Noticias, Fotos, Videos, Resumos de Jogos e Artigos de Opinião acerca do Benfica e de tudo aquilo que o rodeia
domingo, 31 de março de 2013
sábado, 30 de março de 2013
Rui Rangel muda de opinião e de repente Jorge Jesus já é o maior
Diz a lenda que Antero de Quental se terá suicidado ao pé de um monumento, deixando uma só palavra escrita: "Esperança." A esperança é a palavra que enche de momento os corações da nação benfiquista. Estamos à beira de transformar a esperança numa realidade viva e concreta que consiste na vitória do campeonato. O título, ganhando o jogo com o Rio Ave, não pode fugir ao Benfica.
O Benfica chega à fase crítica da época a discutir três títulos, sendo que dois são para consumo interno, Liga e Taça de Portugal, e um internacional, Liga Europa. Jesus é o grande arquitecto do êxito desta época. Ele e os jogadores merecem o título, apesar das várias caneladas que sofreu por parte da direcção do Benfica. Só para não parecer sobranceiro e arrogante é que não digo que o Benfica já pode encomendar as faixas de campeão.
Já estou a ver o Marquês de Pombal engalanado para receber a nação encarnada. Sebastião José de Carvalho e Melo, grande obreiro da reconstrução da baixa de Lisboa, após 1755, vai voltar a receber com um abraço fraterno a alma benfiquista. Os holofotes vão acender-se para os lados da Luz e no Dragão o silêncio e a frustração vão imperar.
E agora, quando o título chegar - sei que vai chegar - os "cabeçudos" vão ser outros. O campeonato fica decidido na próxima jornada, podendo a Académica dar uma ajuda e, desta forma, o Benfica vai festejar o título no Dragão. O Benfica está melhor que o FC Porto, quer em termos físicos quer em futebol praticado e, desta vez, teve um treinador que soube ler o jogo e que soube rodar o plantel de forma inteligente. Apesar de ser um crítico de Jesus, ele, esta época, foi diferente em relação às anteriores. A ciência, que diz ter criado, esteve ao serviço dos superiores interesses do Benfica. O título é dele, dos jogadores e dos adeptos. Jesus merece, por isso, a renovação do contrato porque é de momento o melhor treinador da Liga. A não renovação é mais prejudicial para o Benfica do que para Jesus...
A temperatura aquece, mas é bom ter a responsabilidade de perceber que ganhar um campeonato não é ganhar uma guerra. Encher de felicidade os benfiquistas com a conquista do título é um prémio mais do que merecido, porque também serve para atenuar um pouco a crise que atinge os portugueses. A esperança de que nos fala Antero de Quental venceu o meu pessimismo. Um campeonato para o Benfica e uma santa Páscoa para os portugueses e em particular para os benfiquistas.»
- Rui Rangel, jornal Record, 30 de Março de 2013
Rui Santos volta a cair no absurdo: "Benfica domina sector da arbitragem"
Parece também evidente, quiçá por contraste ou como “reflexo pavloviano”, que o FC Porto caiu nas boas graças de Pedro Proença (PP), ultimamente com algumas dificuldades de “gestão de carreira”. Não há notícia de PP ter sido homenageado; apenas convidado. Mas o convite levanta algumas questões de natureza ética, se se considerar – muitos não consideram... – que os juízes de campo são obrigados a irrepreensíveis deveres de isenção. O que faz um árbitro da AF Lisboa numa gala especialíssima da AF Porto?
Não é uma situação virgem porque a AF Porto tem tido a “simpatia” de homenagear alguns árbitros, fora do âmbito da sua associação. Em 2010, no regresso do Mundial, Lourenço Pinto, Carlos Carvalho e a AF Porto também homenagearam Olegário Benquerença (Santarém), Bertino Miranda (Porto) e José Cardinal (Porto). Mais recentemente, no regresso do Euro’2012, os árbitros homenageados foram Pedro Proença (Lisboa), Duarte Gomes (Lisboa), Jorge Sousa (Porto), Ricardo Santos (Lisboa) e, de novo, Bertino Miranda (Porto).
Quer dizer: a AF Porto sabe – até por uma questão histórica, quando as associações dominavam, totalmente, o sector da Arbitragem no futebol português – quão é importante conquistar a simpatia dos árbitros. Aliás, depois do “estado de terror” imposto sobre o sector nas décadas de 80 e 90, hoje o controlo não é tão expressivo, digamos que existe uma gestão menos espartana relativamente às conquistas realizadas naqueles dois decénios. Depois de conseguida uma certa “respeitabilidade” do sector da Arbitragem (Vítor Pereira) e dos árbitros (de um modo geral), são poucos os momentos – na tempos hodiernos – em que o FC Porto se coloca em colisão com o sector. Honra ao “mérito”, portanto.
Essa colisão aconteceu de uma forma que chegou a ser brutal com o Benfica. Nesse particular, Luís Filipe Vieira esteve muito activo e não poupou o responsável máximo do Conselho de Arbitragem da FPF, Vítor Pereira. Mas, com a eleição de Fernando Gomes e não obstante alguns momentos de maior agitação, com esta FPF, íamos a dizer, o Benfica e o sector da Arbitragem conseguiram conciliar-se. Esta época, de uma maneira geral, e depois das críticas atiradas para o campo de Vítor Pereira nas temporadas anteriores, o Benfica tem tido “boas nomeações”. Pelo menos nomeações que não lhe provocam reticências, como foi o caso daquela que colocou João Ferreira (do caso do túnel) no Benfica-FC Porto, depois do que acontecera com a equipa de Pedro Proença no clássico da Luz de há duas temporadas.
O Benfica ganhou (esta época) algum terreno no que concerne ao controlo do sector de arbitragem e isso é uma novidade. Vamos ver como será até final do campeonato...
-Rui Santos, jornal Record, 29 de Março de 2013
Nota: Recomendamos a leitura do texto do Carlos Alberto no Benfiliado, do qual estamos 100% de acordo.
Rodrigo Mora senta "Novo Messi" no banco do River Plate
Treinador do River Plate explicou porque prefere um jogador do Benfica na equipa titular..
O treinador do River Plate, Ramon Diaz, não escondeu alguma desilusão com Iturbe, jogador emprestado pelo FC Porto até junho. Os adeptos do River têm gostado dos poucos minutos que Iturbe tem pelo clube e pediram que fosse titular contra o Vélez Sarsfield, mas o treinador tem outra ideia.
"Experimentei-o em várias posições e não me convenceu", admitiu Ramon Diaz, em declarações à Imprensa argentina. O principal problema parece ser um jogador que o Benfica cedeu aos argentinos.
"Como segundo ponta de lança, o Iturbe funciona bem, mas vai ter de esperar por uma oportunidade, porque é ele ou Rodrigo Mora [uruguaio cedido pelos encarnados]. Vi o Iturbe com dificuldades táticas, noutros sectores", acrescentou para justificar a sua posição.
