João Rui Rodrigues acerca da saída de Saviola: "Benfica não perde nada a nível desportivo"


A decisão da SAD benfiquista em avançar para a renovação contratual de Javier Saviola durante a época passada teve um alcance superior ao dianteiro argentino. 

Para além de assegurar El Conejo, ficava mais fácil convencer Pablo Aimar a continuar de águia ao peito, esse sim ainda uma peça imprescindível no xadrez de Jesus e que continua a dar sucessivas demonstrações de qualidade.

Saviola fez uma primeira época extraordinária na Luz mas a partir daí veio a decair de rendimento e começou, naturalmente, a perder espaço entre as opções do treinador. 

Neste momento, tratava-se de um crédito elevado na folha salarial e cada vez mais malparado. 

O Benfica ganha mais de 2 milhões no plano financeiro e não perde nada no plano desportivo.» 

- João Rui Rodrigues, jornal Record, 30 de Agosto de 2012

Leonor Pinhão: "O Benfica venceu fruto da expulsão? Foi fruto e não... fruta"


O Benfica A também esteve bem no fim de semana. Foi a Setúbal golear o Vitória por uma mão cheia de golos, apresentou bom futebol e uma dupla interessante lá na frente, Salvio e Rodrigo. 

É certo que beneficiou de jogar com mais um em campo do que o Vitória durante 82 minutos mais os tempos de desconto, fruto da expulsão mais do que merecida de Amoreirinha num daqueles lances que se for visto tranquilamente num jogo de futebol estrangeiro em que todos somos imparciais, o veredicto estabelece-se por unanimidade: este tipo tem de ir para a rua já. 

O Benfica teve a vida facilitada em Setúbal, fruto da expulsão de Amoreirinha, teve sim senhor. Mas, atenção, esse benefício da superioridade numérica do Benfica foi fruto, não foi fruta, o que seria uma coisa completamente diferente e que no caso, francamente, não colhe, por muito que venham agora os seus adversários letrados insinuar, sem grandes rodeios, que Amoreirinha se fez expulsar de propósito para, traindo os companheiros e quem lhe paga, oferecer a vitória de mão beijada ao adversário. 

Enfim, uma espécie de tragédia grega que deve fazer parte do reportório corriqueiro de outros palcos pelo modo tão insípido e acintoso como alguma crítica mais especializada tratou de dissecar o momento do minuto 8 do espectáculo do Bonfim. 

E nem sonham os caluniadores do Amoreirinha (de apelido) que o jogador é Eurípides (de nome próprio) provavelmente em preito ao grande poeta e dramaturgo grego do século V antes de Cristo que se chamava Eurípides e que é o autor de uma frase que, dois mil e quinhentos anos depois de ter sido escrita, explicaria na perfeição todo o caso passado no sábado com o Eurípides contemporâneo: «Um amigo seguro revela-se na adversidade.»

Convenhamos, no entanto, que a adversidade não era coisa do outro mundo aos 8 minutos do jogo, com o resultado em 0-0 e com tanto tempo para jogar.

Mas tudo serve para compor tragédias mesmo quando o que faz a diferença no topo da tabela é aquela coisinha mínima e singela do goal-average. 

Golo à Braz, como escreveu há muitos, muitos anos um colaborador deste jornal, apreciador de bacalhau certamente, no mais fabuloso momento de tradução fonética de que há memória na imprensa desportiva e que faz parte do melhor anedotário de A Bola. 

Coisas antigas. E de anedotas, por hoje, estamos conversados.(...)» 

- Leonor Pinhão, jornal A Bola, 30 de Agosto de 2012

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Liga dos Campeões: Jornal Marca analisa pontos fortes e fracos do Benfica

Así son los rivales del Barcelona


El bombo respetó al Barcelona, que pocos problemas, o ninguno, debería tener para estar en octavos de final. Los de Tito Vilanova son mucho más equipo que el Benfica. Spartak y Celtic, unos cuantos escalones por debajo.

BENFICA: El Chelsea, campeón de Europa, se las vio y se las deseó para eliminarlo la temporada pasada en cuartos de final. Fue un gigante continental cuando la televisión se veía en blanco y negro. Tiene que creérselo. No ha perdido ningún futbolista reseñable y ha vuelto Carlos Martins. Conocidos de nuestro fútbol como Garay, Javi García, Nolito o Rodrigo.

LO MEJOR: No le falta talento y siempre tiene una sonrisa. Fútbol alegre y buenos futbolistas como Cardozo, Witsel o Pablito Aimar. No renuncia a su estilo pise el campo que pise.

LO PEOR: Algo blando atrás, todavía tiene que aprender. Sin Cardozo se queda sin gol. Le falta la male leche de otros que siendo peores podrían complicarle más la vida al Barcelona.

Liga dos Campeões: Grupos e Calendário jogos do Benfica

















19 Setembro: Celtic - Benfica

2 Outubro: Benfica - Barcelona

23 Outubro: Spartak - Benfica

7 Novembro: Benfica - Spartak

20 Novembro: Benfica - Celtic

5 Dezembro: Barcelona - Benfica
 

Salvio escolhe Messi para melhor jogador da Uefa


Eduardo Salvio não esconde a preferência por Lionel Messi, na eleição do melhor jogador para UEFA, da última temporada. A cerimónia de atribuição do prémio decorre, esta tarde, no Mónaco e o detentor do galardão tem a oposição de Cristiano Ronaldo e Andrés Iniesta.

O extremo argentino do Benfica está a torcer para que o compatriota bata a concorrência: “Como argentino, e fã de Messi, digo que o Léo é que merece. Isso não invalida que Cristiano Ronaldo tenha feito muitos golos e que tenha feito uma grande temporada, mas por fanatismo e por ser argentino acho que Messi será o escolhido".

A preferência, contudo, não é apenas emocional. Salvio pensa que Messi é melhor, porque "faz o que mais ninguém faz no mundo". Ainda assim, sublinha que estamos perante os dois melhores do mundo.

-Noticia retirada do site da Radio Renascença

Clinica Alemã não diagnosticou qualquer lesão exterior no árbitro Fischer


 O relatório elaborado pela clínica alemã onde o árbitro Christian Fischer recebeu tratamento, após o jogo Fortuna Dusseldorf-Benfica, acaba por desmentir os sintomas e consequências físicas de que se queixava o juiz, que caiu inanimado no relvado após um encosto de Luisão, terminando o jogo aos 38 minutos.

