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sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Daniel Oliveira sem medo: Agressões a jornalistas é um clássico em jogos do FC Porto
No final do jogo entre o Belenenses e o Futebol Clube do Porto, João Fonseca, jornalista da Rádio Renascença, terá sido agredido por Rui Cerqueira (na foto), diretor de comunicação do FCP. Vários camaradas seus foram testemunhas desta agressão, entre os quais um jornalista da TSF. Os repórteres procuravam ter reações de Helton e Rui Cerqueira, que é ex-jornalista, decidiu intervir. O próprio garante que terá sido empurrado e agarrado depois de dar ordens para não haver declarações. Uma horda de jornalistas a bater num diretor de comunicação para conseguir declarações de jogadores. Já ouvi histórias mais credíveis, mas no futebol tudo é possível.
A acusação de agressão a jornalistas, seja por seguranças, seja por adeptos, seja por dirigentes, é um clássico em jogos em que o Porto esteja envolvido. Nunca se ouviu da boca de Pinto da Costa uma palavra de condenação. Achou sempre mais interessante fazer piadas. Quando uma vez foi confrontado com o tema, respondeu: “Vou montar um hospital lá nas Antas, porque com tantos feridos isso é capaz de ser um bom negócio”. Muitos risos. Não é grave. O Estado de Direito, já se sabe, fica à porta dos estádios.
Mas apesar de o “guarda Abel” ser um símbolo à memória da arbitrariedade e da impunidade no futebol, seria injusto ficar-me pela relação obviamente difícil que o Porto mantém com a liberdade de imprensa. Esse mal é bem mais abrangente. Não se mede apenas por situações mais radicais, como insultos e agressões. Vê-se nos blackouts, nas interdições seletivas de entrada de jornalistas em estádios e em intimidações várias. Por eles são responsáveis os dirigentes dos clubes e uma justiça permissiva. Mas também uma classe de jornalistas incapaz de mostrar laços de solidariedade, demasiado temerosa da popularidade dos dirigentes desportivos e, em alguns casos, promíscua na sua relação com os clubes. Não é preciso imaginar o escândalo que seria se um qualquer jornalista fosse agredido por um dirigente partidário. O movimento de solidariedade entre jornalistas que tal provocaria... Pois está na altura de os jornalistas desportivos se verem como merecedores do mesmo respeito. Boicotando coletivamente, se preciso for, qualquer clube que ponha em causa a sua segurança.
-Daniel Oliveira, jornal Record
6 comentários:
Caro(a) Benfiquista,
Agradecemos a sua visita e solicitamos, antes de sair do blog, que deixe um comentário acerca do que acabou de ler.
O debate é livre, por isso tenha a gentileza de participar com educação, elevação, civismo e respeito pelos demais visitantes.
Só assim honraremos a história Grandiosa do nosso amado Clube!
Convém dizer para quem não sabe que nesta foto é o Daniel Oliveira e não o Rui Cerqueira, a segunda linha pode induzir em erro.
ResponderEliminarDaniel Oliveira (o da foto acima) é um valente! Vamos ver mais uma vez o conceito de Democracia que um dos clubes do regime tem!
ResponderEliminaros clubes do regime, são aqueles que nos últimos 30 anos tem sido constantemente prejudicador pelas arbitragem, o clube que não pertence ao regime afinal pertence a máfia, corruptos , comando a justiça, os policias, árbitros , FPF, Liga e ate a Autoridade de Antidopajem
EliminarAlguém com coragem!! bem haja!!!
ResponderEliminarhttp://grandebenfiquista.blogspot.com
Os jornalistas, tal como os políticos e os juízes - salvo exceções - têm medo de Pinto da Costa devido ao histórico de impunidade de que tem beneficiado; ele e seus correligionários. Por causa da "sagrada" regionalização que tudo parece justificar, até o norte só com portistas!
ResponderEliminarJornalista são pessoas que defendem toda a verdade só a verdade o resto são comprados
ResponderEliminarPara a história ficam pessoas como Daniel Oliveira sem medo.