-Noticia retirada do site do jornal O Jogo
sexta-feira, 29 de março de 2013
João Malheiro recorda decisão macabra da FPF na Taça de Portugal de 1960/61
Ainda assim, é daquela latitude que mais se ouvem recorrentes acusações ao Benfica, sobretudo no período que antecedeu o 25 de abril, só possível em mentes perversas e demagógicas, já que a vida demonstrou à saciedade quão falaciosas são as acusações portistas.
Outro exemplo? No dia imediato ao da conquista da primeira Taça dos Clubes Campeões Europeus, ganha ao Barcelona, foi a equipa de reservas que se viu obrigada a disputar, em Setúbal, os quartos-de-final da Taça de Portugal, após inacreditável sentença do mais importante órgão institucional do Futebol português.
O Benfica, que havia ganho 3-1, na Luz, foi batido, por 4-1, em Setúbal, com a inevitável eliminação da prova.
Foi o segundo jogo oficial de Eusébio, que marcou o golo e desperdiçou um penálti, defendido pelo guardião Mourinho (pai do técnico do Real Madrid).
Quem mais jogou? Ramalho, Sidónio, Pinto, Maximiano, Amândio, Humberto Fernandes, Nartanga, Jorge, Espírito Santo e Inácio.
Enquanto isso, entre outros, Costa Pereira, Germano, Coluna, José Augusto, Santana, Águas e Cavém viajavam de Berna.
Essa edição da Taça de Portugal só teve um pormenor pitoresco. Disputada nas Antas (na Luz nunca na história se realizou nenhuma), permitiu ver o Leixões conquistar o troféu no covil dos dragões-que-nessa-altura-ainda-não-eram-dragões.
Como aconteceria, vinte anos mais tarde, quando um golo de Carlos Manuel deixou o anfiteatro portista em silêncio e concedeu ao Benfica o direito de exibir mais uma Taça de Portugal nos seus ricos escaparates. »
- João Malheiro, jornal O Benfica, 29 de Março de 2013
Rui Gomes da Silva demolidor na resposta a Sousa Tavares
Ontem - n' A Bola TV - e hoje - n' A Bola - Miguel Sousa Tavares afirma - e cito: "Rui Gomes da Silva espirra ódio contra o FC Porto".
Para ser franco, tomo a afirmação como elogio.
Porque se ter ódio ... é insurgir-me contra o que ouvi, no "Apito Dourado", contra o que vejo fazer, aos árbitros, favorecendo, sempre, o clube dele e prejudicando, invariavelme...nte, o Benfica, então, sim, tenho ódio ...
Não ao Porto, mas a quem age como age!
Tenho, de facto, ódio à falsificação de resultados, aos "roubos" orquestrados, aos resultados preparados, aos castigos negociados e reduzidos, aos conselhos matrimoniais a árbitros nas vésperas de jogos, a árbitros que se enganam sempre no mesmo sentido (a favor dos dele e contra os meus), a "fruta" oferecida como prémio de arbitragens inacreditáveis, a ameaças físicas a quem ousa apitar sem falsear a verdade, a tudo o que acontece num Estádio que ele tanto gosta.
Ódio a tudo o que nos últimos anos foi acontecendo, contra a verdade desportiva, sim, tenho!
Porque não acredito que ele ache que "espirro ódio" porque quero - sempre - que o Porto perca (tal como ele, em relação ao Benfica, quando afirma "Não torço pelo Benfica em nenhuma ocasião").
Só não percebo a sua preocupação, sobre as minhas atitudes, quando afirma que - acha ele - "... causo danos terríveis ao Benfica".
Compreendo o recado, mas sinto que o desiludiria se lhe fizesse chegar as centenas de mensagens semanais de apoio, por aquilo que digo ... contra aquilo que ele diz gostar ...
Não estou onde estou - Caro Miguel - para agradar a quem quer que seja.
E muito menos a quem manda no seu clube ou na empresa ligada ao futebol que tenta manietar a liberdade no futuro das transmissões televisivas da 1ª Liga, em Portugal!
Estou onde estou para defender o que o meu Pai me ensinou, sobre o que deve ser o comportamento público de alguém que tem a responsabilidade - mesmo que não seja oficial - de defender o Benfica.
Contra tudo aquilo que eu sei que você condena, mas não pode dizer.
Tenho, nesse aspecto, também, mais sorte: é que, para além de ser do Benfica, sou livre de dizer o que penso, de falar contra o que ambos sabemos ser imoral (pelo menos para pessoas de bem, de acordo, com a definição de imoralidade de Kant).
Por isso, e apesar disso, ... Boa Páscoa!
-Rui Gomes da Silva, Facebook
Suazo abandona carreira devido ao... Benfica
David Suazo, antigo jogador do Benfica, anunciou nesta quinta-feira que vai pendurar as chuteiras.
Sem conseguir conter as lágrimas, na conferência de imprensa realizada na cidade natal de San Pedro Sula, nas Honduras, o avançado explicou que a decisão está relacionada com um problema num joelho. «Não posso dar o melhor de mim, e por isso me retiro», afirmou o internacional hondurenho, de 33 anos.
David Suazo começou a carreira no Olimpia e chegou à Europa em 1999, para representar o Cagliari, onde esteve oito épocas. Depois assinou pelo Inter, clube que o emprestou ao Benfica em 2008/09 (venceu a Taça da Liga). Depois passou também pelo Génova, mas o último clube foi o Catania, em 2011/12.
De acordo com a imprensa hondurenha Suazo sofre de um problema de desgaste na cartilagem do joelho esquerdo, associada à lesão sofrida quando jogava no Benfica, na final da Taça da Liga, conquistada frente ao Sporting. O avançado antecipou então o regresso ao Inter, para ser operado ao menisco. Alguns médicos sugeriram a Suazo, nos últimos tempos, a colocação de uma prótese.
-Noticia retirada do site do Mais Futebol
Djuricic por 6 milhões é reforço garantido
A contratação de Filip Djuricic pelo Benfica representa aquilo que deve ser a operacionalidade de mercado de um clube grande hoje em dia.
Detetar o talento, acompanhá-lo e assegurar a aquisição no momento certo, ganhando à feroz concorrência.
Luís Filipe Vieira garantiu o internacional sérvio na altura certa e por um preço (6 milhões) que tem de ser considerado como acessível, tendo em conta o potencial e margem de progressão.
Com a afirmação internacional, fruto das exibições e golos ao serviço de uma seleção como a Sérvia - que desperta sempre a curiosidade dos caça-talentos -, Djuricic custaria hoje quase o dobro, pelo que é normal a expectativa que está a gerar na Luz.