O documento do St. Elisabeth Hospital Iserlohn, assinado pela médica-chefe Carla Hulslep, e ao qual o CM teve acesso, diz que Fischer sofreu o ‘embate’ de um jogador (Luisão) e caiu para trás, batendo com as costas e a cabeça, e "alegadamente, perdeu os sentidos". Mas, acrescenta, dirigiu-se à clínica na própria viatura, "consciente, sem tonturas ou vómitos, não lhe sendo diagnosticado falhas neurológicas ou lesões exteriores". Perante um quadro clínico que não suscitava apreensões, o árbitro "prescindiu do internamento estacionário e, assinou, inclusive, o termo de responsabilidade".

Christian Fischer regressou à clínica no dia seguinte, queixando-se de dores na área torácica esquerda, onde foi detectada uma escoriação de 2x2 cm de coloração hemática, "mas não foi detectada dor provocada pela compressão do tórax, nem queixas a nível respiratório".

Ao 3º dia a coloração tornou--se azul, mas os exames torácicos, de raio-X às costelas e o TAC ao crânio "nada detectaram". Ao juiz foram detectadas lesões pré-existentes e "não relacionadas com o incidente".


-Noticia retirada do site do Correio da Manhã

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

José António Saraiva diz que com Hulk Porto será de novo campeão


Hulk e Witsel:

Um e outro andam nas bocas do Mundo. Discute-se qual deles faz mais falta ao clube que representa. 

A discussão parece-me absurda. Com Hulk a jogar toda a época, o FCPorto nunca perdeu um campeonato. Mas, com Witsel a jogar sempre, o Benfica não conseguiu ser campeão. E sem Witsel tinha chegado ao título dois anos antes. 

Com Witsel, o Benfica pode perder jogos mesmo jogando bem; com Hulk, o Porto pode ganhar jogos mesmo jogando mal. 

Porque Hulk é capaz de resolver sozinho desafios que pareciam complicados. Inventa golos do nada: arranca, finta, corre, chuta e marca. 

No dérbi decisivo da época passada, que opôs Benfica e FCPorto na Luz, foi ele quem desequilibrou a partida: marcou o primeiro golo num lance genial, provocou a expulsão de Emerson e arrancou a falta de que resultou o golo da vitória. 

Witsel faria falta ao Benfica, como faz falta a qualquer equipa um bom jogador, mas do meio-campo para a frente o plantel do Benfica tem muitas soluções. 

Ora Hulk é um jogador insubstituível, porque é único. Julgo que, para os três últimos títulos conquistados pelo FC Porto, ele teve uma contribuição que rondou os 50%. 

Sem ele, o Porto tomar-se-á uma equipa vulgar. Um Sansão sem cabelo.

Tendo em conta tudo isto, arrisco-me a dizer que se Hulk continuar no FC Porto, este será de novo campeão mesmo não fazendo uma época brilhante.

Se Hulk sair, o Benfica tem grandes hipóteses de ganhar o campeonato e de o fazer com brilhantismo, como na primeira época de Jesus.» 

- José António Saraiva, jornal Record, 29 de Agosto de 2012

Salvio oferece uma camisola autografada do Benfica


¿Querés una camiseta del Benfica?

¡Hola a todos! Les doy la bienvenida a “los lunes de Toto”. Acá les contaré mi semana y espero que participen.Espero sus preguntas, curiosidades, cosas que quieran saber. La mejor tendrá premio: cuando llegue a los 10 mil seguidores en Facebook la premiaré con una camiseta del Benfica autografiada.
Toto con la camiseta del Benfica del debut 2012Esta que ven en las foto no. Esta camiseta, la de mi primer partido esta temporada con el Benfica, formará parte de mi colección. Para mí es muy especial. Con ella marqué el primer gol como jugador oficial del Benfica. También guardo la de mi estreno con la selección Argentina, con el dorsal 14, la del debut con el Atlético de Madrid y mi primera remera con Lanús se la regalé a mi mamá.

Estas dos semana han sido excelentes. Llevo dos partidos y dos goles. Me está saliendo todo mejor de lo que esperaba y me siento muy querido en Lisboa.

El domingo cuando llegué a casa, después del partido, me estaba esperando mi mujer, Magalí, mi suegra y mis cuñados. Cené pasta. Es lo que suelo comer después de los partidos porque necesito recuperar hidratos de carbono.

No logré dormí hasta las 4 de la mañana. Me pasa siempre después de los partidos. Supongo que es por la adrenalina  porque, aunque el otro día estaba muerto, no puedo conciliar el sueño. Les pasa a la mayoría de los futbolistas.

El sábado nos mudamos de casa con Magalí y Valentino. Los tres nos hemos adaptado muy bien a Lisboa.

La semana que viene les cuento más. Espero sus preguntas. Me las pueden hacer aquí.

-Site oficial de Eduardo Salvio

Jesus passa Eriksson no ranking das "manitas"


A alcunha de rei assenta-lhe que nem uma luva. Há quem o ache prejudicial à saúde do Benfica por ter reinado sem coroa nem arte, com uma série de decisões contestadas como o recurso a Tavares e Nelo e as dispensas de Isaías e Paneira. 

A (outra) verdade é que Artur Jorge se sagra campeão europeu pelo FC Porto em 1987 e é o primeiro treinador português a vencer um campeonato lá fora, com o Paris SG, em 1993. 

Falamos dele porque é o rei. Disso tudo – e também das manitas (5-0). 

Ao todo na carreira, são 17. Só no FCP, 13, uma delas na Europa e fora das Antas (vs. Portadown).

Há espaço neste peculiar ranking para o Benfica? 

Sim, claro. Artur Jorge, por exemplo, tem uma manita, ao Chaves, na Luz, golos de Isaías-2, João V. Pinto, Amaral e Kenedy. 

O rei, com alcunha e tudo, é ele, mas o verdadeiro rei dos 5-0 é Otto Glória.

Como o próprio nome indica, oito manitas, separadas por duas passagens lá para os lados da Luz, entre 1954 e 1970. 

O Braga é duplamente cilindrado em tão-só 11 meses. Leva cinco em Janeiro e mais cinco em Novembro. O marcador de serviço é José Torres. Desses dez golos, cinco são seus!

O húngaro Janos Biri até tem menos que Otto (ou oito, ou lá o que é), mas a epopeia inicia- -se com um 5-0 ao Sporting, hat--trick de Espírito Santo, para o Regional lisboeta em Dezembro de 1939.

