desfecho do jogo do título de 2012/13. 

Para a opinião pública o que passa é um sentimento de impunidade (que, amiúde, não corresponde à realidade) dos árbitros, que só concorre para o descrédito destes. 

Enquanto esta situação não for alterada, a ideia de estarmos perante vacas sagradas, que vivem para lá da crítica e da autocrítica, só potencia a contestação aos árbitros. 

É uma falta de transparência que acaba por prejudicar a imagem dos juízes de campo e aumenta exponencialmente a suspeição no futebol. 

Herculano Lima, juiz conselheiro jubilado e presidente do Conselho de Disciplina da FPF, no recente voto de vencido a propósito de um castigo a Jorge Jesus, na sequência do Benfica- FC Porto onde Ricardo Santos cometeu um erro importante, perguntou porque é que os juizes de toga são criticados a torto e a direito e os do futebol devem estar imunes a críticas. 

A questão é pertinente e seria bem resolvida se os árbitros não vivessem protegidos por uma redoma demagógica, que imputa ao erro humano tudo o que de mal acontece, sem mais explicações. 

Por um lado, os árbitros são humanos e os seus erros devem ser perdoados; por outro, a UEFA não quer nem ouvir falar em meios auxiliares para um melhor julgamento das partidas. 

Um contrassenso. «Todos erram, os jogadores também», diz muitas vezes Pierluigi Collina, secundado pelos presidentes das arbitragens locais, Vítor Pereira incluído. 

É verdade, mas enquanto que os erros dos jogadores não prejudicam os árbitros, os erros dos árbitros prejudicam os jogadores. 

E se todos temos direito a, de boa fé, errar, há consequências a extrair dos erros. 

Dentro desse direito tanto cabe a empregada que errou e partiu um prato como o controlador aéreo que errou e morreram 500 pessoas. 

É por isso que a graduação dos erros tem de ser diferenciada. 

Mas os árbitros também são punidos, podem dizer os responsáveis do setor. 

Só que esse castigo não é tornado público, o que aproxima a arbitragem de uma sociedade secreta. Secreta porquê? O que têm a esconder? Não acordem, não...» 

- José Manuel Delgado, jornal A Bola, 17 de Setembro de 2012

João Querido Manha demolidor: "Benfica é trucidado sistematicamente nos meandros decisórios"


A ideia de começar a utilizar o vídeo como meio de prova para castigar ações dissimuladas de jogadores em Portugal só caçou um prevaricador. 

Chamava-se Rui Águas e jogava no Benfica, no começo dos anos 90. 

Algum tempo depois, a regra passou do papel para uma pedra de gelo porque era escandalosa a desproporcional idade, em termos de cobertura mediática, entre os seus jogos e os dos adversários. 

Mais de vinte anos depois, a desproporção mantém-se sem que o Benfica, por culpa de uma visão diletante das estratégias de comunicação, consiga prevenir ou reagir aos ataques que, ciclicamente, lhe bloqueiam as figuras. 

Só nos últimos seis meses, ficou privado de Aimar, Jorge Jesus e Luisão em processos sem paralelo e à revelia da jurisprudência. 

Primeiro, porque os profissionais se puseram a jeito e, depois, porque o clube não dispunha de qualquer plano de contingência, ficando à mercê da criatividade de órgãos disciplinares que ajudou a eleger. 

Deslumbrado com a sua grandiosidade, o Benfica é trucidado sistematicamente nos meandros decisórios e, como no célebre caso Calabote, ainda permite fazerem-no passar por beneficiado. 

O Benfica desprevenido pela perda de três jogadores basilares como Javi García, Witsel e Luisão é o mesmo que aceita passivamente estas aplicações seletivas do regulamento disciplinar. 

O mesmo que quis boicotar os outros estádios da Liga e a seguir elegeu um pajem de Pinto da Costa para a Federação. 

O mesmo que criou um canal de televisão, mas, praticamente, deixou de se fazer ouvir. 

O mesmo que foi à Alemanha de baraço ao pescoço, assumindo culpas, numa estratégia do aliado manhoso, e que agora se diz surpreendido pelo castigo tacitamente aceite. 

É um Benfica ingénuo, errático e em perigo de perder a identidade.» 

- João Querido Manha, jornal Record, 16 de Setembro de 2012

Luís Sobral critica auxiliar de Pedro Proença por reconhecer o erro no golo de Maicon



Há coisas no futebol português que não são fáceis de compreender.