- João Rui Rodrigues, jornal Record, 28 de Março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Paulo Futre elogia equipa de 1992/93
"Umas das celebres equipas do Benfica e um dos melhores planteis onde joguei"
-Foto e texto retirados do Facebook de Paulo Futre
Para a história, fica a vitória do Benfica, sobre o Sporting, por 1-0, com golo de Paulo Futre.
Ou a vitória na final da Taça de Portugal, sobre o Boavista, por 5-2, com dois golos de Paulo Futre:
Recordemos, então, o plantel da época 1992/93:
-Silvinio
-Neno
-Pedro Roma
-Veloso
-Abel Silva
-José Carlos
-Abel Xavier
-Paulo Madeira
-William
-Mozer
-Hélder
-Samuel
-Fernando Mendes
-Kennedy
-Schwarz
-Kulkov
-Paulo Sousa
-Rui Costa
-Hernâni
-Mostovoi
-Vítor Paneira
-Pacheco
-Paulo Futre
-Isaías
-Mário Jorge
-Mariano
-João Vieira Pinto
-César Brito
-Rui Águas
-Yuran
Ou a vitória na final da Taça de Portugal, sobre o Boavista, por 5-2, com dois golos de Paulo Futre:
As 1001 faces de Jorge Jesus
Europa 2013: Benfica apenas suplantado pelo Bayern Munique
A formação orientada por Jupp Heynckes disputou 12 jogos oficiais neste ano civil (nove para a Bundesliga, um para a Taça e dois na Liga dos Campeões) e regista 11 vitórias e apenas uma derrota (receção ao Arsenal, na prova europeia). Se analisarmos estes resultados como se estivessem sempre pontos em causa, o Bayern somava 33 pontos em 36 possíveis, o que corresponde a um aproveitamento de 92 por cento.
O Benfica, por seu lado, tem 20 jogos oficiais disputados em 2013 (11 para a Liga, três para a Taça de Portugal, dois para a Taça da Liga e quatro para a Liga Europa). Somou, nos mesmos, 17 vitórias e três empates. Convertendo em pontos dá 54 em 60 possíveis, o que corresponde a 90 por cento.
Como foi referido, Benfica e Bayern ainda não perderam qualquer jogo oficial esta época. Entre os principais campeonatos europeus (Portugal, Espanha, França, Alemanha, Itália, Holanda, Bélgica e Turquia) só há outra equipa que pode dizer o mesmo: o Saint Étienne tem oito vitórias e seis empates. No aproveitamento dos pontos fica pelos 30 em 42 possíveis, o que dá apenas 71 por cento.
Olhando para o Real Madrid, por exemplo, registamos 13 vitórias, quatro empates e uma derrota, o que dá 43 pontos em 54 possíveis (80 por cento). O Barcelona fica pelos 67 por cento, uma vez que soma três empates e quatro derrotas em 18 encontros.
Embora eliminado pela formação «blaugrana» na Liga dos Campeões, o Milan tem um registo melhor, com 14 vitórias, três empates e duas derrotas (71 por cento). E o Manchester United, que soma 11 vitórias, quatro empates e uma derrota (77 por cento).
Beira Mar com o pior registo interno
Regressando aos emblemas nacionais registe-se que o F.C. Porto tem dez vitórias, quatro empates e uma vitória, o que corresponde a 34 pontos de um total de 45 (76 por cento).
O Sporting apresenta cinco vitórias, três empates e quatro derrotas (18 por cento em 36 possíveis, o que dá 50 por cento).
O pior registo de 2013 é do Beira Mar, que não tem qualquer vitória (quatro empates e sete derrotas), com quatro pontos em 33 possíveis, o que equivale a 11 por cento de aproveitamento.
Rendimento dos clubes nacionais:
Benfica, 54 pontos em 60 possíveis (90%)
FC Porto, 34 em 45 (76%)
P. Ferreira, 26 em 42 (62%)
Sp. Braga, 27 em 45 (60%)
V. Guimarães, 21 em 39 (54%)
Nacional, 19 em 36 (53%)
Sporting, 18 em 36 (50%)
Marítimo, 17 em 36 (47%)
Estoril, 16 em 36 (44%)
Rio Ave, 15 em 36 (42%)
Moreirense, 13 em 36 (36%)
V. Setúbal, 12 em 39 (31%)
Académica, 11 em 39 (28%)
Gil Vicente e Olhanense, 8 em 36 (22%)
Beira Mar, 4 em 36 (11%)
-Imagem retirada do Facebook de "Eu nunca vi o Porto ganhar um título às claras. A "Luz" manteve a tradição", e texto do site do Mais Futebol
quarta-feira, 27 de março de 2013
Manuel Alegre diz que Paulo Bento é fraco e tem vistas curtas
Escrevo poucas horas antes do jogo com o Azerbaijão. Estou, como sempre, a torcer pela vitória da Selecção. Sei, por experiência própria, como nestes dias os emigrantes portugueses gostam de empunhar a bandeira, cantar o hino e festejar a vitória. Mas também sei como cada derrota aumenta o sentimento de desenraizamento e humilhação dos portugueses espalhados pelo mundo, muitos dos quais, sobretudo os já nascidos nos países de acolhimento, descobriram o orgulho de ser portugueses através das vitórias desportivas de alguns grandes atletas e, sobretudo, da sua selecção de futebol.
Por isso eu sei a frustração que seria, quer para os que vivem lá fora, quer os que hoje sofrem cá dentro as imposições da troika, o não apuramento da Selecção para o Mundial no Brasil.
Por isso estou nervoso e inquieto, como estava, e com razão, antes do jogo de Israel, o meu amigo Vítor Serpa... É que esta Selecção está irreconhecível.
Quero dizê-lo agora, mesmo que o resultado de hoje seja, como desejo, uma vitória. Escrevo no momento em que Paulo Bento, na véspera de um jogo tão importante, arranjou mais uma polémica, desta vez com Pinto da Costa, pensando talvez que vai ter com ele todos os benfiquistas e merecer os aplausos dos que, com simplismo, exaltarão a sua firmeza.
Eu sou benfiquista mas, por uma vez, partilho as dúvidas do presidente do Porto.
Não sei se João Moutinho está ou não a cem por cento. E o mesmo se diga em relação a Raul Meireles e outros jogadores, sempre convocados, sempre efectivos, independentemente de jogarem ou não nos seus clubes e de estarem fora de forma.
Paulo Bento escolheu aquela equipa, sempre a mesma, para qualquer jogo e qualquer circunstância. É o clube de Paulo Bento. Ponto final.
Ele é firme, não transige, não gosta de críticas e não aceita intromissões. O problema está em saber se, como é vulgar entre nós, não se tem confundido autoridade com autoritarismo, firmeza com intolerância e determinação com teimosia.
