Jorge Jesus já foi um nome consensual entre os sócios e adeptos benfiquistas. Mas deixou de ser. As sucessivas derrotas na parte final da última temporada - com destaque para a da Taça de Portugal, onde a tese da falta de sorte não teve a mínima aplicação - levaram a que muitos deixassem de ver o treinador como o homem ideal para comandar os destinos da equipa que, segundo a promessa de Luís Filipe Vieira, tem de ganhar o campeonato que agora começou.
Mas se o ambiente já não era famoso para o técnico desde o inesperado desaire com o V. Guimarães no Jamor, tudo se complicou com uma pré-temporada aos soluços e, pior que isso, com a derrota na Madeira, a abrir a Liga.
As águias jogaram pouco diante do Marítimo. Os reforços não acrescentaram nada, as figuras dos anos anteriores deram a ideia de estar cansadas ou desmotivadas e o futebol incisivo de outras jornadas foi substituído por algo aos repelões, sem chama, sem a intensidade exigida a quem precisava, mais do que nunca, de entrara ganhar.
Jesus ficou numa situação bastante delicada depois deste (novo) arranque em falso. E por extensão Vieira também. Foi o presidente quem manteve a aposta num homem que, feitas as contas, avançou para a quinta época à frente da equipa tendo apenas conquistado um Campeonato e três Taças da Liga.
Um pecúlio escasso para quem aufere tanto, para quem considera - salvo raras exceções - que a sua equipa domina todos os adversários e para quem nunca afirma ser surpreendido pela forma de jogar dos opositores. Em traços gerais, Jesus dá a ideia de ter tudo devidamente previsto na sua cabeça.
Escapam só alguns resultados e, claro, muitos títulos.
E perante o autêntico "caldeirão" em que está sentado, o treinador continua a ignorar Cardozo. O paraguaio pisou o risco e merece ser punido pelo ato louco do Jamor, mas deixá-lo à margem - quando ninguém está disposto a pagar o que o presidente quer e quando as alternativas no plantel são inexistentes ou escassas - só prejudica o próprio clube.
Jesus e Vieira (ou Vieira e Jesus) deviam saber isso. Mas se ainda têm dúvidas, certamente deixarão de as ter no domingo. Por cada minuto que o Benfica passar sem marcar ao Gil, na Luz serão mais a gritar por Cardozo.
E a voz do povo é forte...
- Luís Avelãs, Jornal Record, 21 de Agosto de 2013
Mais um a querer meter-se nos assuntos internos do BENFICA,mais uma encomenda.
ResponderEliminarDiz o que viste em setubal no passado domingo, tanto no relvado (arbrito) como fora (corruptos bimbo da bosta e oliveporco)
tem razão em tudo o que diz, não está a inventar nada se, não fala daquilo que aconteceu em setúbal porque há-de falar se da parte da direcção ficam sempre calados perante as evidências de proteccionismo ao fêcêpê. carlos
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