Já escrevi sobre o castigo a Jorge Jesus por causa de uma frase após do Benfica-F.C. Porto. Um castigo conhecido tarde e a péssimas horas. A justiça desportiva, ainda mais do que a outra, precisa de ser rápida para ser eficaz. Como o exemplo anexo prova.


Castigar o treinador do Benfica seis meses depois é prolongar o jogo, trazer de volta essa história. Quando deveria existir uma regra básica que obrigasse a resolver os casos de uma época antes do início da seguinte. Como mínimo.

Para piorar, este sábado o auxiliar e o árbitro desse Benfica-F.C. Porto também não resistiram a falar sobre a lance do golo de Maicon, em fora-de-jogo.

Acho que não deveriam tê-lo feito.

Estas coisas, por mais informais que possam ser, precisam de um mínimo de rigor.

Primeiro, é importante perceber se os árbitos podem falar sobre casos concretos. Estava convencido de que não podiam. Se podem, quantas semanas depois dos factos? Uma, dez, trinta?

Se por acaso podem/decidem falar sobre lances importantes, devem escolher a forma e o momento corretos. Diria que uma homenagem da Associação de Futebol do Porto (acontecem coisas tão estranhas) é o último local onde isso deveria suceder.

Aprecio o trabalho de Pedro Proença e Ricardo Santos e acho que Vítor Pereira tem sido corajoso e equilibrado à frente dos árbitros. Até por isso é difícil entender estes momentos de «desconcentração» que sucedem longe dos relvados. Até porque era tão fácil fazer melhor.


-Luís Sobral, Mais Futebol

Rui Rangel não entende como Luisão foi castigado por agressão


Foi conhecida ontem à tarde a decisão do Conselho de Disciplina da FPF que aplicou ao jogador a pena de suspensão por dois meses e a sanção pecuniária de 2.5500. 

Este órgão de disciplina julgou procedente a acusação deduzida contra Luisão pela prática da infração prevista e punida pelo artigo 145.º, n.º 1, alínea b) do respectivo Regulamento. 

Os factos imputados dizem respeito ao jogo particular realizado entre o Benfica e o Dusseldorf, no qual o jogador chocou com o árbitro Christian Fischer. 

Este choque ou contacto fisico existente foi juridicamente qualificado, pelo dito Conselho, como agressão do jogador ao mencionado árbitro. 

A previsão da pena, neste caso, tem como limite mínimo a suspensão de dois meses, podendo chegar aos dois anos de suspensão e, acessoriamente, a sanção de multa que pode ser fixada entre o mínimo de 25 UC e o máximo de 125 UC. 

É verdade que houve contacto fisico e que Luisão se excedeu nos protestos não tendo travado a tempo a sua corrida nem consciencializado as consequências de tal comportamento. 

Mas também é verdade que o Conselho, qualificando o ato como agressão simples não podia aplicar outra pena. 

Foi para o mínimo da pena de suspensão porque estava balizado numa moldura disciplinar que não podia fugir dela. 

Mas para a qualificação como agressão deveriam entrar outros factores, tais como a intenção, a vontade, o dolo directo, de agredir. 

A intenção e a vontade de agredir, não existiram, seguramente, da parte de Luisão. Ponho as mãos no fogo e não me queimo. 

Luisão sabe que esteve mal e o Benfica também. Mas Luisão é um capitão que honra a camisola do Benfica, é, por regra, um jogador exemplar em todos os jogos que dá tudo o que tem e não tem em campo. 

Joga duro mas não é maldoso nem, muito menos, indisciplinado. Tem um passado e uma história que falam por si. Nem como homem, nem pela religião que confessa era capaz de ser de outra maneira. 

Nada disto foi tido em conta pelo Conselho de Disciplina da Federação. As leis são para serem "interpretadas” e manda a boa hermenêutica que se tome em consideração todos os factores atenuativos na aplicação da pena. 

O aplicador da lei tem de tomar em consideração todos esses elementos que são essenciais para a fixação de uma pena. Sob pena de cometer muitas injustiças. 

O mal foi a qualificação como agressão. Repito a qualificação como agressão pressupõe intencionalidade directa em agredir. E esta todo o mundo viu que não existiu. 