Continuo a não estar suficientemente esclarecido sobre os casos Ricardo Carvalho e Bosingwa. Continuo a não compreender porque não se renovou mais a Selecção, porque não se convoca um Nélson Oliveira, um Hugo Vieira, um Hugo Viana, um André Gomes, etc.
E considero inaceitável o discurso de Israel, em que aponta como meta a uma das mais cotadas selecções do mundo a conquista do segundo lugar.
Paulo Bento cultiva, com muitas cumplicidades e alguma complacência, a sua imagem de duro e intransigente. Creio que é sinal de fraqueza e vistas curtas.
E creio que essa imagem e esse perfil não se adequam a uma Selecção cujo estatuto necessita de um estado de espírito mais aberto, mais criativo e menos conflituoso.
Eis o que queria escrever cinco horas antes do jogo de hoje. Posto isto oxalá Portugal vença e Paulo Bento mostre, pelo menos logo, que tem razão contra o que penso.
Mas seja qual for o resultado, é minha convicção que, para estar no Brasil, é preciso mudar. Nas escolhas, no sistema de jogo, na atitude. É preciso, enfim, uma cultura de Selecção.»
- Manuel Alegre, jornal A Bola, 27 de Março de 2013
José António Saraiva compara Pinto da Costa a Mário Soares e Alberto João Jardim
Berti Vogts, o "milionário" selecionador do Azerbaijão, disse que Portugal era mais perigoso sem Cristiano Ronaldo. Os comentadores nacionais escandalizaram-se, mas o jogo de ontem provou que Vogts não se enganava.
A Seleção portuguesa surgiu em Baku mais alegre, mais solidária e até mais perigosa do que em Israel. Porquê? Porque, com Ronaldo, os companheiros jogam para ele, afunilam o jogo nele, e portanto a Seleção torna-se muito mais previsível.
Foi isto que levou muita gente, depois do jogo de Telavive, a dizer desdenhosamente: "A Seleção não joga nada". Com a agravante de que, quando Ronaldo não está nos seus dias (o que na Seleção acontece com mais frequência do que gostaríamos), a nossa agressividade torna-se quase nula.
A alegria revelada ontem pela Seleção Nacional não foi alheia à presença de dois jogadores que habitualmente não alinham, Vieirinha e Danny, muito rápidos, inventivos e gererosos. É pena não terem mais oportunidades.
Uma palavra para a lamentável polémica entre Pinto da Costa e Paulo Bento. Por que será que entre o FC Porto e a Seleção há sempre quezílias e mal-entendidos?
Era assim com Scolari, é assim com Paulo Bento.
Pinto da Costa é uma daquelas figuras - como Mário Soares, Alberto João Jardim e pouco mais - que atingiram o "estatuto da impunidade".
Mas convém não exagerar. Criar uma polémica no intervalo de dois jogos decisivos da Seleção não é propriamente uma atitude patriótica.»
- José António Saraiva, jornal Record, 27 de Março de 2013
Indíce estatístico Inglês dá título ao Benfica
Statto Index Ratings prevêem manutenção da diferença de quatro pontos entre Benfica e FC Porto no final da temporada...
O índice estatístico Statto - uma das ferramentas mais utilizadas pelos apostadores no Reino Unido - atribui pela primeira vez o favoritismo ao Benfica na liga nacional.
De acordo com as previsões dos especialistas da Statto, revistas durante o fim de semana, o Benfica deverá terminar a época com 77 pontos, à frente de FC Porto (73 pontos), Braga (55), Paços de Ferreira (53) e Vitória Guimarães (41). As previsões da Statto apontam igualmente para a despromoção de Olhanense (25) e Beira-Mar (24). O Sporting, atual 10º classificado do campeonato, deverá terminar a época na nona posição, com 37 pontos.
A base de dados da Statto inclui todos os jogos de campeonato e taça disputados na Inglaterra e Escócia desde 1871, além de jogos e dados exaustivos de outras 18 ligas europeias. Ao todo, os arquivos informáticos da Statto englobam mais de 380 mil jogos de futebol.
A Statto desenvolveu um complexo sistema de análise estatística que digere a informação dos últimos 25 anos e fornece previsões - atualizadas diariamente - que são utilizadas posteriormente pelos principais "bookmakers" internacionais. As atuais previsões da Statto apontam para vitórias de Manchester United, Barcelona, Juventus, Bayern, PSG e Ajax nas restantes ligas principais da Europa.
-Noticia retirada do site do jornal O Jogo
Futuro da Benfica TV alvo de destaque em Espanha
Explotar y gestionar los derechos televisivos a través de tu propio canal de televisión. Eso es lo que ha concebido el Benfica con el objetivo de sacar más beneficio económico a una de las principales y más cuantiosas vías de ingresos de todos los clubes del mundo.
El conjunto portugués, en una iniciativa pionera que puede servir como modelo para futuras operaciones de este tipo en otros equipos europeos, elimina la traba de las negociaciones con los operadores externos de televisión para que sea Benfica TV quien gestione sus derechos televisivos a partir de la próxima temporada. La entidad lusa ha rechazado una oferta de la televisión portuguesa para vender sus derechos por 20 millones de euros, ya que entienden que la autogestión de los mismos podría generar aún más recursos.
El Benfica ha rechazado una oferta de 20 millones de la televisión portuguesa
Benfica TV pasará a ser un canal de pago, a través del cual los clientes deberán pagar por ver los partidos del equipo, ya sea mediante micropagos o suscripciones, por lo que el beneficio económico irá destinado únicamente al club. Asimismo, la entidad ha llegado a acuerdos con plataformas digitales para ampliar su difusión especialmente entre los países lusófonos.
La Premier como complemento
La televisión del Benfica ha apostado en serio por este precursor sistema, y como complemento para atraer a posibles suscriptores, ha decidido adquirir los derechos de retransmisión de la Premier League, la liga más vista del mundo y que en Portugal se sigue con especial atención. El campeonato inglés podrá verse únicamente a través de Benfica TV durante las tres próximas temporadas.
Benfica TV retransmitirá los partidos de la Premier League
Con la compra de los derechos de la Premier y la autogestión y explotación de los suyos propios, en el club luso auguran unos mayores ingresos de los que habrían percibido si éstos hubiesen sido vendidos a un tercero. Con esta medida, puede que muchos clubes europeos estén atentos a los resultados de esta operación, que en caso de ser positivos, podría llegar a ser una nueva alternativa para futuros acuerdos en cuanto a los derechos de televisión, sobre todo en países como España, donde la polémica suscitada con respecto al reparto de las cantidades que recibe cada equipo podría hacer plantearse a algunos clubes esta inédita vía de explotación.