Oito, sete. Agora... achamos que agora é seis, não é? Eis que surge o inglês John Mortimore, que comete a proeza de dar duas manitas ao Sporting, uma para o campeonato (o célebre 5-0 ao intervalo em Novembro de 1978) e outra para a Taça de Portugal, quartos-de-final.

Oito, sete, seis. Agora... agora... é o cinco, certo? E lá aparece a figura mais simpática, o sueco Sven-Goran Eriksson. Na sua primeira era, não há cá 5-0 nenhum. De 1989 a 1992, é um festim com um final europeu, frente ao Dínamo Kiev, para aquela época experimental da Liga dos Campeões.

Agora é o quatro? Não, agora vamos subir mais um degrau. Voltámos ao seis, porque há um homem chamado Jorge Jesus decidido a fazer história. Em Setembro de 2009, 5-0 ao Leixões. No mês seguinte, um 5-0 europeu, ao Everton. Em Janeiro de 2010, outro, este no Funchal (sempre a inovar). Em Abril de 2010, mais do mesmo, à Olhanense. Em Janeiro de 2011, mais do mesmo, parte II. Pobre Olhanense.

Um ano e meio depois, a Jesus team volta a fazer das suas, e no Bonfim. Segunda manita fora da Luz para JJ, a terceira em Setúbal (Junho de 1949 e Abril de 1950, ambos na era Ted Smith). Pelos vistos, já não é novidade. Nem para o Vitória nem para Jesus. Mas sim, há um ponto curioso. É o primeiro 5-0 de Jesus sem a contribuição de Cardozo. Seja assobiado ou aplaudido, o paraguaio é sempre uma fonte de golos: dois ao Leixões, dois ao Everton, um ao Marítimo, três à Olhanense e mais um bis aos de Olhão. Desses 25 golos, dez pertencem ao avançado.

E não é que Cardozo fica em branco no Bonfim? O número 7 devia ter feito pelo menos um, mas o seu cabeceamento no limite da pequena área vai direito ao guarda-redes Caleb. Os golos, esses, assinam-se por Rodrigo--2, Salvio, Enzo Pérez e Nolito. A pergunta do momento é: para quando o próximo 5-0? E é na Luz ou fora?

Rui Miguel Tovar, ionline.pt

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Cruz dos Santos esclarece que Amoreirinha foi muito bem expulso


«(...) Quanto à expulsão de Amoreirinha, logo aos 8 minutos, compreendo a mágoa vitoriana, mas não a sua revolta e os insultos em coro, pois Jorge Sousa fez o que lhe competia, não veio a mostrar dualidade de critérios, esteve sempre muito bem. 

E veja-se o que também foi dito aos árbitros (pela UEFA) antes da fase final do Euro-2012: nos tackles ou carrinhos, só não há infracção se o jogador apenas toca na bola; se derruba ou rasteira o adversário, comete falta, seja a entrada de frente, por trás ou de lado; e deve ver cartão amarelo (por imprudência) ou cartão vermelho (por força excessiva).» 

- Cruz dos Santos, jornal A Bola, 28 de Agosto de 2012

Joaquim Rita dá o exemplo de Melgarejo para arrasar Wolfswinkel


"Dizem que Wolfswinkel marcou 24 golos na última época, mas para o campeonato foram só 14, e 5 deles foram de grande penalidade, o que significa que de bola corrida, marcou apenas 9 golos.
Melgarejo, numa equipa de muito menor dimensão, marcou 10 golos. Isto é apenas para reflexão..."

-Joaquim Rita, aos microfones da Antena 1, no final do Sporting 0-1 Rio Ave

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Nuno Farinha tece rasgados elogios a Melgarejo e à cabeça de Aimar


A eguipa do Benfica, em geral, e Melgarejo, em particular, aproveitaram de forma perfeita o disparate de um dos mais experientes jogadores do V. Setúbal. 

O jogo do Bonfim deixou de ter história a partir dos 8 minutos e a culpa foi apenas e só de Amoreirinha: traíu o treinador e os colegas com uma entrada incompreensível sobre o lateral paraguaio dos encarnados que lhe valeu um vermelho direto que não tem direito a discussão. 

A partir daí restavam duas hipóteses ao Benfica: mostrava competência e seriedade e embalava para uma vitória folgada; ou deixava as coisas irem acontecendo, na "certeza" de que mais cedo ou mais tarde o golo acabaria por chegar. 

As águias escolheram o melhor caminho. Encostaram o pobre V. Setúbal às cordas e sovaram-no sem dó nem piedade – num filme muito semelhante ao que se tinha visto na época do título (2009/10), embora dessa vez (na Luz e à 3.ª jornada) por números mais expressivos (8-1). 

Numa goleada em que, curiosamente o habitual matador de serviço (Cardozo) ficou em branco, a grande novidade de ontem foi o elevado rendimento - no plano técnico e tático! - do lateral (?) mais falado do futebol português.

Melgarejo respondeu da melhor forma à semana de todas as críticas: mostrou dinamismo, intensidade e, desta vez, inspiração. 

Como o Benfica - contra 10, passou a defender quase exclusivamente no meio-campo dos sadinos, Melga pisou terrenos onde se sente claramente mais confortável. 

Chegou com facilidade à linha de fundo, cruzou, tabelou, ofereceu golos.

Esteve francamente bem e espera-o agora uma semana muito diferente – independentemente de a chegada de Eliseu à Luz poder estar para breve.

Duas notas finais: o V. Setúbal mostrou tantas fragilidades que mesmo com a equipa completa iria ter sempre muitos problemas para travar a dinâmica ofensiva do adversário de ontem; o comentador de serviço na Sport TV (Acácio Santos) teve uma frase feliz quando Aimar, acabado de entrar em campo, assistiu Nolito para o quarto golo do Benfica “Faz com a cabeça aquilo que os outros não conseguem fazer com os pés”. Nem mais.»

- Nuno Farinha, jornal Record, 27 de Agosto de 2012

José Nunes queixa-se das deficientes condições de segurança do Bonfim


José Mota queixa-se da arbitragem ( o 1º golo do Benfica é fora de jogo) mas ele tem de se queixar é do Amoreirinha.


E eu, já agora, queixo-me (eu e todos os jornalistas de radio e jornais que vão ao Bonfim nos jogos com os clubes grandes) das deficientes condições de segurança que levam a que aconteçam coisas como as de ontem, que não são aceitáveis: adeptos do Vitória (poucos, felizmente) que descarregam nos jornalistas os erros dos Amoreirinhas, dos árbitros, etc...).

