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sexta-feira, 16 de novembro de 2012
Leonor Pinhão esclarece porque Roberto é tão amado em Saragoça e era tão criticado na Luz
No que diz respeito aos guarda-redes, estamos bem servidos como o jogo de Vila do Conde amplamente comprovou.
Na baliza do Rio Ave, o muito jovem e incrivelmente seguro Oblak, que muitos benfiquistas vêm como o guarda-redes do futuro.
Na baliza do Benfica, o brasileiro Artur, o guarda-redes do presente.
Artur é um grande guarda-redes e em boa hora chegou ao Benfica. A grandeza de um guarda-redes não se mede de um modo simples pelo número de defesas mais ou menos fantásticas que faz durante um jogo, do princípio ao fim.
Há guarda-redes de equipas que defendem muito mais do que atacam e que engatam exibições de pasmar com uma série de defesas impossíveis até tudo comprometerem com uma frangalhada que estraga o resultado.
São estes os guarda-redes ideais para as equipas pequenas porque ninguém com coração lhes leva a mal o desacerto de um segundo perante os bons serviços exibidos em 90 minutos de árdua defesa da baliza.
Isto explica, por exemplo, a razão pela qual Roberto é tão amado em Saragoça e foi tão malamado no Estádio da Luz. E sempre com razão.
Mas um grande guarda-redes que jogue numa equipa grande, que ataca muito mais do que aquilo que defende, tem frequentemente de saber resolver num só lance todos os apuros defensivos da sua equipa durante um jogo inteiro. E isto não é para toda a gente.
Em Vila do Conde, já corriam os descontos, e Artur, que pouco teve de fazer durante os noventa minutos, foi chamado a uma intervenção impossível, detendo num voo por instinto um remate à queima-roupa de Vítor Gomes.
Sobre a excelência da intervenção de Artur não restam dúvidas a ninguém. Sobre a validade do lance, havendo dúvidas sobre se a bola foi centrada para a área benfiquista depois de já ter passado para lá da linha de fundo, fez Artur o que lhe competia e até nisto foi grande.
Não ficou à espera de que o fiscal-de-linha ou o árbitro assinalassem a interrupção do jogo e deu-se à bola com todo o esplendor. Foi o melhor momento do Benfica em Vila do Conde. Mesmo que não tenha valido.»
- Leonor Pinhão, jornal A Bola, 15 de Novembro de 2012
1 comentário:
Caro(a) Benfiquista,
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Eu nao queria ter que me recordar destas coisas,mas a verdade é que o Roberto foi um caso de estudo,dizer que era um mal amado?Talvez..mas a verdade foi um frangeiro que ate ao ultimo dia na Luz teve sempre um apoio absolutamente inexplicavel,nunca foi assobiado,alias,bastava vir uma bola simples para ele e era aplaudido pelo Estadio quase inteiro,isto é verdade e todos sabem que sim..e foi assim ate ao final.
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