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segunda-feira, 26 de agosto de 2013
João Querido Manha: Jornada em que o destino mudou a vida de Jesus
A segunda jornada da Liga será recordada como o momento em que o destino mudou a vida de Jorge Jesus e do Benfica. Está tudo ainda muito fresco, o campeonato mal saiu do adro, mas num ápice, com o tempo a esvair-se, o treinador viu o cenário transformar-se subitamente de via-sacra em volta olímpica.
Nunca saberemos o que faria o presidente do Benfica perante uma segunda derrota em vésperas de defrontar um Sporting hipermoralizado pela melhor eficácia ofensiva do século. Mas a semana seria terrível no Seixal e o momento histórico do começo das transmissões diretas dos jogos em canal próprio ficaria registado como uma megadeceção.
De uma assentada, a equipa conseguiu dar a volta à derrota e pode ter arranjado forma de exorcizar o trauma dos jogos e títulos perdidos fora de horas. Se as coisas se recompuserem, este jogo será lembrado como um marco com história: o dia em que Jorge Jesus esteve no fundo do poço - se for possível uma situação pior do que a vivida no Estádio Dragão em abril - e regressou à vida.
Dir-se-á que nem ele nem os jogadores deixaram de acreditar e trabalhar para dar a volta a uma situação estranha, num jogo que poderia ter sido resolvido facilmente se a equipa não tivesse entrado, realmente, sobre brasas, tal como o próprio treinador antecipara. Mas é justo sublinhar também que os 37 mil adeptos que ainda preferem futebol ao vivo, salvo alguns momentos de desespero perto do final, estiveram sempre ao lado da equipa, mostrando uma crença notável.
Este atestado de confiança foi, de resto, uma das consequências mais significativas da jornada. O Inferno da Luz mostrou solidariedade com o treinador e um grande respeito pela diretriz do presidente. Os benfiquistas estão resignados a continuar a sua vida com Jorge Jesus e, agora, tudo pode acontecer em Alvalade sem que ele tenha de pagar por um eventual tropeção.
A exibição de ontem ficou longe de tranquilizar os o adeptos encarnados, pois a equipa parece este ano mais previsível e menos ligeira. Talvez esteja a ser preparada de forma diferente, não há dúvida de que sente a ausência de Oscar Cardozo e não se pode queixar dos adversários, a começar pelo Marítimo, ontem posto no lugar por um FC Porto bem arrumado.
Aproxima-se o fim do mercado e está na hora de as cabeças benfiquistas descerem à terra. A equipa pode perder algumas joias, mas tem talento e coração. E agora também passou a ter os 92 minutos que lhe faltavam.
- João Querido Manha, jornal Record, 26 de Agosto de 2013
1 comentário:
Caro(a) Benfiquista,
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Boa Tarde João Querido Manha, excelente reflexão, foi sem dúvida um daqueles dias(jogos) que é improprio para cardíacos, vi o jogo na minha BTV. Tenho por habito, praguejar, quando as coisas não correm bem, foi aquilo que senti ao ver este jogo, jogo em que as tantas oportunidades desperdiçadas, me levou a pensar que iriamos cair no fundo, e então quando vi chegar o minuto 90, então ai é que eu pensei cá para os meus botões, isto vai ser muito mau.
ResponderEliminarMal eu sabia que aqueles dois rapazes Sérvios, Markovic, Sulemani e Lima, iriam levantar a minha moral e a moral de um Universo muito Grande. A Alma Benfiquista é muito Grande, para que a mesma caia de qualquer maneira. A Equipa depois desta demonstração de capacidade, vai elevar-se e vai por novamente a Nação Benfiquista a Vibrar, o que até pode acontecer já na próxima Jornada. Cordiais saudações Benfiquistas e um Abraço para o meu Amigo João Querido Manha.