O Benfica não fez, apenas, uma gestão de esforço. Fez, também, uma gestão do descanso. Por isso Jesus colocou em campo uma equipa de jogadores habitualmente titulares (exceção para Lima).
Uma opção que, como se viu, assentou na ideia de um descanso ativo de atletas que, de facto, não estão em fase de poderem parar a competição e de travarem as suas rotinas, mas de geri-la.
Como o Paços de Ferreira não tinha particulares ambições para este jogo - o destino da eliminatória estava traçado - o resultado foi o de uma meia final da Taça de Portugal desinteressante, jogada sem chama e sem entusiasmo, num estádio da Luz de bancadas desoladoramente vazias.
Confesso que pode tornar-se difícil criticar os melancólicos intervenientes. Todos nós sabemos como Benfica e Paços espreitam outros objetivos bem mais interessantes e sabem, ambos, que a fase adiantada da época aconselha a tudo, menos a esbanjar energias.
O Benfica tem ainda muito para ganhar em Portugal e na Europa e vai entrar numa fase decisiva.
O Paços está, legitimamente, à espreita de uma oportunidade histórica de se qualificar para a Champions, coisa que no início da época ninguém se atreveria a prever.
É atendível que ambos tenham, por isso, acordado num joguinho de trazer por casa, que não implicasse riscos para as exigências de um futuro tão próximo.
Para as páginas da história constará, pois, que este sereno empate ajudou o Benfica a regressar ao Jamor e à final daquela que será a competição mais romântica do futebol português.
Jorge Jesus, desta vez, não queria mais do que isso. »
- Vítor Serpa, jornal A Bola, 16 de Abril de 2013
Um comentário de trazer por casa, feito por um jornalista...de trazer por casa! irónico!
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