Acabem lá com isso. Já enjoa. Beatas, insultos, murros nos vidros das cabines, cuspidelas. É feio.

Presidente Fernando Oliveira (excelente pessoa) faça lá qualquer coisa em relação a isto.

obrigado.

-José Nunes, no seu blog "Linha Avançada"

domingo, 26 de agosto de 2012

Eugénio Queirós faria uma tripulação para ir à Lua com Jorge Jesus, Zezé Camarinha e Tino de Rans


Mão amiga fez-me chegar este documento no dia em que foi conhecida a morte de Neil Armstrong, presume-se que o primeiro Homo Sapiens Sapiens a pisar a Lua.

Sou do tempo deste grande acontecimento que parecia ir mudar o mundo mas que apenas mudou a vida dos astronautas envolvidos.

O Mundo continuou a girar e muitos dos seus habitantes a andar na lua.

É o caso do treinador do Benfica. Um homem com todas as características de um lunático. Isto, reparem, não é uma crítica - para quem não sabe, detesto gente terra a terra...

Este domingo, Jesus deu mais uma lição de futebol perante uma plateia de jornalistas. Explicou-nos que os erros de Melgarejo no jogo com o Sp. Braga não foram erros tácticos (ou seja, do próprio Jesus) mas sim técnicos (ou seja, do jogador em causa).

Imaginemos que era Portugal e não os Estados Unidos o primeiro país a colocar pé na Lua. Quem escolhiam para a tripulação? Eu não tenho dúvidas: Jorge Jesus como capitão do módulo lunar, o Zezé Camarinha e o Tino de Rans.

Se as coisas corressem mal, seria sempre um erro técnico, havia sempre alguém capaz de engatar uma saída airosa ou quem nos pudesse explicar tudo aos alienígenas na língua destes.


-Eugénio Queirós, no seu blog "Bola na Área", 25 de Agosto de 2012

sábado, 25 de agosto de 2012

Rui Santos diz que Jesus não tem margem de manobra


Pode parecer um paradoxo, porque todos já se conhecem bem melhor, mas Jorge Jesus tem a vida dificultada nesta sua quarta época ao serviço do Benfica. 

O seu êxito na Luz foi demasiado rápido, aquilo que se quer e se pede, de acordo com as visões imediatistas dos dirigentes do sul da Europa. 

Chegou ao Benfica e, quase instantaneamente, montou uma equipa, definiu um padrão e uma matriz de jogo. Não deu tempo a que se colocassem dúvidas e interrogações. Fez o que achava que tinha de fazer e, não dando tempo a si próprio, não deu tempo também aos eventuais contestatários.

Colocou o Benfica na rota das vitórias, com um futebol moderno e atractivo. A Luz encheu-se para ver o Benfica-da-pressão-alta, espectacular e mandão. 

Um Benfica, indiscutivelmente, com a "marca JJ", resultante das vivências de um treinador apaixonado pela "escola holandesa", que andava desaproveitado em equipas de menor dimensão. 

Também por isso Jorge Jesus não teve tempo para compreender, de imediato, todas as valências correspondentes a um clube de futebol com a dimensão do Benfica, e terá tido os seus momentos de deslumbramento, absolutamente normais para um técnico pouco habituado aos holofotes da ribalta. 

Jesus teve de fazer o seu caminho, aculturando-se e exibindo também alguma dificuldade e nesse trajecto exibiu sinais de intolerância, exteriorizou alguns gestos menos próprios, até recentes (Dusseldorl), convencido de que o seu amor à profissão, o nível de convicções e o conhecimento futebolístico seriam suficientes para lidar com seus próprios défices e as limitações da estrutura.

O êxito da sua primeira época no Benfica convenceu, totalmente, Luís Filipe Vieira. E Jesus conquistou poder na Luz. Não havia nada, do foro futebolístico, que não passasse por ele. 

São conhecidas as declarações a dar conta de conversas pela madrugada com Jesus a recomendar jogadores ao presidente. Esse tempo caducou porque, entretanto, as duas épocas que se seguiram diminuíram o efeito do impacto da primeira época. 

Não foi apenas a questão (da perda) do título. Foi a questão de um Benfica espremido até á medula. Foi a sensação de um Benfica subitamente rebentado. Foi acima de tudo o Benfica a soçobrar perante o FC Porto. 

De repente, ao fim de três épocas, estava tudo posto em causa. O estilo de jogo, as opções, a gestão técnico-táctica e fisica. 

Já Rui Costa tinha levado um "chuto para cima", já Carraça havia sido destacado como elo de ligação entre o treinador e o presidente, já a estrutura tinha sido aparentemente retocada de modo a fortalecer a liderança do chefe da equipa técnica. 

No final da época percebeu-se que as dúvidas tinham assaltado, igualmente, o presidente sobre a utilidade de Jesus no Benfica. 

Houve um compasso de espera que desgastou imenso a figura do treinador.

Talvez porque Vieira não tivesse conhecido êxito nas diligências para substituir Jesus, o "voto de confiança" acabou por surgir novamente. 

Depois, acontece o que e habitual nestas circunstâncias: o desgaste existe, é indisfarçável e condiciona o diálogo. 

Não acredito que a deficiente arquitectação do plantel para 2012/13 seja uma prova de incompetência ou desconhecimento. Só pode ser diálogo insuficiente.

A manobra de Jesus é, muito pequena. Amanhã, no Bonfim não pode falhar. É que Vieira está em ano de eleições e pode precisar desse "trunfo" para calar as hostes.» 

- Rui Santos, jornal Record, 25 de Agosto de 2012

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Afonso de Melo arrasa policias, árbitros e juízes pela subserviência a Pinto da Costa



Inimputável, o Gaseificado tece considerações neurasténicas sobre a vergonha, que é coisa que não tem. 


Fala, desesperado para que o ouçam, mas a sua voz é entaramelada de mentiras e saliva velha. 

Os seus acólitos, viciados no jogo e em prostitutas, riem-se mais pela força do hábito do que pela obrigação de untar o chefe. 

Há já muito pouca gente que lhe preste atenção, tão dementes são as suas frases, tão tacanho é o seu raciocínio. 

Ainda assim, o Gaseificado abre e fecha a boca como um peixe fora de água, largando chalaças pobres enquanto cospe. 

O mundo está do avesso e ele sabe-o. Lançar um saco de pedras de calçada do alto de um viaduto sobre um carro em movimento não é crime. 