-Noticia retirada do site Vavel
terça-feira, 26 de março de 2013
Site norte-americano coloca Benfica como a 18ª melhor equipa da Europa
O ranking é subjetivo, como todas as listas que nascem da opinião de quem as faz. Para o elaborar, o site levou em conta os resultados nos campeonatos nacionais e as participações nas provas europeias.
1º lugar - Bayern Munique
2º lugar - Barcelona
3º lugar - Real Madrid
4º lugar - Manchester United
5º lugar - Juventus
6º lugar - Borussia Dortmund
7º lugar - AC Milan
8º lugar - Atlético Madrid
9º lugar - Paris Saint-Germain
10º lugar - Shakhtar Donestsk
11º lugar - Chelsea
12º lugar - Málaga
13º lugar - Manchester City
14º lugar - Arsenal
15º lugar - Galatassary
16º lugar - Nápoles
17º lugar - FC Porto
18º lugar - SL Benfica
19º lugar - Tottenham
20º lugar - Inter
segunda-feira, 25 de março de 2013
Bruno Carvalho critica perguntas de Rui Santos no Tempo Extra
Eu respeito muito Rui Santos, que semanalmente na SIC Notícias tem a coragem de dizer o que pensa, coisa que cada vez mais escasseia em Portugal.
O que ele faz não está ao alcance de muitos e acontece porque Rui Santos tem a necessária independência financeira para o poder fazer, mas também porque tem coragem física, sim coragem física pois esta malta do futebol não é para brincadeiras, e depois porque é bem formado, senão não teria a verticalidade de fazer o que faz.
Dito isto, devo confessar que são muitas as vezes em que eu estou em desacordo com Rui Santos, mas respeito-o, porque o espaço é dele, a opinião é a dele e ele tem todo o direito de dizer o que quiser até porque o faz com toda a independência.
Onde Rui Santos falha em toda a linha é nas perguntas que faz.
Até há pouco as respostas múltiplas propostas não eram mutuamente exclusivas, problema esse que foi quase corrigido.
Mas a pergunta desta semana do “Tempo Extra” causa-me tanta estranheza que tenho de falar dela:
“Em que clube gostaria de ver Jorge Jesus na próxima época?
- Benfica
- FC Porto
- Sporting
- Outro”
Quão o motivo desta pergunta?
Fazer o jogo de Pinto da Costa e desestabilizar o Benfica?
Porque não pergunta:
“Em que clube gostaria de ver Vítor Pereira na próxima época?
- FC Porto
- Passarinhos da Ribeira
- Pedrouços
- Outro”
É que depois desta época só mesmo clubes dos distritais é quererão o Vítor Pereira...
Eu sei que é apetecível, mas deixem o Benfica em paz e deixem-nos ir atrás da dobradinha, senão mesmo do "triplete"!
-Bruno Carvalho, Facebook
domingo, 24 de março de 2013
Dirigentes do FC Porto estão convictos da continuidade de Jesus no Benfica
Neste momento, o ambiente está longe de ser o melhor nos corredores do Dragão e a questão do treinador assume particular importância.
-Noticia retirada do site do Correio da Manhã
Vítor Serpa: As razões porque gosta de Jorge Jesus
Há quem tenha a opinião de que, nos tempos modernos, um bom treinador de futebol tem de ser conhecedor do jogo e dos jogadores, culto, preocupado com a imagem, capaz de comunicar em várias línguas, capaz de lidar com facilidade com as novas tecnologias às quais deverá chamar ferramentas e ainda saber escolher as equipas multidisciplinares necessárias à preparação da equipa.
Não contrario a ideia de que o treinador de futebol tenha de ter cada vez mais conhecimento e, por isso, tenha óbvias vantagens em ter uma base de sustentação escolar que melhor o capacite de lidar com as mais diversas e complexas competências necessárias ao entendimento do jogo e ao relacionamento com os jogadores.
Mas, como em tudo na vida, há exceções à regra. Uma delas, talvez, mesmo, uma das mais exuberantes, é Jorge Jesus.
Eu, confesso, sou fã do treinador e do homem. Não consigo deixar de gostar de um ser humano que despreza a moda e se está nas tintas para os padrões sociais em voga.
Percebe-se que não o faz de uma forma estudada e hipócrita, mas por modo de ser, por personalidade, por privilegiar uma forma genuina de viver, como se nada verdadeiramente o tivesse mudado, lá por se tornar rico e famoso.
Ouve-se Jorge Jesus numa conferência de imprensa e pode-se assinalar as frases de muito duvidosa pureza sintática, mas o que não se pode é deixar de reconhecer uma vivacidade e uma naturalidade no discurso, que não resiste a esquemas de comunicação traçados a régua e esquadro por uns quantos comissionários de serviço.
Claro que há sempre quem aproveite o impacto da clareza nua e crua para atingir, numa única canelada, o homem e o treinador.
Ainda assim, não o vejo espumar de raiva. Às vezes inquieta-se e irrita-se, mas passa-lhe, como se a vida fosse também como um jogo de futebol, onde as coisas que acontecem lá dentro, não devem passar cá para fora. E, lá fora, é o mundo, onde Jorge Jesus se sente, visivelmente, menos confortável.
Não deixo de pensar muitas vezes no caso de Jorge Jesus para tentar entender o sucesso da exceção que ele representa. Pergunto-me se será, apenas e só, uma imensa intuição. Uma capacidade quase sobrenatural para entender, no jogo, o que quase ninguém entende ou vê. Um dom inimitável pata formar jogadores, fazê-los crescer, criá-los e moldá-los no que têm de melhor. É dificil dizer, aliás, que Jorge Jesus seja o protótipo do autodidata.
Claro que é atento em quem confia, como tem vindo a ser o caso curioso e especialmente interessante do professor Manuel Sérgio, um dos raríssimos filósofos mundiais do futebol e da vida. Mas isso não faz de Jorge Jesus um autodidata, a não ser no sentido em que ouve para aprender e para melhor conhecer.
Mas não há, em Jesus, uma prática de autoformação, de estudo bibliotecário, de procura própria da investigação do novo. Há, isso sim, uma paixão vivida, sem intervalos, pelo futebol.
Ver jogos, ver jogadores, ver lances, estudar as pedras no tabuleiro da relva real dos estádios de todo o mundo, o que a televisão lhe proporciona a cada momento, é o ponto essencial de estudo e de evolução do treinador.
E isso basta? - perguntará, legitimamente, o académico de pestanas queimadas por anos e anos de leituras de compêndios.
Que outras provas teremos para dar que não sejam as dos resultados desportivos?
E por essas, basta. Pode ser estranho, pode ser quase inexplicável, mas tem bastado.
Pode não bastar para o Manchester United, para o Real Madrid, para o Bayern de Munique, agora, do cultíssimo e antimourinhista Guardiola, não se sabe se sim ou se não, mas o que se sabe é que tem bastado para a realidade concreta do futebol português. E não é uma realidade menor, por muito que alguns dela mal digam. É uma realidade impar e, reconheça-se, emergente no contexto internacional, sobretudo ao nível dos grandes clubes, como é obviamente o caso do Benfica.