Os Regulamentos de Disciplina da Federação são labirintos, teias complexas para não serem entendidos por ninguém. Tecnicamente são mal feitos, cheios de lacunas a alçapões. Para se aplicar a lei ao sabor do freguês de momento.

O principio de igualdade de tratamento e de transparência não abunda nestas decisões. Os benfiquistas, onde, obviamente, me incluo, estão tristes e preocupados com Luisão, Javi e Witsel (que infelizmente já partiram), o Benfica fica mais fraco e torna-se mais vulnerável. 

O seu futebol perde consistência, força, ligação e forma inteligente de ocupação dos espaços em campo. 

Uma dor de cabeça para Jesus. Os jogos “ganham-se no meio” campo. 

O Benfica tem de ponderar o que fazer com as consequências futuras da perda do eventual recurso que venha a interpor. 

Com esta penalização, Luisão, vai falhar onze jogos do Benfica, incluíndo, fatalmente, os da Liga dos Campeões. Luisão, o Benfica e os seus socios não mereciam isto!» 

Rui Rangel, jornal Record, 15 de Setembro de 2012

Joaquim Evangelista defende Luisão e classifica de hilariante atitude do árbitro Alemão


O presidente do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) apresenta toda a "solidariedade" para com Luisão. 

O central do Benfica foi castigado com dois meses de suspensão e uma multa, na sequência do incidente com um árbitro alemão, durante o particular com o Fortuna de Dusseldorf, em Agosto passado.

"É um profissional exemplar e merece toda a nossa solidariedade. Acho que as instâncias desportivas tiveram isso em causa. Implicações no plano europeu? Não estou atento a isso, o Luisão está a ser acompanhado pelo clube e pelos seus advogados, mas sempre que o Sindicato seja chamado a intervir num caso em que um jogador esteja envolvido não deixará de defender os seus direitos", afirma Joaquim Evangelista, em declarações aBola Branca.

De resto, o líder do Sindicato da classe "lamentou" ainda o que classificou de atitude "hilariante" do juiz da partida em causa.

-Noticia retirada do site da Radio Renascença

Luisão reage ao castigo da FPF


Luisão mostrou-se agradado com o apoio recebido ao longo das últimas horas. Recorde-se que, nesta sexta-feira, o defesa do Benfica foi suspenso por dois meses pelo Conselho de Disciplina, na sequência de um incidente durante um jogo particular frente ao Fortuna Dusseldorf, na pré-época.

«Gostaria de dar o meu muito obrigado por todas as mensagens que tenho recebido. Fico muito feliz pelo apoio de vocês. Ótima noite para todos», escreveu Luisão no seu Twitter.

João Malheiro faz revelação surpreendente sobre Eusébio


De férias no Norte, a escassos quilómetros da cidade do Porto, recordei um episódio que poderia ter alterado a expressão emocional que a vasta legião de adeptos do Benfica dispensam, com absoluta justeza, a Eusébio. 

No final dos anos 70, quando se encontrava numa situação de desemprego, após várias experiências no continente americano, José Maria Pedroto convidou Eusébio para integrar a estrutura técnica do FC Porto a troco dos maiores elogios e de um contrato quase irrecusável. 

O objectivo era claro. Pretendia-se amarrotar emocionalmente o Benfica, subtraindo-lhe a sua (ainda hoje e, se calhar sempre) referência mais carismática. 

O que fez Eusébio? Recusou a proposta. 

Poderia valer tudo, jamais trair o seu Benfica. Para que conste.»

- João Malheiro, jornal O Benfica, 14 de Setembro de 2012

Eugénio Queirós diz que Benfica só tem que ficar satisfeito com o castigo a Luisão


Tal como em cima da hora BnA prognosticou, Luisão foi castigado com dois meses de suspensão. Escapou, por isso, entre os pingos da chuva a um castigo que podia ser mais pesado. Não é todos os dias que se manda um árbitro para o hospital...

O jogador e o Benfica só podem estar satisfeitos e se recorrerem para o Conselho de Justiça apenas vão perder tempo. Vale pelo show-off.

Tendo em conta o que aconteceu, esta é uma pena sensacional.

O capitão pode regressar a tempo dos jogos com FC Porto e Sporting. Mais nada!