Os autores da façanha riem-se em casa quando a noticia passa na televisão.

Terão a sua recompensa. Inepta, a polícia ri-se também: há lugares do país onde ela não foi criada para perseguir celerados e sim para proteger os mentores de tais façanhas. 

Perguntem-lhes, por exemplo, sobre um fotógrafo que foi atropelado. Houve investigação? Claro que não! Que importância tem tal episódio? 

Perguntem-lhes pelos jornalistas agredidos, um até em directo na televisão. Podem perguntar. Eles não respondem. 

Perguntem-lhes por aqueles que atiraram bolas de golfe e pedras para dentro de um relvado. E, de novo, o silêncio. 

O Gaseificado é mais do que inimputável, é protegido por quem tinha obrigação de nos proteger dele. 

Os polícias tapam os ouvidos, fecham os olhos, calam as bocas como os macaquinhos da história. 

Os árbitros às vezes estão de cócoras, outras vezes rastejam: compram-se facilmente a preço da chuva, graças a fruta e café e chocolate e, se calhar, até a um carro para o chefe. 

Os juízes vergam a cerviz, sujando miseravelmente a nobreza da profissão em troca de viagens e bilhetes para o camarote do figurão. Já não se trata de vergonha, trata-se de nojo. E tudo isto mete nojo. Muito nojo!» 

- Afonso de Melo, jornal O Benfica, 24 de Agosto de 2012

Silvio Cervan: "Melgarejo pode ser o novo Roberto"



O FC Porto com Hulk e João Moutinho teve galo em Barcelos e não aproveitou a ajuda de Lorenzo Melgarejo. 


Melgarejo tem tudo para ser um grande jogador e titular permanente do Benfica e está a um passo de se tornar no Roberto desta época. 

Um autogolo e um passe para o adversário tiraram ao Benfica o direito de se queixar de um terceiro golo limpo, de uma falta sobre o Rodrigo ou de um segundo amarelo ao Alan que ficou no bolso. 

Sem erros de arbitragem tínhamos ganho no sábado, mas devíamos ter feito mais para ter outro resultado. 

Bem o SCBraga, que tem um excelente treinador e só não é candidato ao titulo por ter um guarda redes caricato que optou por atitudes circenses o jogo todo, simulou faltas, e beneficiou da desatenção de Soares Dias que não voltará a cair naquelas fitas. 

Mas o elogio ao SCBraga é devido e merecido. 

Ninguém elogia tanto Jorge Jesus como eu, mas não percebi porque não jogou Carlos Martins que foi, para mim, o melhor jogador na pré-época. 

Duarte Gomes esteve melhor que Soares Dias num aspecto irritante do nosso futebol: SCBraga e Gil Vicente usaram os truques do anti-jogo para queimar tempo e qualquer pequena brisa atirava os jogadores para o chão. 

Em Barcelos jogou-se mais 5 ou 6 minutos, na Luz apenas 4. Tudo o que se puder para combater o anti-jogo é bom. 

Uma maratona de 30 jogos não dá para lamentos e Jorge Jesus tem que pôr as tropas alinhadas parao combate de Setúbal. 

É lá o combate de Domingo e é lá que teremos que nos pôr no trilho do campeonato.» 

- Sílvio Cervan, jornal A Bola, 24 de Agosto de 2012

Taça de Honra de Lisboa avança com Benfica e Sporting


Competição será disputada por quatro ou cinco clubes lisboetas e avança na próxima época. Ideia é recuperar a histórica competição distrital.

A Taça de Honra de Lisboa vai ser relançada na próxima época entre junho e julho com a participação de, pelo menos, Benfica, Sporting, Belenenses e Estoril. A garantia foi dada esta quinta-feira por Nuno Lobo, presidente da Associação de Futebol de Lisboa, após uma reunião com os quatro clubes.

Desafiei os clubes em questão a participarem, tive uma resposta positiva e agora irei constituir uma comissão para analisar e preparar a regulamentação da prova e os moldes em que esta vai funcionar», revelou Nuno Lobo à agência Lusa, referindo que a competição ainda não tem um quadro definido.

«Vou convidar um participante de cada clube para integrar a comissão que vai definir a regulamentação da prova e enquadrá-la nos novos quadros competitivos. A minha ideia é que sejam os clubes das Ligas profissionais a participar, copiando os moldes em que a antiga Taça de Honra decorreu.»

O presidente da Associação de Futebol de Lisboa acrescentou que ainda não está definido se serão quatro ou cinco equipas participantes, sendo que a prova será sempre disputada pelos «quatro ou cinco melhores classificados de todos os clubes da Associação de Futebol de Lisboa na I e II Ligas», disse.

A reedição da Taça de Honra de Lisboa é consequência desta primeira aproximação entre Benfica e Sporting: «Há muito tempo que os dois clubes não se sentavam com o presidente da Associação de Futebol de Lisboa. Temos de chamar os clubes da associação para dialogar e ouvir as suas opiniões.»

Pelo caminho, Nuno Lobo disse querer que Lisboa seja uma muralha na defesa dos clubes. «Estarei muito atento à verdade desportiva, serei uma voz incómoda e intransigente na defesa dos clubes de Lisboa e não vou permitir mais que sejam prejudicados como o têm sido nos últimos anos», disse.

-Noticia retirada do site do Mais Futebol

Carlos Barbosa da Cruz fala de capitães e compara Mário Coluna a... Rolando


Lembro-me de capitães que defendiam com serenidade e firmeza os seus jogadores e eram considerados, casos do Mário Coluna no Benfica ou do Rolando no FC Porto. 

Este padrão de comportamento, por efeito de mimetismo, acabou também por ser protagonizado pelo Benfica a partir de certa altura, em particular pelo seu capitão, Luisão. 

Mesmo antes do episódio Fortuna Dusseldorf, o Luisão já se tinha evidenciado com frequência, pelo destempero e exagerada teatralidade dos seus protestos. 

Independentemente de se saber se o Luisão escorregou, empurrou ou quis empurrar o sr. Chrístian Fischer a questão que se coloca é o estado de espírito de quem faz com visível estardalhaço, um sprint de mais de 20 metros para vir falar com o árbitro. Só podia acabar mal, pelo menos pelos padrões alemães... 