«Last but not least» como diriam os britânicos, a verdade é que não consigo deixar de celebrar um homem que ganha 2,4 milhões de euros por ano e continua a gostar de comer uma boa cabeça de garoupa...»
- Vítor Serpa, jornal A Bola, 23 de Março de 2013
sábado, 23 de março de 2013
Grandeza impressionante: Benfica tem nome de rua na Cidade do México
Na colónia Arboledas del Sur, na Cidade do México (capital do país), é assim. Os clubes de futebol estão por todo o lado.
Ninguém sabe ao certo de onde veio a ideia. Naquelas artérias, encontram-se o Real Madrid, o At. Bilbao ou o Partizan de Belgrado, para além de vários emblemas do continente americano. E o Benfica, representado como Club Benfica.
O bairro está localizado a escassos metros do mítico Estádio Azteca, inaugurado em 1966. Os nomes das ruas remontarão a essa época, percebendo-se melhor algumas escolhas.
Os maiores nomes dos anos sessenta
A diminuta calle UDA Dukla é o melhor exemplo. Um clube famoso da antiga Checoslováquia, apoiado pelo registo comunista, que viveu o seu período áureo entre os anos 40 e 80.
Venceu por quatro vezes consecutivas (entre 1961 e 1964) a Internacional Soccer League, realizada anualmente nos Estados Unidos da América. Daí a popularidade no México. Entretanto, perdeu fulgor.
Quem vive agora em Arboledas del Sur não recorda a história. «Já há muitos anos que é assim, desde que me lembro. Não conseguimos saber de onde veio a ideia, mas terá sido já nos anos sessenta», dizem-nos da escola do Cruz Azul, localizada no bairro.
Curiosamente, ali estão representados vários emblemas mexicanos mas não o próprio Cruz Azul. «É verdade, é estranho. Há a rua do Atlas, do América, do Atlante, do Necaxa, mas não do Cruz Azul. Ou por rivalidades, ou porque o Cruz Azul só ganhou títulos na primeira já perto dos anos 70», explica ao Maisfutebol Edgar Boico, da Escuela de Fútbol Cruz Azul Acoxpa, localizada na rua Vasco da Gama.
«Talvez tenha, sido os próprios habitantes
A Secretaría de Desarrollo Urbano y Vivienda de México (Seduvi) também não tem respostas para o enigma. «Não temos um registo histórico sobre o aparecimento desses nomes nas ruas. Talvez tenha sido uma decisão dos próprios habitantes das ruas, em acordo com os construtores da altura. Já se chamam assim há muitos anos», explica Katia Méndez.
Sobram escassas dúvidas, ainda assim. De qualquer forma, aquele bairro residencial, com algumas casas degradadas e pouco comércio, foi ganhando notoriedade por força dessa inusitada escolha.
Uma curiosidade mais: não há clubes ingleses, italianos, alemães ou franceses na lista.
Na colónia Arboledas der Sur, encontram-se as ruas de emblemas europeus como Real Madrid, Bétis de Sevilha e At. Bilbao (Espanha), Benfica (Portugal), Ajax (Holanda), Partizan de Belgrado (Sérvia) e o UDA Dukla (Rep. Checa), atualmente conhecido como FK Pribram.
Depois surgem os clubes brasileiros (Flamengo, Botafogo, Vasco da Gama e Santos) e os argentinos (Boca Juniors, River Plate, Racing Club, San Lorenzo), para além dos mexicanos. Mais dois chilenos, dois peruanos, um de Paraguai, Costa Rica e Uruguai.
O monstro Azecta e a rua do Club Benfica
Respira-se futebol por todo o lado. Não se estranha. As ruas terão nascido a par do imponente Estádio Azteca, o palco das finais dos Mundiais de 1970 e 1986. Tinha capacidade para 130 mil espectadores, entretando reduzida para pouco mais de 100 mil. Ainda assim, um monstro.
A umas centenas de metros, a rua Club Benfica. Umas poucas dezenas de metros, várias casas e uma oficina de automóveis. Quem lá mora preocupa-se com outras coisas, por estes dias, desde o saneamento básico à violência regular na capital mexicana. Fica a curiosidade.
-Noticia retirada do site do Mais Futebol
Xistra prejudicou tanto o Benfica como Jackson o FC Porto
A vitória em Guimarães foi importante para quem aspira a ser campeão nacional no fim da época.
Mas a euforia mediática gerada por uns míseros quatro pontos de vantagem é deslocada da realidade. Bem o treinador e presidente que de forma sensata colocaram água na fervura.
Festejos panfletários levarão a que não se ganhe nada no fim da época, uma atitude competitiva e profissional poderá fazer desta uma época impar.
A fronteira entre o êxito e o fracasso é muito ténue e a visão mediática é sempre feita apenas em função dos resultados. O Benfica está a fazer uma época óptima, mas o FC Porto também tem feito um dos melhores campeonatos dos últimos anos.
Só a incapacidade de reconhecer os méritos do Benfica faz com que se menorize a prova dos portistas.
Em Guimarães vimos um Benfica menos exuberante e mais seguro e controlador dos destinos do jogo. Foi um Benfica com menor nota artística mas com menor exposição ao erro.
Para chegar ao êxito também é importante saber fazer esta parte do percurso.
21 pontos dos quais teremos que conquistar 18. De nada interessa o campeonato dos ses... Nesse campeonato o Benfica poderá dizer que sem os erros de Xistra em Coimbra e em Braga e já era campeão ou que sem a asneira de Artur na Luz contra o FC Porto e já estava resolvido.
Mas do lado portista não haverá adepto que não clame por um avançado que não falhe penaltis decisivos. Jackson já deve quatro pontos aos azuis e brancos, e quatro pontos já é um lanho grande a precisar de curativo.
No fundo Xistra prejudicou tanto o Benfica como Jackson o FC Porto.
Este FC Porto lutará com o Benfica até ao fim, e qualquer clube poderá vencer.
Pela tradição recente o FC Porto era favorito, pelo futebol jogado o Benfica leva vantagem. Desejo sorte ao Sporting com as eleições de amanhã mas, pelo andar da carruagem, não antevejo nada de muito bom.»
- Sílvio Cervan, jornal A Bola, 22 de Março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
João Malheiro deixa criticas aos comentadores televisivos de Porto e Sporting
Foi esta semana. Na placidez doméstica, desfruindo emocionalmente o bom momento do nosso Benfica, um zapping televisivo fez-me esbarrar os olhos e magoar os ouvidos nos vários programas sobre futebol, de registos semelhantes, com protagonistas também semelhantes, com ressabiamentos ainda semelhantes.