-Eugénio Queiróz, no seu blog Bola na Área

Bruno Carvalho elogia a democracia do FC Porto


Eu sei que nós, Benfiquistas, não gostamos de comparações com o FC Porto, mas acho que não custa nada ver como é que as coisas se passam lá, para aferirmos como está a nossa democracia comparada com um clube que tanto criticamos.

No FC Porto, alguém para ser candidato à Presidência do clube tem que ter 1 ano de sócio.

No Benfica, alguém para ser candidato à Presidência do clube tem que ter 25 anos de sócio.

No FC Porto, para se propor uma lista candidata aos órgãos sociais são precisas 50 assinaturas.

No Benfica, para se propor uma lista candidata aos órgão sociais são precisas assinaturas que correspondam a 10.000 votos.

No FC Porto, prevalece o princípio de 1 sócio, 1 voto.

No Benfica, há sócios com 1 voto, outros com 5 votos, outros com 20 votos e outros com 50 votos.

No Benfica uma sala com 200 pessoas com 50 votos vale tanto como um pavilhão Atlântico completamente esgotado com 10.000 pessoas que tenham 1 voto cada.

No Benfica votam, ainda, todas as Casas do Benfica e cada uma tem 50 votos. São ao todo 243 Casas que correspondem 12.150 votos! Escusado será dizer que as Casas do Benfica estão, por regra, com o poder.

No Benfica, votam, ainda, todas as Filiais e Delegações que têm direito a 20 votos.

E só mais um pormenor: no Benfica o voto é electrónico, sem qualquer voto em papel, o que significa que não há qualquer possibilidade de recontagem de votos nem de aferir se a votação é justa ou não.

Não bastasse isso, o voto electrónico no Benfica é feito à vista de todos não sendo assegurada qualquer privacidade.

Não é em vão que eu venho a dizer que o Benfica está cada vez mais parecido com a Coreia do Norte.

Se se somar a tudo isto um órgão de propaganda oficial e que ainda por cima insulta os sócios que se opõem ao actual estado de coisas, como é o caso da Benfica TV, então o paralelismo fica, ainda, mais evidente.

Tudo isto se passa no Benfica, uma instituição que já foi a mais democrática de Portugal!

Finalmente, gostaria de fazer uma pergunta: se os actuais dirigentes do Benfica estão tão preocupados com o Benfiquismo de quem possa dirigir o Benfica no futuro, como é que é possível que todas as áreas sensíveis do Benfica estejam entregues a não Benfiquistas?

É que, neste momento, o Futebol está entregue a um sportinguista, a Área Financeira está entregue a um sportinguista e a Área Jurídica está entregue a um portista.

Como é fácil desmascarar o falso pretexto do Benfiquismo.

Simplesmente lamentável o que se passa no meu Clube!

-Bruno Carvalho, Facebook

CMVM pediu informações adicionais aos contratos de Hulk e Witsel


O contrato de transferência de Hulk do Futebol Clube do Porto para o Zenit não levantou dúvidas apenas ao Benfica. O contrato de transferência de Witsel do Sport Lisboa e Benfica para o Zenit não levantou dúvidas apenas ao Porto. A CMVM teve dúvidas em relação aos dois contratos. 

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) não quis comentar ou confirmar a informação mas o Negócios sabe que o regulador pediu informações adicionais aos contratos que ditaram a saída de ambos os jogadores do campeonato nacional de futebol. 

Do lado do Benfica, o director de comunicação, João Gabriel, não quis comentar a relação que o clube mantém com o regulador mas defendeu que a comunicação da transferência de Witsel, emitida através do site da CMVM, inclui a menção ao pagamento de um “montante líquido de 40 milhões de euros”. O Negócios não conseguiu falar com o director de comunicação do Porto. 

Não foi possível apurar se os clubes já prestaram as informações pedidas ou se as eventuais informações prestadas respeitam as exigências da entidade presidida por Carlos Tavares

Os contratos em causa

A 3 de Setembro, a SAD liderada por Luís Filipe Vieira anunciou a alienação, a título definitivo, da totalidade dos direitos desportivos e económicos do belga Axel Witsel em direcção ao Zenit. A transferência foi concretizada por 40 milhões de euros, o valor da cláusula de rescisão do contrato que vigorava entre o jogador e as águias. 