Eu acho que a FIFA se arrisca a ficar farta destes excessos à portuguesa, desde o Abel Xavier no Euro'2000, ao João Pinto no Mundial Coreia/Japão'2002, ao Zequinha, que tirou em 2007, um cartão da mão do árbitro, no Mundial de sub’20 no Canadá, etc. 

Será então da maior oportunidade que a Liga tivesse a iniciativa de promover uma autorregulação em matéria do relacionamento dos capitães com os árbitros e outros agentes desportivos no campo, estabelecendo-se um conjunto de boas práticas que todos se comprometeriam a aceitar. 

E não é difícil, basta por exemplo fazer como se faz em Inglaterra ou em Itália.» 

- Carlos Barbosa da Cruz, jornal Record, 23 de Agosto de 2012

Leonor Pinhão diz que Moniz pode ser a peça que faltava para o combate final à Olivedesportos


Luís Filipe Vieira jantou secretamente com José Eduardo Moniz e o secretismo foi tal que no dia seguinte havia fotografias nos jornais. 

Há três anos, a hipótese de uma candidatura de José Eduardo Moniz suscitou grande e efémero entusiasmo entre alguns benflquistas decididamente menos afectos à obra do presidente em exercício. 

A coisa pôs-se até feia entre Vieira e Moniz e não foram nada suaves as acusações trocadas entre os dois na altura. 

Tudo isso, espera-se, deve ter sido ultrapassado neste jantar secreto de terça-feira porque é precisamente para isso que o secretismo também serve. Para as conciliações em público serem em voz baixa. 

E como são os dois benfiquistas decerto que pediram desculpa um ao outro, como mandam as boas regras de conduta. E pronto. Está resolvido o assunto, vai uma aposta? 

José Eduardo Moniz não se candidatará contra Vieira em outubro. Mas o progresso não fica por aqui. 

Com um bocado de jeito, Moniz ainda vai a votos mas na lista de Luís Filipe Vieira, num cargo que possa ser considerado como um desafio irrecusável por qualquer escuteiro de 12 anos. 

A situação não deixaria de ser curiosa sobretudo porque muitos benfiquistas acreditam que o próximo triénio será o do tão anunciado combate final contra Joaquim Oliveira e a sua Olivedesportos. 

E, nesse combate específIco, a peça Moniz estava a fazer muita falta. Ou não estava? 

A seu tempo se verá. Ninguém foi a jogo com a Sport TV e a estação de Joaquim Oliveira vai transmitir todos os jogos do Campeonato Nacional em sinal fechado. 

É assim que se apresenta a situação no arranque da temporada. Futebol na televisão é a pagar. 

A não ser que venha por aí um ministro plenipotenciário que obrigue a RTP a gastar os seus últimos milhões e a dar uma mãozinha à Sport TV na despesa.

Chama-se a isto dividir o bem pelas aldeias. O importante é o serviço público. E trocos são trocos. No mundo da bola não há cá troikas a mandar na gente. 

-Leonor Pinhão, jornal A Bola, 23 de Agosto de 2012

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

José António Saraiva elogia capacidade criativa de Jorge Jesus


A 1.ª jornada cumpriu-se. Benfica, Porto, Braga e Sporting empataram. 

Em breves notas, direi que o Benfica se apresentou confuso, parecendo que o excesso de médios e avançados baralhou Jesus. 

O FC Porto foi sempre uma equipa banal, exceção feita às jogadas de Hulk. 

O Braga fez a sua obrigação, beneficiando dos erros do adversário. 

E o Sporting foi, dos 4, o que praticou melhor futebol, embora inofensivo. 

Não tenho lido os jornais, mas é fácil imaginar que os bombos da festa desta jornada foram Melgarejo e Jorge Jesus. 

Este já tem fama de querer "inventar". Inventou um "grande" guarda-redes chamado Roberto, inventou um "grande" defesa esquerdo chamado Emerson, e agora quis inventar um 2.° Fábio Coentrão. E sucedeu o que se viu. 

Melgarejo foi, só, o melhor jogador do Braga: marcou um golo e fez a assistência para o outro. Pior estreia era impossível. 

Mas, até por isso, acredito que foi mau de mais para se tirarem conclusões.

Melgarejo é um ótimo jogador. Não sei se será um grande lateral-esquerdo, mas seria um erro os benfiquistas queimarem-no no início da carreira. 

Quanto a Jesus, só lhe fica bem ser criativo. 

O futebol está farto de treinadores sem chama, nem imaginação. 

Engana-se às vezes? É verdade. Mas quantos grandes jogadores já fez? 

E em tempo de vacas magras, é legítimo tentar aproveitar ao máximo os jogadores disponíveis, em lugar de comprar outros por fortunas. 

Claro que, neste princípio, há uma incoerência: por que teima o Benfica em gastar tanto dinheiro em extremos? 

Salvio e Ola John custaram mais de 20 milhões. Ora o Benfica já tinha Nolito, Gaitán, Bruno César, Enzo Pérez, Djaló, o próprio Melgarejo. 

Seria preciso mais algum?» 

- José António Saraiva, jornal Record, 22 de Agosto de 2012

Nuno Farinha diz que o problema do Benfica está no treinador


Quando uma equipa deixa de surpreender e não encontra forma de se reinventar, geralmente o problema está no treinador. 

Os primeiros sinais que se detetam no Benfica vão nesse sentido. 

Existem dúvidas sobre a validade do novo projeto futebolístico dos encarnados; sobre a forma como o plantel foi construído; e, por fim, sobre a capacidade de Jesus para inverter a situação e voltar a viver dias de glória na Luz. 

É incrível, mas foi a fabulosa temporada de estreia de JJ no Benfica que mais contribuiu para tudo o que de mau veio a seguir. Embalados por aquela entrada "à campeão", os responsáveis encarnados mergulharam de cabeça no endeusamento do técnico, longe de imaginarem que depois da época do título viriam as épocas dos casos: "Caso Roberto" (2010), "Caso Emerson" (2011) e "Caso Melgarejo" (2012). 

Quem ouve Jesus fazer a defesa destes jogadores fica sem perceber se estamos perante um caso de convicção ou teimosia. 

Roberto continuou a ser "um dos melhores da Europa" mesmo depois de ser devolvido a Espanha; Emerson só foi deixado cair porque "não gozava de popularidade entre os adeptos" e agora, como já ficou claro, a aposta em Melgarejo é para levar ao limite - com o técnico até a admitir que o paraguaio ainda... "está a aprender". 