O FC Porto viveu a sua semana horribilis, meteu a bola da sobranceria ao saco, a equipa até foi recebida, no regresso do Funchal, com impropérios e petardos por adeptos furiosos.
Os comentadores azuis, em desespero, viram penáltis ou não viram penáltis, em tudo o que foi sítio, de acordo com as conveniências. Até se esqueceram que, frente ao Málaga, no Dragão, a considerada exibição transcendente apenas rendeu um golo, por sinal obtido em fora-de-jogo.
Como deu jeito ignorar que a turma espanhola apontou um tento limpo, não validado pelo juiz da contenda.
O Sporting conseguiu ganhar, de forma tangencial, ainda que continue posicionado na segunda metade da tabela.
O complexo antibenfiquista faz dos seus comentadores autênticos sequazes do FCP, cujo eventual triunfo na liga nacional serviria de refrigério àqueles traços doentios de pequenez relativamente ao nosso Clube.
De um lado, os roques; do outro lado, os aliados.
Por essas e por outras é que, a páginas tantas, optei pela Benfica TV; ouvindo o meu amigo Fernando Chalana.
E o que concluí? Aquilo que, há uns tempos, deixei em letra de forma numa das minhas publicações.
No Futebol, a bola são os jogadores e os treinadores, o resto são, um ror de vezes, bolas fora.»
- João Malheiro, jornal O Benfica, 22 de Março de 2013
Portistas criticam Porto Canal e elogiam Benfica TV
Percebi há muito, logo no princípio, e deixei-o claro com todas as letras, que o Torto Canal, como o apelidei e mantenho apesar das críticas resmungos recebidos, ia defraudar os portistas, porque partia de pressuposto errado, afastava-se do core business do clube e, pior, adensaria a irritação de não agradar nem sequer a quem era suposto destinar-se, os adeptos do FC Porto.
Não vejo a coisa a não ser nalgum zapping ocasional, nem diário sequer, mas o suficiente, numa visão diagonal, mas atenta, e abrangente por saber alguma coisa da poda, pressentindo a aragem de quem vai na carruagem, para saber que a actual gestão não melhorou por aí além o que já era a marca regional do canal, em planos sociológico, cultural, de divulgação do património arquitectónico e paisagístico, até gastronómico do Norte de Portugal (há até mais inúmeras reportagens de vilas do Sul, em particular do Alentejo!!!), sendo que, na esteira de uma Comunicação institucional do clube invisível para não dizer risível, e um site mudado mas sem evolução na continuidade, antes estática como era, até a roçar a idioticie de não dar informações aos sócios (quem mais se queixa, não sou eu que apenas registo os seus lamentos), algo que cedo também percebi não merecer sequer consulta (que me falha há meses!), iria ser um fracasso.
E o fracasso é evidente: não vi ainda alguém falar do canal por factos exteriores ao portismo, o que aponta para a inevitabilidade de o canal só poder ser concebido como exclusivamente do clube e do Desporto, futebol e modalidades.
A programação geral actual pouco diverge da anterior à "clubitização" e onde havia rubricas de bom valor regional que agregariam as vontades e interesses das pessoas, dos destinatários. Mas desses programas ninguém fala nem falou. Logo, o foco do canal perdeu-se e falhou o público-alvo.
Por contraposição, a iniciativa do Benfica foi focar os seus adeptos, bem ou mal não interessa, e agora, por motivos irrelevantes, promete não só o essencial (jogos do futebol) como dilatar a oferta com a Liga inglesa.
No aspecto de exploração e foco do negócio e do objectivo da iniciativa, é coerente e consequente, goste-se ou não.
-Texto retirado do blog "Portistas de Bancada"
Benfica de Jesus à procura do 4º centenário
O Benfica tem surpreendido por uma inesperada capacidade de manter a sua baliza a zeros, mas uma coisa já é comum desde que a equipa é liderada por Jesus: está à beira de atingir os cem golos em jogos oficiais.
Nos primeiros 42 desafios da época, as águias já marcaram por 96 vezes, pelo que o "centenário" pode ser atingido na próxima partida com o Rio Ave. Se mantiver a média dos últimos três encontros (12 golos contra Gil Vicente, Bordéus e V. Guimarães), a equipa encarnada repetirá o adversário "escolhido" para o 100.º golo da época passada e atingirá pela segunda vez o "centenário" em março - na última vez que o fez, em 2009/10, foi campeã.
O ano de estreia de Jesus na Luz foi o primeiro em que a equipa chegou aos cem golos desde 1992/93: nessa época, dirigida primeiro por Ivic e depois por Toni acabou mesmo com cem. Na estreia de Jesus, o 100.º golo chegou a 18 de março - Kardec, na vitória (2-1) em Marselha, o 41.º desafio da época. Nas outras duas épocas de Jesus, o golo cem demorou mais. Em 2010/11, apareceu a 14 de abril, por Cardozo no empate (2-2) em Eindhoven (48.º jogo da época), e na época passada a 29 de abril, por Nolito em novo empate (2-2) no terreno do Rio Ave (50.º desafio da temporada).
96 golos marcados pelos encarnados em 42 jogos
-António Tadeia, Diário de Noticias
Eusébio: "Gostava que Jesus fosse o Alex Ferguson do Benfica"
Em declarações à Diário de Notícias, Eusébio juntou-se às vozes do Benfica que defendem a continuidade de Jorge Jesus no clube da Luz.
«Dizem que o Jorge Jesus já está há muito tempo no Benfica, mas o Ferguson está no Manchester United há 20 e tal anos e o Arsène Wenger também está no Arsenal há muito tempo. Gostava que o Jorge Jesus fosse o Alex Ferguson do Benfica...», afirmou Jorge Jesus.
A poucos meses do final da época, a renovação de contrato do treinador do Benfica tem sido um assunto muito debatido na estrutura do emblema encarnado.
-Noticia retirada do site Sapo Desporto
Bagão Félix e a importância capital dos penalties
Um Campeonato decide-se nos detalhes, diria Mr. de la Palice se, no séc. XVI, houvesse futebol.
Na época passada, os detalhes foram para o SLB uma mistura cumulativa: o cansaço em Guimarães, a inutilização de Rodrigo por Bruno Alves em S. Petersburgo, os indisfarçáveis e fatais erros de arbitragem no jogo em Coimbra e no decisivo jogo na Luz contra o Porto.
Este ano, ainda estamos longe de saber quem vai ser campeão. Mas os pormenores podem decidir.
lronicamente, o magnífico Jackson Martínez fracassou nos piores momentos. Não desfez dois empates (Olhanense e Marítimo) ao ter desperdiçado 2 dos últimos 3 penalties que falhou em 4 hipóteses.