Concretizada no mesmo dia e com poucos minutos de diferença, a comunicação da transferência de Hulk do FCP para o colectivo russo apontava para a cedência, igualmente a título definitivo, dos direitos de inscrição desportiva e de “85% dos direito económicos que detinha” por 40 milhões de euros. O “Zenit assumiu, ainda, a responsabilidade dos encargos relativos ao mecanismo de solidariedade da FIFA”, apontava o mesmo documento da SAD azul e branca.

As dúvidas no “Dia Seguinte” 

Os contratos levantaram dúvidas e acusações por parte dos clubes, nomeadamente no programa “Dia Seguinte”, da SIC Notícias. Rui Gomes da Silva, vice-presidente da SAD benfiquista mas que está como adepto do clube naquele programa, questionou o comunicado portista. Gomes da Silva pediu, no programa, que a CMVM obrigasse o FCP a mostrar o contrato de venda de Hulk, dizendo ter informações de que o pagamento de 40 milhões de euros seria feito em várias tranches. 

"Por uma questão de reciprocidade, fica o repto ao Benfica para tornar público o contrato de transferência de Witsel, para se saber se foi paga comissão de intermediação, quem paga o mecanismo de solidariedade e quanto pertencia a uma terceira parte, a título de mais-valias", reagiu o FCP em comunicado

Guilherme Aguiar, advogado que defende a posição do FCP naquele programa, questionou Gomes da Silva sobre quanto recebeu efectivamente o Benfica pela transferência. Segundo afirmou, 20% do passe de Witsel não pertenceria ao clube encarnado pelo que não poderia ser por ele vendido. Depois, acrescentou ainda que ainda haveria uma comissão para o empresário, que cifrou em 4 milhões de euros.


-Noticia retirada do site do Jornal de Negócios

Dirigente do Sporting obcecado em comentar venda de Witsel


Rui Paulo Figueiredo, vogal do Conselho Diretivo do Sporting, considera que a recente venda do passe de um futebolista foi uma decisão do clube e não uma obrigação decorrente da cláusula de rescisão, numa alusão à saída de Witsel do Benfica.

"Vi referido que a cláusula de rescisão de um certo jogador tinha sido acionada, quando a mesma já não existia, pelo facto de se ter esgotado temporalmente. Ou seja, tratou-se de uma decisão!", disse Rui Paulo Figueiredo, numa alusão à transferência de Witsel do Benfica para o Zenit de São Petersburgo, considerando que "o que importa é saber se todas as vendas entram ou não nos cofres dos clubes".

No entanto, o dirigente leonino, que referiu não lhe "competir comentar a estratégia de outros clubes", lembrou que os relatórios dos clubes rivais "serão publicados em devido tempo" e que será possível então "descortinar as respetivas contas", tal como o Sporting se sujeita "ao escrutínio da imprensa e dos sócios quando apresenta publicamente o seu relatório e contas".

Rui Paulo Figueiredo argumentou que "não está em causa um campeonato de vendas" e considera normal que cada clube tenha a sua estratégia.

"Assim como nós decidimos não vender é perfeitamente legítimo que Benfica e FC Porto tenham decidido fazê-lo", disse o dirigente leonino, manifestando a ideia de que "o que conta é dentro do campo" e que é sua convicção que o Sporting possui "um bom plantel, competitivo e que vai prová-lo ao longo da época".

-Noticia retirada do site do jornal o Jogo

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Leonor Pinhão teme castigo pesado para Luisão


Uma lástima a demora de meio ano para aplicar a Jorge Jesus uma suspensão de 15 dias num espaço sem competições. 

É tudo tão excessivamente ridículo que só pode ter um propósito. Depois disto e para compensar, temo que o Luisão se arrisque a um degredo disciplinar de dez anos na Sibéria. 

É uma situação que, por absurdo, faz lembrar uma outra que ocorreu precisamente há um ano. 

Ou seja, por esta altura do campeonato o Benfica ganhou na Luz ao Vitória de Guimarães com três grandes penalidades assinaladas pelo árbitro Duarte Gomes. 

Ainda a procissão não tinha saído do adro e os adversários do Benfica relamavam contra a superior influência dos da Luz no sector da arbitragem. 

E depois foi o que se viu quando a procissão chegou ao adro. 

Neste momento o Benfica não se livra da fama de mandar na Justiça da Federação Portuguesa de Futebol. Temo o pior para o Luisão.

- Leonor Pinhão, jornal A Bola, 13 de Setembro de 2012