Ora, sendo assim, era bom que Jesus explicasse, por exemplo, se está disposto a perder mais 2, 4 ou quanto pontos forem precisos a bem da aprendizagem de Melgarejo. Estará? 

Depois do enxovalho público a Ola John e dos risos despropositados após o episódio entre Luisão e o árbitro alemão, a situação do treinador do Benfica só não é mais delicada porque, entretanto, FC Porto e Sporting fizeram-lhe "o favor" de também empatar na abertura da Liga – atenuando a desilusão que os responsáveis benfiquistas sentiam desde a noite do jogo com o Sp. Braga.

Jesus, de facto, não se pode quelxar. Por muito menos, Fernando Santos foi demitido após um deslize na 1.ª jornada. 

PS: Estreia de sonho de Nélson Oliveira, ontem, em Espanha. Sábado, na Luz, Jesus utilizou 14 estrangeiros. Só para lembrar.» 

- Nuno Farinha, jornal Record, 21 de Agosto de 2012

Cantora Micaela descobre esquema de burla envolvendo ex-candidato à presidência do Benfica


Uma história que releva um facto indiscutível: o futebol português continua a ser campo para a actividade «marginal» de burlões e vigaristas que se servem do desporto rei para os seus inconfessáveis interesses.

Carlos Quaresma ganhou notoriedade como candidato «encarnado» e durante anos andou na «sombra» da impunidade e até chegou a ser apaparicado por governantes. Crítico da actual situação que se vive em Portugal, Carlos Quaresma chegou a admitir que até já tem “vergonha de ser português”. E atribuiu a culpa da situação aos “senhores da política” porque “são todos aldrabões”…é preciso ter desfaçatez!!!

Deliciosa a história do ex-candidato á presidência do Benfica, Carlos Quaresma, emigrante radicado na Suécia, condecorado pelo Estado português devido às suas «generosas« dádivas filantrópicas e que é suspeito de burlar várias câmaras e instituições de solidariedade social com a oferta de material hospitalar e ortopédico que enviava daquele país. 

Uma investigação da RTP concluiu que a Fundação AGAPE, organização sueca que desenvolve atividades humanitárias e da qual Quaresma se intitulava fundador e presidente (não o era, como o confirmam os actuais representantes daquela organização, apenas servia de intermediário) tem suspeitas de ter sido burlada pelo antigo jogador de futebol encarnado, que durante anos intermediou os donativos da Fundação em Portugal. Os materiais chegavam a Portugal praticamente a custo zero – fala-se em 1500 euros como verba simbólica proposta pela AGAPE – mas Quaresma em troca, pedia o pagamento do transporte, feito em camiões, por cerca de cinco mil euros, e de um imposto de selo, no valor de oito mil euros. Uma investigação SIC apurou que esse imposto, afinal, não existe.

Há muito que Carlos Quaresma é conhecido na imprensa portuguesa que amiúde dava eco dos seus propósitos mirabolantes de chegar à presidência do Benfica. Nas eleições realizadas em 2002, chegou a dizer que contava com o apoio de Eusébio, Veloso e família Onassis e que afirmava que Van Basten era o seu treinador. Depois, nas eleições seguintes, o sueco Eriksson já era o seu grande trunfo eleitoral, chegando a deixar-se fotografar junto de um Ferrari amarelo do qua dizia ser proprietário para dar um ar de que teria suficiente «status» social e poder económico para se alcandorar à presidência do clube. Em outras ocasiões, dizia estar em poder de documentos comprometedores para o actual presidente do Benfica – os quais, nunca chegou a apresentar, muito menos, os encaminhou para a PJ.

A fundação sueca Agape já apresentou queixa à polícia. Algumas autarquias portuguesas ponderam fazer o mesmo.A burla pode ultrapassar um milhão de euros. Para a descoberta da golpada muito terá contribuído a cantora Micaela que se tornou embaixadora da fundação criada por Carlos Quaresma.

Foi mesmo responsável pela divulgação das obras de beneficência e ela própria começou a angariar fundos para trazer mais um camião para Portugal. A cantora descobriu a burla há cerca de um mês, quando falou com os responsáveis da fundação sueca.

Por causa destas obras de beneficiência, Carlos Quaresma foi condecorado em Março pelo Governo. O secretário de Estado das Comunidades não faz, para já, declarações, enquanto a investigação estiver a decorrer. Mas sublinha que, por norma, as medalhas só são atribuidas após um escrutínio sério e exaustivo, com base em testemunhos, que, assegura, foi feito também neste caso.Resta perguntar se esse escrutínio foi realizado de forma séria e rigorosa e passou à margem das «excentricidades» deste senhor no passado ( que contemplavam o pagamento de 40 mil euros a jornalistas para lhe tratarem da imagem, como sublinha na sua página no Facebook um dos «assediados», Marinho Neves, autor do livro «Golpe de Estádio» que «destapou» a corrupção no futebol portugês) ou se as medalhas são assim atribuidas a pataco…

Curiosa a entrevista que Quaresma deu à Agência Lusa ( reproduzida no site PT Comunidades) sobre as suas actividades de distribuição de material ortopédico que, pelos vistos, se estendem a todo o Mundo, o que pode dar maior amplitude ao escândalo, não se eximindo a tecer considerações sobre a situação política em Portugal, considerando que os senhores da «política são todos aldrabões». Leiam e divirtam-se:

“Quando vim para Suécia abri uma fundação – a AGAPE – que tem trabalhado não só para Portugal como para todo o mundo. Já enviámos material para 93 países do mundo” .Os últimos países para onde enviou material, foram o Japão, o Haiti e o México.Na passada semana, chegou um camião a Bragança e estão já agendadas doações para os Açores, Bombarral, Oeiras, Moncorvo, Algarve e Aveiro. “Temos recebido muitos pedidos de Portugal”, diz Carlos Quaresma, de 56 anos, que trabalha para o Estado sueco.

O material ortopédico que envia – entre os quais cadeiras de rodas, camas eléctricas, andarilhos eléctricos e canadianas – é dado à fundação AGAPE pelos hospitais suecos. “Aqui renovamos todos os anos os hospitais e as clínicas. Como eu trabalho para o Estado e abri a fundação, esse material vai todo para a fundação e, a partir daí, é doado para quem pede”, explica à Lusa.
 