No Benfica, Lima garantiu mais 2 pontos no último minuto contra a Académica convertendo uma grande penalidade e o mal-amado Cardozo apontou o castigo máximo na vitória por 1-0 em Aveiro.
Se Jackson Martínez os tivesse marcado e Lima e Cardozo tivessem falhado os seus, o Benfica passaria de 4 pontos de avanço para 4 pontos atrás do Porto.
Tudo isto faz parte da imprevisibilidade apaixonante do futebol. Os golos não valem todos o mesmo.
Houve golos espectaculares do ponta-de-lança portista, que ele bem trocaria por penalties convertidos. E talvez agora se perceba melhor quão é errada essa ideia de desvalorizar um atacante que, no seu pecúlio, tem muitos penalties marcados.
Cardozo - que este ano em 8 ocasiões ainda não falhou nenhuma – continua a ser criticado no Paraguai porque falhou um penalty decisivo no Mundial contra a Espanha, que provavelmente não viria a ser campeã se não fosse aquela falha do jogador do Benfica.
É o futebol em toda a sua magia e crueza.»
- Bagão Félix, jornal A Bola, 21 de Março de 2013
Leonor Pinhão e as famigeradas 72 horas
Nas vésperas de ir a Alvalade jogar para o campeonato o treinador do FC Porto desvalorizou o grau de dificuldade da vitória somada pelo Benfica no mesmo recinto perante o mesmo adversário recordando que o Sporting que defrontou e perdeu com o Benfica não tinha descansado as obrigatórias 72 horas entre a recepção ao rival e o seu último jogo europeu.
Se foi por isso ou por outra razão qualquer que o Sporting perdeu 1-3 em casa com o Benfica para, meia dúzia de jornadas depois, mais descansado, forçar o FC Porto a um empate nunca se saberá.
Futebol é futebol e, por vezes, acontecem coisas estranhíssimas e inexplicáveis que contribuem para a glória e popularidade do jogo.
O bom senso face ao recente episódio da desqualificação-requalificação do FC Porto das meias-finais da Taça da Liga, por causa das espinhosas 72 horas regulamentares, recomendaria a Vítor Pereira que não utilizasse semelhante argumento. Mas utilizou, paciência.
Foi também por uns minutinhos que o Benfica não cumpriu as 72 horas de descanso entre o jogo de Bordéus na noite de quinta-feira para a Liga Europa e o jogo de Guimarães para o campeonato nacional.
O Benfica não só não se queixou como ganhou os dois jogos com grande naturalidade e por números convincentes, o que também me agradou.
Agora faltam sete jogos para o fim do campeonato e se o Benfica quiser ir o mais longe possível na Liga Europa faltam-lhe cinco jogos, incluindo o da final.
Quem corre por gosto não cansa, diz a sabedoria popular. E que se mantenha bem acesa lá no alto a estrelinha que nos tem guiado e tão maravilhosamente expressa naquele momento do jogo na cidade-berço em que Artur Moraes, confortavelmente sentado à porta da sua baliza, viu ir parar-lhe às mãos uma bola que só podia ser golo.
quinta-feira, 21 de março de 2013
Bagão Félix brinca com o novo acordo ortográfico: "Ninguém para o Benfica de fato"
Há mais de um ano, aqui escrevi sobre os insondáveis mistérios do tão depressa oficializado Acordo Ortográfico (AO). Volto a ele, porque umas poucas semanas atrás, o título de A BOLA sobre um jogo que o Benfica ganhou para a Liga rezava assim: «Ninguém para o Benfica...».
Confesso que fiquei assustado num primeiro instante. Ninguém para o Benfica? Deixou o meu clube de ser atractivo?
Já não consegue seduzir nenhum bom jogador?
Está o clube falido?
Será que em vez de Benfica a referência era para um outro qualquer clube?
Nos momentos seguintes, lembrei-me do acordês e acordei do pesadelo.
Afinal o que o título queria dizer era «Ninguém pára o Benfica». Como um singelo acento agudo tudo modifica!
O que pôde um dito (des)acordo ortográfico suscitar no meu espírito! Pensei até na eventualidade de ser um problema meu de natureza ótica, como se escreve no dito AO a palavra óptica.
Acontece que, assim sendo, ótica (dos olhos) se escreve do mesmo modo que ótico (dos ouvidos), pelo que estava lançada a confusão entre ser míope e bronco dos ouvidos.
Há quem nos media seja ainda mais acordista do que o próprio acordo. Isto é, não se limitam a segui-lo no que se pretende uniformizar na grafia, mas ultrapassam-no com excesso de zelo.
Não raro, deparo agora com fato em vez de facto, como se em linguagem oral tivéssemos engolido o c entre fa e to.
Assim, fato passa a representar o facto em Portugal substituído pelo terno no Brasil.
Ninguém para o Benfica de fato.
Traduzindo: Ninguém pára o Benfica, de facto.
Uma tristeza este acordês que, aliás, a presidente brasileira suspendeu e Angola não assinou...»
- Bagão Félix, jornal A Bola, 20 de Março de 2013
quarta-feira, 20 de março de 2013
Jorge Jesus a as toupeiras
Os adversários do Benfica rezam, neste momento, para que Jesus deixe a Luz no fim da época. Independentemente de ser ou não ser campeão, já se percebeu que Jesus é o treinador que interessa ao Benfica e que pode levar o Benfica, de novo, à hegemonia no futebol português.
Ganhar ou perder um título depende, às vezes, de muito pouco.
O Manchester United perdeu há um ano a Liga para o Manchester City mercê de dois golos marcados nos descontos! Ora, Ferguson não passou, por isso, a ser pior treinador.
Neste momento, Jesus já deu todas as provas na Luz: conseguiu 70% de vitórias, levou sempre o Benfica aos quartos-de-final em competições europeias, ganhou quatro títulos (um campeonato e três Taças da Liga), construiu um ataque demolidor, pratica um futebol espetacular, valorizou jogadores, fez adaptações impensáveis. O que é preciso mais?
O Benfica até pode ainda vir a perder as provas onde está mas uma coisa é clara: o clube está no bom caminho. E não deve voltar para trás.
Num momento em que Pinto da Costa parece dar sinais de quebra, o Benfica não pode conceder trunfos ao rival. Isto é evidente para todos os que estão fora do clube, como eu. Só não o é para certos benfiquistas - que, fora e dentro da estrutura, continuam a torcer o nariz ao treinador.
Os piores inimigos dos clubes são os insatisfeitos, os que querem sempre mais, os que não sabem valorizar o que têm.
Esses acabam por, involuntariamente, entregar o jogo aos adversários. Funcionam como toupeiras, que minam o próprio terreno onde se movem.
Luís Filipe Vieira, que se tem mostrado um homem sensato, saberá com certeza tomar a decisão certa.»
- José António Saraiva, jornal Record, 20 de Março de 2013