Desde que começou com este trabalho solidário, Carlos Quaresma já enviou 78 camiões com material para Portugal, de 12 a 15 toneladas cada um. Do lado português, lamenta que o Ministério da Saúde “não se interesse” por quem precisa desses materiais e que o Governo nunca o tenha contactado para dizer apenas: “Epá, obrigado pelo trabalho que está a fazer”.
Crítico da actual situação que se vive em Portugal, Carlos Quaresma admite que até já tem “vergonha de ser português”. E atribui a culpa da situação aos “senhores da política” porque “são todos aldrabões”. 

“Portugal devia ser um país de sol, de luxo, mas não é porque os políticos vivem de aparências. Se fossem como os políticos da Escandinávia o país estava uma maravilha. Éramos o país de mais luxo no mundo”, defende.
Carlos Quaresma lamenta também que haja “milhões e milhões” para o futebol, mas não haja para a saúde e a educação.

Uma história que releva um facto indiscutível: o futebol português é campo de actividade «marginal» para burlões e vigaristas que se servem do desporto rei para os seus inconfessáveis interesses… estranha-se é que só Vale e Azevedo, a viver um exílio dourado na Grã Btretenha, seja o único a ter tido o incómodo de passar pela cadeia… o que também releva a impunidade com que estes senhores são tratados pela justiça…

http://crimedigoeu.wordpress.com

Bagão Félix e o velho, o rapaz e o burro


Sem tirar mérito ao personalizado SC Braga, mas para mim o resultado foi Benfica 2-Melgarejo 2. 

Desta vez, o desmancha-prazeres não foi Laionel como em épocas anteriores. 

Virou Melga. Um pobre infeliz, indubitavelmente um promissor jogador, é lançado às feras em circunstâncias em que ele é o menos responsável. 

Percebo a opção do treinador com o actual plantel, mas é de todo incompreensível a incapacidade de quem sugere ou decide. 

Já não falo de António Carraça que sorri amiúde mas nada traz de novo e algo leva no fim do mês. 

Ou de Rui Costa, que não sei o que faz ou o deixam fazer. Mas sobretudo da Administração da SAD. 

É difícil perceber como se anda há mais de um ano para contratar um lateral-esquerdo, depois de experimentados um velho (Capdevila), um burro (Emerson) e um rapaz (Melgarejo) numa versão à Benfica (e, claro, em estilo metafórico) do velho conto popular português. 

Cito de memória nomes falados: Ansaldi, Jose Ángel, Armand Traoré, Ziegler, Siqueira, Aly Cissokho, Didac Vila, Pablo Cáceres, Taiwo, Eliseu, Pocognoli e Rojo. 

Inacreditável que com tantas cabeças pensantes se chegue ao jogo com o Braga em regime de formação e experimentalismo de um lateral. Um mistério.

Compra-se (e bem) Salvio por uma carrada de milhões e larga-se Rojo (que agora até poderia ser útil caso Luisão venha a ser castigado...) por alguns milhares. 

Nada me move seja contra quem for. Porque nunca sou oposição ao meu Benfica. Mas que diabo, esta rábula já é demais. 

Ah, já me esquecia: do lado do Braga jogou um inexperiente Rúben Amorim, cedido pelo Benfica. Pormenores...» 

- Bagão Félix, jornal A Bola, 22 de Agosto de 2012

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Luís Freitas Lobo não vê futuro para Melgarejo


A questão do lateral-esquerdo do Benfica é surreal pela incapacidade de o clube em fazer uma coisa tão simples como identificar no mercado um bom jogador nessa posição e, com tempo, contratá-lo. 

A adaptação de Melgarejo é o debate atual mas os seus erros que deram os golos do SCBraga nem foram, em rigor, falhas de posicionamento. 

Aí, esteve quase sempre bem. Resultaram, isso sim, de uma coisa diferente: estar numa posição na qual é confrontado com espaços e situações que não está habituado a resolver. 

Em concreto: dobrar nas costas dos centrais um cruzamento e resolver um alívio de bola junto à pequena área. 

Ou seja, está a obrigar-se um avançado a pensar como um... defesa. 

Nesses casos, o mais natural é o jogador não conseguir essa metamorfose de pensamento e... errar. 

Jesus continuará a aposta de Melgarejo a lateral. Nessa cruzada, outro risco que se corre é para a saúde futebolística do próprio jogador. 

Se correr mal e meter outro lateral, o que vai acontecer a Melgarejo? 

Vai voltar para extremo como se nada tivesse acontecido? Não vejo como.» 

- Luis Freitas Lobo, jornal A Bola, 22 de Agosto de 2012

Alexandre Pais apelida Luís Filipe Vieira de anti-sniper


Vieira, o anti-sniper:
O jantar que ontem reuniu Luís Filipe Vieira e José Eduardo Moniz pode ser considerado parte integrante da estratégia eleitoral do presidente benfiquista? Pode e não faltará quem aproveite o embalo dessa onda. Mas vejo o encontro de forma bem mais positiva, já que Vieira tem vindo a demonstrar – com a exceção da sua guerra para a eternidade com Pinto da Costa, que é uma desgraça para o futebol português – uma louvável capacidade de superar diferenças e concentrar energias.

Em Portugal existe, infelizmente, da política ao futebol, a mania de cada um se instalar no seu terraço e de lá se pôr a disparar em todas as direções, como se a vida só possa ser levada a tiro e não se precise de mais ninguém.

Recusando a teoria do sniper, Vieira e Moniz enterraram o machado de guerra e com isso deram um excelente exemplo – que é também exemplo de amor ao Benfica. Chapeau!

-Alexandre Pais, jornal Record, 22 de Agosto de 2012

Domingos Amaral defende entrada de José Eduardo Moniz para a direcção do Benfica


Seria uma boa notícia José Eduardo Moniz entrar para a direção do Benfica. 

Até agora, apenas sabemos que ele jantou ontem com Luís Filipe Vieira, mas estes encontros costumam trazer água no bico, e talvez esteja em preparação uma surpresa. 

Se Moniz fosse para o Benfica, talvez como vice-presidente, Luís Filipe Vieira não só transformava em forte aliado um homem que nunca escondeu a ambição de ser presidente do clube, como tinha finalmente ao seu lado alguém que podia transformar drasticamente a política de comunicação do Benfica. 

É que, se há área onde os desastres passam a vida a acontecer é na comunicação. 

Más entrevistas de treinadores, dirigentes ou mesmo do presidente, troca de piadas confrangedoras entre Vieira e Pinto da Costa, perda de influência do Benfica nos media, tudo tem acontecido nos últimos anos, e sempre em sentido negativo. 

Era óptima ideia Moniz entrar para por ordem naquela casa!